História Promised - Quem é o culpado?

Ele tinha um amor? Ele estava apaixonado por alguém? Então ele sabia o que eu sentia, ele sabia como era amar e mesmo assim não me trata bem?! Que tipo de pessoa faz isso? Ah, essa eu sei... Damon Salvatore!

Cansada de ficar em uma festa na qual não estava me agradando em nada, eu subi para o meu novo quarto e lá fiquei por... Horas, fico feliz em dizer que não derramei nenhuma lágrima não valia a pena, até porque essa "paixão" não duraria, ele me odiaria tanto que acabaria deixando a sua paixão por outra para trás.

Damon adentrou o quarto todo sorridente e já tirando o paletó

— Aí está você! - Ele deu um meio sorriso enquanto me olhava. Já estava pronta para dormir, sentada na cama e segurando um livro no qual eu não estava nem ao menos lendo. - Te procurei por toda parte, estavam perguntando por você! - Comentou ele.

— Pelo visto você não me procurou direito! - Respondi secamente. -

— Acho que não... - Ele deu de ombros. - O que você tem? - Perguntou estranhando o fato de eu estar bufando a cada palavra que ele falava. Revirei os olhos.

— Quem era aquela moça? - Ele franziu o cenho como se não compreendesse o que eu dizia.

— Que moça? - Dei uma leve risada insatisfeita e me levantei, caminhei até ele e então o encarei bem séria, pra ele ver o quão brava eu estava naquele momento.

— A que você olhou apaixonadamente. - Eu nunca tinha em toda a minha vida visto o Damon corar, mas no momento em que ele ouviu o que eu tinha a dizer, foi o que aconteceu, ele ficou vermelho, e por incrível que pareça, ele ficou ainda mais bonito.

— Ora Elena, vai me dizer que isso tudo é ciúme? - Ele desconversou.

— Quem é ela? - Perguntei firme, ele desviou o olhar. - Se você não me disser eu posso descobrir, não tem problema, só te garanto que terão consequências! - Ele bufou impaciente, mas acabou cedendo.

— Bonnie Bennett é tudo o que você precisa saber! - Declarou desgostoso.

— Então quer dizer que mesmo você sabendo como é está apaixonado você ainda me faz passar por tudo isso? - Indaguei totalmente enraivecida. - Você ainda tem coragem? - Eu não vou chorar, não vou... Seja forte, não chore!

Ele deu de ombros e novamente desconversou.

— Acho que esqueci uma coisa lá embaixo. - Dei uma risada forçada e antes que ele saísse eu falei. - Fique longe dela! - Ordenei e então ele voltou ao lugar em que estava, bem a minha frente.

— E se eu não ficar? - Agora ele estava tão sério quanto eu.

— Aí nós teremos um grande problema! - Fora a vez de ele puxar uma risada falsa.

— Até uma formiga sabe que você não é capaz de fazer mal a alguém. - Ele comunicou como se isso fosse um defeito meu.

— Experimente se aproximar dela! - Ameacei e então ele saiu.

Estou entrando em uma relação de amor e ódio com Damon Salvatore, isso não é saudável.

[...]

Meia hora depois uma criada entrou no quarto e começou a mexer nas coisas de Damon, ou melhor, ela estava fazendo uma mala. Ele iria viajar?!

— O que está fazendo? - Perguntei a senhora que arrumava a mala para ele. - O príncipe precisará sair às pressas, houve um problema... - A interrompi.

— Tudo bem! - Não queria saber, era bom que ele se distanciasse um pouco, só assim eu iria poder pensar em algo pra afastar a tal de Bonnie de uma vez da vida dele.

Por fim a senhora terminou de arrumar as coisas dele, e então ele subiu para se arrumar, não falou nada, e eu estava muito agradecida por isso, mas eu precisava deixar bem claro pra ele que não queria que ele se aproximasse eu não queria nem que ele a visse novamente.

Eu só queria desabafar, eu só queria matar o Damon, como ele podia ser tão insensível a ponto de me fazer sofrer, se ele estava sentindo o mesmo? Porque? Eu não era a culpada por ser prometida a ele, de uma forma ou de outra, ele me culpava, isso era injusto, porque a culpa não era minha!

[...]

Quando ele saiu do banho, eu estava um pouco menos nervosa, então perguntei a ele com toda a calma possível.

— Você me culpa não é? - Mesmo tendo medo da resposta, eu precisava saber.

— Pelo que? - Ele perguntou em um tom desprezível depois de alguns segundos.

— Por ter sido a sua prometida.— Ele franziu o cenho e bufou.

— Isso não importa... - Eu o interrompi.

—Claro que importa! - Me aumentei um pouco o tom de voz. - E só peço que você não esqueça que você também foi o meu prometido, eu também não tive escolha, ao contrário de você, eu fui fiel, eu nunca... - Foi a vez de ele me interromper.

— Não ouse completar essa frase, você não sabe o que fala! - Ele ficou mais irritado do que estava. - Eu nunca te desrespeitei, e mesmo que tivesse, nós não tínhamos nada, você só era uma pessoa que foi fadada a ficar comigo sem amor, mas você se apaixonou, portanto,sim, a culpa de isso tudo é sua! - Ele falou tendo certeza de que eu era a errada da história.

Ele não tinha o direito de me culpar.

— Eu só peço que você me respeite, eu sou a sua mulher, entendo que você não me ame e eu espero que isso mude... - E novamente ele me interrompeu.

— Nem perca o seu tempo pensando que eu vou me apaixonar por você, eu nunca vou te amar, eu me recuso a isso! - Não transforme esse ódio que você sente em lágrimas, mas sim em forças pra provar a ele que está errado. — Eu odeio estar com você, eu odeio o simples fato de ser o seu marido, você e sua família são os reais culpados por eu ter sido obrigado a casar com alguém que eu não amo! - Ele finalmente tinha desabafado.

— Você não deveria ter dito isso! - Disse apenas, por mas que ele tivesse me magoado, eu não daria a ele o gostinho de me ver mal, não mesmo.

[...]

Ele se foi e então eu me senti a vontade pra chorar, o que tinha de errado comigo, começo a achar que ele me magoa por puro prazer, já está virando rotina. Eu não me casei para ser infeliz, eu vou ter a minha felicidade, custe o que custar, nem que pra isso o Damon me odeie ainda mais!