1. Spirit Fanfics >
  2. Ps: Eu te odeio >
  3. The essence always back.

História Ps: Eu te odeio - The essence always back.


Escrita por: saturnrings_

Notas do Autor


Hey

Capítulo 31 - The essence always back.


Fanfic / Fanfiction Ps: Eu te odeio - The essence always back.

      ''' i'm not like them, but i can pretend''

      '' Eu não sou como eles, mas eu posso fingir''

                  {....}

- Luna...- eu disse, tentando entender o que estava acontecendo a minha frente. - O que houve? - me aproximei e ela deu um passo para trás, um feixe de luz passou por seus olhos, agora castanhos escuros, e sua expressão se tornou densa, densa demais. 

- Harry.- suas sobrancelhas estavam em uma linha reta, como quando eu fico com raiva, mas seus traços demonstravam mais que isso. Era como se ela segurasse uma enxurrada de emoções, sensações, sentimentos. Eu via seu esforço, seu maxilar trincou e ela fechou os olhos, inspirando mais ar, isso era um indício de...- Sai daqui. 

- Não.- eu disse sério e ela grunhiu com raiva, como uma animal feroz. - Não vou te deixar sozinha nessas condições. - eu disse e ela riu com vontade, estava totalmente ácida. Eu não sabia o que iria encontrar pela frente, só presenciei um ataque de fúria de Luna. 

                                                Flash Back on

Estávamos todos reunidos na casa de verão por causa da tia Maggie, era seu aniversário e uma das raras vezes que víamos a mesma. Após me esconder atrás do canteiro de rosas, joguei uma pedrinha na cabeça de Dougie, que virou confuso buscando por seu agressor. Abafei o riso me abaixando um pouco, até sua atenção se desviar daquele ponto. Meus olhos vaguearam pelo quintal, o vento balançou as folhas das árvores, juntamente com os vestidos de verão das senhoras ali presentes. Todos da família conversavam entusiasmados, meus olhos pararam nela, na excluída pela família. 

Luna.

Ela estava sentada no píer de madeira, seu all-star preto de cano médio quase tocava a água do lago. Seus cabelos balançavam com força, assim como o seu vestido azul escuro, bonito azul. Em suas mãos rodava um objeto de madeira que eu não consegui identificar. Sua expressão era intensa, como se refletisse algo. Sempre a achei misteriosa demais, isso não era algo bom, algo positivo. E alguma garota prender minha atenção é algo a se avaliar, meu gosto é variado, mas Luna sempre me arrancará um pouco mais de atenção que as demais. 

Vi Lilly caminhar junto de um garoto, ambos riam alto, caminhavam na direção do pier. Era o menino que a família White trouxera para passar o verão conosco, amiguinho de Lilly, disse tia Sarah. Quando os dois chegaram até Luna, seus cabelos castanhos já esvoaçavam bastante por conta do vento. Eles trocaram algum tipo de diálogo enquanto Lilly e o tal garoto riam, Luna permanecia séria. Eu pisquei e quando tornei a abrir os olhos, Lilly estava se afogando no lago, o garoto a puxava pra cima enquanto Luna andava em passos duros na direção da casa. 

Dei a volta pela porta dos fundos, me sentando na grama atrás da mureta, me perguntando o que acontecera. Estava mais do que claro que Luna havia empurrado Lilly. Será? Eu escutava vozes adultas aleatórias. 

'' Aquela criança é maluca ''

'' Como pôde fazer aquilo com a própria irmã? ''

'' Ela precisa de um psicólogo '' 

Velhos.

Revirei meus olhos com isso, aposto que foi uma brincadeira. Irmãos passam por essas coisas. Enquanto fitava as árvores a minha frente, que dava início a um bosque, escutei vozes mais familiares para mim. 

- Como pode empurrar sua irmã, Luna? - era a voz do tio Clark, houve um silencio tortuoso até que a risada irônica de minha prima soou. 

- Então vocês acham mesmo que eu empurrei a fingida? - ela perguntou debochada. 

- Está mais do que na cara, Luna.- a voz da tia Sarah soou séria. - Tudo o que você pode fazer de ruim a Lilly, você faz, sem exitar. 

- Porque será, né? - Luna indagou irônica. 

- Como você tem coragem de fazer isso com a sua própria irmã? - Sarah perguntou, a voz cortante. 

- Talvez fosse diferente, se eu fosse realmente considerada nessa família. Se eu fizesse parte dela. 

- Ora, não seja mimada.- Sarah cuspiu as palavras com aspereza. - Não pense só em você. 

- Mimada? - Luna gritou. - Mimada é o meu pau, ela tem toda a atenção de vocês. Ela roubou os meus amigos e eu sou mimada? Vão seu foder que é bom. - quase fiquei maravilhado com os palavrões, mas escutei o barulho de um tapa e logo a mesma risada irônica soou. - Vamos, Sarah, bate mais na mimada imprestável que você chama de filha, bate na renegada. - ela berrou, levantei meus olhos e encontrei Luna com o rosto completamente vermelho de raiva. - Não vai bater mais? - ela riu histérica, tia Sarah tinha um misto de arrependimento e surpresa estampado nos olhos. - Eu faço isso por você, mamãe. - Luna se deu um tapa no rosto e soltou mais um risada, logo os tapas viraram uma sequencia de socos que foram distribuídos em seu rosto.

A pele que lembrava uma porcelana foi ficando vermelha por conta dos anéis de Luna, Clark e Sarah permaneceram chocados. Porém, Clark logo segurou os braços de Luna para baixo, assustado, assim que seu nariz começou a sangrar. 

- Sua maluca!  - Sarah gritou e Luna riu fraco. 

- Com medo, mamãe?

                                    Flash Back off 

- Luna. - me aproximei. - Não faz assim. - pedi. - Fala o que..

- Não chega perto, Harry. - ela disse com raiva. - Eu não quero você aqui. - ela soletrou. - Dá pra sair da porra do meu quarto? - ela berrou dez oitavos mais alto do que antes. 

- Não. - berrei também. - Eu não vou. 

- Você não entende, não é? Eu não preciso da sua 'ajuda', eu sempre lidei com isso. - ela riu alto e eu tive a certeza de que aquilo era um ataque. - Você, a Lilly. - ela gesticulou com a porra do Black. - Anne, e a porra do mundo todo podia, puff. - ela fitou o estilete com luxúria. - Eu quero ficar sozinha. - pediu baixo sem desviar os olhos dele. - Só isso. 

- Eu não vou sai daqui, porra. - eu me mantive sério andando até ela, devagar. Ciente de que ela podia enfiar o estilete em mim a qualquer minuto. - Me da o Black. - eu pedi e ela me olhou confusa. Luna saía do ar quando ficava assim. 

- Como você sabe o nome? - ela perguntou séria. 

- Agora não é hora pra isso, vamos, me dá o Black.- eu pedi já diante dela. Seus olhos me inspecionaram, não havia expressão nenhuma em seu rosto, ela não demonstrava nenhum tipo de emoção. 

- Você quer o Black? - ela perguntou sorrindo, afirmei com a cabeça e ela alisou o estilete em seu braço. Seus olhos vibraram em emoção e eu me alarmei . - Harry, sai logo daqui. - ela grunhiu. - Ou eu vou enfiar isso no seu pulmão, vou assistir você morrer aos poucos por falta de ar. Você tem asma, né, primo? - ela perguntou feliz. - Você vai ficar roxo e eu não vou mover nenhum dedo pra te ajudar, talvez você até convulsione.- ela disse sorrindo, em nenhum momento ela demonstrou deboche ou ironia. Era mais como se ela estivesse descrevendo meu histórico hospitalar, e no final tivesse ficado feliz com a chance de eu morrer.

Ela estava tendo prazer em me avisar que iria me matar, sem laços, sem ligamento, sem linhagem, sem sobrenome. Nada importava pra ela, isso era a mesma coisa que nada.   

Agarrei seu braço com força e ela grunhiu com raiva, lutando comigo. Eu puxei seu braço e ela tentou se afastar de mim. 

- Me dá essa porra, Luna. - berrei. 

- Não. - ela disse sombria, puxei seu braço com mais brutalidade e seu corpo foi para trás com o empurrão, indo de encontro com a cômoda. Sua cabeça bateu na quina e seu corpo caiu mole no chão. 

- Puta que pariu. - eu exclamei largando o estilete filho da puta no chão. - Luna? - a chamei, botando sua cabeça em meu colo. 

- Ai, caralho. - ela resmungou de olhos fechados. 

- Não se mexe. - eu mandei, erguendo seu corpo com cuidado. Sua cabeça pendeu e eu me apressei em deita-la na cama. - Fica aqui. - eu disse, indo até o banheiro. Molhei sua toalha e voltei pro quarto, limpando seus braços que estavam sujos de sangue. Isso estava me incomodando, e ainda mais porque eu não sabia de quem era aquele sangue. - Vou pegar remédio pra sua cabeça.  - avisei voltando ao banheiro, abri seu armário procurando pelo remédio e meus olhos pousaram no de dormir, peguei ele meio exitante e voltei  pro quarto com os dois. - Toma.- eu disse e ela abriu os olhos, lerda, mas logo me ignorou. - Anda, Luna. 

- Eu mandei você sair do quarto. - ela rosnou. 

Suspirei cansado pegando em seu queixo com cuidado, ela gemeu de dor e percebi que estava roxo. Ela abriu a boca e eu encostei o copo em sua boca, a fazendo beber água. Seu corpo caiu na cama e eu pus o copo na cômoda. 

- Amanha você vai explicar. - eu disse sério. 

- Tenho coisas mais importantes pra resolver. - disse petulante, fitei seus olhos e encontrei resquícios de um feixe ali. Luna ainda não estava sã. - Sai daqui.

- Não. - me mantive sério. - Vamos ver se você vai sair daqui amanhã. - ela bufou e eu arranquei seus coturnos.

Fui até o banheiro e molhei o rosto, suspirei cansado e abri o armário encontrando uma caralhada de remédios. Fechei, olhar todos aqueles frascos me deu dor de cabeça. Voltei pro quarto e encontrei Luna dormindo, se ela descobrir que eu a dopei tenho certeza que o Black perfura meu pulmão. Respirei fundo me deitando ao seu lado, as olheiras permaneciam em seus olhos. Sem nem ao menos perceber que a encarava, a puxei pro meu peito, me sentindo frustrado. 

Enquanto mexia em suas madeixas escuras fiquei me perguntando o que tinha acontecido, o que a deixou assim, de quem era aquele sangue. Minha mente se encheu de perguntas. Fechei os olhos me sentindo sonolento enquanto lembranças aleatórias de minha infância rodavam em minha mente. Às vezes sentia o corpo de Luna querer se afastar, mas apenas o trazia mais para mim com jeito. Não sei se eu estava imaginando coisas, ou sonhando, eu nem percebi o momento em que cai no sono. 

Visualizei um clarão amarelo na superfície dos meus olhos, me remexi inquieto e percebi que não tinha mais um corpo prendido ao meu peito. Abri os olhos rápido demais e vi que Luna não estava mais dormindo ao meu lado, eu dei um remédio de tarja preta pra ela e ela acordou primeiro do que eu. Me sentei na cama suspirando frustrado, tampando o rosto com minhas mãos. Percebi que em meu pulso havia uma marca, duas bolinhas roxas, estavam ardendo. Era uma queimadura de cigarro. 

Encarei a janela aberta, o cinzeiro em cima da cômoda chamou minha atenção, saía fumaça de um cigarro recém apagado. 

- Luna.

 Pov Luna White

Pisei em cima do cigarro e prendi a fumaça em meus pulmões, resolvi não solta-la e aquele baque gostoso veio. Me senti um pouco tonta e sorri, ficar fora da realidade às vezes é bom.

Caminhei até o QJ e o encontrei vazio, diferente dessa madrugada. Me sentei na mureta de concreto e vi Cameron caminhar em minha direção.

Ele se enfiou no meio de minhas pernas e me analisou minunciosamente. Sua blusa branca rasgada lhe caiu perfeitamente, as laterias de suas mangas abertas, mostrando um pouco de sua costela, sua calça preta fazia contraste com seu coturno bruto, igualmente preto. Sua mão direita se encaixou no lado esquerdo do meu rosto e eu fechei os olhos, sentindo meu rosto latejar. 

Ele beijou meus lábios com calma e me fitou diretamente nos olhos. 

- Roxo combina com você. - ele disse e eu sorri. - Mas prefiro sua pele branca. 

Da uma certa vontade de marcar, cada pedacinho branco. 

- Cade o resto? - perguntei e ele alisou meu rosto. Eu gostava da densidade de Cameron. 

- Estão aqui. - ele respondeu, selando meus lábios, logo se afastando. - Iremos sair daqui á alguns minutos. 

Me virei pro bar e encarei meu reflexo, macacão preto, blusa de mangas, azul escura. Okay, minha barriga esáa aparecendo e minha costela também, a marca da bituca que eu fizera até que combinava com tudo, sorri  com isso. Meus coturnos surrados nos pés, touca preta na cabeça, anéis ingleses nos dedos e eu estava..

- Linda. - Zayn disse, descendo a escada de metal, não era essa a palavra. Ele trajava uma calça também preta e uma camiseta cinza. Ele e Cameron tinham quase o mesmo estilo, tinham pinta e pareciam irmãos. Eu já tinha pegado os dois. 

Eu avisei que gostava dos morenos. 

Ele veio até mim e me abraçou. 

- Estava com saudades, Suicida. - ele disse e eu abafei um bufo.

- Nos vimos ontem, Zayn. E eu ainda estou com raiva. - encarei seu rosto, ele sorria. - Porque caralhos você contou pro Harry?

- Porque ele é meu amigo e merecia saber. - ele disse sério. - Você pode estar acostumada a agir sozinha, pode estar acostumada a não falar nada pra ninguém, mas eu não. - bufei saindo dos seus braços, me virei para o bar bufando de raiva. - Não quero que fique com raiva, eu só não sou como você. 

- Eu já entendi. - eu disse com raiva, pegando uma garrafa de tequila.

Minha cabeça começou a latejar e eu peguei um copo, despejando o líquido, virei o mesmo e rolei os olhos. Pra que copo?

- Luna, olha..

- Eu já entendi, Zayn. - o cortei irritada. 

- Vejo que a minha Dama chegou. - Caleb sorriu saindo do escritório. - Vou chamar Matt e nós vamos. 

- Deixa que eu vou. - me dirigi a sala em que Mathew ficava enfurnado, virei a direita e entrei sem bater na porta. - Mathew. - eu chamei e ele desviou os olhos do computador para mim. Eles estavam vermelhos, sorri. - Me passa um beck. - ele sorriu tirando da sua gaveta, me estendendo. Acendi e me sentei na sua mesa. - Agora eu quero algo mais. - ele me olhou com atenção. - Eu sei que você rastreou o Derek. - ele arregalou os olhos. - E eu sei porque você não falou aos outros. Eu quero saber aonde ele está. 

- Eu não vou te dar, Luna. - rolei os olhos. - Nada, nós precisamos de você hoje nesse encontro. Caleb irá fazer um acordo com o pessoal da ala leste, a gente não quer mais dividir território com eles. E você sabe, Caleb é o homem sem face, eles tão achando que o 'chefe' nos mandou até lá. Eles não sabem que o chefe tá indo. 

- Eu não vou deixar vocês na mão, eu vou resolver isso mais tarde. Anda, envia pro meu celular. - eu disse mandona ele me olhou exitante. - Anda, Mathew. - eu disse irritada. 

- Isso fica entre mim e você. - ele disse irritado.

- Tá, Mathew. - eu disse entediada. 

Ele passou alguma coisa que eu não sei pro meu celular e nós fomos lá pra cima. Saímos do QJ direto para o bar, o encontro de gala é amanhã, esse vai ser menos formal. Algumas mortes, nada demais.  

Eu e Zayn fomos no carro de Matt e a cada minuto minha raiva ficava maior. Zayn me fitava de uma maneira intensa, como se quisesse adivinhar o que estava passando em minha mente. No momento, um grande foda-se. 

Acendi um cigarro e abri a janela, fechei os olhos sentindo o vento forte em meu rosto e foi assim durante todo o trajeto. Quando chegamos só havia sobrado dez cigarros, eu e Zayn apagamos um na mesma hora e saímos do carro. 

Era um bar de beira de estrada, a poeira atrapalhava um pouco a visão. 

- Porque a gente não explode logo essa porra e se manda? Você sabe que o cara não vai querer abrir mão de uma parte da área leste. - eu disse óbvia.

- Porque, não. - Caleb disse e eu bufei.

- Aff, que se foda então. - eu disse irritada entrando na frente. 

Nós vamos ter que matar a gangue toda pra pegar a área e ele que perder tempo. Só dando tiro mesmo.

Adentrei o lugar e alguns olhares se dirigiram a mim, caminhei até o bar e me sentei no banco. Um 'barman' velho veio, sorrindo maroto e eu rolei os olhos. 

- Pula a parte que você me canta e me trás logo tequila. - eu disse séria e seu sorriso se desmanchou. Enquanto ele foi pegar o que eu pedi, os meninos chegaram. Caleb se sentou ao meu lado, irritado. 

- Era pra esperar. - ele disse com raiva. 

- Era. - confirmei com desdém.

- Vem. - ele pegou meu braço com delicadeza e me guiou até uma mesa, rolava meus olhos e reparei que um grupo nos encarava. Reparei também que nele havia dois homens e duas garotas. Me sentei com Caleb a minha esquerda e Mathew a minha direita, com Zayn e Cameron a comunicação com os olhos era boa. 

- Olha só, White, é a única garota daqui hoje. - Mathew disse cínico. 

- Se você não calar a boca eu vou enfiar esse saleiro na sua goela. - avisei e ele levantou as mãos em redição, babaca. 

- Eles estão vindo, façam como combinamos. - Caleb disse sério e os outros assentiram. 

- Espera, o que combinaram? - indaguei por fora, irritada. Se eles não me avisaram de nada, o que caralhos eu to fazendo aqui. 

- Vai no fluxo. - Mathew disse debochado. 

- Vou te mostrar o fluxo. - eu disse irritada. 

- Então, eis que aqui estão os Fallen Star. - disse um homem loiro, que pena vai ser matar ele. 

Caleb ia abrir a boca, mas.

- Não, amor, os teletubbies. - eu disse irônica.

Levo um tiro mas não perco a piada. Caleb me fuzilou e eu estalei a língua, meio debochada. Uai, o cara marca com os Fallen Star aqui, quem mais estaria esperando eles?

Os teletubbies, é claro. 

Duh.

O loiro me avaliou de cima abaixo e abriu um sorriso largo. 

- Essa é a Luna. - Caleb disse sorrindo cínico. - Um pouco brincalhona. 

- Estou vendo. - o loiro lambeu os lábios e eu arqueei uma sobrancelha. - Minhas garotas são um pouco, hm, agressivas. Então aconselho que..

- Não gostamos de brincadeiras. - disse a loira com cara de lhama, cortando o loiro.  

- Então sem gracinhas. - disse a outra loira. 

- Ah, vocês não gostam de brincadeiras? - perguntei cínica e elas assentiram com a cabeça. - Deixa eu anotar isso aqui no meu bloquinho do foda-se.- eu disse irônica e Mathew cuspiu o refrigerante que estava bebendo, começando a rir. 

Cameron riu de lado e Caleb coçou a garganta. 

- Então, vamos aos negócios? - ele perguntou cínico. 

As garotas grunhiram e se sentaram, na minha frente, só pra deixar claro. O loiro se sentou na frente de Caleb e começou a putaria. 

- Eu quero trinta mil, você expande cinco metros de terra. - disse o loiro, eu ri alto e todos me encararam. Que foi? Só é engraçado saber que ele vai morrer. 

- É muito dinheiro por pouco. - Caleb disse óbvio. 

Alguém chutou minha perna e eu olhei pra frente, encontrando a lhama, digo loira. O segundo chute veio e eu trinquei o maxilar, no terceiro eu puxei suas pernas, a fazendo vazar no chão por debaixo da mesa. 

- Quer outro? - perguntei irritada. 

-  Zayn, porque não vai dar uma volta com a Luna? - Caleb disse sério enquanto o loiro ajudava a loira. 

Porra, eu não curto loiros. 

Me levantei antes que Zayn concordasse, me dirigindo a mesa de sinuca.

- Luna, você está muito agressiva.- Zayn disse. - Bloquinho do foda-se? - ele perguntou rindo e eu ri também. - Você é épica. 

- Eu não gosto muito de loiras. - eu disse. - Vou no banheiro. - avisei. 

Adentrei o banheiro e parei na frente do espelho, meu celular começou a vibrar com o nome de Harry na tela. Sem perceber eu já tinha atendido. 

- O que foi, Harry?

- O que foi Harry? - ele disse irritado. - Onde você está, Luna?

- Resolvendo uns problemas. - eu respondi entediada. 

- Luna..olha, eu quero respostas.- ele disse cauteloso

- Não vão ter perguntas, Luna. - eu disse séria. - Olha, eu tenho que desligar. 

- Luna, espera. - ele pediu e eu parei de andar até a saída. - Você pode achar que não, mas eu me preocupo. - ele disse sério e eu permaneci em silêncio.  - Toma cuidado. 

- Hm...Okay. - eu disse, desligando em sua cara.

Tô dizendo. 

Acendi um cigarro e fiquei refletindo nessa porra toda até que a porta do banheiro foi aberta, só que ela também foi trancada. 

Sorri largo.

- De boa, loiras? - perguntei, tragando uma última vez. - Opa, só uma loira. - eu disse ao ver só uma. - A outra tá de guarda, não é?  - eu disse debochada.

- Eu já disse que não gosto do seu tom de voz?  - ela perguntou. - Então, eu não gosto. - sorri. 

- Olha, a sua clone entrando. - eu disse e ela virou para trás, em um minuto o corpo da primeira barbie estava no chão. Recarreguei minha silenciosa e encostei o cano na cabeça da loira que estava na porta. - Entra. - eu disse séria e ela lentamente virou o corpo, me obedecendo. 

Ao entrar no banheiro ela empurrou minha mão, fazendo minha arma voar. Bufei entediada lhe dando um soco, seu corpo caiu pesado no chão e eu rolei os olhos, colocando a arma em minha cintura. 

- Loiras. - desdenhei saindo no banheiro. 

Caminhei até a mesa, parando em pé atrás do homem moreno. Fitei Cameron que entendeu o recado e encostou o cano de sua arma na barriga do loiro, já que estava sentado ao lado do mesmo. Apertei o ombro do moreno sem alarde, até a cabeça do mesmo cair contra a mesa. 

- Eu estou com pressa, Caleb. - avisei séria. 

- Zayn, eu mandei ficar de olho nela.- Caleb rosnou. 

- Então, como vai ser? - Cameron perguntou. 

- Eu não vou dar as minhas terras. - o loiro disse irado. 

- Então a gente toma. - Mathew disse e Cameron atirou, o bar estava vazio então não teve testemunhas. 

- Bares de estrada. - Zayn murmurou atordoado. 

- Mas o que é isso? - o barman perguntou assustado. 

- Boa noite. - Mathew disse, lhe dando um tiro certeiro na testa. 

- Tô vazando. - avisei, saindo de lá. 

Sai do bar e vi que hoje o sol resolveu aparecer, estava bem fraco, mas mesmo assim era notável. Observei os carros estacionados e segui até o impala de Cam.

- Ou, ou, aonde você pensa que vai? - Caleb perguntou. 

- Cameron, me da uma carona? - ignorei Caleb

- Luna, eu to falando com você. - ele disse irritado.

- Entra no meu bebê. - Cameron disse.

Entramos no carro e Cameron arrancou.

- Pra onde? - ele perguntou, acendendo um cigarro com agilidade, enquanto matinha uma mão no volante. 

Vasculhei meu celular atrás do documento e analisei o endereço. Mathew filho da puta. 

- West Norwood, rua Hamlets. - eu falei. 

Depois de trinta minutos fumando o resto dos meu cigarros, Cameron estacionou no início da rua e eu abri a porta.

 - Aonde você vai? - Cameron perguntou, segurando meu braço com força. 

- Resolver um lance, vai embora. 

- Luna, o Nathan já tá bem e...

- Cameron, me larga. - eu rosnei. 

Ele largou meu braço e eu bati a porta com força. 

- You're Welcome. - ele berrou irônico. 

Caminhei pela calçada bufando de raiva. Eu tinha certeza de que ele estava ali, aliás, eu já havia ido ali antes. Como fui burra, viajava tanto com Derek e nem liguei nessa possibilidade. 

Parei em frente a casa branca, sua aparência não denunciava nada. O telhado vermelho, jardim florido. 

Ao adentrar o quintal, peguei um cano de ferro que estava no chão. Conforme ia andando pelo corredor, ia arrastando o cano pela grade, comecei a assoviar uma musica antiga, até que encontrei a garagem, atrás da casa. 

Vi Derek sentado no sofá velho, fumando de olhos fechados. Taquei o cano em sua direção, errando meu alvo por alguns centímetros. 

- Você já foi melhor de mira. - ele comentou sem se virar. - Ou quer me abrir como o Jon? - ele perguntou cínico. 

- Ainda não decidi. - entrei em seu jogo. - E você, não cansa de mandarem fazer seu serviço? Quando vai virar homem de verdade? -  debochei e ele trincou seu maxilar. 

- Tinha que assoviar essa canção, Luna? - ele indagou perturbado, sorri largo. - Que sorriso mórbido. - ele comentou petulante. - Gosto de quando você deixa o clima mais macabro. - ele disse, liberando a fumaça do cigarro pelo nariz. - Mas em fim, veio vingar o estado do seu amiguinho? - riu. - Eu avisei duas vezes, quem vai ser o próximo? Será que eu vou ter que pegar seu priminho pra você me obedecer? - ele indagou e eu grunhi de raiva. 

- Pode pegar o Harry. - eu incentivei. - Você sabe que eu não ligo pra ninguém. 

- Então porque veio aqui? Só porque eu esfaqueei Nathan? - indagou cínico. - Está mentindo para mim, Porcelain?

- Seu problema é comigo, não é o sangue deles que você tem que derramar, é o meu. 

- Vamos ver, vamos ver se você não se importa com ninguém como diz. Como Harry ficaria com o rosto cheio de cicatrizes?

- Se você encostar nele, eu vou fazer o que eu sempre quis com você. - sorri largo com essa possibilidade, meus dedos formigaram e a palavra perversa que eu entalha-rá abaixo do meu seio começou a queimar. 

- O que?  - ele perguntou interessado. 

- Vou arrancar todos o seu piercings com um alicate, cortar sua garganta e assistir você secar. Assistir seu corpo desfalecer, assistir o sopro de vida deixar seus olhos cinzas. Sempre amei seus olhos.. sempre tive vontade de te-los em um pote. - comentei e ri fraco, erguendo meu olhar para as órbes cinza. - Vou rasgar suas pálpebras até que não aja mais pele. 

- Até que em fim. - ele sorriu largo. - A verdadeira Luna veio a tona. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...