1. Spirit Fanfics >
  2. P.S.: Eu te amo. (Camren) >
  3. X.

História P.S.: Eu te amo. (Camren) - X.


Escrita por: CamrenSeduce

Notas do Autor


Boa leitura ♥

Capítulo 12 - X.


Fanfic / Fanfiction P.S.: Eu te amo. (Camren) - X.


Lauren caminhou calmamente até o interfone. Tinha ganas de atender e mandar que Shawn subisse, e acabar com a raça dele antes que conseguisse cruzar o corredor. Ela parou perto do interfone, que chamava decidido. Porém...

‘’Amor, não brigue com ele. Lauren, eu te imploro.’’


Lauren parou olhando o interfone. Que diabo. Ela respirou fundo, usando cada fibra que tinha, e ergueu a mão. Ao invés de apanhar o fone, a mão dela sondou a lateral do interfone. Lauren desligou o alarme do interfone. Desse modo, o aparelho apenas piscava, avisando que estava chamando, mas sem volume. Ela respirou fundo e virou o rosto, voltando pro quarto.


Lauren: Pronto. – Disse, sorrindo pra ela.

Camila: E...? – Perguntou quietinha. Sua cabeça começava a doer.

Lauren: E... Não importa mais. – Disse, se aproximando dela. Camila sorriu e estendeu as mãos pra ela, chamando-a. Lauren se sentou ao lado dela e a apanhou no colo, abraçando-a, e beijou-lhe os cabelos – Continua quente demais. – Murmurou nos cabelos dela.

Camila: Vai passar. Fique aqui. – Disse, se aninhando a ela. Lauren a aceitou, ninando-a, e contendo a fúria que corria por debaixo da sua pele.


Enquanto isso, na portaria...


Porteiro: Não atende. – Disse, pondo o interfone no gancho.

Dinah: Eu tenho permissão pra subir sem interfonar. – Lembrou prática.

Porteiro: Não tem mais. – Dinah o olhou, indignada. Harry assoviou, divertido – A srta.Cabello-Jauregui deu ordens expressas pra que todos fossem anunciados.

Harry: Tente de novo. – Disse, com as mãos nos bolsos. O porteiro voltou a interfonar. – Eu vou ficar no carro. Tá frio demais aqui. – Disse, chutando a neve.

Dinah: Você não saia daqui. – Rosnou. Harry revirou os olhos.

Ally: Será que ela tá bem? – Perguntou pequenininha, se abraçando, enquanto olhava pra cima.

Dinah: Elas estão ai. O apartamento está aceso. Lauren não a está deixando atender. – Disse, se virando pra Shawn. O homem assentiu, olhando as luzes fracas do 26º andar do prédio. Não havia como confundir o apartamento, era a cortina que Camila escolhera, todos a conheciam.

Porteiro: Nada. – Disse, pondo o fone no gancho.

Shawn: Tudo bem. Harry, - Harry o olhou – Quero que faça uma coisa. – Disse, olhando a luz do apartamento de Camila.

Harry: O que? – Perguntou, desconfiado.

Shawn: Algo que você faz muito bem. – Disse, sorrindo torto.

Harry: Que diabo, o que? – Perguntou, ficando impaciente.

Shawn: Barulho. – Disse, se virando pra Harry. Viu a carinha confusa do moreno, e olhou pro carro de Harry parado atrás dele, logo voltando o olhar pra ele.


Dinah entendeu o recado e saiu, pegando a chave de seu carro. Shawn deu a meia volta, abraçando a esposa, e saiu caminhando. Logo três carros paravam na frente da portaria do prédio. O porteiro saiu, pra chamar a segurança. Logo o barulho ensurdecedor de três buzinas se confundia com o riso de Harry, que além de buzinar, jogava com os pneus do carro, que gritavam em protesto contra o asfalto da rua. Os vizinhos saíram pra olhar, comentavam do absurdo que era. Logo a porta do elevador principal se abriu. Lauren saiu de lá, as pupilas dilatadas de raiva, as mãos tão tensas que pareciam que iam se curvar em garras. Shawn sorriu, satisfeito, e saiu do carro. Ally tentou acompanhá-lo, mas ele fez sinal pra que ela ficasse. Isso era entre ele e Lauren.
E Lauren não veio sutilmente. Estava furiosa.


Lauren: Abra. – Ordenou ao porteiro em um sibilo. Com um rangido, o portão começou a se mover pra esquerda, abrindo caminho. Dinah fechou a porta do carro e veio na direção dos dois. Ally obedecera ao marido e esperava, temerosa. Harry estava sentado no capô do seu carro.

Shawn: Onde ela está?

Lauren: Que diabo, não ouviu quando eu disse da primeira vez? NÃO É DA SUA CONTA! – Rugiu, passando pelo portão. Usava um sobretudo preto que a deixava ainda mais ameaçadora.

Dinah: O que fez com ela?! – Perguntou, a voz cortando a noite, se misturando com a neve.

Lauren: Dinah Jane, faça-me um favor? Cale essa boca. – Disse, lançando um olhar de desprezo à loira. – Alguma pergunta Harry? – Perguntou ameaçadora, virando-se pra Harry.

Harry: Estou aqui só de espectador, obrigado. – Dispensou, acenando e sorrindo.

Lauren: Fora daqui. Os dois. – Voltou-se a Dinah e Shawn.

Segurança do Prédio: Senhora... – Começou.

Lauren: Não se meta. – Disse, sem olhar o outro – Fora! – Repetiu.

Shawn: Só quando ver Camila. – Impôs, as narinas infladas de raiva.

Lauren: MALDIÇÃO, ESTÁ DOENTE! – Rugiu.

Dinah: O que ela tem? – Desafiou.

Lauren: Está febril. – Respondeu, com a voz entediada.

Shawn: Só acredito vendo.

Lauren: Então não vai acreditar. Ela dormiu. – Rosnou – Agora você, como o digno profissional que supostamente diz ser... – Interrompido.

Shawn: NÃO LHE IMPORTA QUEM EU SOU! – Gritou, perdendo a paciência.

Lauren: IMPORTA-ME QUANDO VOCÊ ARMA UM CIRCO NA MINHA RUA, QUANDO QUER ENTRAR EM MINHA CASA SEM SER CHAMADO ATRÁS DE MINHA MULHER, QUE ESTÁ DOENTE! – Rugiu de volta. Harry desceu do capô do carro. Alguém tinha que separar aquilo.

Harry: Tudo bem vocês, eu acho que já basta. Temos plateia o suficiente. – Disse, se aproximando dos dois, os cabelos castanhos sendo espantados pela neve. Vários vizinhos saíram de seus apartamentos pra olhar, ou estavam na janela. Havia alguns repórteres ali também. Camila era famosa. Lauren e Shawn eram conhecidos, cada um em sua área.

Dinah: Só vai bastar quando Camila aparecer. – Desafiou.

Lauren: Dinah Jane, eu não gosto de brigas e nunca bati em ninguém. Não me obrigue a abrir uma exceção. – Rosnou.

Dinah: Estou tremendo até a raiz do cabelo. – Debochou, irritando a morena ainda mais.


Foi um pandemônio. Harry se lançou no meio das duas e de Shawn, evitando a colisão, levando os impactos. Ally choramingou. Dinah se ergueu em um pé e chutou a barriga de Harry com o salto da bota. O moreno arqueou, xingando-a, e empurrou Lauren, enquanto tossia. Os seguranças entraram no meio. Harry se recuperou, entrando no meio. Lauren parecia destinada agora a destruir o rosto de Shawn, mas como não conseguia alcançá-lo, sua fúria aumentava assustadoramente. Shawn era rápido, mas havia Harry, os seguranças e o porteiro, eram muitos pra driblar. Harry deu uma cotovelada em Shawn e ganhou tempo pra ir até Dinah. Todos viram ele passar o pé pelo meio das pernas dela e empurrá-la pelo colo, fazendo a loira levar uma bela queda, os cabelos agora enfeitando a calçada branca pela neve, o rosto afundando no gelo frio.


Harry: AGORA JÁ CHEGA! – Disse, apanhando Shawn pela gola da camisa. O médico foi arremessado contra o capô de seu volvo, e Harry o manteve lá, com um esforço absurdo.

Lauren: CHAME A POLICIA! – Rugiu ao porteiro, recuando do tumulto, o sobretudo formando um redemoinho imponente a sua volta, furiosa, enquanto Shawn conseguia se desvencilhar de Harry.


Mas então uma voz rouca, por ser baixa e fraca, chamou a atenção.


Camila: Não chame. – Pediu, aparecendo na direção do elevador principal. Todos a olharam. A fúria de Lauren só pareceu aumentar a ver a mulher parada ali, descalça com os pés na neve, se abraçando, pálida e desprotegida, quando devia estar dormindo, aquecida em seu quarto.


Só aumentou, se é que isso ainda era possível.
Camila estava usando um moletom preto, composto por calça e mangas cumpridas. Tinha apanhado o blazer cinza grafite que Lauren lembrava ter largado no sofá quando chegaram e o vestira enquanto se abraçava. Os pés afundavam na neve enquanto ela avançava pro foco da briga. O rosto estava pálido, frágil, e os lábios carnudos tremiam levemente pelo frio. Os cabelos, de um chocolate intenso, brigavam com o vento e com a neve, caindo soltos pelas costas dela.


Shawn: Mila. – Murmurou, vendo o estado dela.

Lauren: Satisfeito agora? – Perguntou, a voz tremula de tanta raiva.


Ally saiu do carro e veio ajudar Dinah a se levantar. A loira sacudiu os cabelos, espantando a neve, e passou a mão pelo rosto dolorido pelo impacto.

Dinah: Harry? – Perguntou, indignada.

Harry: Ela não bate em ninguém. Mas se for necessário, eu bato. – Disse, com a mão por cima da camisa branca, onde havia a marca de um sapato. – E nunca mais me chute. – Avisou. Dinah revirou os olhos.

Lauren: Ma Belle. – Murmurou, passando a mão nos cabelos. Shawn ainda olhava Camila, paralisado.


Lauren caminhou até Camila, tirando o sobretudo que usava. Ela passou o sobretudo pelos ombros da esposa, por cima do blazer, e abotoou-o na altura dos seios dela, agasalhando-a. Dinah se aproximou, os cabelos loiros ricocheteando ao vento.


Dinah: Mila? – Chamou, após se aproximar – Você...

Camila: Eu estou bem, CheeChee. – Disse, enquanto Lauren tirava seus cabelos de debaixo do sobretudo – É só um mal-estar, um pouco de febre, dor de cabeça. Mas vou ficar bem. – Prometeu.

Lauren: Como eu disse. – Disse debochada.

Dinah: Não se meta. – Rosnou pra ela, agasalhando os ombros de Camila.

Shawn: Nós ficamos preocupados. – Disse a voz se revelando perigosamente próxima. Lauren se virou bruscamente, vendo Shawn atrás dela. Shawn atendeu na retaguarda. Camila interferiu.

Camila: Por favor. – Pediu, com a voz fraca – Shawnie, veja, eu vou ficar bem. Se não melhorar, eu vou ao hospital.

Shawn: Tudo bem. – Recuou, vendo o estado debilitado dela. – Dinah, vamos embora. – Disse, apanhando o braço de Dinah.

Dinah: Não pense que vai ficar assim. – Avisou a Lauren, mais em uma ameaça.

Lauren: Vá para o inferno. – Mandou, revirando os olhos.


Dinah saiu, caminhando com Shawn. Ele abraçou Ally pelo ombro, selando os lábios com os dela, e a levou até o carro. Abriu a porta pra ela. Logo o volvo prateado se retirou dali. Harry o imitou, e foi seguido por Dinah. Logo o portão do prédio se fechou. As pessoas foram voltando pra suas casas, o silêncio foi reinando.


Lauren: Seus pés. – Disse, desgostosa, vendo os pés dela, mais brancos que o resto do corpo, afundados na neve. – Vamos pra casa. - Disse, após passar a mão na maçã do rosto dela.


Ela envolveu um braço com firmeza ao redor da cintura da mulher, ajudando-a a caminhar de volta para o elevador. Camila não disse nada, se sentia completamente mal, bem pior agora. Afundou a cabeça no ombro dela e se deixou ser levada pra casa. Estava acabado. Por enquanto. Na verdade, elas não faziam a mínima idéia do que estava por vir.

 

-


Lauren levou Camila de volta pro quarto. Ela estava quietinha quando Lauren a pôs na cama.


Lauren: Frio? – Confirmou, retirando o sobretudo chamuscado de neve dos ombros dela.

Camila: Bastante. – Assumiu, com a voz quebrada.

Lauren: Eu vou resolver. – Prometeu, enquanto tirava seu blazer que ela havia vestido, deixando-a de moletom novamente.


Lauren foi até o banheiro, e voltou com uma toalha. Camila a viu apanhar um pequeno controle na mesinha, e após desligar o ar condicionado, ajustou o aquecedor.Ela se sentou aos pés da cama e apanhou os pés da menor, secando-os e aquecendo-os.


Camila: Obrigada. – Disse, vendo-a cuidar de seus pés.

Lauren: Por? – Perguntou, friccionando a toalha nos tornozelos dela.

Camila: Por não ter brigado com ele. – Disse, se afundando no travesseiro quente. Lauren olhou pra frente, quieta – Quero dizer, você se controlou. Mandou chamar a policia, mas não avançou pra ele. Atendeu o que eu pedi.


Lauren ficou quieta, aquecendo os pés dela. Ela provavelmente estava avançando pelo apartamento, ou no elevador, quando a briga quase estourou. Não vira nada. Se chegasse cinco minutos antes, o teria visto. Mas não viu. Que continuasse assim. Como diria o ditado: que os olhos não veem, o coração não sente.

 

-


Shawn: Passa algo? – Perguntou, vendo Ally quieta.


Era o apartamento de Shawn e Ally. Ele estava deitado, de bermuda, e ela de pijama, saindo do banheiro. Mas Shawn conseguia distinguir cada pedacinho do rosto dela. Cada palmo. Estava tensa.


Shawn: Venha aqui. – Chamou, estendendo a mão.


Ally foi, engatinhando pela cama, e Shawn a abraçou, fazendo-a deitar-se em seu peito. Ela se abraçou ao marido, manhosa, e ele sorriu.


Shawn: O que tem aqui dentro agora? – Perguntou, beijando a testa dela.

Ally: Só estou um pouco preocupada com a Mila. – Explicou, dando de ombros. – Quero dizer, ela estava muito pálida.

Shawn: É a cor que uma pessoa assume se tem febre e se expõe a uma temperatura drasticamente menor a que seu corpo consegue manter. – Explicou. Ally gemeu, apoiando os braços no peito dele, erguendo o rosto. Shawn soprou os longos cabelos da esposa, rindo.

Ally: Porque diabos eu me casei com um maldito medico? – Perguntou meio exasperada, o fazendo rir gostosamente.

Shawn: Talvez você precisasse de um. – Disse, selando os lábios com os dela várias vezes. Ally sorriu, aceitando os beijos do marido.

 

-

 

De volta ao apartamento Cabello-Jauregui...

Era madrugada. Lauren acordou sentindo seu corpo todo alerta, excitado, tenso. Camila acordara várias vezes naquela noite, oras com calor e oras com frio, conforme sua febre ia e vinha. Lauren acordou todas às vezes e cuidou dela até que estivesse dormindo. Até que Camila acordou, mas não com febre. Olhara a esposa dormir por minutos. Tão linda, os cabelos negros contrastando com a pele alva.
 Então, subitamente, precisava estar com ela. Juntas, unidas em uma só. Movera-se silenciosamente, acariciando-a, beijando-a. Observou os mamilos túmidos dela por baixo da blusa fina, seu corpo já havia respondido absolutamente, enquanto a dona dormia. Camila se livrou da calça do moletom, sempre com cuidado pra não fazer nenhum movimento brusco demais, temendo acordá-la e colocou-se a acariciar a mulher por cima da calcinha, bem levemente em movimentos circulares, enquanto dava beijos suaves em seu pescoço. Lauren só acordou quando ouviu a respiração áspera dela próxima ao seu ouvido. Abriu os olhos e arfou, cada pedaço do corpo sendo violentamente chamado a realidade.
Camila não disse nada, continuou acariciando-a, calma e ritmadamente.


Lauren: É louca? – Perguntou rouca, as mãos buscando a cintura da menor e apertando-a. A morena afundou o rosto no ombro dela, beijando cada pedaço da pele com sede. Camila riu, mordendo o a orelha dela. – Que diabo, está doente, Ma Belle. – Grunhiu, o corpo junto ao dela.

Camila: Não importa. Beije-me.

Lauren: Maldita seja, Camila. – Acusou, com a voz arquejante, e buscou a boca dela. Logo os lábios das duas se encontravam com a mesma sintonia com a qual os corpos se moviam. Camila adentrou a calcinha de Lauren com a mão ágil, sentindo a intimidade completamente já molhada da mulher, e sentiu as mãos dela subirem por dentro da blusa do moletom, removendo-o, e o corpo ainda frágil pela febre dela se encontrou com o quente da morena.


Logo Lauren apanhou ela pela coxa, mantendo-a presa ao seu corpo enquanto se deitava na cama, com ela por baixo de si. Estavam bem enquanto estivessem assim. Desse modo eram iguais, e estariam bem enquanto seguisse. Mas só enquanto seguisse.
Camila ria levemente. Lauren estava afundada no travesseiro, deitada de bruços, um fio de suor correndo pelas costas, a respiração ofegante. A latina continuou quieta, esperando. Até que a luz ao lado dela se acendeu. Camila virou o rosto e viu a mão da esposa no abajur, e o rosto observando-a.
 


Lauren: É louca? – Perguntou rouca. Camila riu. – Está febril outra vez, Ma Belle? – Perguntou incrédula.

Camila: Sinto-me perfeitamente bem. – Garantiu.

Lauren: Eu poderia ter machucado você, está doente. – Ressaltou atenciosa e preocupada. Camila assentiu, olhando-a – E o melhor é que você não está dando a mínima pra isso. – Disse, debochando de si mesma.

Camila: Não é pecado desejar minha mulher, é? – Perguntou, virando o rosto pra encará-la.

Lauren: Não comece. – Avisou, vendo o olhar dela. Camila engatinhou até ela – Karla Camila, não. – Reprimiu. Então a boca da latina tocou o as costas dela, beijando atrevidamente – Sabe que não vou te fazer nada.

Camila: Já o fez. – Sussurrou no ouvido dela, sorrindo, enquanto suas mãos subiam pelo peito dela, quente, abafado contra o lençol.

Lauren: Não fiz. Você o fez. – Contestou.

Camila: Não o fez? – Perguntou, fazendo biquinho, e mordiscando a orelha dela.

Lauren: Camila Cabello-Jauregui, é uma sedutora. – Acusou, e ouviu o riso dela atrás de si – É melhor você ir dormir.

Camila: Mas eu não quero. – Disse a voz envolvente como veludo, enquanto sua boca passeava pela nuca dela.

Lauren: E que diabo você quer? – Perguntou, exasperada, afundando o rosto no travesseiro de novo. A resposta demorou um instante pra chegar, e Lauren percebeu que ela se afastava, engatinhando de ré pro seu lado da cama. Então o hálito doce e quente dela tocou seu ouvido.

Camila: Quero que o faça. – Sussurrou, e os lábios dela deixaram o ouvido da morena.


Lauren virou o rosto, os olhos dilatados de desejo apenas pela voz dela, vendo a esposa ali, nua, engatinhando perto dela, os cachos caindo livremente pelos ombros e colo, os olhos castanhos brilhando, os lábios carnudos que pareciam pedir pra ser beijados.


Lauren: É um demônio. – Acusou, segurando-se em toda vontade que tinha pra não atacá-la. Não podia. Camila estava doente. Se resultasse pior, a culpa seria sua.

Camila: E você me quer. – Disse, um sorriso nascendo em seu rosto. Lauren a observava, fascinada. Que ela a queria não era novidade pra ninguém – Mas não o toma, meu amor. – Provocou, virando o rosto pro lado – Não sabe a gana que tenho agora. Não faz ideia de como estou quente, de como a desejo, de como meu corpo está gritando pelo seu. Mas me castiga. – Disse, se fazendo de indefesa. Um sorriso breve nasceu no rosto de Lauren. Mal sabia ela com o que estava brincando. – Não me toca, me deixa sofrer.

Lauren: Está doente, neném. Se piorar, será mais uma culpa pra que eu leve. – Disse, e ela viu Lauren morder o lábio inferior ao final da frase. Faltava muito pouco.

Camila: Mas eu quero. Eu estou pedindo.

Lauren: Não conta. – Disse, e Camila viu a mão da morena se agarrar distraidamente no lençol. Nem ela via o que estava fazendo.

Camila: Hum... – Ela pensou. Precisava fazer algo agora, era o ultimo golpe, e Lauren perderia toda aquela resistência.
Olhando a cabeceira da cama, algo riscou sua mente.


Lauren a viu engatinhar pra perto de si, e quase prendeu a respiração, se mantendo quieta. Mas ela não a tocou. Ela viu as mãos finas de Camila subirem pela cabeceira da cama e se manterem ali, suspensas, como se estivessem presas. Ela jogou o cabelo pro lado, o olhar encontrando o da mulher, e sorriu. E Lauren não acreditava que ela estava fazendo aquilo.
Camila não viu como, nem quando. Ela parou, olhando-a por um instante, os olhos verdes sondando-a. Então, com um impulso, Lauren se ergueu, se pondo atrás dela. A menor se manteve quieta, ansiosa, os pulsos na cabeceira da cama.
O corpo da morena se colou ao dela, quente, e ela arfou, sentindo as mãos da esposa passarem por seu quadril, subindo pelas costas, passando pelos braços, e realmente prendendo as mãos dela na cabeceira, enquanto com os joelhos abria as pernas dela, ficando ajoelhada dentre elas.


Lauren: Agora, quieta. – Disse possessiva, e a latina sorriu. Lauren baixou o rosto agressivamente pra pele exposta do pescoço dela, o tronco firme se deitando na pele bronzeada das costas dela, e ela arfou, sentindo-a mordê-la com fome, beijá-la com gana.


Então, sem que ela esperasse, Lauren a possuiu. Os dedos estocando firmes dentro de Camila. O corpo das duas ondulou pra frente, fazendo ela se amparar na cabeceira da cama, franzindo as sobrancelhas com força. Não entendia porque se sentia assim. Toda essa gana, essa excitação incompreendida e sem fim, mas quase se desfez quando a morena puxou mais seus cabelos a fim de buscar sua boca. Lauren se arremeteu a ela de novo, novamente os corpos das duas foram contra a cabeceira da cama.


Camila: Deus. – Arfou, baixando a cabeça, enquanto cravava as unhas na mão livre dela, que segurava seus pulsos.


Só Lauren era capaz de fazê-la sentir assim. Muitos pensam que sexo é uma questão de rapidez. Mas não. É rapidez, força, e jeito. Lauren sabia disso. Sabia exatamente o que fazer pra que ela não tivesse mais controle de nada. Assim as duas se consumiram como animais, com mais violência que da primeira vez. A cabeceira da cama se chocava com os impulsos das duas, mas Camila não tremulava, muito menos a morena. Precisavam daquilo. Então, de repente, ela se sentiu muito perto do tão buscado orgasmo. Suas mãos tremeram, e Lauren sentiu, enquanto mordia a nuca dela. Camila se moveu, ansiosa, mas a mão dela, autoritária, a manteve ali, impedindo-a de ir em frente, deixando-a no mesmo passo que ela.


Camila: Por favor. – Choramingou a voz quebrada, e a morena sorriu malévola.

Lauren: Você pediu, Ma Belle. – Lembrou, mexendo os dedos no ponto sensível dela.

Camila: Eu preciso... – E Deus, ela precisava. Com urgência, ou enlouqueceria.

Lauren: Precisa? – Camila assentiu, franzindo o cenho e se agarrando a cabeceira da cama – Sim? – Ela confirmou, e Lauren sorriu – Mas não vai ter. – Provocou, e ela sentiu o ritmo dos movimentos da outra se amenizarem. Ela quase chorou com isso.

Camila: Lauren... – Grunhiu, lançando os quadris contra os dela. Lauren também estava perigosamente perto de seu alivio, mas queria vê-la assim, dependente.


E ela se pôs calma, pra desespero de Camila. Por alguns minutos, assim foi. Então, do nada, sentiu Lauren começar a distribuir beijos por suas costas, por toda a linha da coluna ate em baixo, deixando um beijinho em cada nádega.
 Então se deitou entre as pernas da latina que ainda estava ajoelhada. E sem avisar, lambeu toda a extensão quente e molhada da mulher. Camila foi ao céu, literalmente sentada e rebolando no rosto da esposa. Os cabelos lhe caíram ao rosto, mas ela não ligou. Logo não importava mais. Foi tomada por uma explosão agressiva, que lhe roubou os sentidos. Lauren a segurou, impedindo que caísse e ainda chupando-a com devoção. Penetrava na entrada apertada da latina com sua língua ágil, indo ate o fundo e voltando para em seguida chupar com força seu clitóris.
 Camila se inclinou um pouco para trás, seus sentidos nublados de prazer, até sua mão chegar à intimidade de Lauren, onde pôs-se a massagear e penetrar com os dedos do jeito que conseguia devido a posição e logo o alívio da morena veio também.
Camila desceu e se deitou, enquanto soluçava e tremia, os pés dormentes, a testa soada. Lauren estava cansada e satisfeita quando puxou ela, mole, pros seus braços. Camila a abraçou, ainda meio aérea.


Lauren: Está bem? – Perguntou, atenciosa e preocupada, vendo-a quietinha. Camila assentiu, sorrindo de leve - Minha louca. – Murmurou no ouvido dela ,que sorriu mais ainda, os olhos ainda fechados.

Camila: Meu amor. – Respondeu, erguendo os lábios pra beijá-la ternamente, sentindo seu próprio gosto.


Era por isso. Pelo conforto de casa, pelo corpo quente dela, pela proteção, pela companhia, pelo brilho dos olhos dela, pelo timbre da voz dela quando gemia em seus braços, pelo modo que o castanho de seus olhos brilhava quando ela dizia que a amava. Era por isso que Lauren tinha esperado 4 anos.

 

Na manhã seguinte...


Lauren e Camila estavam na garagem. A morena se despediu dela com um beijo apaixonado, e seguiu em direção ao seu carro. Camila foi ao seu. Ela observou Lauren dar a partida no carro, e pôs a chave na ignição do seu. Sem resposta. Lauren já estava quase saindo, quando viu o rosto dela frustrado, pelo retrovisor do carro. Ela franziu o cenho, e diminuiu a velocidade, ganhando tempo pra observar. Camila tentou ligar o carro de novo, sem sucesso. Ela viu a porta do carro dela se abrir e a delicada perna da esposa sair, sob um salto alto, coberta por uma fina meia calça. Lauren parou seu carro, observando-a. Camila observou o carro, irritada, aparentemente tentando saber qual o problema. Lauren sorriu de canto, quase podia ver a carinha irritada dela, os cabelos caindo no sobretudo bege que ela usava. Camila virou o rosto ao ver o carro da mulher dar a ré, voltando pra ela.


Lauren: O que passa? – Perguntou, após sair de seu carro.

Camila: Essa porcaria não liga. – Disse, olhando o carro – Juro que não entendo. – Lauren passou por ela, o blazer fino lutando contra o vento arisco da manhã, e se sentou de lado no carro. Puxou a marcha e tentou dar a partida. O carro roncou, mas não ligou. – Vou trocá-lo. – Decidiu.


Então a morena saiu do carro dela. Foi até a frente dele, e abriu o capô. Ela viu os olhos verdes estudarem o interior do carro, sendo que ela era leiga ali. Poderia olhar por horas, o problema poderia estar em seu rosto, e ela não saberia dizer.
Foi quando Lauren tirou o blazer. Camila observou o colo da mulher, coberto pelo linho da refinada camisa branca com dois botões abertos, o que quase permitia ver o inicio do vale de seus seios, e sentiu um assalto incompreendido de desejo por ela. Novamente. Lauren, sem perceber a reação dela, pôs seu blazer a salvo dentro do carro dela e abriu os pulsos da camisa, dobrando-a até os cotovelos. Camila queria muito se entender naquele momento. Não era normal.

Mas vê-la ali, as mãos sumidas dentro do capô do carro, o rosto concentrado, os cabelos negros e sedosos caindo pela lateral de seu rosto, naquela roupa social... Camila olhou os braços dela, soltos da camisa. Lembrou-se do poder que eles tinham, quando a aprisionava. Mil lembranças riscaram sua cabeça. Algumas recentes, outras nem tanto. Lembrou-se da firmeza das mãos, mas ao mesmo tempo, de seu toque suave.


Lauren: Não acho que seja o caso de trocar. É um bom carro. Pneus furam, Ma Belle. E eu não tive nada a ver com o ultimo, eu juro. – Disse, erguendo o rosto. Então encontrou o olhar dela – O que há?


Camila se sentou na beira do capô do carro, do lado dela, observando-a. Lauren estudou a expressão do rosto dela cuidadosamente e sorriu, negando com a cabeça. Ela se inclinou e tomou os lábios da latina em um beijo agressivo, ofensivo. Camila segurou o rosto dela com as mãos e retribuiu o beijo com ganas. Ela ouviu Lauren fechar o capô do carro com um baque, e sentá-la nele, se pondo dentre suas pernas. A abraçou pela firme cintura, acolhendo-a dentre suas pernas de modo que a saia que usava correu mais pra cima. As mãos de Lauren sondaram por debaixo da saia dela, se frustrando ao se encontrar com a meia calça que a protegia. A morena apertou as coxas dela com gana e a puxou mais pra si, chocando a cintura das duas. Camila sorriu, satisfeita, mas então percebeu que ela se afastava do seu beijo.


Lauren: O que há Camila? – Perguntou, fascinada, segurando-a pelos quadris enquanto ela enchia seu pescoço de beijos e chupões.

Camila: Vamos subir. – Convidou, com a voz quebrada, as mãos apertando a camisa engomada dela, formando amassões. Lauren riu da espontaneidade dela. Ela abriu os olhos e viu uns adolescentes do prédio passando na outra extremidade do grande estacionamento. Comentavam, animados, a cena que supunham estar ocorrendo. Lauren riu com isso.

Lauren: Faz menos de 3 horas desde a última vez. – Lembrou, estranhando o desejo repentino da esposa, sentindo as mãos dela subirem por seu tronco.

Camila: Precisamos subir. – Insistiu.

Lauren: Por quê? – Perguntou, achando graça do jeitinho dela, e ao mesmo tempo subindo com as mãos pelas costas dela, debaixo do sobretudo e da blusa.

Camila: Minha meia calça. – Disse manhosa, beijando o lóbulo da orelha dela.

Lauren: E que maldita seja. O que há com ela? - Perguntou, mordendo a maçã do rosto dela.

Camila: Desfiou.

Lauren: É mentira. – Disse, rindo de leve.


Lauren a viu baixar a mão até a coxa, a unha pegando a meia calça fina. Logo um grosso fio se soltou, descendo pela perna dela. Camila continuou, até que havia um rasgão na meia calça.


Camila: Não é mais. – Disse, sorrindo. Lauren observou o trecho da pele dela, descoberta pelo rasgão.


Camila se surpreendeu quando ela se abaixou. Lauren pegou o rasgão com as duas mãos e puxou, terminando de rasgar a meia dela. Segurou sua coxa com ambas as mãos, como quem segura uma fruta a ser devorada. Camila arfou quando a boca dela encontrou sua coxa, sendo segurada com as duas mãos, mordendo-a, chupando-a, instigando-a. E cada vez a boca dela subia mais pela coxa, rasgando mais, se tornando mais intimo. Camila tinha tremores, quieta, de olhos fechados. Então Lauren se tocou de onde estava, e o que estava prestes a fazer. Ela suspirou, frustrada, quando a morena se levantou.


Lauren: Vamos subir. – Disse, rouca de desejo. Precisava do gosto dela em sua boca, e daria um show se continuassem ali. Ela puxou Camila do capô do carro, e ela foi de bom grado.


Lauren travou os carros das duas, pouco se importando se o seu estava mal estacionado. Ele abraçou Camila, risonha, pela cintura, e elas subiram.

 

-


Quando Camila conseguiu, enfim, chegar ao ateliê, era hora do almoço. Ela tinha o rosto risonho, a pele corada, e uma carinha sapeca. Dinah já havia almoçado, e Harry devorava um X-bacon. Ela deu bom dia, e foi pro seu lugar, começando a remexer tudo, trabalhando a toda. Dinah a observava, e Harry também, enquanto mastigava.


Camila: O que há? – Perguntou, apanhando sua máquina. Camila, além de pintar, fotografava, era um detalhe a se lembrar.

Dinah: Pensei que não viesse hoje. Estávamos preocupados. – Harry assentiu.

Camila: Foi só uma febre boba, passou logo. – Ela cheirou o ar – X-Bacon no almoço, Harry? – Perguntou, se levantando.

Harry: Tô cuidando da minha mão. – Disse risonho, de boca cheia. O estômago de Camila embrulhou com o cheiro forte de bacon, e ela fez uma careta, baixando o rosto pra câmera profissional. Camila mexeu em alguns controles, até que o assunto veio a tona.

Dinah: Pensei que a brutamontes da sua mulher não lhe deixaria vir trabalhar. – Alfinetou.

Harry: Dinah. – Advertiu, após engolir o que tinha na boca.

Dinah: É a verdade. – Disse, largando uma caneta na mesa e se recostando em sua cadeira.

Camila: Não fale assim dela, CheeChee, por favor. – Pediu, equipando a máquina.

Dinah: O que esperava que eu dissesse depois de ontem? – Perguntou, observando a amiga. – Ela quase avançou no Shawnie. Por nada, Camila, por nada! – Acusou – Até quando você vai permitir isso?

Camila: Eu não vou permitir nem proibir nada. Ela é minha mulher, teve ciúmes. Não defendo a reação dela, é claro, mas o Shawn não leva uma auréola. – Ela ergueu o rosto – E, se quer saber, ela concordou em que eu marque um jantar, com todos nós, Shawn e Ally inclusos, pra nos... Conhecermos melhor. – Disse, satisfeita. Ela riu consigo mesma, se lembrando das condições de Lauren quando ela pediu isso.

Dinah: Está pedindo permissões agora, Deus a abençoe. – Disse irônica.

Camila: Assunto encerrado, CheeChee. Você é nossa convidada, mas não vou forçar você a ir. – Disse, ainda mexendo na maquina.

Harry: Eu vou, aviso prévio. – Camila riu – Vai fotografar o que? – Perguntou, mudando o assunto antes da resposta de Dinah.

Camila: O dia está bonito. Achei que daria uma boa foto. Depois pensei em ir ao cais, Lauren me chamou, então eu poderia tentar umas fotos pra próxima vernissage. – Disse, caminhando até a janela. Dinah suspirou debochada. Camila ignorou.

Harry: Soube que o cargueiro que estava lá finalmente foi embora. – Comentou, mordendo o sanduíche.

Camila: Melhor ainda, tenho vista livre. – Disse, animada. Ela levou a câmera ao rosto, fotografando as pessoas que passavam no térreo, o céu nublado de Londres, enfim.


Naquele dia, Camila trabalhou. No dobro de seu normal. Shawn esteve lá, atencioso, e constatou que Camila não tinha absurdamente nada. A latina terminou uma tela, comeu uma enorme porção de sushi, e trabalhou de novo. Harry achou graça, mas não riu muito. O tratamento que se aplicava estava dando certo – a mão estava finalmente inflamando, e aquilo doía. Logo voltaria ao hospital. Dinah apenas observou.


Dinah: Mas pelo amor de Deus! – Exclamou a certo ponto, quando Camila começou uma tela. Era hora de parar. Harry estourou em risos.

Camila: O que foi? – Perguntou perdida na conversa.

Dinah: Você parece uma locomotiva, o que há com você, Camila? – Perguntou, exasperada.

Camila: Nada. – Disse, fazendo uma careta confusa.

Dinah: Impossível.

Harry: Eu sei de uma coisa que deixa uma pessoa bem... Digamos que... Elétrica. – Disse, se recostando em sua cadeira.

Dinah e Camila: O que? – Perguntaram juntas, olhando-o.

Harry: Sexo, ladies, sexo. – Disse, rindo. Camila corou. – Em boa quantidade, e bem feito. É bem revigorante. – Disse tranquilo.

Camila: Você é patético. – Disse parada, o rosto queimando de uma vergonha que ela não sabia por que levava, parada onde estava, com o avental de pintura e um pincel em uma mão.

Dinah: Claro que não. – Disse, revirando os olhos.

Harry: Porque não? – Perguntou, se indignando.

Camila: Virou graça agora. – Disse, olhando de um pro outro.

Dinah: É CLARO que ela não transou com Lauren. Não depois de ontem. – Disse, obvia. Camila ergueu as sobrancelhas. Harry estourou em um riso gostoso, jogando a cabeça pra trás – Não transou, não é? – Perguntou, desconfiada.


Camila arregalou os olhos e se virou para o quadro. Não acreditava que estavam discutindo aquilo. Mas uma frase de Dinah ecoava em sua cabeça. “Não depois de ontem.”.
Ontem. Camila teve flashes vividos da noite passada em sua cabeça. Da expressão da esposa, dormindo, enquanto ela lhe tocava. A surpresa nos olhos quando acordou. Depois, a carinha dela de tentada, enquanto ela a seduzia. O corpo  quente, e as contrações que ela sentia vindo dela a cada investida que lhe dava. Ela sorria, olhando a tela, o olhar distante, quando um grito lhe chamou.


Dinah: KARLA CAMILA! – Gritou, e Camila se virou, de sobressalto. Harry quase se dobrava de rir.

Camila: O que? – Perguntou, exasperada. Dinah estava de pé, olhando-a. – Eu preciso ir. – Disse, tirando o avental.

Dinah: Pra onde?! – Perguntou confusa.

Camila: Preciso ir. – Se resumiu, olhando o relógio – Arrumem tudo por mim. – Disse, pegando seu sobretudo. Harry parecia que ia asfixiar.

Harry: Socorro. – Grunhiu dentre o riso, apertando a barriga com a mão boa.


Então Camila se foi. Dinah se sentou, boiando em tudo, e Harry ainda ria.

 

Na empresa de Lauren...


Robert: Passa bem? – Perguntou, entrando na sala. Lauren estava recostada na cadeira, de olhos fechados. Um par de olhos verdes se abriu pra olhar Robert.

Lauren: Apenas cansada. – Disse, tencionando os ombros. Ela apanhou uns papeis, sem nem ler qual era a solicitação, e saiu assinando – Vou pra casa mais cedo hoje. – Robert riu.

Robert: Anormal. E cuidado com o que assina. – Disse, segurando a mão de Lauren. A morena assentiu, largando a caneta.

Lauren: Camila estava doente. Perdi a noite toda cuidando dela. – Explicou. Ela sorriu com o duplo sentido do “cuidando”.

Robert: Então prepare os ânimos. – Disse, apontando a vidraça atrás de Lauren. Ela girou na cadeira, e olhou Camila sair do táxi, na portaria do prédio. Lauren sorriu. Só de sorrir seus músculos gritaram em protesto. Em deboche, ela riu. – Não assine mais nada sem ler, e boa sorte. – Disse, com um sorriso debochado, saindo.


Lauren riu consigo mesma, e se levantou. Deus sabia que estava cansada, mas se ela tinha ido até ali... Então ela entrou na sala.


Lauren: Tranque a porta. – Avisou, e ela sorriu, trancando a porta. Ela viu Camila avançar, enquanto tirava o sobretudo e jogava no sofá que tinha ali. Camila usava uma regata branca, saia de linho escuro e salto agulha preto. – Que passa, meu carinho? – Perguntou, abraçando-a pela cintura, beijando-lhe todo rosto.

Camila: Saudades de você. – Admitiu manhosa, nos braços dela. – Me desculpe por te interromper. – Disse, apontando pra mesa dela, com todos os papeis. Lauren sorriu, selando os lábios com os dela repetidas vezes, se aprofundando em beijos leves.

Lauren: Nunca se desculpe. – Disse, pondo um dedo nos lábios dela. – Eu também estava com saudades. – Disse, baixando os lábios pra beijá-la novamente.


Os beijos começaram calmos, carinhosos. Até que a mão dela adentrou o cabelo da latina, envolvendo-a mais pra si. Camila sentiu a firme perna dela abrindo espaço entre as suas, e sentiu o corpo se estremecer por antecipação. Lauren estava encostada em sua mesa, com ela a sua frente. Camila sentiu quando a mão dela enlaçou sua cintura, e ela foi lhe puxando sutilmente, na intenção de deitá-la na mesa. Camila segurou os ombros dela, protegidos pelo vestido de manga longa.


Camila: Vamos pra casa. – Ofegou, se soltando do beijo dela, quando sentiu as mãos buscando a aba de sua blusa.

Lauren: Não quero esperar. – Meio que sussurrou no ouvido dela, e ela sentiu o ar condicionado frio tocar sua barriga. A morena estava se livrando da blusa, e ela nem estava percebendo.

Camila: Aqui não. – Pediu hesitante, e já meio entregue. Os cabelos dela enfeitavam a mesa.

Lauren: Porque não? – Perguntou, e ela sentia que a mais alta testava o tecido da blusa.

Camila: Vão nos ouvir. – Disse, agarrada a ela. Então Lauren juntou as duas mãos no frontal da blusa dela, e houve o som do tecido se rasgando – Lauren, minha blusa! – Grasnou, mas era tarde. O sutiã de renda branca já era a proteção dela, a blusa era só frangalhos. Lauren riu travessa, e a beijou novamente.


Camila, em seu estado normal, a empurraria. Era loucura, sem contar na falta de decoro. Mas agora não. A língua da morena se chocava com a dela de forma que fazia esquecer-se de qualquer impedimento. O corpo firme e quente coberto pelo vestido chique não era de muita ajuda. Ela sentiu Lauren passar a mão atrás dela, e meio mundo de papéis voaram pro lados, as canetas e bloquinhos indo ao chão. As costas dela se chocaram com o tampo de vidro frio, mas ela estava ocupada, puxando o vestido da mulher para cima.


Lauren: Eu quero você aqui. – Contestou, no breve momento em que se ergueu pra se livrar do vestido. Camila já pouco se importava. Tinha as pernas dobradas, amparadas na beira da mesa, e ela dentre suas pernas, de modo que sentia seu peso. – Seja silenciosa, Ma Belle. Gema apenas em meu ouvido. – Sussurrou, provocando-a. Camila desceu a mão no rosto dela, que riu, e a beijou com fúria.


Ela sentiu as mãos de Lauren entrarem por debaixo de sua saia, e uma vez que ela já tinha ido livre da meia calça, encontrando sua calcinha na primeira tentativa. Suas mãos se livravam do vestido luxuoso dela, enquanto as bocas das duas se chocavam quase em uma agressão. Mas, além da agressão, a excitação mutua que sentiam era muito maior. Quando Lauren a possuiu com dois dedos, alguns minutos depois, o corpo de Camila convulsionou na mesa, e ela a beijou rapidamente, fazendo com que o gemido da latina fosse parar em sua boca. Ela riu, parado, e Camila mordeu seu pescoço.

Lauren: Quieta, neném. Abra mais essas pernas. – Provocou, com um sorriso delicioso no rosto. Camila forçou mais a mordida em seu pescoço, fazendo-a rir.


Lauren a beijou e voltou a se mover dentro ela, agressivamente, apaixonadamente, do jeito das duas. 

 

Tempos depois...


Camila: Eu não acredito que nós fizemos aqui. – Disse, a voz ainda meio rouca, acariciando as costas dela, que estava meio mole, deitada em cima dela. Lauren riu de leve.


Camila acariciou os cabelos dela por um tempo, tentando se entender, pensando em tudo. Sentia-se completa, mas tinha certo medo, um sentimento ruim dentro de si, como se estivesse na ponta de uma agulha, prestes a cair. Ela se virou pra Lauren, beijando sua testa, e viu que ela, exausta, caíra no sono. Camila sorriu com isso.
Então percebeu um papel largado no canto da mesa, que quase caiu. Estendeu a mão e o abriu. Havia uma frase nele. "P.S.: Eu te Amo.". Camila riu de leve, olhando-o.


Camila: Eu ainda descubro como você consegue fazer isso. – Murmurou, acariciando o cabelo da morena que, ferrada no sono, não ouviu. Ela deu outro beijo na testa da esposa e se deixou descansar, dormindo também em seguida.

-


Notas Finais


Olá amoressss
Um cap gostosinhos pra vocês
Beijossssss


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...