1. Spirit Fanfics >
  2. P.S.: Eu te amo. (Camren) >
  3. XX.

História P.S.: Eu te amo. (Camren) - XX.


Escrita por: CamrenSeduce

Notas do Autor


Boa leitura ♥

Capítulo 22 - XX.


Fanfic / Fanfiction P.S.: Eu te amo. (Camren) - XX.

-
Se fosse qualquer outra pessoa, Dinah não ligaria. Mas Robert não gostava que mexessem em seu celular.
Melhor dizendo, ele não deixava que ninguém tocasse. O presidente poderia estar ligando, mas se ele não pudesse atender, ninguém atenderia, nem pra dar recado. No entanto...


XXXX: Alô? – Insistiu a voz.

Dinah: Alô. – Disse, ao reencontrar sua voz – Robert, por favor? – Pediu.

Camila: É a mulher dele? – Perguntou em um silvo, arregalando os olhos e sorrindo, sem perceber que Louis se aproximava. Até Harry olhou pra Dinah, admirado. Mas Dinah tinha sua atenção ao telefone.

XXXX: Ah, ele está no banho. Espere um instante. – Dinah queria saber de onde era aquele timbre de voz, mas não conseguia distinguir. Bom, saber o país da mulher dele já seria um avanço, mas nem o sotaque Dinah conseguia – Amor? – Chamou a voz, longe do fone do celular.

Robert: Hum? – Respondeu a voz mais longe ainda, e o coração de Dinah martelou. Podia ouvir o barulho da água do chuveiro caindo. Mas não queria pensar nisso.

XXXX: Telefone. – Disse a voz, e Dinah teve que aguçar o ouvido pra ouvir o que ela dizia a ele, provavelmente a mulher dele havia tapado o telefone com a mão.

Robert: Quem é? – Perguntou a voz tranquila.


Como assim “quem é”? Ele não iria ralhar com ela como costumava fazer com todos? Não iria reclamar? Mas não havia nenhum tom de aborrecimento na voz dele; ao contrário, havia carinho quando respondia a ela. A voz da mulher voltou ao fone.


XXXX: Quem gostaria? – Perguntou, educada.

Dinah: Diga que é Harry, que tem novidades sobre o processo. – Disse, adivinhando que Robert não atenderia carinhosamente se fosse pra lhe perguntar sobre a viagem. Tinha de haver um assunto.

XXXX: Um instante. – Pediu novamente, e o som do telefone se tornou abafado. – É uma mulher, mas disse que... Robert, não joga água em mim! – Ralhou, e Dinah ouviu o riso dele ecoando no fundo – Amor, não... Para! Molhou-me de novo, que droga! – Acusou, e o riso dele se tornou mais gostoso ao fundo. Ela ouviu a voz dele de novo.

Robert: Amor, o telefone. – Lembrou, e Dinah esperou.

XXXX: Agora é: “amor, o telefone”. – Imitou a voz dele, e ele riu de novo – É uma mulher, mas disse que é da parte de Harry, sobre um processo. – Deu o recado – E atenda você seu telefone! – Disse, e ele riu mais alto.

Robert: Não fique brava. – Disse a voz ainda risonha.

XXXX: NÃO! – Gritou a voz feminina – Olha, que porcaria, eu vou ter que me trocar de novo! – Gritou quase histérica.

Robert: Você podia tomar banho de novo. – Propôs.

XXXX: Eu vou largar o telefone aqui. – Ameaçou.

Robert: Tudo bem. – Disse, e sua voz era uma bandeira branca – Diga a Harry que eu já ligo pra ele, assim que sair do banho. – Pediu.

XXXX: Alô? – Chamou a voz novamente no telefone, e Dinah ouviu o som do chuveiro se afastar.

Dinah: Oi. – Disse calma.

XXXX: Ele disse que já retorna, assim que sair do banho. – Disse a voz, perfeitamente gentil pra quem aparentemente tinha acabado de levar água aos montes, e estava irritada.

Dinah: Ah, ok, obrigada.

XXXX: Por nada.


E a ligação terminou.


Camila: AH. MEU. DEUS. – Disse, quando Dinah desligou o telefone. Não viu que Louis estava posicionado atrás dela agora, com um sorriso satisfeito no rosto.

Dinah: Ele vai retornar. – Disse, jogando o celular de volta a Harry.


Mas antes que alguém pudesse dizer algo, Camila sentiu a echarpe se afrouxar de seu pescoço. Antigamente o pescoço dela fora pálido, agora parecia ter sido surrado, perante as marcas vermelhas e roxas, de chupões e claras mordidas. Lucy riu, Harry ergueu as sobrancelhas, Dinah as franziu, e Louis estudava as marcas. Camila revirou os olhos.


Camila: Mas que inferno de vida, meu Deus. – Disse, cansada, sem por a echarpe no lugar – Não tem nada melhor pra fazer, Louis? – Perguntou, virando o rosto pra ele.

Louis: Na verdade, não. – Disse, sorrindo abertamente. Ele beijou o cabelo dela, que rosnou – Vou deixar uma também, sim? – Disse, e Camila sentiu a boca dele tocar o ombro dela em um beijo que logo seria um chupão.

Camila: SAI! – Quase gritou, empurrando a cadeira com os pés. As rodinhas da cadeira a levaram pra longe de Louis, que riu – Mas que diabo! – Exclamou, pondo a echarpe de volta ao lugar. Não ia permitir que Louis lhe deixasse uma marca. Só Lauren o fazia. – Você não trabalha, não faz nada da vida?! – Perguntou, exasperada.

Louis: Ok, vou lhe contar uma história. – Disse, prendendo o riso – Quando meus pais morreram, a herança ficou entre Harry e a criatura que vos fala. – Disse, olhando as unhas – Enquanto Harry se dedicou ao trabalho, vindo pra cá e abrindo um pequeno ateliê com uma latina que agora eu venho descobrir que era uma graça, – Camila rolou os olhos – Eu me poupei ao trabalho.

Camila: Ah, é um vagabundo que vive do dinheiro dos pais, é isso? – Perguntou, indignada. Harry riu. Louis também.

Louis: Assim você me ofende. – Disse debochado – Não, eu apenas apliquei todo o meu dinheiro. Algumas ações aqui, outras ali, a maioria investida em um banco.

Lucy: Coragem. – Comentou, ouvindo a história.

Louis: Sempre foi uma qualidade minha. – Disse, sorrindo, galante, pra ela. Lucy imitou Camila, revirando os olhos. – Assim como a sorte. Eu apliquei o dinheiro, a maioria deu certo, uns pequenos revés, e fui a Vegas. Lá consegui mais dinheiro ainda. – Camila tinha o rosto exasperado. – Enfim, enquanto temos essa doce conversa, meu dinheiro se triplica no banco a cada hora. Logo, não há porque se preocupar com ele, quando eu tenho sua suave companhia. – Disse, piscando pra ela. Lucy riu, Harry também. Camila balançou a cabeça negativamente.

Camila: Eu sou casada, Louis. – Lembrou, com um rosnado.

Louis: Eu não sou ciumento. – Disse, sorrindo.

Camila: Minha esposa é. – Ela sorriu debochada.

Louis: Bom, isso é problema dela, não nosso. – Jogou, divertido.

Camila: Vá para o inferno. – Rebateu.

Lucy: Bom, eu já vou. – Disse, tirando um envelope da bolsa que trazia, e entregando a Harry – As plantas que você me pediu. – Harry assentiu, pegando o envelope – Até.


Camila se cansou a tarde inteira. Louis não foi embora, tampouco. No finalzinho da tarde, resolveu ir pra casa. Mas antes disso, Lauren, desistindo de trabalhar e sucumbindo ao cansaço, foi pra casa mais cedo. Encontrou Lucy e Austin lá.


Lauren: Então? – Perguntou, entrando no escritório. A vidraça havia sido trocada, estava intacta. Um homem de farda trabalhava na estante, e outro com a mesa de Camila.

Lucy: A mesa estava bem danificada, arranhada, e com uma perna solta. O lugar com que ela aparentemente se bateu causou um entalho na estante. – Lauren assentiu, vendo que o homem trabalhava com algo que ela não sabia o que era, mas parecia estar agora lixando a reposição do que fora danificado no mogno da estante – E sua mesa estava bamba. – Disse, e Lauren olhou pra sua mesa, por reflexo. Ela riu levemente, divertida, sabendo do que tinha deixado a mesa bamba. – Ela já está pronta, e esses dois estão por terminar. – Disse, apontando os funcionários.

Austin: Estávamos discutindo se há necessidade de remover esse cofre pra mandar reformar. – Disse, e Lauren o olhou.

Lauren: Está quebrado? – Perguntou, se aproximando.

O cofre da casa era onde Camila guardava suas joias, e Lauren, algum dinheiro a mão, documentos importantes, como um caderno de senhas, talões de cheque, seu bloco pessoal de contabilidade, escrituras de imóveis, entre outras coisas. Uma pequena fortuna habitava aquele cofre a civis, e uma enorme fortuna o habitava a quem soubesse o que fazer com os dados que Lauren guardava ali. Ficava próximo onde ela estivera parado na noite anterior, quando Camila lhe arremessara o suporte da tela; provavelmente fora isso que prejudicara. Ela e Camila resolveram, quando se mudaram e instalaram o cofre, que não iriam colocar nenhuma tela ou livros na frente do cofre para ocultá-lo, que era muito clichê.


Austin: Aparentemente não, continua fechado, mas há uma mossa, talvez você queira mandar que arrumem.


Lauren se aproximou, e viu a mossa. O cofre era uma placa de metal, com um pequeno painel, onde podia pôr a senha. Havia, realmente, um arranhão na placa. Ela puxou a porta do cofre, que continuou fechado. Ergueu a mão direita e digitou os vários dígitos da senha. Austin nesse momento, educadamente, olhava Lucy, que conversava com os operários. Um gesto claro de quem não queria saber a senha. E, nem que estivesse olhando, os dedos de Lauren eram rápidos, não daria pra detectar a combinação. O cofre, com um bipe, se abriu. Lauren testou a porta, e a fechou novamente. Uma vez lacrada, tornou a pedir a senha.


Lauren: Não, não acho necessário, resulta igual. – Disse, se virando. Austin virou o rosto pra olhá-la, e assentiu.

Lucy: Está pronto. – Disse, e Lauren viu os operários saírem. Austin se aproximou dela, olhando o trabalho que os marceneiros haviam feito, examinando. Estava perfeito, como se não tivesse sido danificado. Lauren não tinha o olhar crítico de Austin, mas se deu por satisfeita. – Sugiro que chame uma faxineira. – Disse, apontando a sujeira de cacos de vidros, as madeiras do suporte de Camila, os papeis, as tintas, tudo largado no chão. Ela olhou, sutilmente, pra camiseta vermelha de Lauren, largada a alguns metros dali, e riu de leve.

Lauren: Amanhã, com certeza. – Disse, tencionando os braços cansados – Obrigada.

Austin: Disponha. Vamos? – Chamou, olhando a noiva.

Lucy: Até amanhã. – Disse, dando a mão ao noivo. Assim os dois saíram.


Lauren desligou a luz do ateliê e fechou sua porta. Amanhã chamaria uma faxineira pra dar um jeito naquela bagunça. Ela se sentou em sua poltrona, na sala, e estava exausta. Tirou o blackberry da bolsa e fez uma careta ao ver o numero de mensagens. Começou a lê-las, transferindo-as pras devidas pastas, mas o cansaço a venceu e ela adormeceu ali mesmo.
Camila só chegou horas depois. Ela largou sua chave na mesinha, fechando a porta, e se virou. Viu Lauren ali, o rosto recostado na poltrona, em sono fundo, o blackberry ainda em sua mão, frouxamente pousado em seu peito. Camila sorriu de leve, se aproximando. Ela soltou um gemido baixinho, ao ver o rosto dela de perto. Suas unhadas agora estavam vermelhas, irritadiças, correndo o risco de inflamar. O lábio dela estava inchado. Camila se aproximou mais e tirou o blackberry prateado e fino de sua mão, com cuidado pra não acordá-la. Olhou a mensagem que ela adormecera enquanto tentava ler, era algo sobre a inflação de alguma coisa que ela não soube dizer o que era. Fechou a cara ao se lembrar a mensagem de Keana, naquele mesmo blackberry, avisando que estava voltando. Ela largou o aparelho na mesinha mais próxima, e voltou à mulher. Se não soubesse que ela estava tão cansada, a acordaria e a mandaria pra cama. Mas não tinha coragem, não quando ela dormia tão tranquilamente. Suspirou enquanto a observava. Céus, como podia ser tão linda até mesmo dormindo?! Isso não era justo com o resto do mundo.

Ela tirou os próprios tamancos, e devagar empurrou os saltos finos de Lauren, fazendo-os sair dos pés. A morena estava em um sono tão ferrado que não sentiu os saltos serem removidos. Ela desceu um pouco do zíper frontal do vestido vermelho que a esposa usava, tentando deixá-la confortável, e sorriu de lado ao ver a pulseirinha que a dera de natal ali ainda, brilhando em seu pulso.
Camila apanhou seus tamancos, e os saltos dela, e entrou pro quarto. Colocou os pares de sapatos no closet, e foi pro banho. Lauren continuou dormindo.


-

Ela saiu do banho, vestiu o babydoll, que era uma blusinha de alça de algodão branca, e um short também de algodão, mas cinza. Voltou à sala, descalça, e fechou a janela, bloqueando o vento noturno que entrava ali. Foi até a cozinha, bebeu água, e voltou até a sala. Lauren continuava dormindo precariamente na poltrona. Camila não gostava que ela dormisse ali, nunca gostou, desde sempre. Ela foi até a esposa de novo e abriu mais o zíper do vestido, deixando o vale dos seios dela e as bordas do sutiã preto a mostra. Ainda assim não parecia confortável.


Lauren: Que está fazendo, Ma Belle? – Perguntou a voz rouca, e Camila se sobressaltou. Encontrou os olhos verdes dela, sonolentos.

Camila: Nada. – Disse, se erguendo novamente. – Você estava toda torta na poltrona, então eu desci um pouco o zíper, pra você poder descansar melhor. – Respondeu – Sabe que não gosto que durma ai.

Lauren: Não pretendia. Eu cochilei.

Camila: Tudo bem. – Disse tranquila – Eu vou preparar algo pra você jantar e vou me deitar, quero dormir um pouco mais cedo, pra compensar a noite de ontem.

Lauren: Não. – Disse a voz mais energética, quando ela ia sair, e segurou seu pulso. Camila a olhou. – Fique. – Pediu. Camila a encarou

Camila: Eu não ainda não estou satisfeita com você. Eu ainda não esqueci. – Lembrou dura.

Lauren: Eu sei que não. Mas fique, Ma Belle. Venha. – Ela a trouxe pelo braço com cuidado, fazendo-a se sentar de lado no seu colo.

Camila: Machuquei você. – Disse, passando os dedos levemente sobre as unhadas no rosto delicado dela.

Lauren: Parecia sua intenção. – Disse, despreocupada, beijando o ombro dela de leve.

Camila: Não fisicamente. – Murmurou pra si mesma, tocando as unhadas do pescoço. – E você estava puxando meu cabelo. – Acusou, como se isso justificasse. Lauren riu com o tom de voz dela.

Lauren: Perdoe-me por aquilo, mas você ia terminar me matando se eu não te parasse. – Disse, beijando o queixo dela.

Camila: Eu queria matar você. – Confirmou, mas tinha os olhos fechados, desfrutando do carinho que recebia.

Lauren: Acho que eu sou capaz de superar isso. Você tem uma lista de ocasiões nas quais já quis me matar. – Camila riu, e a morena passou as mãos pela coxa dela, trazendo as pernas dela pra cima do braço da poltrona, enquanto beijava a maçã de seu rosto.

Camila: Como você consegue ser tão estúpida? – Perguntou, franzindo o cenho.

Lauren: Acho que é um dom. – Disse, sorrindo, enquanto a acolhia em seus braços – Pensei em você o dia todo. Tive saudades, meu neném. – Disse carinhosa.

Camila: Eu também. – Admitiu. Que diabo adiantava mentir?

Lauren: Mesmo com Louis por perto? – Perguntou, beijando o ouvido dela. Como diabo ela sabia disso?

Camila: Louis não me importa. – Murmurou, se encolhendo nos braços dela. Lauren sorriu. Camila sentiu uma mão dela entrar em seu cabelo, massageando a área dolorida que havia puxado na outra noite.

Lauren: Eu importo?

Camila: Se não importasse já a teria chutado da minha cama. – Disse, beijando a região sensível em volta da unhada no rosto dela.


Lauren sorriu novamente e suspirou, inclinando o rosto pra tomar a boca dela em um beijo calmo, doce. Nenhuma das duas tinha nenhuma carga de energia pra tentar sexo naquela noite, mas não importava. Camila pôs uma mão delicadamente no rosto dela, correspondendo seu beijo, e sentindo o coração martelar gostosamente no peito. Isso bastava.

 

-

Harry: Robert vai voltar. – Anunciou, na manhã seguinte.

Camila: Que? – Perguntou, erguendo o rosto.

Dinah: Quando? – Se apressou.

Harry: Diz ele que no piquenique, reunião, sei lá que diabo vai haver na empresa de Lauren, daqui a um mês. – Disse, se sentando.

Camila: É um piquenique. Bem mais como uma reunião entre os sócios, nada com cesta de lanches nem toalhas. – Disse, voltando os olhos pros papéis em sua mão.

Dinah: É um mês antes do programado. – Disse, com um sorriso se abrindo.

Camila: Comemore por isso. – Debochou, sorrindo, enquanto tentava se concentrar. Estava pegando o modo irônico de Lauren, que maravilha.

Louis: Você não parece cansada hoje. – Observou, soprando a fumaça do cigarro pela janela.

Camila: Eu não estou. – Disse, e era verdade. Dormira a noite toda, como uma pedra. Aninhada nos braços da esposa, é claro. – Tive uma noite particularmente relaxante.

Louis: Poupe-me dos detalhes. – Pediu, com uma careta.

Camila: Alguém sabe do Shawnnie? – Perguntou, erguendo o rosto.

Dinah: Ao que me parece, tá de residente diurno direto esses tempos, a outra residente prolongou a viagem. – Harry tomou um choque ao lembrar quem era a outra residente. Não pensara em Anna desde Olivia. – Falei com a Ally ontem.

Camila: Se falar com ela, convide-a pro piquenique. Aparentemente, todos nós vamos. – Disse, dando de ombros.

Dinah: Convidar Shawn pra uma festa da empresa de Lauren? – Perguntou debochada. Camila suspirou, erguendo o rosto.

Camila: Minha mulher me deu carta branca pra chamar quem eu quisesse. – Disse, olhando pra frente – E ela não é nenhum animal, sabe se comportar muito bem, obrigada. – Defendeu.

Louis: Ui. – Disse, rindo.

Dinah: Desculpe, eu esqueci que o nome da imaculada e fidelíssima Lauren tem que ser citado com todo cuidado. – Disse, olhando as unhas.

Camila: Dinah Jane, Lauren é minha esposa. – Disse, cansada – Pelo amor de Deus, não me obrigue a escolher entre você e ela. Você sabe qual vai ser minha escolha. – Disse, virando os olhos castanhos pra amiga. O rosto de Dinah se fechou.


Dinah fuzilou Camila com o olhar. Harry observava as duas, os olhos distantes. Por quanto tempo Camila manteria isso? Por quanto tempo aguentaria? O que Keana faria quando soubesse que Robert havia voltado, quando a audiência terminasse? Ele suspirou, passando a mão no rosto.


Louis: Minhas flores, não briguem. – Pediu, apagando o cigarro e se aproximando.

Camila: Não estamos brigando. – Disse calma. Ela baixou os olhos pro papel, mas seu telefone tocou, interrompendo-a. Ela apanhou o celular e atendeu – Oi. Não, tudo bem. Estou indo. Também. – Disse, com um sorriso. A pessoa não desligou – Eu já disse que também. Estou descendo. TCHAU! – Disse, e desligou o telefone, rindo.


Os outros viram Camila se levantar. Usava uma blusa preta, jeans e salto, e uma echarpe cinza no pescoço (ocultando as marcas que ainda demorariam a sumir), os cabelos soltos. Ela apanhou seu sobretudo, bege, no braço da cadeira, e o vestiu.


Harry: Vai sair? – Perguntou, estranhando.

Camila: Vou almoçar com Lauren hoje. Ela já está ai embaixo, veio me buscar. – Disse, mostrando o celular – Devo demorar uma hora, no mais tardar uma e meia. – Disse, após vestir o sobretudo, puxando os cabelos de debaixo da roupa. Ela apanhou sua bolsa, e ia saindo.

Louis: Vou com você. Quero cumprimentar Lauren. – Disse, sorrindo, como uma criança cujo natal chegou mais cedo. Louis adorava brigas.

Camila: Não se atreva a vir atrás de mim. – Disse séria, e Louis gargalhou. Camila se virou, saindo, e fechou a porta.

Dinah: Não sei como Camila aguenta conviver com ela. – Comentou, voltando ao trabalho.

Harry: Deixe-a, Dinah. – Pediu, coçando o cabelo distraidamente. Pelo menos com ela Camila estava a salvo.


 -


Lauren estava com o carro luxuoso parado na frente do prédio de Camila, o carro em ponto morto. Ela viu quando um dos três elevadores se abriu, e Camila saiu dele, passando pelo saguão movimentado. Ela observou, satisfeito, o corpo da latina decalcado pela calça justa e a blusa apertada, já que o vento fazia o sobretudo dela voar. Camila sorriu ao vê-la e fez a volta pelo carro, entrando no banco do carona.


Camila: Pronto. – Disse, após fechar a porta, se virando pra ela.

Lauren: Nunca mais bata o telefone na minha cara. – Advertiu, com um olhar que a fez  estremecer.

Camila: Eu não bat... – Interrompida por ela, que se inclinou, tomando sua boca em um beijo sedento.


Ela estava brincando; as duas sabiam. Mas isso não fez importância quando ela a beijou, uma mão segurando-a pelo rosto, trazendo seu rosto pra si.
Camila suspirou, languida, e retribuiu o beijo, erguendo a mão ao ombro dela. As línguas das duas se encontravam com gana, e Camila, inconscientemente, trouxe o corpo mais pra perto do dela. Lauren sorriu, baixando a mão do rosto para a curvatura da costela dela, apertando-a sutilmente. Camila se aproximou mais... Então a marcha do carro a impediu de se sentar no colo da mulher, no banco do carro, em frente a todos. Lauren riu, terminando o beijo selando os lábios dela, que praguejou baixinho.


Lauren: Calma, Ma Belle. – Disse, ainda rindo, e ela ergueu a sobrancelha.

Camila: Você é uma... Uma... – Lauren a olhava, sorrindo abertamente, esperando.

Lauren: Uma...? – Estimulou.

Camila: ARGH! – Disse, cruzando os braços, e virando o rosto pro outro lado da rua.

Lauren: Ma Belle? – Camila não a olhou. Parecia concentrada no asfalto. Lauren riu, e tirou o cinto de segurança. – Baby, olha pra mim. – Disse, se virando pra ela. Camila a olhou, com uma sobrancelha erguida e a cara fechada – Não faz esse biquinho. – Disse, selando o biquinho dela.

Camila: Você me faz de idiota. – Acusou, ainda de sobrancelha erguida. Lauren queria rir. Ela ficava linda com essa carinha.

Lauren: Não faço, eu amo você. – Disse, segurando o rosto dela e selando seus lábios repetidas vezes. – Não? – Murmurou nos lábios dela, encarando-a de pertinho.

Camila: Un-Un. – Disse, mas queria sorrir.

Lauren: Hum... Ok, podemos barganhar. – Camila ergueu ainda mais a sobrancelha – Em casa... De noite... – Disse, e mordiscava os lábios dela – Eu posso te fazer uma massagem. – Se ofereceu.

Camila: Muito prestativa você. – Disse ainda esnobe. – Uma massagem? – Perguntou, tentada.

Lauren: Aham. Uma massagem longa, e demorada. – Prometeu. Ela viu Camila parar, olhando os lábios dela, e sorriu.

Camila: Vou pensar. – Lauren riu – Ande, vamos logo pro condenado restaurante. – Disse, empurrando-a. Mas sorria. Lauren riu, colocando o cinto de novo.


Camila pôs o cinto também. Enquanto Lauren dava a partida no carro ela pôs sua bolsa no banco de trás. De relance, olhou pro saguão do prédio. Louis estava lá, parado em um canto. Ele sorria. Balançou a cabeça negativamente pra ela. Camila o fuzilou com o olhar, e abraçou a esposa de lado. Lauren a abraçou pelo ombro, dando um beijo em seu cabelo e, dirigindo com uma mão, deu a partida e saiu dali. Chegaram ao restaurante 15 minutos depois. Era um lugar calmo, simples, pouco movimentado, pelo preço absurdo que cobrava. Ao entrarem Lauren se identificou e pediu a mesa reservada.

Sentaram-se, pediram um vinho, tudo muito aconchegante.


Lauren: Como foi sua manhã? – Perguntou, beijando a mão dela, que tinha entre as duas mãos.

Camila: Normal. – Disse pensativa – Senti sua falta. – Admitiu, com um biquinho infantil. Não entendia por que estava assim hoje; se sentia tão dela, tão dependente, que precisava dizê-lo, mesmo ela não merecendo. Lauren sorriu, se inclinando na mesa.

Lauren: Não mais que eu de você. As horas pareciam insuportáveis. – Disse, em um murmúrio, sorrindo. Ela selou os lábios com os da amada demoradamente, e seguidas vezes. Camila sorriu.

Garçom: Com licença. – Pediu, educado. Lauren se sentou novamente, ainda segurando a mão dela.

Lauren: Deixe a garrafa. – Disse, e o garçom assentiu. Serviu a taça de Lauren, a de Camila, e deixou a garrafa no centro da mesa, se retirando. – Louis é um cara legal. Mas vou furar os olhos dele com um alfinete se continuar olhando você como quando estava no carro. – Disse, deliciada com a mão dela. Camila arregalou os olhos.

Camila: Tem olhos nas costas, Lauren? – Perguntou, exasperada. Lauren riu gostosamente.

Lauren: Eu sei cuidar do que é meu. – Respondeu tranquila.

Camila: Eu sou sua? – Provocou.

Lauren: Do dedo do pé até o último fio de cabelo. Até sua respiração é minha. – Disse possessiva, e Camila sorriu, tomando um gole do vinho. – O que nos leva de volta a Louis.

Camila: Ele só brinca. – Disse, após engolir o vinho.

Lauren: Sim? – Perguntou, enlaçando os dedos com os dela.

Camila: Sim. Ele sabe que eu amo você. – Disse carinhosa.

Lauren: Sabe? – Perguntou, sorrindo de canto – Como ele sabe? – Perguntou, fingindo-se de curiosa, com a voz baixa e rouca

Camila: Eu disse. – Respondeu tranquila, e dessa vez foi ela que se inclinou sobre a mesa. Sentia uma necessidade incontrolável de estar com a morena, e foi isso que a fez beija-la.


O que as duas não sabiam é que havia um par de olhos, observando-as curiosamente. Um par de olhos femininos. Um par de olhos que estavam ali conferindo o trabalho feito, que aparentemente não provocara o resultado esperado. Um par de olhos que queriam prejudicar.

 

-

 

A noite caiu. Camila e Lauren jantaram, conversaram, e foram pra cama. A morena foi até o closet, fazer o quê Camila não sabia, provavelmente conferir alguma coisa, e ela pegou um livro na mesinha de cabeceira. Ouviu a esposa abrir a porta do seu lado do closet, e suspirou, relaxando o corpo, deixando o sono chegar. Ela se deitou de bruços na cama, se apoiando nos cotovelos, e abriu o livro a sua frente. Tinha os cabelos presos em um coque frouxo, e usava um shortinho preto e uma camiseta branca, ambos de algodão. Camila amava ler. Era como se pudesse se desligar desse mundo e ir a outro, no passar das páginas. Logo, quando se concentrava, se absorvia na leitura de modo que era difícil dispersá-la. Ela tinha lido um capitulo e meio, quando Lauren, que terminara de trocar seus documentos de pasta, deixando-a agora organizada, saiu do closet. Camila não ouviu. Tinha uma mão segurando o livro no lugar, e a mão da aliança estava pousada frouxamente em seu pescoço. Lauren ergueu a sobrancelha, observando-a. Tão linda, e tão alheia a sua beleza. A mais velha usava uma camisa branca, como ela, e uma calcinha box cinza. Passou a mão no cabelo, jogando-os de lado e se aproximou. Camila podia sentir a presença dela, mas não deu atenção, concentrada no que lia; sabia que ela viria se deitar logo. Surpreendeu-se, entretanto, quando Lauren foi pra cama. Ela não se deitou no seu lugar; ela se sentou nas coxas dela. Camila riu, finalmente erguendo o rosto.


Camila: Que diabo...? – Perguntou, rindo. Sentiu a mulher se deitar sobre ela, o peso de seu corpo comprimindo-a, e suspirou gostosamente. Lauren mordeu a orelha dela, fazendo-a se arrepiar.

Lauren: Largue isso. – Murmurou, e era uma ordem. Ela apanhou o livro de suas mãos e fechou-o, largando-o sem o menor cuidado na mesinha.

Camila: Meu liv-... – Ela suspirou, vendo o livro largado lá – Você é impossível. – Retrucou, enquanto ela beijava sua nuca, vindo de um lado a outro.

Lauren: Sou? – Perguntou a voz atrás dela. Não podia vê-la, e isso lhe dava uma sensação boa, desconhecida. Lauren nunca fora previsível.

Camila: É. – Confirmou, desfrutando do carinho – E a educação mandou lembranças. – Retrucou de novo. Desta vez a morena riu.

Lauren: Mande um beijo pra ela. – Brincou, e Camila sentiu ela se sentar de novo em suas coxas, deixando uma perna de cada lado. Camila sentiu as mãos firmes da esposa subirem por suas costas e buscarem seus ombros.

Camila: Que está fazendo? – Perguntou, deliciada.

Lauren: Eu estou te devendo isso. – Disse, continuando com a massagem. Camila ofegou; Deus, como aquilo era bom!

Camila: Hum... – Deixou o gemido escapar quando ela apertou seus ombros tensos, com as mãos fortes.

Lauren: Você trabalha demais. – Reprovou, os olhos verdes acompanhando por onde suas mãos passavam, por cima da camiseta dela. Sentia os músculos rígidos, tensos.

Camila: Passo o dia todo sentada, não é esforço. – Contrariou, pouco se importando. Sentia os músculos se relaxarem sob o toque dela. – Ah, Deus... – Suspirou, girando o pescoço lentamente, sentindo a tensão se esvair.

Lauren: É bom? – Provocou, com um sorriso de canto no rosto.

Camila: É ótimo. – Admitiu tranquila. Demorou uns instantes, nos quais as mãos dela trabalharam em suas costas. Então a voz dela cortou o silêncio.

Lauren: Levante os braços. – Disse, e novamente era uma ordem.


Camila sentiu as mãos dela tirando sua blusa e ergueu o tronco, juntamente com os braços, permitindo a remoção da peça. Logo voltou a deitar, se arrepiando ao sentir os seios delicados contra o lençol frio. Isso não durou muito, porque agora o contato da mão dela era direto com sua pele, e isso exigia todo e qualquer fio de sua atenção.


Lauren: Sua pele é muito frágil. – Comentou, e Camila percebeu que a voz dela estava mais rouca que o normal. Ela sorriu com isso, por antecipação. Sentiu as mãos dela comprimindo seus ombros, agora relaxados – Frágil demais, parece que vai ceder sob minhas mãos... – Disse, descendo sua mão pela coluna dela apertadamente, fazendo-a suspirar.

Camila: Sim? – Perguntou tranquila.

Lauren: Absolutamente. – Confirmou concentrada no que fazia. A pele dela, pálida, ganhava breves vergões vermelhos, por onde as mãos dela passavam.

Camila: Amor? – Chamou, com a voz quebradinha.

Lauren: Hum?

Camila: Para. – Pediu, e sentiu as mãos dela frearem na mesma hora.

Lauren: Machuquei você? – Perguntou, preocupada. Sentiu Camila tentar sair de debaixo de si e se ergueu, ficando de joelhos. Viu a morena se desvirar, ficando de frente para ela.

Camila: Não. – Respondeu, sorrindo.


Lauren captou o sorriso dela uma fração de segundo antes dela beijá-la. A morena a abraçou pelas costas, trazendo-a firmemente pra si, e retribuindo seu beijo com ganas. Estavam ajoelhadas, e dentre o beijo ela sentiu Camila levar uma perna em volta de sua cintura, prendendo-a. Ela sorriu, suspirando dentre o beijo, e a apanhou pela outra coxa, fazendo-a enlaçar as pernas em sua cintura, ficando suspensa no ar. As duas logo desabaram na cama, as bocas quase se agredindo, e estava tudo bem.
Eu sei que vocês odeiam, mas é por enquanto...

-


Notas Finais


Olá anjossss, como estão?
Me perdoem pela demora, tive estado tão ocupada esses diassss, inclusive agora to postando na correria KKKKKKK
Enfim, espero que gostem, vamos tentar bater no mínimo 15 coments?

{Sigam-me no Twitter, sigo todos de volto e sempre aviso sobres as atualizações: @CamrenSeduce}


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...