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História Promiscuous (Jeon Jungkook) - 1.7: Lie To Me.


Escrita por: shwutup

Notas do Autor


• boa leitura! 🖤

— pode conter erros.

Capítulo 17 - 1.7: Lie To Me.


“Garota promíscua, você não merece uma segunda chance.”


“Garoto promíscuo, minhas desculpas são inúteis?”


•••


Cassandra ‘Cassie’ Adams


Cass — Jungkook murmurou baixinho, puxando-me para mais perto de si — Eu juro que se esse cara continuar repetindo cada frase do filme vou calar a sua boca com pipoca — resmungou e eu não pude conter a minha risada. 

Olho para o lado e reparo no casal na caminhonete estacionada bem próxima à nossa, e a cada fala de Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo, um cara usando uma jaqueta rosa néon fazia questão de repeti-la.

— Ele é apenas mais um amante da era de ouro de Hollywood — explico — Está apenas empolgado. 

— Você também é uma dessas amantes de filmes estranhos e não precisa ficar repetindo todas as falas do filme o tempo todo. 

— Ah, com certeza você vai mudar a sua opinião quando assistirmos Amor, Sublime Amor — provoco-o e vejo seus olhos se revirarem em completo tédio. 

Eu amo a forma como Jungkook não é o maior fã de filmes antigos, mas sempre é o primeiro a comprar ingressos para as sessões especiais no Drive-in, apenas porque esse é um dos meus vícios estranhos. Na verdade, eu amo tudo e mais um pouco em Jeon Jungkook, mas são pequenos detalhes como esses que me deixam completamente apaixonada por ele. 

— Sabe, sorte sua eu gamar muito você — diz, passando um dos braços ao redor dos meus ombros — Porque eu queria estar fazendo outras coisas com você ao invés de assistir um filme.

Nossos olhos se cruzam, e uma explosão de calor surge dentro de mim. Ai, meu pai. Sei exatamente o que ele está pensando agora. Ou melhor, o que está pensando em fazer.

Transar.

E estou pensando a mesma coisa.

— Vamos para casa? — murmura.

As duas palavras, roucas e graves, fazem minhas coxas se contraírem tanto que é uma surpresa eu não distender um músculo.

Em vez de responder — minha garganta está seca de tanto desejo —, levanto e salto da parte traseira da caminhonete, prestes a entrar no carro. 

Jungkook ri e faz o mesmo logo em seguida. 

— Vou entender isso como um sim. 


•••


Não tenho ideia do que conversamos no carro até a casa de Jungkook. Sei que falamos. Sei que vi a paisagem voando pela janela. Sei que até respirei, levando oxigênio aos pulmões como uma pessoa normal. Só não consegui registrar nada disso.

No instante em que chegamos na sala de estar e trancamos a porta principal da casa, jogo as mãos ao redor de seu pescoço e o beijo. Foda-se essa história de um passo de cada vez. Quero-o demais para ir devagar, e minhas mãos se atrapalham na fivela do seu cinto antes que sua língua entre em minha boca.

Sua risada rouca faz cócegas em meus lábios, e, em seguida, mãos fortes seguram as minhas, para me impedir de abrir seu cinto.

— Por mais que aprecie o entusiasmo, vou ter que desacelerar você, Cass.

— Mas não quero ir devagar — protesto.

— Só lamento, docinho.

 — Docinho? Quem é você, minha avó?

 — Ela chama as pessoas de ‘docinho’?

— Na verdade, não — confesso — Vovó xingava como um caminhoneiro. Em um natal, soltou um filho da puta na mesa de jantar, e meu pai quase engasgou com a comida.

Jungkook solta uma risada. 

— Acho que gosto da sua avó.

— Ela era uma graça.

 — Aham. Parece mesmo — ele dá de ombros — Agora podemos parar de falar da sua avó, sra. Assassina de Climas?

— Você matou primeiro — observo.

— Não, só mudei o ritmo — seus olhos escuros fervem de calor — Agora sobe no sofá para eu fazer você gozar.

Ai. Meu. Deus.

Eu me jogo no sofá tão rápido que trago outra risada aos lábios de Jungkook, mas não me importo de parecer ansiosa. 

Ele se deita sobre o meu corpo, enfia a mão pelos meus cabelos e me beija. Nunca estive com um cara tão bruto comigo. Damon me tratava como se eu fosse quebrar, mas Jungkook não. Não sou um frágil artefato de porcelana para ele. Sou só…eu. Adoro a forma como fica animado, a maneira como puxa meu cabelo se minha cabeça não está exatamente onde quer que esteja, ou como morde meu lábio quando tento provocá-lo, privando-o da minha língua.

Sento apenas para que ele possa tirar minha blusa, e ele segue em frente, abrindo meu sutiã com uma única mão, o tipo de destreza que aprendi a esperar de Jungkook. Assim que tira a própria camiseta, pressiono a boca contra seu peito. Sua pele é quente sob meus lábios, e quando minha língua se move tímida sobre um mamilo, um gemido rouco escapa de sua garganta. Num piscar de olhos, estou de costas no sofá, e estamos nos beijando de novo.

Jeon envolve meu peito com a mão, brincando com o mamilo entre os dedos. Minhas pálpebras se fecham num espasmo, e, neste momento, não me importo se ele está olhando para mim. Só penso no bem que me faz sentir.

— Sua pele parece de seda — murmura.

— Você roubou isso de um filme brega? — provoco.

— Não, tô só constatando um fato — seus dedos roçam a parte inferior de meus seios — Você é macia, suave e perfeita —ele levanta a cabeça para me lançar um olhar irônico.

— Se você parar de me tocar, vou socar você — ameaço, e ele ri, afundando a cabeça no meu pescoço, beijando minha pele fervente. 

— Não vale a pena, isso só vai fazer você quebrar a mão. E acontece que gosto das suas mãos.

Com um sorriso malicioso, Jungkook pega minha mão direita e a leva direto para a virilha.

O volume duro sob minha palma é tão tentador que não posso deixar de acariciá-lo. As feições de Jungkook se retesam. Um segundo depois, ele tira minha mão depressa. 

— Ah, merda. Péssima ideia. Assim eu não aguento.

Solto um riso. 

Ele me interrompe com um beijo escaldante que me deixa sem ar. Em seguida, um brilho travesso ilumina seus olhos de novo, e ele abaixa a cabeça para beijar meu mamilo.

Uma onda de explosões de prazer me percorre por dentro. Quando a língua dele se projeta e rodeia o mamilo arrepiado, quase flutuo. Meus seios sempre foram sensíveis e, neste momento, suas terminações nervosas não poderiam estar mais estimuladas. Quando ele chupa o mamilo com força vejo estrelas. Jungkook passa para o outro seio, dando-lhe a mesma atenção minuciosa, os mesmos beijos preguiçosos e as lambidas provocantes.

Em seguida, começa a deixar beijos em seu caminho para baixo.

Apesar da excitação disparando em meu sangue, experimento uma onda de ansiedade.

A respiração de Jungkook faz cócegas em meu umbigo enquanto sua língua roça minha barriga. Posso sentir seus dedos trêmulos ao abrir o botão da minha calça jeans. Gosto de saber que pode estar nervoso, ou, no mínimo, que está tão empolgado quanto eu. Ele sempre transparece tanta desenvoltura e autoconfiança, mas quando estamos transando parece estar se agarrando ao último fio de equilíbrio.

— Posso? — sussurra, deslizando a calça jeans e a calcinha por meus quadris.

Em seguida, sua respiração acelera, e me sinto ligeiramente constrangida quando seu olhar faminto se fixa no ponto entre minhas pernas. Inspiro lentamente e respondo:

— Pode. 

O primeiro roçar de sua língua contra minha pele é como uma corrente elétrica disparando por minha coluna. Solto um gemido tão alto que ele levanta a cabeça abruptamente.

Tenho que morder o lábio para não fazer barulho, porque o que ele está fazendo comigo… meu Deus. É tãããão bom. Ele circula a língua por meu clitóris, e então chupa com movimentos suaves e lentos que me deixam absolutamente alucinada de desejo. Ele dá tempo para o meu prazer crescer, indo devagar e me deixando louca, me fazendo implorar.

 — Por favor — reclamo quando o ritmo volta a ficar dolorosamente vagaroso — Mais.

Ele ergue a cabeça, e tenho certeza de que nunca vi nada mais sensual do que seus lábios molhados e os olhos escuros e ardentes. 

— Mais rápido? — ele ri, enfiando dois dedos em mim e curvando-os em um ritmo quase torturante — Você aguenta? 

Eu me surpreendo ao fazer que “sim” com a cabeça. Mas não acho que esteja mentindo. Estou tão a ponto de bala que me sinto como uma bomba de desenho animado prestes a detonar.

Com um gemido baixo de aprovação, ele se abaixa e envolve meu clitóris com os lábios. Chupa com força, enfiando ao mesmo tempo mais um dedo dentro de mim, e disparo feito fogos de artifício.

O orgasmo é mil vezes mais intenso do que os que já me proporcionei, talvez porque meu corpo saiba que não era eu fazendo isso acontecer. Era Jungkook. Ele conseguiu me deixar toda mole e produziu uma onda de satisfação gostosa e pulsante através de mim.

Quando enfim essas sensações incríveis diminuem, deixam em seu lugar uma descarga quente de paz e um sentimento estranhamente agridoce.

— Por que você está sorrindo? — ele pergunta ao voltar para o sofá, ficando sobre meu corpo, enquanto seus lábios beijavam o meu pescoço.

— Porque estou feliz, ué — dou de ombros.

— Ah, admita que está sorrindo porque sou um rei do sexo e sempre te deixo satisfeita.

Dou um soco em seu ombro. 

— Ai, por favor, você é tão idiota. Nunca, nunca vou dizer isso.

— Claro que vai — ele sorri para mim — Quando eu der um jeito em você, vai estar gritando isso pra todo mundo ouvir.

— Sabe o que eu tô pensando?

— Mulheres não devem pensar, Cass. É por isso que seus cérebros são menores. A ciência comprova — dou outro soco, e uma risada descontrolada escapa de sua boca — Nossa. Tô brincando. Você sabe que não acredito nisso. Sou devoto do santuário da feminilidade — ele adota uma expressão solene — Tá bom, vai, no que tá pensando?

 — Acho que é hora de eu calar a sua boca.

Ele solta um risinho. 

— Ah, é? E como você planeja ca… — então solta um gemido quando seguro o volume em sua calça e aperto com vontade — Você é uma pervertida.

— E você é um grosso, então acho que vamos ter que dar um jeito nisso também.

— Ah, obrigado por constatar que sou mesmo grosso — ele sorri com inocência, mas não há nada de inocente na maneira como empurra seu pau duro contra a minha mão.

De repente, não tenho mais vontade de provocá-lo. Só quero vê-lo se contorcendo. Ataco a fivela do cinto, e, desta vez, ele me deixa abri-la. Na verdade, senta no sofá e me deixa fazer o que bem entender.

Vou para o chão e fico de joelhos na sua frente. Tiro suas roupas como se estivesse desembrulhando um presente bonito e, logo que o vejo nu, me dou um momento para admirar meu prêmio. Seu corpo é longo e esguio, com um tom dourado na pele, em vez do branco pálido. Corro os dedos por seu abdômen de pedra, sorrindo ao notar seus músculos tremendo sob meu toque.

Corro a língua sobre as tatuagens, então vou beijando-o até o peito. Jungkook tem gosto de sabonete, sal e homem, e eu adoro isso. Tanto que não consigo parar de lamber cada centímetro desse maldito corpo.

Sei que está gostando da minha exploração minuciosa tanto quanto eu, porque sua respiração se torna instável, e posso sentir a tensão ondulando por seus músculos. Quando minha boca conclui seu caminho roçando a ponta do pênis, o corpo inteiro de Jungkook fica tenso.

Ergo o rosto e encontro seus olhos cinzentos vidrados em mim. Minha língua toca sua carne dura, e seus quadris se erguem do sofá. Lambo a cabeça lisa e inchada, saboreando seu gosto, desvendando a textura com a língua. Quando enfio a ponta na boca e chupo devagar, ele solta um gemido afobado do fundo da garganta.

— Meu Deus, Cass. Isso é…

— É o quê? — provoco-o, olhando para ele.

— Inacreditável — rouqueja ele — Não pare nunca. Falando sério. Quero sua boca no meu pau pro resto da vida.

Será que esse pedido rouco é bom para o meu ego?

Pode apostar.

É ótimo para o meu ego.

Como ele é grande demais para enfiar todo na boca — e não sou nenhuma especialista em garganta profunda —, envolvo-o pela base com os dedos, chupando e movendo a mão ao mesmo tempo, alternando o ritmo entre lento e provocante para rápido e frenético. A respiração de Jungkook se acelera, os gemidos tornando-se cada vez mais desesperados.

— Cassandra! — exclama. Sinto suas coxas tensionarem e sei que está prestes a gozar.

Sugo com força a sua cabecinha rosada e com um grunhido rouco, Jungkook arqueia a coluna, e um jato úmido jorra em meus dedos e sua barriga. A expressão em seu rosto é fascinante, e não consigo desviar os olhos. Os lábios estão entreabertos; as bochechas, tensas. Seus olhos são um redemoinho enevoado e cinzento, como uma massa espessa de nuvens logo antes de uma tempestade.

Eu me levanto, sentando em suas coxas, e simplesmente seguro as costas de sua cabeça e puxo-o para um beijo. Depois disso, tudo se torna um borrão. Suas mãos e lábios estão em toda parte, e uma onda de prazer me varre para um lugar bonito onde só existimos nós dois, Jungkook e eu. Ele se afasta apenas para alcançar o pequeno móvel com gavetas ao lado do sofá, e meu pulso acelera, porque sei o que está pegando e o que está prestes a acontecer. O barulho de uma embalagem se abrindo chama a minha atenção, e tenho um vislumbre dele vestindo uma camisinha. 

— De quatro. Agora. 

A ordem é repentina e eu me assusto, mas não deixo de obedecer. Apoio minhas mãos no braço do sofá e empino minha bunda em sua direção, sentindo suas mãos agarrarem meu quadril com força. Ele pincela o seu membro na minha entrada, vez ou outra tocando em meu clitóris com a cabeça do seu pau, e preciso me controlar muito para não me inclinar e ser preenchida por ele.

Felizmente, Jungkook parece ler os meus pensamentos e me penetra de uma vez. A sensação é tão boa que durante alguns segundos eu preciso fechar os olhos e respirar fundo para não perder o controle. Ele estapeia a minha bunda com força e minha pele arde, implorando por mais de uma forma silenciosa.

Toda vez que me preenche, meu corpo aperta sua ereção. Toda vez que sai, me sinto vazia, dolorida, desesperada. Estou viciada neste cara. Nos seus beijos e no seu gosto, na sensação do seu cabelo curto sob meus dedos, e o tendão suave em suas costas quando cravo as unhas nele.

Ele flexiona os quadris, sua respiração se acelera e ele entra com mais força, mais fundo, transformando minha visão numa névoa branca. Então leva a mão ao ponto em que estamos unidos e esfrega meu clitóris, e lá vamos nós. 

Aperto a espuma do sofá com força, praticamente cravando as minhas unhas ali, e toda vez que ele pressiona seus dedos em meu clitóris vejo estrelas. 

— Ah! — gemi quando ele se inclinou um pouco sobre mim, fazendo seu pau atingir um ponto bem prazeroso do meu corpo — Porra, isso! 

Ele retira o seu membro e escorrega novamente para a minha boceta molhada,

encharcada como se tivéssemos fodido por horas e horas, mas isso é apenas o começo de uma longa noite. 

— Ooh, Cass... — urrou quando eu rebolei contra si e imediatamente ele agarrou minha cintura, apertando-me sem nenhuma piedade — Caralho, que gostosa, porra! 

Jeon chocava sua pélvis contra a minha bunda enquanto fechava os olhos e apreciava as sensações. Meu corpo inteiro estava formigando, uma sensação completamente diferente, um prazer fora do normal.

Olhei para frente e encarei o nosso reflexo no vidro da janela com um belo sorriso no rosto. Era possível perceber pelo olhar de Jungkook o quanto ele me cultuava, o quanto estava satisfeito por me ter ali, nos seus braços. E não era apenas ele. Eu também estava feliz em finalmente ter chegado a esse ponto. Ele realmente é a porra de um deus do sexo e eu estava louca para perder os sentidos de tanto gozar. 

Minha intimidade se contraia forte e meu corpo respondia com ondas intensas de espasmos, com o clímax cada vez mais perto. Minha boca não se fechava, não mais. Era impossível controlar qualquer gemido e estímulo naquele momento, com ele metendo tão fundo, tão gostoso. Ele rebolava vez ou outra, socando tudo e logo depois retirava quase todo o seu membro, deixando apenas sua glande. 

Ele queria, sem dúvida alguma, me deixar louca. 

— Eu quero sentar em você — murmurei entre meus gemidos, sentindo-o socar o seu membro mais uma vez em mim — A-ah, porra... — urrei, fechando os olhos.

Jungkook rapidamente atendeu aos meus pedidos. Retirou-se lentamente de mim e sentou no sofá, dando dois tapinhas em sua coxa direita assim que me virei. Por alguns segundos encarei a visão delirante que eu tinha do seu corpo: as bochechas coradas, o suor escorrendo discretamente por sua pele, os músculos bem definidos, o peitoral subindo e descendo conforme a respiração ofegante...Simplesmente a porra de um paraíso.

— Sobe em mim. — sua voz é rouca, tremendo de desejo.

Engolindo em seco, monto em seu colo e pego seu pênis com uma das mãos. É comprido, grosso e imponente, mas esta posição me permite controlar o quanto receber. Sento nele, e meu pulso galopa como um cavalo de corrida. Descendo centímetro por centímetro, experimento a mais deliciosa sensação de alargamento, até que ele está todo lá dentro, e, de repente, estou preenchida. Incrivelmente preenchida. Meus músculos internos apertam seu pau, envolvendo-o em ondas, e ele solta um ruído desesperado que ressoa através do meu corpo.

— Ah, merda — Jungkook crava os dedos em meus quadris antes que eu possa me mover — Me fala da sua avó de novo.

— Agora?

 — É, agora, porque não sei se alguém já disse isso antes, mas você é mais apertada do que um… não, não vou pensar no quanto você é apertada. Qual é o nome da sua avó?

— Marjorie — faço um esforço desmedido para não rir.

Sua respiração se acelera de forma audível. 

— Onde ela morava?

— Seattle. Casa de repouso — gotas de suor brotam em minha testa, porque Jungkook não é o único perto de perder o controle aqui. A pressão entre as minhas pernas é insuportável. Meus quadris querem se mover. Meu corpo anseia por alívio.

Jungkook solta uma expiração longa e entrecortada. 

— Certo. Tudo sob controle. Permissão para continuar.

Graças. A. Deus.

Levanto e desço de novo com tanta força que nós dois gememos.

Essa necessidade cega é algo novo para mim. Cavalgo sobre ele num ritmo furioso e rápido, mas ainda não é o bastante. Preciso de mais e mais e mais, e, por fim, estou apenas me esfregando contra ele, porque descobri que, quando me inclino para a frente e faço isso, meu clitóris roça em seu osso pubiano e intensifica o prazer.

Meus seios estão esmagados contra o peito forte. Ele é tão masculino, tão viciante. Beijo seu pescoço e percebo que sua pele está quente sob meus lábios. Jungkook está pegando fogo, os batimentos cardíacos martelando loucamente contra meus seios, e quando levanto a cabeça um pouco e vejo seu rosto, sou capturada por sua expressão, as feições contorcidas e o intenso brilho de prazer nos olhos. Estou tão concentrada nele que, quando o orgasmo chega, me pega totalmente desprevenida.

— Caralho — grito, tombando sobre ele, enquanto uma onda de felicidade pura atravessa meu corpo.

Jungkook esfrega minhas costas enquanto ofego de prazer. Meu sexo se contrai, apertando seu membro rígido, seus dedos furam minhas omoplatas, e ele xinga. 

— Cass… ah, cacete, gata, que gostoso.

Ainda estou recuperando o fôlego, quando ele começa a se mover para cima, rápido e fundo, os quadris subindo enquanto me preenche, uma, duas vezes, até que, enfim, dá um último impulso e geme. Suas feições se contraem, as sobrancelhas escuras se juntam como se estivesse sentindo dor, mas sei que não está. Beijo seu pescoço de novo, chupando a pele febril enquanto ele treme embaixo de mim, me apertando tão forte que retém todo o ar dos meus pulmões.

Depois que nós dois nos recuperamos e a camisinha é descartada, Jungkook se junta a mim no sofá e me abraça por trás. O peso do seu braço me faz sentir segura, aquecida e valorizada. Posso dizer o mesmo da forma como ele espalma a mão em minha barriga e acaricia a pele nua, distraidamente. Seus lábios se apertam contra minha nuca, e sei, de verdade, que nunca me senti tão feliz na vida.

— Vamos para o quarto, huh? — perguntou, deixando uma mordidinha descarada no lóbulo da minha orelha — Podemos tomar um banho, aproveitar mais um pouco e depois descansar... 

— Vamos — concordo, ainda exausta demais para tentar sugerir outra coisa. Um banho quente enquanto estou nos braços de Jungkook me parece a melhor forma de encerrar essa noite.

Ele se levantou e como se eu não pesasse uma grama sequer, me colocou em seus braços e me levou até o segundo andar, especificamente para o quarto, onde fomos direto para o banheiro. 

Ali, com a água morna caindo sobre nossos corpos, tivemos um ao outro novamente. Diferente do que fizemos no sofá, imersos em desejo e luxúria, naquele chuveiro nos amamos, de uma forma carinhosa e romântica, como se apenas nós dois existíssemos em todo o universo. 

— Você é perfeita — ele sussurrava o tempo todo, beijando todo o meu rosto — Eu...Eu te amo, Cass — confessou em um sussurro que fez todo o meu corpo se arrepiar em felicidade.

Jeon Jungkook me ama. 

E, por Deus, claro que eu o amo. 

— Eu te amo, Jungkook — segredei ao sairmos do boxe de vidro, enrolando o meu corpo em uma toalha branca — Eu te amo, eu te amo, eu te amo! — repeti inúmeras vezes, passando os braços ao redor do seu corpo. 

Jungkook segurou o meu rosto e me beijou. De uma forma desastrada, enquanto estávamos completamente mergulhados em nós, caminhamos aos tropeços até a cama. Ele repousa o meu corpo no colchão com cuidado, e mesmo com a escuridão presente no quarto, seus olhos brilhavam da mesma forma que uma estrela brilha nas noites mais mágicas.

O meu telefone, que apenas agora percebo que está ali, começa a vibrar com uma nova ligação. Nós dois ignoramos isso completamente, afinal, nada parecia mais importante do que continuarmos ali, amando cada pedacinho do outro. 

Jungkook afundou o seu rosto entre o meu pescoço e meus ombros, mordiscando a minha pele fria graças ao banho recente com cuidado, causando-me cócegas. Afundei meus dedos nos fios úmidos do seu cabelo e acariciei o local, deslisando meus dedos por todo o seu couro cabeludo.

— Eu te quero tanto, Cass — murmurou contra a minha pele, deixando beijinhos molhados em todo o meu pescoço. 

Várias notificações de mensagens chegam e meu celular começa a tocar outra vez. Jungkook ignorou novamente, assim como eu.

— Eu sou a mulher mais sortuda do mundo por ter você comigo — declaro, enquanto meus dedos dedilhavam lentamente o seu rosto, até tocar em seus lábios, contornando-os com cuidado — Sou completamente apaixonada por você, Jungkook, e essa é uma das melhores coisas que já senti em toda em minha vida.

Ele inclina o seu rosto para me beijar, mas o maldito telefone toca outra vez e Jungkook perde completamente a paciência, estendendo o braço direito para pegar o celular sobre a mesa de cabeceira. 

— Vou mandar essa pessoa se foder agora mesmo — brincou, puxando o celular para si — Sério, deveria ser um crime interromper declarações de amor.

Mas, como num passe de mágica, o sorriso brincalhão que estava no rosto tão perfeito de Jungkook desapareceu e os seus olhos pareceram se ofuscar de raiva.

Só então a minha ficha caiu e pude notar o que estava acontecendo, ou melhor, o que estava prestes a acontecer. 

Jungkook rejeitou a ligação e encarou a tela ligada do celular por mais alguns segundos, com as sobrancelhas unidas em tamanha raiva. No mesmo instante um filme começou a ser transmitido na minha mente e desejei voltar no tempo e consertar toda a merda que venho fazendo nas últimas semanas.

Tenho vontade de chorar ali mesmo, mas a culpa que sinto é tão grande que não consigo derramar uma lágrima sequer. 

Jungkook deixa o celular de lado e se levanta, completamente frustrado, e caminha até o seu closet.

Pego o celular e leio as inúmeras notificações de mensagens enviadas por Jessica praticamente o dia todo. As primeiras lágrimas começam a brotar, mas me recuso a chorar. Tomei uma decisão e não posso mudar isso. 

Agora, irei arcar com as consequências.


Jessica:

Bruce e eu estaremos em Winston amanhã.

Jessica:

Se isso for apenas uma desculpa para tentar me transformar em vilã, está perdendo seu tempo.

Jessica:

E espero que esteja longe de Jeon Jungkook. Não se aproveite das minhas sobras. 


Quando termino de ler as últimas mensagens, Jungkook sai do seu closet, vestindo uma calça de moletom preta e com um maço de cigarros lacrado em uma das mãos. Eu deveria me preocupar com os cigarros, pois há muito tempo Jungkook está tentando se livrar desse vício maldito, mas sei que há coisas mais importantes para serem discutidas agora.

— Jungkook... — chamo-o baixinho, enrolando-me na toalha — Por favor...

— Eu estou irritado, Cassandra. Irritado pra caralho — alegou, parado em frente a porta do quarto, com os braços cruzados, mas em nenhum momento ele me encarou — Eu só queria que pelo menos uma pessoa que eu amo fosse sincera comigo, mas nem você conseguiu isso. 

E então ele sai, caminhando em direção ao escritório, e logo posso escutar a porta bater com tanta força que com certeza as todas as paredes da casa tremeram com o impacto.

Respiro fundo, encaro o teto e finalmente me permito chorar, arremessando o celular no chão quando uma nova notificação chega. 

Jessica muitas vezes disse que eu era a culpada por grande parte dos problemas da sua vida. Muitas vezes ela gritou na minha cara como eu sou completamente culpada por todas as malditas coisas ruins que acontecem na minha vida. 

E, pela primeira vez em toda a minha vida, eu concordo 100% com Jessica Adams.



Notas Finais


• muuitas emoções para um capítulo só e por algum motivo sinto que alguns leitores querem me matar depois desse final....hehe

• um avisinho do coração: a fanfic está entrando em sua reta final e muitas emoções estão por vir, então se preparem!!!

• lembrem-se de favoritar, comentar e adicionar na biblioteca.

• até o próximo capítulo 🥀🥃


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