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História Ps: Eu te odeio - Quem manda sou eu, Styles.


Escrita por: saturnrings_

Notas do Autor


Hey

Capítulo 9 - Quem manda sou eu, Styles.


Fanfic / Fanfiction Ps: Eu te odeio - Quem manda sou eu, Styles.

- Porra nenhuma, vaza do meu quarto. - eu disse com raiva.

- É serio, Luna.

- Eu também to falando sério.- eu disse óbvia.

- Eu vou ter que te algemar de novo? - ele perguntou desafiador.

- Você não é nem maluco.- eu disparei.

- Não? - ele perguntou, balançando a danada da algema no ar.  - Eu vim preparado.

Saí correndo e entrei no quarto mais perto, o quarto de HarrySem ter tempo de procurar a chave para tranca-lo, corri para o banheiro, e no momento em que eu fechei a porta com força o corpo de Harry se chocou contra a mesma. Forcei o meu contra a porta na intenção de fecha-la e deu certo, rapidamente virei a chave e me sentei escorada na porta, ofegante. 

Senti alguém se escorar na porta também, só que do outro lado.

- Por que você faz pelo jeito difícil? - escutei sua voz rouca perguntar.

- Porque pelo fácil não tem graça. - respondi, escutando ele bufar.

- Precisamos conversar.

- Sinta-se a vontade. - eu disse cínica.

- Sério? Assim? - ele indagou incrédulo.

- É melhor para você. - eu disse, sincera. - Posso quebrar o seu pescoço sem querer. - conclui e ele riu.

- Luna, por que eu não duvido das suas palavras? - ele indagou pensativo.

- Será porque você sabe que eu sou capaz de cumpri-las? - respondi óbvia.

- Ácida.

- Sentimental.

- Grossa.

- Delicado.

- Vai se foder.

- Igualmente.

Bufamos.

- TE ODEIO. - gritamos juntos.

- Ótimo, veja que o sentimento é recíproco. - eu disse irritada.

- Totalmente. - rebateu ele.

- Harry, anda logo. - eu disse, bocejando.

- Eu.. eu queria pedir desculpas. - sua voz saiu baixa. - Não era pra eu ter falado aquelas coisas para você, muito menos na frente deles.

- Qual dos meninos te obrigou a se desculpar? - eu perguntei. 

- Zayn. - ele sussurrou e eu segurei a risada. - Ele me deu um soco. - eu gargalhei. - Mas é serio, não era pra eu ter feito aquilo, me desculpa?

- Faz diferença? - indaguei impaciente.

- Faz, a minha consciência agradece.

- Hum, então ela não vai me agradecer.

- Ah, qual foi Luna. Eu estou sendo sincero. - ele disse, meio que suplicando.

E porra, ele tava mesmo. Mas eu ligo? Não.

- Eu não preciso fazer isso, não me interessa se a sua consciência está pesada. Não to nem aí, que ela te mate.

- Por que é tão indiferente? Por que é assim comigo? - ele pergunto exausto. 

- Porque a gente se odeia, esse é o meu papel. Eu sou assim, Harry, aceita.

- Você é egoísta, se põem no meu lugar. Não duvido nada que faria o mesmo.

- Não tenho que me colocar no seu lugar, você que se foda. - eu rebati estressada.

- Você é muito difícil. - ele disse irritado.

- Queria que eu fosse fácil que nem a sua outra priminha? Que é só você piscar e ela abre as pernas? - eu perguntei cínica e Harry permaneceu em silêncio.

Bocejei outra vez e me deitei no chão.

- Do que você está falando? - ele perguntou, fingindo confusão.

Não tente me enganar, eu conheço esse tom de voz.

Falso do caralho.

- De nada, uai. - desconversei.

Não está na hora, tenho que usar isso ao meu favor.

- Luna, me desculpa, vai?  - Harry pediu, mas sua voz estava distante.

Minha visão ficou embaçada e eu bocejei de novo.

- Luna? Luna?

Meus olhos pesaram e eu senti minha bochecha tocar o chão frio.

- Hey, tá na hora de acordar. - escutei alguém falar ao meu lado.

- Hein? - abri meus olhos e vi que eu estava no quarto de Harry, deitada em sua cama, com ele ao meu lado, rindo sacana. - Mas que porra aconteceu? - eu perguntei exaltada.

- Eu lembrei que a fechadura do banheiro da minha mãe é igual a minha. Peguei as chaves, abri a porta e te tirei de lá. Nossa noite foi caliente. -  ele disse, zombeteiro.

- Caliente vai ficar teu rosto se você não parar de falar merda. - eu disse irritada e ele riu.

- Ui, agressividade a essa hora da manhã, adoro. - Harry disse afeminado e eu ri. - Você me assustou ontem. - ele disse, o tom de voz ficando sério.

- Quê? - perguntei confusa. 

- Eu fiquei te chamando um tempão e você não me respondia.- ele disse de forma óbvia, como se eu fosse burra. 

- Problema é seu. - eu disse óbvia, me levantando.

- Luna, para de ser ignorante. -  ele disse irritado.

- Vai ser sentimental longe de mim, Styles.

- Vai me desculpar ou não?

- Não. - eu disse e corri para o meu quarto.

Meu quarto não tem porta, porra.

Corri pro banheiro e me tranquei, aproveitei e tomei um banho logo, tenho que ir pra porra da escola de qualquer forma.

Ta aí, se eu tivesse alguns amigos trombadinhascomo diz Harry, eu não iria nem pra escola. É claro, que se desse problema como na antiga escola, Anne iria surtar e me mandaria para um internato. Como os falecidos tentaram fazer.

Bom, todo mundo tem o direito de tentar. 

Decidi que iria procurar hoje, depois da escola. É só ser observadora, observar quem é como eu, os que andam em grupo, mas singelos.

Me lembrei do que Harry disse, Zayn lhe deu um soco por minha causa.

Sorri.

O Menino Medieval anda muito rebelde, roubando bebida, dando soco no amigo, isso tudo depois que me conheceu.

Merda

Depois que me conheceu.

Zayn ta indo pelo lado errado, andar comigo é andar por esse lado.

Vou fingir que a minha mente acordou meio devagar e não percebeu o óbvio logo de cara, que eu tenho que me afastar dele.

Droga, eu realmente não quero me afastar dele.

Botei a cara pra fora e nem sinal de Styles, entrei no meu closet e fechei a porta comigo lá dentro. Vesti um short jeans preto rasgado, meio curto, uma blusa cinza de mangas compridas, com algumas palavras (rabiscos) em preto, calcei meu coturno, coloquei minha touca preta e desci.

Ouvi a voz irritante da pessoa que infelizmente é minha irmã.

Inspira e expira Luna.

Sem assassinatos a essa hora da manhã, quem sabe à noite.

Ela e o Styles conversavam de forma animada, como eles conseguem estar dispostos a essa hora? Se eu tivesse uma arma já tinha largado o dedo neles, ou em mim mesma.

Essa disposição matinal me irrita.

Eu entrei na cozinha e eles se calaram.

Nossa, nada sutil. 

Abri a geladeira, peguei meu toddynho e me virei para encara-los. Os dois trocaram olhares cúmplices.

Hum, aí tem.

- Então..- começou Lilly, meio perdida, de um jeito não natural. Suspeito. Ela que dar uma desculpa, a conheço o suficiente. Eles estão armando. - Eu vou lá em cima pegar meu celular.- disse e se levantou, sumindo da minha vista.

- Merda. - murmurou Harry. - Esqueci o livo de química, quando eu descer nós vamos. - ele disse e subiu rapidamente.

Péssimos mentirosos. 

Se passou dez minutos e eles não apareceram, diminui o volume estrondoso do fone e percebi que a casa estava silenciosa.

Me levantei estranhando, e caminhei até a janela.

Porra

O carro do filho da puta não estava mais lá.

E caralho, faltavam dez minutos pro portão fechar.

E porra, o colégio é longe pra caralho para ir a pé.

E caralho, vai ter morte nessa porra.

Respirei fundo controlando a raiva.

Tente pensar positivo.

Eu sempre tentava, mas era um porcento de um esforço maldito contra noventa e nove porcento de água preta e mal cheirosa inundando todo o lugar.

Bom, possibilidades são possibilidades, quem sabe no meio do caminho não aparece uma alma caridosa para me ajudar. 

Até parece. 

Saí disparada em direção ao ponto, correndo. No meio do caminho quase dei de cara no chão, nesse pequeno trajeto eu já tinha perdido cinco minutos.

Ergui o olhar para ver qual foi o motivo de eu quase ter dado um beijo na calçada e encontrei um garoto rindo, não lhe dava nem onze anos.

O pestinha botou a o pé na minha frente.

Um gordinho muito filho da puta fazendo palhaçada.

Ele estava usando um capacete, uma joelheira, uma cotoveleira e segurava um Skate de cabeça pra baixo.

Um skate.

Sorri diabólica.

- Por que caralhos você me empurrou? Seu viadinho. - eu perguntei irritada.

- Porque eu quis, e aí? Vai fazer o quê? - ele perguntou marrento, se sentindo protegido pelos Estados Unidos pois com certeza ele não era daqui.

Eu ri sarcástica.

Advinha quem não vai com a cara dos britânicos também. 

Em um movimento rápido eu o empurrei no chão com toda a minha força. Ele caiu deitado no meio da rua, e só depois notou que seu Skate estava na minha mão.

Um Skate realmente muito grande pra ele, mas no tamanho ideal para mim.

- Ei, isso é meu, me devolve. - ele proferiu em um misto de irritação e incredulidade.

- To pouco me fodendo. - eu disse e montei no Skate, me impulsionando para frente. 

Quando já estava em movimento, eu me virei para trás rindo e vi que ele ainda estava imóvel no chão, chocado.

- Sua vagabunda. - ele gritou levantando o dedo do meio e eu gargalhei.

- Enfia no cu e roda, seu arrombado. - gritei de volta, dando mais uma remada.

Uma criança no auge das travessuras.

E eu, outra criança no auge das travessuras também.

Eu realmente falei muito sério quando disse que tava pouco me fodendo.

Eu estava me muito calma enquanto sentia o vento batendo em meu rosto e resolvi não me preocupar com o filho da puta que fica na entrada do colégio barrando os atrasados. 

Eu realmente o detesto e ele poderia morrer. 

Poucos minutos depois eu cheguei e o encontrei na entrada, com aquele sorrisinho cínico que me faz querer vomitar. 

Não tinha ninguém, absolutamente ninguém no pátio. Só eu, sem a minha arma.

Caminhei até ele lentamente, segurando o skate embaixo do braço.

- Por que chegou atrasada?

- Responder isso vai ajudar em quê? Vai me deixar entrar se eu falar?

- Não.

Bufei irritada.

Olhei a hora e vi que eu só estava atrasada cinco minutos.

- São só cinco minutos, qual foi. - reclamei.

- São normas.- ele disse, impassível.

- Normas porra nenhuma, você abre o portão pra várias pessoas. Por que ta de implicância comigo?

- Porque eu abro pra quem eu quiser, e eu não quero abrir pra você. - ele disse um tanto irritado. 

- Para de viadagem.

- Viadagem é o meu  pau.- ele disse irritado.

Eu abri a boca, meio surpresa, e ele riu cínico. 

- Não é só você que sabe xingar. - ele sorriu debochado.

- Você é um babaca. - eu disse irritada.

- Bem, se você me der algo em troca.- ele deixou a frase no ar.

Eca

Eca

Como assim, algo em troca. 

Só se fosse um tiro.

O cara tem idade pra ser meu tio, o que não é um problema, tem homens que são como o vinho. Mas nesse caso, todos os tipos de empecilho são justificáveis. 

- O quê? Uma balinha? - eu perguntei irônica.

- Você se acha a fodona, né? Pois não vai entrar. - eu levantei meu dedo do meio para ele, sua gargalhada soou. - Enfia ele no cu. 

- Vira aí pra mim que eu enfio. Eu sei que você curte.- eu disse.

Nossa Luna, que piadinha de oitava série. 

Sua expressão ficou raivosa, seu rosto ganhou uma tonalidade vermelha de repente.

Bom, parece que funcionou.

- Quer que eu te mostre o gay? - ele perguntou irritado.

- Não, eu to vendo ele na minha frente. - eu rebati rindo.- Sua masculinidade é mais frágil que um copo de vidro.

- Você não passa de uma vadia.

O encarei com raiva.

Qual foi, e daí.

- Vadia é a tua mãe.- eu disse.

Eu nem sabia por que estava perdendo tempo discutindo com ele.

- Não fala da minha mãe, vadia é a sua que não te deu educação.

Eu sei que minha mãe fez muita sacanagem comigo, mas vadia ela não era. Eu até podia ser, mas ela não era. 

Peguei o Skate na mão e ao mesmo tempo lhe dei uma rasteira, ele caiu sentado no chão e eu o golpeei na cabeça com força.

Ah, a família...

- Só eu a chamo de vadia, babaca. - eu disse com raiva. - Acha que a sua mãe se orgulharia de saber que o filho é praticamente um estuprador? - perguntei, o acertando de novo com força.

Ele tentou se defender enquanto eu acertava uma série de golpes em sua cabeça, golpes, ta mais pra skaytadaMe cansei e parei para encara-lo, ele tinha o rosto inchado e sangue saindo de seu nariz.

- Isso não vai ficar assim. - ele disse com raiva, pronto para se levantar, mas eu o impedi botando meu pé em seu peito.

- Se você contar a diretora, eu digo que só me defendi. A propósito, ela ia gostar de saber que você provavelmente dá em cima das alunas, não é mesmo? - eu perguntei cínica.

Ele se calou e seu semblante mudou de irritado para assustado. 

- Eu preciso desse emprego. - ele disse chocado, me olhando incrédulo.

Será que é porque eu lhe dei uma surra? Pena que eu não to a fim de despachar seu corpo, se não eu batia até a morte.

- Então acho que é melhor você ficar calado. - ele permaneceu em silêncio. - Bom garoto.

Me virei subindo no skate sujo de sangue e remei em direção ao centro, já estava atrasada mesmo. A professora ia ficar de graça e nela eu não posso dar skaytadas, muitas testemunhas. 

Então eu fui comprar uma porta para o meu quarto. Espero que o Styles não se importe, mas eu peguei os seiscentos dólares reserva que Anne deixou, estou precisando de umas coisinhas.

Pov Harry Styles

Eu deixei Luna para trás, ela mereceu. Como pôde não me desculpar? Como pôde ter resistido a minha carinha fofa? Ofendido é como me sinto.

Propus a Lilly deixar Luna para trás hoje, eu mal tinha acabado de falar e ela já tinha concordado. To começando a enxergar da onde saí a raiva que Luna sente dela. 

Essas mulheres, eu simplesmente não consigo entender, olha pra Lilly, toda.. coisada, histérica. Tudo bem que Luna é um pouco, mas com razão. A sua infância foi conturbada e a adolescência pior ainda, ela tem raiva acumulada, e a histeria dela não é com cremes ou roupas. Resumindo, não é com coisa fútil, é meio que com ela mesmo. A de Lilly é com.. imagina todo o tipo de futilidade, imaginou? Então, é isso que ronda o pensamento da garota, ela veio me perguntar que cor de esmalte usar. Parecia o maior dilema da sua vida. 

Cara, eu não tenho saco pra isso. 

Já tínhamos voltado do intervalo, os meninos conversavam sobre alguma coisa enquanto eu olhava ao redor. Zayn mal falou comigo, ainda estava chateado por causa de ontem, e provavelmente por eu ter deixado Luna para trás hoje. 

Ele não para de mexer na porra do celular, aposto que estavam conversando. 

O que será que eles estão conversando?

Eu queria tanto saber, queria saber em que estágio a amizade deles estava. Se eles já se chamavam de nomes idiotas, ou algo do tipo, se ele era seu confidente. 

Que raiva.

O amigo era meu, que negócio é esse?

Meu olhar parou em Lilly, toda entrosada no meio das garotas ao seu redor. Era como se ela desse ordens, o que é estranho porque só tem alguns dias que ela entrou na escola. As meninas ouviam tudo com atenção, mas que negócio estranho.

De repente eu me lembrei dessa madrugada, quando Luna me deu um susto. Ela parou de me responder e eu fiquei uns vinte minutos chamando por seu nome, depois eu me lembrei que as fechaduras de todos os banheiros são iguais.

Quando abri a porta a encontrei dormindo tranquilamente, me limitei a rir. A menina dormiu no chão do meu banheiro.

Me lembro das minhas mãos em contato com a sua pele quando a peguei do chão, do arrepio estranho pra caralho. Lembro de não ter conseguido pegar no sono, de ter voltado em seu quarto para busca-la e coloca-la para dormir na minha cama. 

Ela devia ta cansada, pelo que eu me lembrava Luna não tinha o sono tão pesado assim. 

Ainda não sei porque fiz isso, acho que porquê sabia que ela iria ficar irritada.

O pior foi eu não ter conseguido pegar no sono depois de ter feito isso, eu tive a necessidade de ficar olhando. Ela às vezes mordia o lábio. Constatei que isso devia ser um tique nervoso, como o seu nariz se mexendo, podia até ser engraçado mas eu achei fofo. E a graciosidade com que a sua mão de vez em quando tocava seu rosto, inquieta.

Ela era uma coisa totalmente observável dormindo.

Reparei nas sua cicatrizes, reparei também que ela às vezes coçava os braços na lateral, com força, muita força, como se isso aliviasse algum tipo de dor. Concluí que isso podia ser algum tipo de auto controle para não cortar.. lá.

E foi aí que eu me dei conta de algo muito óbvio, um minuto depois o pânico me invadiu. Ela não se abre comigo, ela nunca se abriria comigo, eu não quero que ela faça isso. Senti meu coração bater mais rápido quando percebi que ela ainda poderia estar fazendo isso, as marcas já estavam cicatrizadas mas o que me garante que ela não faça algo pior? 

Eu peguei no sono pensando nisso.

E agora, onde será que a suicida estava? O que será que ela estava fazendo? 

Porra de curiosidade. 

Me virei para Zayn, que hoje havia se sentado com Liam, e cutuquei seu ombro.

- O que é? - ele perguntou irritado, sem erguer os olhos do livro.

- Falou com a Luna hoje? - eu perguntei.

- Não é da sua conta.- ele respondeu ríspido.

Bufei.

- Fala logo.- eu insisti. 

- Você tem o número dela, resolva seu problema. - ele disse mal humorado.

Me virei para frente e peguei meu celular, procurei na agenda pelo nome suicida e mandei uma mensagem.

- Hey, onde está? Sua manhã foi legal? Gostou da minha surpresa? - Harry. 

Quatro minutos depois.

- Hey, vá se foder, seu arrombado. - Luna.

Sorri de lado.

- É sério, tá aonde? - Harry.

- Isso não é da sua conta. - Luna.

- Para de ser criança. - Harry.

- Criança é o meu pau, babaca. Eu não te devo satisfações. - Luna.

- Ignorante, bem feito. Fiz e faço de novo, vê se aprende antes de me irritar, sua otária. - Harry.

- Quer saber onde estou? Que pena, to muito ocupada no momento. Depois terminamos essa discussão de quem é otária ou não. -Luna.

- Ocupada com o quê? - Harry.

- Fodendo, está atrapalhando meu orgasmo. - Luna.

Filha da puta.

Com quem? Quem transa e manda mensagem ao mesmo tempo?

Bem, Zayn não era.

 Eu sabia que era mentira, mas alguma coisa pinicou por todo o meu corpo e eu me vi fechando e abrindo as mãos em punho.

Ela está de provocando, Harry.

Filha da puta.

O sinal bateu e eu saí da sala ignorando tudo, pisando forte. Nem eu sabia porque estava com raiva. 

Cheguei no meu carro e fiquei esperando a madame. Assim que ela entrou eu comecei a dirigir a toda velocidade,  Lilly até tentava conversar mas eu a cortava. Além de estar com raiva, a última coisa que eu queria era uma conversa sobre esmaltes.

Meus músculos relaxaram um pouco quando chegamos, estacionei o carro de qualquer jeito e adentrei a casa. Subi as escadas, mas parei no corredor.

Surpreso.

Primeiro - O quarto de Luna estava com porta, com uma placa escrito Danger, Keep Out;

Segundo - Ela escutava música às alturas, uma música do Wiz Khalifa - Work Hard Play Hard.

Terceiro - Saía um pouco de fumaça por debaixo da sua porta.

Pronto, fudeu, só falta ela estar tentando botar fogo no quarto. 

Quarto - Aonde ela conseguiu dinheiro pra isso?

Escutei Lilly dar um grito, fino e agudo. Fui em direção ao seu quarto e percebi o forte cheiro de tinta, entrei e quase cai pra trás.

O quarto tava todo preto, literalmente, todas as paredes. Se não fosse a luz acesa eu ia cair.

- O que aconteceu aqui? - eu perguntei assustado.

- Foi a Luna. - Lilly gritou histérica. - Aposto que foi ela.

Senti cada célula do meu ser entrar em alerta, virei os calcanhares em direção ao meu quarto. Pra começo a coisa já estava feia. A porta era outra, branca, eu juro que vi um pouco de glíter nessa porra. 

Abri a porta com força e senti a raiva me consumir. 

A porra do quarto estava rosa.

ROSA.

Todo rosa.

A minha cama forrada com uma colcha da barbie.

E tinha um poste da Butterfly, colado na minha parede.

- Luna... - rosnei.

Pov Luna White

O dia foi produtivo.

Eu andei pra caralho, conheci novos lugares e me perdi. Mas eu acabei encontrando um fornecedor e voltei para casa de táxi, com erva, e outras coisas. Coisas para o meu plano, coisas para o meu quarto.

Estava deitada no meu quarto, fumando.

Admirando o novo visual.

Todas as paredes pintadas de azul marinho e uma pintada de preto, onde eu resolvi que Zayn irá grafitar. Quatro ventiladores rodando pra tirar o cheiro de tinta nessa porra, e depois de cinco horas até que o cheiro não está tão forte.

 Work Hard Play Hard soava alto, no volume que eu gosto, e eu estava imersa em pensamentos.

Pensamentos filosóficos, pensamentos de empreendedor, pensamentos assassinos, pensamentos eróticos, todo tipo de pensamento.

Vi a porta tremer e ri, dessa vez ele pode bater o quanto quiser que não irá acontecer nada. É a porta mais cara e forte que tinha.

Levantei soltando a fumaça e abri meu novo frigobar, eu comprei um e coloquei ao lado da minha cama. E não foi comprado com o dinheiro honesto de Anne, foi comprado com o dinheiro sujo de Luna. 

Abri uma pepsi e me sentei na cama, esticando a coluna. 

Os afazeres do dia estavam concluídos, o que mais eu poderia fazer?

A porta tremeu mais uma vez.

Harry é um babaca, querendo saber onde eu estava, o que eu estava fazendo. Eu não dava satisfações nem pra minha mãe, pra ele que eu não iria dar. 

A porta parou de tremer e eu me joguei na cama, olhando para o teto.

Escutei Dosed soar em algum lugar e me levantei para procurar meu celular.

Luna?

Era a voz de Zayn.

- E aí, Menino Medieval. - eu disse, tragando com mais força.

- Estou com saudades.-  a voz dele estava manhosa.

- Também.

- Também não significa a mesma coisa.

- Mas é claro que significa, esse lance aí é com o 'eu te amo' .

- Não é, para mim é de forma geral. Então vamos, fale a frase toda.

Bufei.

Também estou com saudades, Zayn.- repeti a frase, entediada.

- Agora sim.- ele disse, satisfeito.

- Medieval.- debochei.

- Suicida.- provocou.

- Chato.

- Chata.

- Fala logo o que você quer.- eu disse impaciente. 

- Nossa, eu te ligo com o maior amor e carinho do mundo, para lhe convidar para passar o fim de tarde em minha residência e você me trata assim? - ele perguntou ofendido.

- Quer que eu bote Because of  you pra tocar? - eu perguntei sarcástica.

- Ácida.

- Detalhista.

- Você me ama.

- Iludido.

- Você vem? - ele perguntou.

- Vou, daqui a quinze minutos eu chego.

- Okay, beijos.

- Tchau.

- Desliga.

- Não.

- Desliga.

Eu desliguei porque não tenho saco pra essa palhaçada.

Eu já estava de short, só vesti um casaco preto e calcei meu converse. E resolvi não me olhar no espelho pois tinha certeza de que a minha trança estava toda bagunçada.

Tranquei o frigobar, a janela, desliguei o som e escondi a erva.

Saí do quarto e tranquei o mesmo, mal dei um passo e já estava na parede, Harry bufava.

- Você tem que parar de fazer isso. - eu reclamei irritada.

- Você pintou meu quarto de rosa, caralho! - ele gritou irritado.

- E o que tem? Combina com o seu verdadeiro eu. - eu debochei.

Ele me colocou em seu ombro e me carregou até o seu quarto, me jogou na cama e trancou a porta.

Ah, qual foi, eu to chapada cara.

- Você vai dar um jeito nisso. - ele disse irritado. 

Eu me limitei a deitar com os braços em baixo da cabeça e rir.

- Não vai me deixar sair? - indaguei presunçosa.

- Não! - ele gritou e eu me levantei.

- Ah, não? - perguntei, caminhando em sua direção. - E se você não puder me impedir? -  questionei, mordendo o lóbulo de sua orelha. 

Suas mãos foram para a minha cintura, onde ele apertou com força, o que me deixou mais excitada. 

 Eu adoro ser quem tem as cartas, adoro estar superior a ele.

- É claro que eu posso.- ele disse ofegante e quando percebi minhas costas estavam escoradas na parede gelada, colava um pouco porque a tinta estava meio úmida. - Eu sou mais forte. - eu ri, empurrando ele até sua cama.

Ele caiu sentado, seus olhos estavam escuros.

Um de meus joelhos estava em cima da cama e ele subiu a sua mão até a minha coxa. Em um movimento rápido eu estava sentada em seu colo.

Segurei seu queixo. 

- Quem manda sou eu, Styles. - sussurrei e senti seus pelos se arrepiarem. - Eu tenho as cartas, você tem que dançar a minha música, no meu ritmo. Caso contrário você está perdido. - sua mão apertou minha cintura com força.

- Do que você está falando, Luna? - sussurrou em meu ouvido e foi a minha vez de se arrepiar.

É, ele leva jeito pra esse jogo.

Mas eu o domino.

- Do que eu estou falando? - ri sarcástica. - Quem foi que pegou a prima burra e agora quer pegar a prima psicopata?-  eu perguntei cínica.



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