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História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Septuaginta unum


Escrita por: LeticiadAquario

Capítulo 71 - Septuaginta unum


Chris e Nique tentaram chegar ao topo da torre principal, pelo ar, várias vezes depois da primeira tentativa, mas em todas eles ou eram derrubados ou eram forçados a descer e lutar. Porém, em meio a essas tentativas diretas, Chris percebeu uma coisa: a torre principal possuía janelas, mesmo sendo poucas, elas ficavam no meio da torre e seguiam, em disposição aleatória, até perto do topo; todas elas eram abertas e sem nenhum tipo de barreira. Além disso, como Penny já havia notado antes ao dizer que “esperava mais do lugar”, o castelo de Deysmon não era muito bem montado, havia várias falhas, tanto de decoração como de estrutura: havia muitas pedras tortas nas torres e quase saindo do lugar, tornando a parede irregular e não muito forte. Tudo isso fez com que Chris tivesse uma ideia definitiva de como subiria ao topo da torre central.

Enquanto isso, Deysmon e Teresa haviam chegado finalmente ao topo da torre. Teresa notou que no centro do lugar, bem em baixo da abertura no céu, havia o círculo mágico e as runas do feitiço de conjuração; mas o que a garota achou estranho era que, além do normal, havia alguns cristais em volta do círculo, ela também não entendia ainda o propósito daquela fissura na magia negra que cobria o céu.

- Finalmente chegou a hora! A lua já está quase aparecendo por inteiro, você já pode começar a executar o feitiço, princesinha. – Disse Deysmon, olhando satisfeito para o céu.

- A lua não faz parte dos itens para o ritual, e esses cristais também não... – Disse Teresa, desconfiada.

- Muito bem, parabéns por ter notado! Eu disse a pouco tempo que tinha me preparado para o caso de você se recusar a fazer a magia, não é? – Disse Deysmon, que foi até a garota e a pegou pelos cabelos, arrastando-a até o centro do círculo. – Essas coisas a forçarão a executar o ritual, a lua em si influencia muito em vários feitiços, desde muito tempo atrás. E esses cristais são feitos para controlar e forçar o poder dos magos a agir, não existem muitos desses aqui nesse mundo...foi deveras difícil de encontrar. Com a influência da lua nesses cristais...o poder deles irá aumentar e você não poderá sair daí até que termine a magia, seu poder ficará muito maior também.

Teresa foi jogada no meio do círculo mágico, com isso a luz da lua começou a focar nos cristais ao redor da garota; as pedras mágicas começaram a brilhar e Teresa começou a ter uma sensação muito ruim, ela não conseguia sair do círculo e muito menos se aproximar dos cristais.

- Ou seja, com tudo isso, é impossível que meu plano falhe! – Concluiu Deysmon, sorrindo para Teresa.

- Eu...posso ataca-lo...com outra magia! – Disse Teresa, que estava sentindo seu corpo ficar quente e dolorido, a garota estava em pé mas apertava seus braços com muita força contra seu corpo.

- Há há há! Não diga coisas tolas, você sabe que não é verdade... Esse círculo magico em que você está só pode conjurar uma magia! Os cristais de controle garantem ainda mais que você não use outro feitiço, além do que o círculo mágico exige. – Disse Deysmon, rindo. – Desista Teresa, você não pode resistir e nem me impedir.

- Sim...infelizmente...eu não sou forte...o suficiente..., mas...o meu irmão...virá...e vai impedir você! Vai impedir...isso! – Disse Teresa, que já começava a sentir muitas dores de cabeça.

- Hunf, está errada. Quando ele vier...eu vou matá-lo com minhas próprias mãos, e bem na sua frente. Como você deve estar sentindo agora, eu não preciso da minha magia negra para fazer com que vocês dois sofram... Agora comece logo esse maldito ritual! – Disse Deysmon, sério.

Instantes depois a lua finalmente chegou ao seu ápice, os cristais ficaram mais brilhantes e eles causaram mais efeito em Teresa. A garota perdeu a consciência e, mesmo assim, começou a recitar as palavras do ritual e a magia ao redor de seu corpo crescia e brilhava ainda mais. O brilho pôde ser visto de todo lugar, e todos abaixo do castelo sentiram que o plano de Deysmon já estava começando.

- Oh não, o ritual começou... – Disse Felícia, que estava sem sua montaria.

- Finalmente o plano do Senhor Deysmon começou! – Disse Pazugorn, sorrindo.

- Pelas minhas barbas... Sinto uma magia terrível lá em cima! Um poder imenso e algo o controlando! – Disse Merlin, incomodado.

- A Teresa está sofrendo muito... Tem alguma magia do mal lá...e está sobrepujando a magia de luz dela! – Disse Clare, que também estava incomodada.

- Aguenta firme! Eu estou indo! – Disse Chris, nervoso e fazendo Nique voar mais uma vez. – Vamos Nique! Agora temos de conseguir!

Muitos inimigos começaram a lançar flechas e lanças na direção de Nique, que desviou de todas dando voltas na torre. Os dois começaram a se aproximar de uma das janelas, Chris já havia se equilibrado em pé em cima das costas do grifo.

- Preciso chegar naquela janela! – Disse Chris, concentrado no seu alvo.

Porém, quando estavam já bem perto da parede, uma lança surgiu e acertou uma das coxas de Nique. Os dois se assustaram, mas Chris conseguiu pular e se pendurou na janela, o rapaz viu Nique caindo mais e mais.

- NIQUE! – Gritou Chris, pendurado e preocupado com o amigo.

Apesar do ataque surpresa, Nique conseguiu aterrissar bem e, com seu bico, arrancou parte da lança de seu corpo, e assim voltou a lutar apesar do machucado. Ao perceber que seu amigo estava bem, Chris se apressou em entrar pela janela e caiu do outro lado, em cima de uma comprida, e em forma elíptica, escada.

- Muitas escadas...ótimo! – Disse Chris, olhando a infinidade de escadas que seguiam para cima, aborrecido e começando a subir. – Droga Teresa, não morra, por favor!

- Ele conseguiu entrar!? – Perguntou Penny, ofegante.

- Acho que sim... Vi Nique caindo, mas Chris não estava com ele. – Respondeu Clare, levemente preocupada.

- Ele conseguiu, eu vi ele entrar pela janela. – Disse Eiden, que apareceu perto das garotas.

- Eu também... Agora espero que ele chegue ao topo a tempo. – Disse Feanor, que também se aproximou dos amigos, suspirando. – Mas quero falar com vocês agora: a nossa situação não está muito boa, mas quando Chris conseguiu vencer aquele ogro que conhecemos eu percebi que alguns de nossos inimigos ficaram abalados até demais.

- Sim, depois daquilo eles começaram a atacar com um pouco menos de organização. – Disse Clare, confirmando com a cabeça.

- Então eu acho que se derrubarmos mais dois pilares desse exército... Poderemos ter uma chance real aqui. – Concluiu Feanor.

- E quem seriam esses dois “pilares”? – Perguntou Penny, séria.

- Pazugorn, com certeza, e aquele Rei Drow. – Respondeu Eiden.

- Entendi, faz sentido. Temos de vencê-los primeiro. – Disse Clare.

- Exatamente, por isso vim dizer que seria bom ficarmos em duplas e atacarmos esses dois. – Disse Feanor que, enquanto falava, abateu um inimigo que ameaçava se aproximar.

- Eu e Penny então vamos cuidar de Pazugorn. – Disse Clare, rapidamente. – Quero retribuir o que ele nos fez no precipício...

- Concordo! – Disse Penny, irritada.

- Certo, eu e Feanor vamos ficar com o Rei Drow. Aposto que ele também quer acertar as contas. – Disse Eiden, olhando para o elfo.

- Com certeza... – Disse Feanor. – Bom, estamos decididos, vamos lá!

Clare fez seu cavalo correr o mais rápido que podia em meio ao campo de batalha, ela e Penny tinham como foco atacar Pazugorn. Em certo momento, o ogro avistou as garotas se aproximando em alta velocidade, e ele logo entendeu o que elas pretendiam. Pazugorn posicionou seu grande machado de guerra e, com um único golpe, conseguiu cortar a cabeça do cavalo quando ele já estava próximo; Clare e Penny caíram no chão mais a frente, porém elas logo se levantaram e encararam o inimigo.

- Então vocês querem me matar? Eu já não havia dito que pessoas sem habilidade para batalha deviam ficar bem longe!? – Disse Pazugorn, levemente irritado.

- Não estamos nessa sua categoria, sinto muito! – Disse Clare, segurando seu cajado firmemente e apontando para Pazugorn. Do cajado foi lançado uma grande cortina de fumaça negra.

Pazugorn ficou confuso em meio a fumaça que não conseguia se livrar e, para sua infelicidade, ele estava sendo continuamente atacado por lugares diferentes no chão, por algo pontudo e forte. O ogro, irritado, girou seu machado no ar e conseguiu dissipar boa parte da fumaça; Penny estava diminuta e ela invocava raízes e espinhos do solo, ela logo se afastou do ogro e foi para perto de Clare que, para a surpresa maior de Pazugorn, não era mais uma: havia seis “Clares” ao seu redor, assim como seis “Pennys”.

- Chega desses truques baratos! – Gritou Pazugorn, irritado e pegando seu machado e o girando novamente.

O ogro conseguiu “cortar” todas as cópias de Clare e Penny com sua arma, até sobrar apenas uma de cada. Pazugorn avançou rápido e acertou seu machado certeiramente nas duas garotas que, incrivelmente, desapareceram como névoa.

- Desculpe senhor, mas você errou! – Disse Penny, que surgiu de repente bem na frente de Pazugorn, em seu tamanho normal, e desferiu uma cabeçada com toda sua força no rosto do monstro, que caiu para trás. – Ai ai ai! Que dor!

Não muito depois, a terra abaixo de Pazugorn começou a mudar: ela endureceu e se tornou em vários espinhos. Muitos deles pegaram o ogro de surpresa, que recebeu buracos nas pernas, nos braços e no tórax; Pazugorn ficou imóvel entre os espinhos.

- Ufa... Magia de invisibilidade é bem difícil de manter. – Disse Clare, aparecendo de repente.

- Mas foi uma ótima ideia! Fizemos muito bem! Vencemos! – Comemorou Penny, animada.

- Será? Tudo bem que estamos mais fortes, mas achei até um pouco fácil... – Disse Clare, desconfiada e se aproximando do corpo de Pazugorn.

- Tem toda razão! – Disse Pazugorn, levantando a cabeça de repente e usando sua força para quebrar os espinhos em seus braços. Logo em seguida o ogro acertou o rosto de Clare com as costas de sua mão, empurrando a garota para trás e fazendo-a soltar seu báculo.

- CLARE! – Gritou Penny, preocupada.

Após se livrar de todos os espinhos que o prendiam, Pazugorn conseguiu pegar Penny pelo pescoço e, sem misericórdia, a jogou no chão com toda sua força, fazendo-a desmaiar. Clare se levantava com dificuldade e procurava desesperada por seu báculo, até avista-lo não muito longe de onde estava Pazugorn, que havia acabado de recuperar seu grande machado. Clare, então, respirou fundo e correu para cima de Pazugorn.

- Há há há, é sério isso!? Virá para cima de mim sem seu báculo!? – Disse Pazugorn, incrédulo.

Pazugorn usou seu machado para atacar Clare com um golpe vertical, mas a maga conseguiu desviar para o lado oposto e desferiu um chute em um dos ferimentos causados pela sua magia no corpo do ogro; Pazugorn sentiu dor e se desequilibrou um pouco, Clare aproveitou isso e usou toda sua força para acertar um soco em uma abertura da armadura do inimigo, com um ótimo efeito.

- Eu também...sei me virar sozinha! – Disse Clare, ofegante e se afastando um pouco do ogro.

Novamente Pazugorn tentou acertar Clare com seu machado, a maga desviou mais uma vez, mas não percebeu que o ogro já preparava um contra-ataque: ele acertou um soco poderoso no tórax de Clare, fazendo a maga cair de novo no chão, com muita dor e tossindo sangue. Logo em seguida, Pazugorn pegou a cabeça de Clare e a levantou do chão, o ogro começou a aperta-la bastante e a maga não conseguia se soltar.

- Admito: você e sua amiga não são fracas. Principalmente você...assumo que tem muita coragem. – Disse Pazugorn, cuspindo um pouco de sangue no chão. – Fazia muito tempo que meu corpo não ficava nesse estado..., mas agora vou acabar com vocês duas!

Clare, então, esticou seus braços em frente ao rosto de Pazugorn e desferiu uma magia explosiva de fogo, assustando e incomodando o ogro, que soltou a maga. Clare rapidamente correu e se jogou em cima de seu báculo, Pazugorn estava furioso e estava prestes a atacar Clare com seu machado; a maga logo se virou e colocou seu cajado em uma posição que a protegesse e abaixou a cabeça. Um escudo mágico se formou no mesmo instante em que Pazugorn começou seu ataque, assim que a arma tocou o escudo, o ogro levou um grande choque e foi jogado para trás, soltando seu machado. Ao cair para trás, Pazugorn não conseguia se mexer, foi então que ele percebeu que suas pernas estavam sendo presas por várias e pequenas raízes que vinham do chão.

- DROGA! DROGA! – Gritou Pazugorn, sem conseguir encontrar seu machado ao redor.

De repente, um buraco pequeno apareceu do lado esquerdo do peito de Pazugorn, começou a sair muito sangue do local e da boca do ogro também. Clare se levantou com a ajuda de seu cajado e se aproximou de Pazugorn, que agora estava imóvel no chão; ao olhar com mais atenção, Clare notou que Penny estava bem pequena, acima do ogro, com várias raízes enroladas em seus braços, formando um tipo de lâmina e estava um pouco suja de sangue.

- Nossa, e eu pensei que você não sabia usar armas... – Disse Clare, surpresa. – Mas foi bem esperta em se esconder em baixo da terra com seu tamanho...

- E não sei, foi a necessidade! Mas obrigada mesmo assim! Eca...estou toda suja com o sangue dele! – Disse Penny, voltando ao normal. – Clare, por garantia, acabe com o corpo dele, por favor...

- Ah sim, tem razão! – Disse Clare, que, logo em seguida, aproximou seu cajado do corpo de Pazugorn e pronunciou poucas palavras mágicas. – Agora afaste-se dele!

Quando Penny e Clare se afastaram, o corpo de Pazugorn explodiu em vários e pequenos pedaços. Clare e Penny ficaram aliviadas pela vitória, ao contrário dos inimigos que ficaram extremamente abalados com a morte de seu comandante.

- Está dando certo mesmo... – Disse Penny, ofegante.

- Sim... Olha, eu preciso encontrar o Merlin, acho que já está na hora de trazermos nosso último reforço! Vá encontrar os rapazes Penny! – Disse Clare, cansada e correndo pelo campo de batalha.

- Pode deixar! – Disse Penny, se separando da maga e voando até seus amigos de viagem. 



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