1. Spirit Fanfics >
  2. Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! >
  3. Quinquaginta novem

História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Quinquaginta novem


Escrita por: LeticiadAquario

Capítulo 59 - Quinquaginta novem


De volta a vida, o poder de Chris também retornou ao normal, porém o rapaz ainda precisou de cuidados médicos e curativos, pois seu corpo havia passado por muitas experiências em pouco tempo, e nem seu poder podia cura-lo rapidamente disso. E com todos mais calmos, finalmente os viajantes aceitaram relaxar e cuidar de seus próprios machucados; Felícia instruiu alguns de seus companheiros a ajudarem os viajantes, e ela também ofereceu ajuda com suas poções de cura e ervas da floresta. Enquanto via seus amigos serem tratados, e enquanto ajudava a cuidar de Eiden, Chris se deu conta de que não fazia ideia de onde estava.

- Onde diabos estamos!? E quem são essas pessoas!? E...aqui está cheio de seres místicos mesmo!? Oh não... Não me digam que eu realmente morri e estou no céu! – Disse Chris, confuso e olhando para todos os lados da floresta.

- Você está machucando minha audição com esse escândalo! – Disse Eiden, que estava bem perto de Chris. – Ninguém aqui está morto!

- Isso, se acalme e escute, nós vamos lhe contar o que aconteceu depois que você desmaiou. – Disse Feanor, pacientemente.

E assim foi: enquanto todos estavam sendo tratados, Feanor contou para Chris tudo o que aconteceu após ele “morrer”. Chris ficou extremamente surpreso com tudo, mas também ficou muito feliz de saber que todos foram resgatados e que estavam em um lugar seguro; o rapaz ainda ficou contente em ver tantos seres estranhos ali, especialmente alguns elfos e fadas, e logo ele, após cuidar dos machucados de Eiden, saiu atrás de Axill, com o intuito de agradecer por tudo. Ao mesmo tempo, Feanor e Penny encontraram seus semelhantes.

- Não posso crer que estão vivos... Eu...estou tão...feliz! – Disse Penny, chorando sem parar.

- Por favor, não fique assim! Seus machucados podem piorar! – Disse uma das fadas, terminando de colocar curativos em Penny.

- E nós é que estamos felizes em ver você aqui... Temos esperado o dia em que poderíamos lhe encontrar novamente! Nós todos nos impressionamos muito com suas ações até aqui! – Disse outra fada, animada.

- Pois é! Nunca havíamos visto uma fada tão corajosa em tantos anos de vida! Você é nossa heroína, Lady Penny! – Disse mais uma fada, olhando empolgado para Penny.

- Ah...obrigada, mas nem sou tão corajosa assim, e... Ei, esperem aí... Como saberiam das minhas ações até aqui? – Disse Penny, desconfiada.

- Oh sim, é que-

- Apenas Lady Felícia poderá explicar, não podemos fazer isso agora. – Disse a fada que terminou de cuidar de Penny, interrompendo seu companheiro. – Depois de descansar e de ter suas respostas, vamos todos conversar mais! Bom descanso Lady Penny!

Assim como as fadas, só haviam sete delas, três homens e quatro mulheres, haviam poucos elfos na floresta também, e todos estavam ao lado de Feanor, que havia acabado de ser medicado; haviam apenas cinco deles, duas mulheres e três homens.

- Meu rei...é uma honra e uma alegria vê-lo novamente! – Disse uma das elfas, fazendo uma pequena reverência, seguida dos outros quatro.

- Ah...não precisam disso, não sou rei de vocês no momento... Vamos apenas ficar contentes com essa reunião de amigos. – Disse Feanor, timidamente. – Eu estou imensamente feliz em ver vocês vivos!

- Como sempre, o senhor é muito gentil! Estamos muito orgulhosos de você! Suas ações nos inspiraram muito daqui! – Disse um elfo, contente.

- Mas como? Esse lugar me traz tantas perguntas... – Disse Feanor, pensativo. – Até vocês estão com esse símbolo estranho.

Os cinco elfos estavam, todos, com a mesma tatuagem que Feanor vira nos centauros e nos ents, em locais diferentes de seus corpos. O elfo supôs, então, que todos naquele lugar possuíam essa marca, o que deixava Feanor muito mais curioso sobre seu significado.

- Em breve Lady Felícia irá lhe contar tudo, não cabe a nós isso... – Disse a elfa, encarando sua marca, que ficava em seu ombro direito.

- Mas por agora, descanse! Isso é mais importante agora do que as respostas para suas perguntas! – Disse um dos elfos, se afastando de Feanor, junto de seus companheiros.

Enquanto andava pela floresta em busca de Axill, Chris não pôde deixar de notar que todos os seres se escondiam em algum lugar quando ele passava, isso deixou o rapaz bem mais curioso com o lugar.

- Nossa, que confusão! São tantas dúvidas que eu tenho sobre esse lugar...e ninguém aparece para me responder! – Desabafou Chris, suspirando.

- Há há há! Fico aliviado em ver que você continua o mesmo, depois de tantos meses. – Disse Axill, que surgiu diante de Chris. – E, é claro, fico ainda mais tranquilo em vê-lo de pé.

- Axill! Nossa, é ótimo ver você outra vez! – Disse Chris, contente. – Meus amigos me contaram tudo..., então eu realmente quero lhe agradecer pelo que fez! Você e seus amigos nos salvaram! Muito obrigado!

Ao dizer isso, Chris se ajoelhou e abaixou a cabeça diante de Axill, mostrando seu respeito e sua gratidão sincera.

- Não precisa fazer tudo isso... O que fizemos por vocês é pouco comparado com o que fizeram até agora. – Disse Axill, sorrindo. – Além disso, como você já me disse antes, somos amigos, então lhe ajudar é algo natural...não é?

- Há há há! Isso mesmo, é assim que os amigos são! E por falar nos seus...onde estão eles, queria agradece-los também. – Disse Chris, ficando de pé e colocando as mãos atrás da cabeça.

- Eles estão se acostumando com seu novo lar...e o Lorde Merlin deve estar começando a marca-los. – Respondeu Axill, sério.

- “Marcar”? Como assim? E quem é esse tal de Merlin? – Disse Chris, intrigado.

- Lady Felícia irá responder tudo a vocês, apenas aguardem um pouco. – Disse Axill, calmamente.

Enquanto conversavam, Chris percebeu que haviam vários seres místicos se escondendo nas árvores atrás de Axill, eles todos olhavam muito atentos para Chris, e isso estava deixando o rapaz incomodado.

- Hum... Olá? – Disse Chris, acenando para os seres na floresta, que fugiram floresta a dentro na mesma hora. – Ei! Poxa, eles têm medo de mim?

- Há há há! Não é bem isso..., mas logo você vai entender um pouco a razão. Só, por favor, tenha paciência com todos. – Disse Axill, rindo.

- Ah, claro! Espero que todos possam ser meus amigos também! Tem seres aqui que eu não vi na minha jornada...estou bem curioso! – Disse Chris, sorridente.

- Entendo, certamente todos irão gostar de você. – Disse Axill, feliz. – Agora vá descansar jovem Chris, depois que todos estiverem bem, Lady Felícia irá chama-los.

Então, os viajantes se encontraram de novo em uma parte silenciosa da floresta, com apenas o barulho do vento e o som dos pássaros. Todos estavam com curativos em seus corpos e, ao se deitarem no chão fofo de grama e flores, adormeceram imediatamente. E assim ficaram por um dia completo, na tarde do dia seguinte, todos acordaram e se sentiam bem, fora Chris, os outros ainda precisavam de mais cuidados devido aos ferimentos, mas o fato de terem dormido em paz ajudou muito da recuperação deles. Chris decidiu tirar as faixas de seu corpo, o rapaz nunca gostou de ficar muito tempo com curativos e, para a surpresa dos viajantes, Chris ganhou mais duas cicatrizes do tórax: uma grande e diagonal, que começava no ombro direito do rapaz e ia até o lado esquerdo do abdômen, e a outra era média e horizontal, e ficava bem em cima da cicatriz vertical de Chris, no peito esquerdo, formando uma cruz.

- Não ficou bonito, mas até que tem estilo! – Disse Penny, observando o corpo de Chris.

- Eu não diria que ter cicatrizes no corpo é um “estilo”... – Disse Eiden.

- Na verdade, não vejo problema no caso dele, afinal é algo bem raro no corpo de Chris. – Disse Feanor.

- Mas isso dá um charme! A Clare gostou bastante, não é? – Disse Penny, sorrindo para a maga.

- Hã!? Eu... Ah.... Bem....não está ruim, m-mas não quero que você tenha mais dessas Chris! Não que seja feio...é que...bem... – Disse Clare, nervosa.

- Há há há há! Eu entendi...e não se preocupe Clare, eu prometo que essas serão as únicas cicatrizes no meu corpo! Eu...não vou mais deixar você, e todos vocês preocupados comigo! Fui um idiota e irresponsável... – Disse Chris, sério.

- E qual a novidade nisso? – Disse Feanor, sorrindo. – É impossível você não nos preocupar Chris, mas eu entendi o seu ponto. Mas nós todos também não estivemos em nosso melhor momento lá atrás...

- Sim, mas aquilo já passou. Agora estamos todos juntos e vivos, e vamos continuar seguindo em frente! – Disse Clare, abraçando Chris.

- Com certeza... Todos juntos! – Disse Chris, retribuindo o abraço e sorrindo para seus amigos.

- Eu não consigo deixar de me impressionar com a união de vocês. – Disse Felícia, se aproximando dos viajantes. – Estou feliz em ver que todos estão melhorando, e que você voltou para nós, Chris.

- Muito obrigado por tudo mesmo, não tive a chance de agradecer ontem... – Disse Chris, sorrindo. – Você é uma pessoa muito legal, moça!

- Olha o respeito! – Disseram Feanor, Eiden e Penny, batendo na cabeça de Chris.

- Há há há! Não tem problema, todos vocês podem me chamar apenas de Felícia. – Disse Felícia, rindo graciosamente. – E eu é quem tenho que agradecer, e muito...

- Hum...mais um mistério... – Disse Clare.

- Vai nos explicar tudo agora? – Perguntou Eiden, curioso.

- Sim, vim primeiro trazer estas roupas. As antigas de vocês tivemos que desfazer, mas não se preocupem, meus companheiros fizeram todas do tamanho certo e similares as suas antigas. – Disse Felícia, entregando à Clare uma pilha de roupas.

- Ah! Obrigada! Mas...não tem sapatos? – Disse Clare, começando a separar as roupas de cada um.

- Tem, mas agora eu imaginei que seria mais confortável para vocês dessa maneira. Quando terminarem, eu voltarei aqui. – Disse Felícia, desaparecendo do nada.

- Ela sumiu! – Disse Chris, vestindo sua nova camisa.

- Nem eu sei fazer isso ainda... – Disse Clare, impressionada.

- Ela é uma druida afinal, ela pode fazer quase tudo com magia. – Disse Feanor.

- Então ela vai saber a hora de aparecer quando estivermos todos vestidos? – Perguntou Eiden, impressionado.

Não eram apenas os viajantes que estavam intrigados com o poder de Felícia, enquanto todos se arrumavam, Nique ficou rodeando o lugar, desconfiado e procurando a druida pelo cheiro. Como resultado, depois de alguns minutos, Felícia surgiu de repente no mesmo lugar, assustando Nique, que gritou e correu para traz de Chris, com medo.

- Há há há! Não tenha medo, isso foi assustador, eu concordo, mas ela é uma pessoa do bem! – Disse Chris, acariciando a cabeça do grifo.

- Perdoe-me, não tive a intenção de assustar. – Disse Felícia, sem graça. – E bem, fico contente em ver que as roupas ficaram bem.

- E nós gostamos delas, obrigado de novo! – Disse Penny, contente.

- Então, agora vamos poder saber de tudo? – Disse Chris, se sentando no chão, e encarando Felícia.

- Sim, tenho muito para dizer, mas acho que o certo seria começar do início. – Começou Felícia, sentando-se também, seguida de todos os viajantes. – Antes de contar sobre este lugar, preciso contar a história de sua mãe Chris: a grande deusa Sophia.

Chris não pôde deixar de esboçar surpresa em seu rosto ao saber disso, mas ao mesmo tempo ele ficou sereno e decidiu ouvir tudo o que Felícia tinha a dizer, e apenas depois começar as perguntas. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...