História Psicopatas - Boa noite, durma com os anjos Emily.

Psicopatas

Boa noite, durma com os anjos Emily

Nova York- Estados Unidos 18:56 PM

Ela estava ali.

Emily estava ali.

Aproximei-me, a garota me encarou, seu sorriso logo desaparecera.

Ela sabia que eu a estava seguindo. Puxei-lhe pelo pulso, aquele onde algum dia houvera marcas.

Ela tentou me bater, gritar, mesmo sabendo que era inútil.

Nova York- Estados Unidos 19:37 PM

Então coloquei uma mordaça em sua boca.

Amarrei-a bem forte dessa vez, braços sangrando.

Sem erros.

Não podem haver erros.

O medo estava estampado em seu rosto, os olhos sem brilho. Porque ela estava com medo de mim?

Essa também não era Emily.

Não podia haver mais erros.

Aquela ali, não seria fácil de encontrar;

Não como as outras.

Não gosto de usar minha força, mas é preciso.

Ela logo desmaiou;

Fraca, a Emily de verdade não seria assim.

Peguei um alicate; comecei arrancando suas grandes e coloridas unhas e seus perfeitos dentes brancos.

Sangue escorrendo de seus lábios carnudos, mãos vermelhas, porque o cheiro de sangue é sempre tão bom?

Deixei o alicate no chão, ele não seria mais tão útil.

Peguei a tesoura, aquilo estava tão afiado quanto dentes de tigre.

Cortei seus lisos cabelos, tão escuros quanto à noite, até a metade da nuca. Comecei a perfurar-lhe a cabeça.

Sangue jorrando no chão, se misturando com aqueles longos fios de cabelo.

O que eu fiz à Emily?

Peguei uma agulha, uma linha rosa, costurei a boca de Emily.

Emily adora batons rosa.

Agora ela está bem mais bonita.

Fui até a bancada do galpão, peguei um vestido vermelho de cetim, sapatilhas brancas, Emily não gosta de saltos.

A vesti. Deslumbrante.

Ela merece o máximo de carinho.

Emily está linda, mas parece que engordou uns quilinhos, vou dar um jeito nisso.

Peguei uma faca de cozinha que eu havia amolado mais cedo. Emily costumava preparar delicias com ela.

Cortei o vestido de Emily, não gostei nem um pouco de fazer isso, mas foi preciso, Emily era fascinada por ele.

Abri o tórax dela, com cuidado, não quero deixar cicatrizes muito profundas.

Removi as tripas de Emily, com uma pinça cirúrgica.

E com o auxílio de um martelo, quebrei e retirei duas costelas de Emily.

Recolhi os restos de Emily com cuidado e os guardei em seu porta-jóias, ela poderia precisar deles depois.

Limpando.

Costurando.

Sangue...

Limpando.

Costurando.

Notei que havia algo de errado, um nome desconhecido marcava o antebraço de Emily, ela estaria me traindo? Não, Emily jamais faria isso, ela me ama, mas, mesmo assim, precisamos remover isso.

Procurei uma lixa entre os objetos espalhados no chão do galpão.

Eu poderia fatiar o braço de Emily, mas ele poderia ser necessário depois.

Assim que encontrei a lixa, eu fiz um carinho no braço de Emily, isso poderia machucá-la.

Desculpe-me querida, mas é preciso.

Comecei a colocar força na lixa. Depois de longos minutos, uma parte da pele dela caiu.

Sangue escorrendo, o cheiro do sangue dela era uma mistura de panquecas com mel e uma linda manhã de outono em Miami.

Quando terminei de retirar aquele asqueroso nome de seu braço, reparei em algo.

Emily parece que seu vestido está sujo.

Retirei o vestido de Emily.

Peguei seu pequeno corpo e o levei até o banheiro do galpão, coloquei-o em uma banheira.

Ver seu rosto e seu corpo se deformando em meio ao ácido úrico fez minha mente se acalmar.

Depois de algum tempo, puxei a corda do tampão da banheira.

Observei o ácido rodando e rodando.

Esvaziando a banheira.

Quando finalmente esvaziou, peguei o que restou do corpo deformado de Emily.

Ela não serviria mais.

Então a levei para fora do galpão, sua cova já estava pronta.

Enterrei seu corpo.

 — Boa noite, durma com os anjos Emily.

“Isto é o que me mantém vivo

Você não me conhece

Não conhece nenhum de nós

Não sabe o que isso significa

Mantenha sua boca fechada”

-Keep Your Mouth Shut