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História Psycho - Capítulo 35


Escrita por: SpeakYourself

Capítulo 37 - Capítulo 35


Algumas semanas depois...

     Uma reunião. Bom, era assim que parecia. Taemin, Yoongi e Jungkook na sala da casa de Taemin, como sempre. Todos sentados nos sofás, Yoongi e Jungkook lado a lado e Taemin na frente deles, olhando para os rostos deles. Com as mãos levemente suadas, Jungkook interrompeu o silêncio ensurdecedor.

— Então... Está faltando alguém, não é?

— Seokjin? – Taemin perguntou, levantando a sobrancelha e olhando para Yoongi, que revirou os olhos.

— Se ele aparecer, eu corro: morto-vivo nunca é algo bom. – ele sorriu, Taemin fechando os olhos e abaixando a cabeça em negação.

— Você não sente remorso algum de matar quem não tinha nada a ver com o seu alvo?

— Nada a ver? Ele tinha tudo a ver! – Yoongi respondeu, Jungkook revirando os olhos e descansando as costas no sofá, sabendo onde iria dar essa discussão.

— Só pelo fato de ele ser o irmão do Taehyung?

— Isso já é ter algo a ver.

— ah, Yoongi, vai a merda! – ele respondeu, mostrando o dedo do meio.

— Há, até parece que você gostava dele, seu bosta.

— Ele era alguém legal... – Taemin ficou pensativo, olhando para baixo. — Vocês não o conheciam..

— Muito menos você, conheceu ele um dia, pelo que você me disse.

— ... Não foi exatamente um dia.

— ok, não quero saber de quem já tá morto, tá legal? – Yoongi interrompeu, cruzando os braços no peito. — o Jimin vai demorar?

— Eu não sei, não consegui contato com ele... – Taemin disse, olhando para Jungkook, que abaixou a cabeça.

— Nem eu... Ele está me ignorando ainda.

— Uh, motivos têm. – Taemin disse, fazendo Jungkook o olhar. — Não menti

— Cuide da sua vida, que está tão ferrada quanto a minha no quesito Park Jimin.

— Por que você ainda insiste em ajudar ele ou ter ele de volta depois disso tudo?

      Todos ali presentes olharam para Jungkook, o que fez ele abaixar a cabeça, pensativo. A pergunta era boa, mas a resposta seria também?

— Não aceito. – ele disse, sinceramente. — não aceito que alguém NORMAL e BOM possa ser trocado por alguém como... Como aquele verme. – Taemin revirou os olhos, nem contava mais quantas vezes. — Não é justo

— o mundo não é justo, Jungkook: supera. – Taemin disse, encerrando por alguns segundos a conversa. Apenas para começar uma outra discussão com Jungkook depois disso.

     Porém, o que acontecia do outro lado é mais interessante que a discussão banal dos amigos ali na casa do mais velho.

     Jimin se localizava, oficialmente e secretamente, na Penitenciária de Seul. Ele não sabia o que iria fazer lá, muito menos se iria achar Taehyung e o ver mais uma vez, mas ele sabia que já tinha conseguido entrar. Bastou usar os dotes psicológicos que ele sabia muito bem como usar e como fazer as pessoas se confundirem e mudarem a opinião apenas por não ter como argumentar. Era maldoso usar sua profissão MÉDICA para cometer um crime? Era, mas era por amor, então valeria a pena.

     Dentro da penitenciária, as coisas eram mais... Calmas? Os seguranças eram mais relaxados, já que poucas pessoas (quase nenhuma) entrava ali sem ser psicólogos ou detetives. Visitas não eram permitidas então não havia muito o que se preocupar ou ficar em alerta. Então, por isso, eles ficavam brincando e jogando jogos ridículos e fúteis no celular ao invés de ficarem vigiando os presidiários...

     Jimin sorriu quando viu os guardas jogando jogos, nem reparando que Jimin estava passando por eles. Porém, um segurança em pé que fazia seu trabalho viu, e logo chamou a atenção de Jimin

— Hey, quem é você? – ele disse, se aproximando dele, segurando a arma com a mão, mas sem a tirar do lugar.

— Eu-... – ele pensou, lembrando de onde estava. — Eu sou um psicólogo, vim ajudar um paciente- quer dizer, presidiário.

— Ãhn... E quem seria?

— Kim, Kim Taehyung. – ele disse, com confiança.

— Eu te levo até ele mas poderia, por favor, me dizer seu nome?  – o guarda disse, sinalizando para Jimin o seguir.

— Não creio que seja necessário, mas o paciente me espera, vamos logo. – Jimin respondeu, o guarda apenas sinalizando uma concordância, sem se importar demais quanto a isso, afinal, ele sabia o nome completo do detento, então não precisava se questionar tanto.

     Depois de algum tempo andando em um labirinto que Jimin se esforçava para lembrar, ele estava perto de chegar a cela de Taehyung. Ele se sentia ansioso para vê-lo, para ver como ele estava e como iria reagir quando o visse. Ele esperava a pior reação, já que ele provavelmente o culparia pela morte de Seokjin... Até ele mesmo se culpava. A dor ainda era aguda em seu peito e, para afastar as lágrimas de virem, se afastou desses pensamentos. 

     Ao chegarem perto da cela, Jimin se virou para o segurança, estendendo a mão para pedir a chave.

— eu abro. – o segurança disse, mostrando a chave em sua mão. Jimin observando a reação do desconhecido.

— Quero privacidade com o presidiário.

— Não vai rolar, beleza. – ele disse, girando a chave para abrir a cela e permitir Jimin entrar, soltando a chave e abrindo a portinha. Com um sorriso, Jimin entrou, colocando a mão na chave antes do segurança colocar a mão novamente.

— Não vai rolar você aqui também. – ele tirou a chave. — confia, eu sei bem com quem eu vou lidar e, se tiver alguém aqui durante uma conversa, nem você e nem eu seremos capazes de interromper. – Jimin disse, aproximando o rosto do segurança. — vamos, siga o conselho...

— ... eu te levarei até a porta de saída depois da sessão, ok? – o segurança soltou a chave, voltando a posição formal.

— Não me espere em pé. – Jimin disse, tirando a chave da fechadura e guardando em sua mão, fechando em forma de punho BEM APERTADO, sem chances de escapar.

     Park fechou a portinha e respirou fundo, fechando os olhos: ele estava lá. E iria ver Taehyung.

     E já estava no mesmo ambiente que ele. Era só ter a coragem e abrir os olhos. Abra, Jimin.

     Era melhor que ele tivesse se mantido de olhos fechados.

     Taehyung estava com algemado, com uma camisa de força preta, o cabelo também preto e cabeça baixa, sentado no canto daquela sala quente e escura, com uma luz pequena apenas para ver onde ele se localizava. Jimin sentiu seu coração falhar, pois ele tinha visto Yuta ali, na mesma posição, do mesmo jeito, o mesmo clima pesado e quente.

     Foi inevitável a lágrima. Esta escorreu tão pesada quanto nunca. Jimin sentia seu coração doer, andando devagar, ele se aproximou de Taehyung. Ele sabia que, se ele não soubesse quem era, diria para se afastar. Mas não disse, então ele sabia.

      Na verdade, ele não sabia. Ele só não tinha forças para dizer um "se afaste".

     Jimin se agachou na frente de Taehyung e, trêmulo, colocou a mão no rosto de Kim, o levantando. Viu que o moreno suava e estava frio, como se estivesse passando mal. Jimin franziu o cenho, levantando com mais força o rosto de Taehyung, o forçando a olhá-lo.

     Foi demais. Os olhares se encontrando, ambos cheios de lágrimas e ambos os lábios trêmulos e vermelhos. Ali, estava os sentimentos mais verdadeiros de raiva, trsiteza, decepção, dor... Amor.

      Taehyung mostrava que segurava lágrimas, mas Jimin não: ele as deixou sair. Rapidamente, abraçou seu homem, que estava mais suado do que nunca. Taehyung não retribuiu o aperto carinhoso, também porque não conseguia: a camisa de força era apertada demais.

     Jimin chorava e forçava-se a sussurrar no ouvido de Taehyung.

— A-Amor, amor... – ele chorou. — Me perdoa, me perdoa, eu- – abraçou mais forte os ombros de Taehyung. — Eu vim te buscar, eu tô aqui com você, nós vamos ficar juntos, não desiste agora. – ele disse, saindo do abraço para olhar o rosto de Taehyung. — amor, eu- – parou, vendo para onde o moreno olhava: seus lábios. Não tardou em tocá-los, sendo retribuído rapidamente pelo Kim. Jimin não precisava admitir para deixar claro que amava e sentia falta daqueles beijos que só Taehyung dava em si. Mas aquele beijo parecia diferente, como se fosse para matar a saudade. E Jimin havia adorado.

     Repentinamente, Taehyung se separou do menor e, abaixando a cabeça para evitar um outro beijo, ele sussurrou.

— Tira essa camisa de força de mim, por favor. – ele pediu, Jimin sorriu ao ouvir a voz dele novamente, mesmo sem dizer o seu nome.

     Prontamente obedeceu, querendo mesmo que ele estivesse liberto para dar um abraço caloroso nele. Depois de ter muita dificuldade, Jimin conseguiu tirar a camisa, se questionando como colocaram isso nele. Bom, são ele não estava.

     Depois de tirar, olhou para Taehyung, que lhe deu um selinho. Repentinamente, o jogou no chão, o fazendo ficar com as costas na parede.

— fica. – mandou, Jimin franzindo o cenho, não obedecendo e se levantando quando o mais velho se levantou e virou de costas.

     Taehyung pegou um bastão que havia ali ao lado da porta, este que usavam para bater nele quando ele não obedecia ou ameaçava alguém. O pegou, sorriu e o girou em sua mão. Apontou para Jimin.

— O que vc vai fazer? Para onde você vai? – Jimin disse, chegando perto do amante, colocando a mão em seu maxilar. Taehyung riu, acariciando a mão de Jimin pela bochecha.

— Você vai saber. – Taehyung olhou-o — Vai me seguir?

— Não saio mais do seu lado, Tae. – o apelido fez Taehyung sorrir. Se aproximando do menor, Kim o beijou novamente, segurando com a outra mão em sua cintura. Ao se afastarem, Jimin sussurrou. — você sabe que não foi minha culpa, não é?

— eu sei de quem foi a culpa e, como eu te disse: não respondo mais por mim.

— Tae, o que você vai fazer? – Taehyung se virou de costas, indo junto com ele. Assim que viu o moreno abrir a palma da outra mão e direcionar para si, entendeu que tinha que dar a chave. Ele deu e, quando a porta foi aberta, Jimin viu o segurança ali. Mal pode falar alguma coisa, Taehyung o acertou com o bastão na barriga, o fazendo se curvar. Não teve tempo de se proteger, já que Taehyung o socou e deu chutes, puxando a arma da cintura do segurança e atirando em sua cabeça. Jimin estava perplexo vendo, pela primeira vez, Taehyung matar um homem inocente.

     Com fogo no olhar, após checar se a arma tinha munição, Taehyung olhou para Jimin, apontando com a cabeça para o seguir.

— Vou acabar o que há muito tempo eu já deveria. Seokjin pagou o que não deveria, agora eles vão lidar comigo. 




Notas Finais


Primeira fase de Psycho concluída com sucesso ;)


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