[...]
Nem a palavra com o significado mais triste e desolado caberia no que estou sentindo agora, acabei de descobrir que minha mãe está morta. Foi assassinada. Uma parte de mim acha que é mentira, um pesadelo e quero acordar para ver minha omma novamente, isso não é verdade, NÃO PODE SER. Acho que estou paralisado, não consigo expressar qualquer sinal de qualquer coisa que eu estou sentindo, afinal estou despedaçado em infinitos pedaços como um quebra-cabeça que nunca será montado no final. Eu escuto uma voz bem de longe me chamando, mas não consigo reagir em resposta. Ainda estou em choque.
[Kai off]
[Chanyeol on]
Sempre fui amigo de Kai, desde criança para falar a verdade. Vê-lo nesse estado corta meu coração, e o pior é que não tem muito o que eu possa fazer, e tenho medo. Porque quando não sabe lidar com algo, ele guarda e fica sofrendo, finge que não aconteceu.
- Kai? Kai? Kai? – continuava o chamando, mas sem alguma resposta.
(...)
Se passaram alguns minutos e Kai continuava na mesma posição. Sentado e olhando para o vazio, para a parede.
- Kai? – insistir novamente em chama-lo – amigo?
- Estou aqui – responde fraco.
- Liguei para a sua tia, ela vai resolver tudo, não se preocupe com nada, ok?
- Já descobriram Chanyeol? – mudou sua fisionomia de triste para raiva em segundos.
- Praticamente, temos suspeitas – foi um serial killer que deixa a mesma marca em suas vítimas, ele as deixa no local todas amarradas, após assassiná-las sufocadas com algum fio ou algo do tipo, mas não posso contar ainda para Kai. E ele me contou sobre S/n, acho que talvez esteja em perigo porque presenciou o sequestro antes do assassinato da vítima, mesmo nem ela ou Kai esteja sabendo disso. Ainda.
[Chanyeol off]
[S/n on]
Depois que almocei com a minha irmã, resolvi ir trabalhar. Não quero ficar faltando porque não tem nem uma semana que entrei, então esperei Agnes ir para o escritório que ela trabalha como advogada, porque se bem a conheço ela não me deixaria ir para o jornal ou para qualquer outro lugar que ficasse do outro lado da porta. Chamei um táxi e cheguei rapidamente no meu trabalho, entrando lá vejo logo Jisoo, que já vai me sufocando com seu abraço de urso.
- Já pode me soltar – falei quase sem ar.
- Oh, desculpinha S/n – me soltou imediatamente e sorriu – Como você está? Chanyeol me ligou hoje de manhã me falando tudo.
- Minha cabeça ainda dói um pouco – passei a mão no local dos pontos – mas não é nada.
- Não era para você está aqui mocinha – apontou o dedo em direção do meu nariz – se o Suho descobre, ele te manda pra casa na mesma hora! A senhorita deveria está descansando!
- Negativo Jisoo. Eu deveria está na minha sala olhando os arquivos, isso sim – dei de ombros e fui em direção da mesma – e sei que Suho faria isso, então minha fada madrinha Jisoo.... – olhei com uma cara de gatinho abandonado.
- Iiiii lá vem – levantou uma das sobrancelhas enquanto íamos para a minha sala.
- Você não pode deixar ele saber que estou aqui! Não deixe ele vir nessa direção – apontei para a porta – e o que você tem que fazer é apenas distraí-lo.
- Apenas distraí-lo? Você bateu a cabe...
- Bati ontem – ri da expressão que ela fez e como colocou a mão na boca após perguntar se eu tinha batido a cabeça – não tem problema Jisoo, eu bati mesmo – eu ri novamente e dessa vez ela também.
- Ok, ok senhorita S/n! Você ganhou, irei te ajudar. Mas se o Suho descobrir vou te jogar na rodinha e dizer que foi tudo ideia sua, e que me ameaçou com uma faca!
- Sério isso? – tentei não rir, mas foi impossível – ok, ok faça como quiser, contando que me ajude. Agora sai da minha sala que eu vou olhar os arquivos sobre o caso n° 0236 - disse enquanto a empurrava para fora da minha salinha.
Depois que tirei Jisoo da minha sala, comecei a olhar nos registros sobre o caso n° 0236, quando abrir a pasta, fiquei meio assustada com as informações ali presentes.
- Serial killer? O “amordaçador”? o que é isso?! – olhava para as imagens anexadas no documento de várias pessoas amarradas – Meu Deus! Ele sufoca suas vítimas até a morte??! – fechei com tudo a pasta, não conseguia mais ler nem mais uma palavra se quer daquela brutalidade.
Escutei batidas na porta, me assustei que meu coração quase salta pra fora.
- Pode entrar – disse enquanto guardava rapidamente aqueles documentos – Policial Park?
- Oi, S/n. vou direto ao assunto – disse sério.
- Que assunto??
- Ontem você foi testemunha de um assassinato de um serial killer, e a única até o momento – fechou a porta e se aproximou – Então, S/n você acaba de entrar no programa de proteção à testemunha.
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