História Prometido - Jikook - Married

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Jimin tinha certeza de que se sufocaria assim que as vestimentas pesadas passaram por sua cabeça, pousando em seu corpo já totalmente limpo e perfumado.

As criadas faziam um bom trabalho com as fitas em seu redor, pois para sí, não tinha a mínima certeza de que ficaria em pé com mais um puxão e outro no corpete. Quando a roupa finalmente ficara pronta, seus longos cabelos foram escovados com paciência e cuidado para fazer o penteado de casamento. Fora calçado por um criado enquanto três criadas faziam sua maquiagem.

Naquele dia, excepcionalmente, não vira ninguém da família, nem mesmo a avó. Em sua cabeça, todos deveriam estar ocupados o suficiente em se arrumar para a cerimônia. E convencido disto, deixou-se ser arrumado como devia ser.

O café da manhã dançava em seu estômago nervoso quando um dos criados que cuidavam dos aposentos do príncipe, viera lhe avisar da chegada dos pais ao castelo, a horas antes e consequentemente, sobre a hora de ir para o altar, onde o noivo o esperava.

Não negaria que apesar de suas obrigações como príncipe e futuramente rei, sentia-se tão nervoso do que quando imaginava se casando com Yoongi. Não que pudesse compará-los, ele e o príncipe, e sabia bem disso, mas a menção o fazia tremer dentro da própria roupa.

Casar-se com Yoongi teria sido maravilhoso, mas era com Jungkook que deveria fazê-lo.

— Está pronto Vossa alteza? — a voz firme do conselheiro real o deixara com os nervos a flor da pele em questão de segundos.

— Sim, leve-me até o rei do Sol. Creio que ele me acompanhará até o altar. — tentou manter a postura, embora estivesse trêmulo de nervoso.

Namjoon se certificara de apenas assentir e levá-lo até os portões do castelo, onde o rei mantia-se aguardando a chegada do filho. O véu delicado de renda, deixava o rosto do príncipe parcialmente tampado, enquanto por uma fenda apenas um pouco dos olhos poderiam ser avistados.

Os olhos azuis marcantes eram iguais aos do pai, concluíra Namjoon, assim que pôde reparálos por alguns segundos antes de deixá-lo com o pai.

— Está pronto?

O homem perguntou mais uma vez, enquanto estavam na carruagem real. O príncipe estava quieto, diferente das costumeiras manias de sorrir para todos e esbanjar felicidade até pelos poros.

— Sim papai... — respondeu-lhe, embora ao menos soubesse diferenciar os diversos sentimentos em seu peito.

As mãos magras e envelhecidas do rei lhe foram estendidas como apoio para descer da carruagem, assim que chegaram a frente da igreja. Do lado de fora, o povo se reunia aos montes para vê-lo de perto, e mesmo que em silêncio, poderiam se ouvir murmúrios, e poderia notar claramente os vários olhos curiosos o acompanhara juntamente a melodia suave.

O rei do Sol sorria largamente enquanto conduzia o filho pelo tapete vermelho vinho até a entrada da igreja.

De pé, como todos dentro da igreja, Jungkook observava, ansiosamente enquanto o rei desfilava com Jimin pelo tapete vermelho, caminhando em sua direção. Engoliu em seco, mantendo as mãos suadas ao lado do corpo.

Por um segundo se perguntou se estava bonito o bastante, visto que Jimin estava desnumbrante. Seu manto branco e dourado e todas as jóias que usava pareciam ridículos se comparado ao manto rendado e o véu do noivo.

— Cuide bem do meu tesouro — disse em voz baixa, assim que chegaram perto o bastante e Jungkook sabia que o rei falava sério.

— Cuidarei — sorriu, tomando as mãos enluvadas nas suas e se dirigindo ao altar, onde o padre os aguardava para dar início a cerimônia.

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O povo festejava em meio a bebedeira, a comilança, muita música e rodas de dança. Do trono, posto próximo do povo, Jungkook tomava mais um dos inúmeros cálices de vinho que lhe era prontamente servido por um criado, enquanto seus olhos assistiam a alegria do povo envolta do futuro rei. Uma coroa de flores havia sido posta em sua cabeça em algum momento, esta que por vezes escorregava pelos enormes fios dourados, para logo em seguida serem rapidamente ajustados de volta ao lugar pelas mãos delicadas de Jimin. Este que sequer havia se dado conta do olhar de águia que o outro lhe lançava.

Havia se esquecido de suas aflições anteriores assim que entrara em uma das rodas de dança, de onde não pretendia sair até o final da festa. Era com a dança que afrouxara o nó formado na garganta, quando por ventura avistara o homem que lhe roubara o coração a alguns meses atrás em meio a multidão de rostos, logo após dizer sim a um matrimônio cercado de obrigações e incertezas.

— Mais vinho vossa alteza? — o mesmo criado que lhe acompanhava a algum tempo, ofereceu-lhe, disposto a cumprir qualquer tarefa.

— Sim, e por favor, diga ao conselheiro real que o espero aqui imediatamente — ditou, enquanto saboreava o gosto alcólico do vinho na língua.

Observava o esposo alguns metros de sí, a beleza dele era nítida, disso todos tinham certeza. Quando lembrava-se do sabor doce do beijo que haviam trocado dias antes, ao menos percebia quando era levado para pensamentos inapropriados e tão cheios de nudez que assustaria quem ousasse ler seus pensamentos.

— Chamou Vossa alteza? — perguntou-lhe, embora já imaginasse o que o amigo lhe diria.

— Sim — ditou, os olhos presos a imagem alegre em uma das inúmeras rodas de dança, não muito longe das suas vistas.

— Em que posso ajudá-lo?

— Prepare os aposentos e as bandeiras. O casamento será consumado.

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— Comam e divirtam-se! — um coro de vozes animadas rugiu da multidão. — O futuro rei voltará em breve! — gritou, sendo mais uma vez aplaudido e reverenciado pelo povo.

— Onde vai? — Perguntou-lhe com voz baixa.

Estava um pouco confuso, pois fora tirado da festança para ser levado a Jungkook, que estava sorridente até demais em sua opinião.

— Você logo saberá — murmurou-lhe de volta.

Jimin franzira as sombrancelhas, e se manteve na espera para descobrir o que aconteceria dalí em diante.

Tamanha surpresa lhe tomara o fôlego quando fora pego pela cintura e rapidamente ajustado nos ombros fortes do príncipe, como um saco de batatas.

Podia ouvir quando o povo disparara em risadas altas e escandalosas, zunindo em seus ouvidos enquanto era carregado para dentro dos aposentos onde ocorreria a consumação.

— Jungkook! Me solte! — brandou irritadiço assim que notara a sua situação. As bochechas estavam rosadas e estava tão envergonhado que cogitara a idéia de acertar outro tapa no, agora, esposo.

— Iremos consumar o casamento meu príncipe — ditou com firmeza — O povo espera que a bandeira seja içada ainda esta tarde.

— Vossa alteza acha necessário o que fez?

— Acredite, eu planejei isso desde que soube que me casaria contigo. — pousou-o de pé no chão do quarto, se apressando em fechar a porta e trancá-la.

Pois, ora, detestava ser interrompido.

— Está nervoso?

Um suspiro longo saíra pela boca do outro, antes de finalmente respondê-lo.

— Odeio admitir, mas estou tão nervoso quanto possa imaginar... — a mão direita puxara os cabelos loiros da nuca para o ombro direito, pousando-os com suavidade sobre o peito.

— Não se preocupe, não o apressarei e serei cuidadoso — sorriu, embora não fosse do seu feitio, fazia questão de agradá-lo em sua primeira vez.

Os olhos azuis capturaram os seus antes de dizer;

— Confio em você, meu rei...

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