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História Psycho - S2 - Capítulo 45 - pt.1


Escrita por: SpeakYourself

Capítulo 47 - S2 - Capítulo 45 - pt.1


Jimin e Taehyung olhavam a janela do quarto. Apoiados na varanda, Taehyung abraçava Jimin por trás, seus braços entrelaçados na cintura de Jimin enquanto seu rosto descansava no ombro de Park. O menor sentia que podia ficar ali, vendo o sol nascer e sentindo a brisa do vento gelado do amanhecer no rosto, com Taehyung ao seu lado. Com uma certa dificuldade, Jimin conseguiu se virar, logo sentindo as mãos de Taehyung saindo de sua barriga e girando para encontrar o final de suas costas. Logo ele reclamou por ter que levantar a cabeça. Jimin sorriu ao ouvir o resmungo.

— Resmungão – ele sussurrou, segurando a mandíbula de Taehyung com as duas mãos. — Você tem certeza que tudo dará certo hoje, não é? – beijou levemente os lábios de Taehyung, sentindo Kim apertar as mãos em suas costas, segurando mais fortemente seu corpo. — Tem certeza que vai voltar para mim depois de hoje, não é? Me diga que tem. – ele disse, vendo os olhos de Taehyung fechados, como se estivesse sonhando acordado. — Uh?

— Praga, tantas perguntas...

— Achei que já tivesse se acostumado com esse jeitinho meu – ele tirou uma das mãos do rosto de Taehyung, colocando em seu peitoral e sentindo o calor de seu homem.

— Estou começando... De qualquer modo, relaxa, eu tenho tudo sobre controle.

— tem certeza disso? – Taehyung abriu os olhos, ouvindo a voz travada e rouca, com medo, de Jimin. Rapidamente o aproximou, colando seu quadril no de Jimin — Eu temo que, depois dessa manhã, eu não te veja mais... Que algo de ruim aconteça e eu não consiga te achar, te contatar, te tocar – ele tocou o peito de Taehyung, o fazendo sentir mais seu toque. — Te olhar de tão perto, te sentir... Me prometa que vai voltar para mim depois de hoje. Que, quando tudo isso acabar, toda essa vingança, você vai voltar para mim e a gente vai embora para bem longe viver nossa vida. Me prometa.

— O que eu disse sobre prometer que não haverá promessas? – ele disse, levantando uma sobrancelha e sorrindo.

— Haverá só essa, é a única. Me promete, amor...

— Praga... – Taehyung colou suas testas, acariciando seu nariz no nariz de Jimin. — Eu sou viciado em você. – ele sussurrou, Jimin sorriu. Olhou para os olhos de Jimin, vendo as órbitas negras do mesmo o olharem de volta — Prometo.

      Jimin sorriu, olhando para a boca de Taehyung. Mal pensou em o beijar e sim o abraçar fortemente, sentindo Taehyung o abraçar fortemente de volta.

— vou sentir sua falta – ele sussurrou no ouvido de Kim, sentindo o mesmo se aconchegar em seu abraço. — Fale comigo todos os dias, nem que seja só para me dar um oi. Por favor, volta para mim.

— Praga... – Taehyung chamou, fazendo Jimin virar o rosto para o pescoço de Taehyung e beijar ali, se afastando para o olhar nos olhos logo depois. — Me dê sua mão direita – Jimin obedeceu, vendo Taehyung tirar suas mãos das costas de Park e direcionar uma delas para seu bolso da calça de moletom. Logo Taehyung tirou algo do bolso e colocou no dedo anelar de Jimin. Antes de tirar sua mão, Taehyung olhou para o rosto de Jimin, só assim tirando sua mão e desbloqueando a vista de Jimin. Park abriu a boca e sorriu, olhando para Taehyung. — Leve isso como a promessa que voltarei... Você é meu, praga. – Taehyung colocou o outro anel de prata em sua mão direita, no mesmo dedo anelar. Mostrou para Jimin. — E eu sou seu.

     Jimin só teve a reação de beijar Taehyung, o fazendo cambalear para trás. Anéis de compromisso, uau. Tudo que Jimin não esperava aconteceu: eles estarem bem.

     Taehyung voltou a segurar a cintura de Jimin. Dando passos para trás, ele sorriu quando achou a cama e conseguiu jogar Jimin nela. Ambos sorriram.

— Que tal um sexo matinal de despedida, uh? – ele disse, beijando o pescoço de Jimin, que prendeu a cintura de Taehyung em seu quadril com as pernas. — Vou considerar como um sim.

~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~


     Jimin estava no aeroporto, já embarcando no avião, sozinho. Ele sentia uma enorme vontade de correr e ir atrás de Taehyung, mas sabia que o plano não era esse: Jimin iria sozinho para a Coréia, novamente não chamaria a atenção se fosse sozinho. Mas dessa vez Taehyung sabia que não poderia pisar no país sem ser reconhecido assim como aconteceu no Estados Unidos. Assim, ele teve que arrumar um outro jeito de entrar: Helicóptero clandestino.


     Com todo o dinheiro que ele conseguiu com os roubos, ele ainda tinha muito para gastar. Além do mais, foi fácil convencer o cara a deixar ele entrar no helicóptero e o levar para a Coréia, foi só apontar a faca e ameaçar do jeitinho que só o Taehyung sabe: resolvido.


     Jimin ainda se sentia meio sufocado. Tudo passava em sua mente: o plano falhar, o helicóptero cair, ele ser preso, algo acontecer lá dentro, Jimin acabar abrindo a boca, o avião ter algum problema... Nossa, ele pensava em muitas coisas ao mesmo tempo, era frustrante.


     Tentando se acalmar, respirou fundo e finalmente pisou dentro do avião. Sorriu quando olhou para o céu e viu um helicóptero passar. Poderia nem ser Taehyung, mas ele estava mais calmo de saber que Taehyung o olhava, de alguma forma, ele estava tomando conta de si. Mais seguro, Jimin andou pelo avião a procura de seu lugar. Quando achou, viu uma velhinha doce, também coreana, sentada ao lado do seu banco. Franziu o cenho, já que, normalmente, as senhoras preferem ficar no banco perto da janela.


— Ãhn, com licença... – Jimin disse, vendo a senhora o olhar com certa dificuldade, arrumando o óculos de grau em seu rosto. — A senhora não gostaria de sentar perto da janela? Não seria mais confortável?


— Aaah, está tudo bem... Meu lugar é este, não vou ocupar o seu... – ela disse, a voz trêmula e fraca fazendo Jimin fechar os olhos e sorrir, negando com a cabeça.


— Eu insisto, por favor. – ele disse, sorrindo meio para a mulher. Ajudando ela a se levantar, Jimin serviu sua mão direita para a mulher, a mesma do anel de compromisso, coisa que fez ele sorrir mais forte ainda. — Agora sim está tudo bem. – ele disse, a senhora sorrindo.


— Você é muito bom, rapaz... – ela segurou a mão de Jimin, sentindo o anel de prata incomodar sua mão. Imediatamente os dois olharam para lá. — Wah, que sorte da moça que tem seu coração bondoso...


— Então... – Jimin sorriu, rindo de leve. — É moço. – ele olhou para a mulher, que riu também.


— oh me desculpe... Bom, de qualquer maneira, é muito sortudo. Espere... – a mulher tocou no rosto de Jimin, em sua bochecha, com as costas de sua mão. — Você não é o rapaz psicólogo que estava em perigo por causa do Vante? – Jimin a olhou mais precisamente, sentindo seu coração quase sair pela boca. — Fico feliz que tenha conseguido se livrar daquele monstro e que achou o amor seguro.


— É... – ele concordou, meio desconfortável. Se aconchegou em sua poltrona, vendo a senhora abaixar a cabeça.


— Esse assunto deve ser perturbador para você, não? – ela comentou, Jimin concordou com a cabeça sem realmente ouvir. Ele não queria responder. — Se certifique que ficará seguro quando chegarmos na Coréia, Vante ainda está a solta... Mas estão cuidando disso e a justiça logo será feita... Ficaremos seguros novamente, rapaz. – ela disse, esperançosa. — De qualquer maneira, felicidades a você e seu namorado, espero que dê tudo certo.


— É... – Jimin fechou os olhos, pensativo. — Eu também espero.


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     Jimin desceu do avião mais sonolento do que nunca. Ele havia cochilado no vôo, mas parecia mais exausto do que se não tivesse dormido um pouco. Mesmo assim, ele se manteve em pé e acordado para descer do avião e chamar um táxi. Se despediu da velhinha que o fez companhia no vôo, está que tinha pessoas a recebendo no aeroporto. Ele sorriu quando lembrou que ela também de chamava Jimin.

     Depois de algumas horas dentro do táxi, Jimin chegou ao seu destino. Pagando ao motorista e tirando sua bagagem do automóvel, ele foi de encontro a porta da casa.

     Para ser bem sincero consigo mesmo, Jimin nunca pensou que realmente voltaria para a casa de sua mãe depois de conseguir um trabalho. Aliás, ele nem sabia como estava seu emprego nessa bagunça toda. Ele nem pensava sobre isso. Mas ali estava ele, na porta da casa da mãe dele, bagagens nas mãos e o coração na boca. Finalmente criando coragem, levantou o braço e bateu na porta.

     Uma senhora de idade logo atendeu a porta e, quase que imediatamente, olhou para Jimin com um sorriso no rosto.

— Heyo, mãe. – ele disse, recebendo um abraço da progenitora. Com um sorriso no rosto, ele largou sua bagagem e retribuiu o abraço.

— meu pequeno, que bom que você está bem! – ela disse, tocando no rosto dele. — eu fiquei tão preocupada, tão preocupada... Você não me ligou para dizer como estava, onde estava... Eu-

— mamãe, olha para mim. – ele disse, segurando as mãos dela, mostrando o quão trêmulo ele estava. A mulher o olhou assustada, preocupada que ele estivesse passando mal. Mas Jimin estava nervoso mesmo, ele precisava contar para ela. — Mamãe, eu tô bem. Não precisava ficar preocupada, eu estava com ele...

— sim, eu sei, Jungkook me disse que você foi sequestrado por aquele monstro. – ela respondeu, tentando entender a situação e porque Jimin estava tão nervoso.

— Mamãe, ele não é um monstro. Ok, de primeira eu achava que era... Mas eu o conheci, eu convivi com ele... Mamãe, ele me ama.

— O que? – a mais velha não estava entendendo, tentando recuar.

— Mamãe, eu estou bem porque ele cuidou de mim, eu te asseguro que está tudo bem. Ele me ama, mamãe... E eu amo ele – ele mostrou sua mão direita, a mais velha olhando para o anel deslumbrada. Custou um belo dinheiro aquilo... Se o Taehyung tivesse realmente comprado.

— Vocês- Jimin, o que você se tornou?

— Eu não sei, mamãe, mas nunca achei que amaria alguém problemático novamente desde de Yuta... Mas aconteceu. Por favor, não fica contra mim, mamãe. – ele pediu, a mais velha acalmando o rosto. — Eu já perdi tanto, nós já perdemos tanto... Você é a única que vai me entender, por favor, não me abandona agora.

— nunca, pequeno – ela tocou o rosto de Jimin, o fazendo fechar os olhos e descansar sua bochecha na palma da mulher — eu sempre estarei aqui para você, sempre. Apesar de não concordar, eu nunca estarei contra você e sua felicidade e, se de alguma maneira ele te faz feliz, eu estou feliz.

— faz, mãe... Me faz muito feliz... – ele a abraçou, fazendo a mais velha olhar para o cabelo de Jimin de mais perto.

— Oh... Seu cabelo, está tão diferente. Eu gostei! – ela comentou, Jimin sentiu a inevitável vontade de sorrir. Sua mãe sempre sendo mente aberta, desde que Yuta foi diagnosticado com esquizofrenia. —  Em falar em pessoas estarem diferentes e ocorrer mudanças, tem uma pessoa aqui esperando por você. Já faz três dias que ele te espera mas você não aparece, finalmente hoje você veio.

— Você me ligou? Não prestei atenção no meu celular esses dias... – ele comentou, segurando sua bagagem e levando para dentro da casa, a mais velha fechando a porta atrás de si. — Eu realmente andei mais preocupado com outras coisas, meu celular não era importante, desculpe. — ele abriu a tela, vendo que havia uma mensagem. Soltou a bagagem no chão da sala, sua mãe pegando-a e levando para o quarto de Jimin antigo.

TaeTae 🤡
Já estou na Coréia, creio que você também já está. Nem te conto, um pombo bateu na minha janela. Peguei ele antes dele cair... Fez um estrago sangrento na cara do motorista do helicóptero. Foi top. [4:27 P.M]

     Jimin riu de leve. Tinha que ser Taehyung para achar legal uma situação sangrenta e dolorosa como um pombo voando dentro de um helicóptero e arranhando a cara do moço. Apesar de temer que tivesse acontecido alguma coisa ruim durante essa chegada do pombo, Jimin relaxou, já que ele disse que tinha chegado e tava vivo, pelo visto.

— Senti saudade de ouvir sua voz rindo... Normalmente era por causa de alguma piada ruim que eu fazia, agora é por causa dele. – ele ouviu a voz, imediatamente levantou a cabeça, sem deixar de digitar no celular, vendo pela visão periférica. Ele sempre conseguiu fazer duas coisas ao mesmo tempo, então foi fácil prestar atenção no homem sentado no sofá, com um copo de vodka na mão, e digitar.

— Eu não senti saudade nenhuma de ouvir tua voz.

— Claro que não, você se tornou frio como ele.

— E você se tornou x9 como o Jungkook. Cada um com seus defeitos. – ele sorriu, bloqueando o celular quando terminou de enviar a mensagem para Taehyung.

— Difícil ter algum contato com você, hein...

— Estava em outro país, realmente difícil mesmo me acessar – Jimin comentou, passando a mão no cabelo, exibindo seu anel.

— Anel de compromisso... Uma perfeita coleira para o cachorrinho que você é. – Taemin comentou, terminando de beber sua bebida.

— Sabe, cachorrinhos são bem obedientes. Aprendem a não morder, aprender a sentar e a obedecer. Quer ver só o que eu aprendi? – Jimin tirou uma arma da bota esquerda. A colocou quando saiu do aeroporto, sabendo que provavelmente iria usar se achasse Taemin. Apontou para Lee.

— Engraçado você comentar sobre isso, meu amigo... Porque eu aprendi a exata mesma coisa – ele se levantou, apontando sua arma para Jimin também. — Você não consegue atirar, ainda é o Jimin que eu conheci, só precisa de um empurrãozinho para se encontrar.

— Uh – Jimin apontou para o lado esquerdo de Taemin, atirando ali, mal se importando que tinha atingido um vaso importante de vidro, estourando-o na hora. A mãe de Jimin sabia o que estava acontecendo, já que ouviu a história de Taemin e do seu próprio filho. Preferiu não agir, ficando sentada no quarto, esperando que nenhuma dessas balas atingissem ao seu pequeno. Já Jimin mal se importava, estava sendo comandado pelo seu amor por Taehyung. — Quer testar quem teve o melhor professor?


Praga 💩
Que bom que está bem, Tae. Estou meio ocupado aqui, minha diversão acabou de começar. Espero que a sua se inicie logo, meu bem... Que os jogos comecem.


~•~•~•~•~•~•~•~•~•~•~
 


  
     Jungkook estava impaciente. Literalmente, puto mais do que ele achava que conseguiria ficar. Yoongi gritava de raiva dentro de sua casa, assustando até Namjoon que não tinha nada a ver com a história mas estava ali para apoiar Jungkook, como sempre.

— Por que você não senta e conversa comigo ao invés de ficar gritando?

— Por que você não, simplesmente, desiste? – Namjoon se meteu — Vocês não vão achar eles, vocês perderam o jogo, aceitem e sigam em frente!

— Eu não vou deixar o caso do Vante de lado, pau no cu do caralho. – se direcionou a Namjoon. — Você pode não se importar com isso, já que você só passa a mão na cabeça do Jungkook e apoia qualquer decisão que esse moleque toma, mas EU sou um adulto trabalhador e eu não vou deixar um criminoso nas ruas!

— Moleque? – Jungkook se levantou. — Sou eu que sou o moleque enquanto você começa a gritar na minha casa o quanto está frustrado de não encontrar Taehyung. O problema não é meu!

— Você está envolvido no caso, achei que podia contar para você minha angústia. Mas óbvio, um garoto como você não entenderia.

— Em primeiro lugar, você é o garoto aqui – Jungkook se aproximou de Yoongi, que tinha quase fogo no olhar. — Segundo, o que tanto você está com raiva? De perder para o Taehyung, uh? Você me diz que eu tenho que superar o que aconteceu com o Jimin e seguir a vida, mas você não supera o fato do Taehyung te enganar e sair ileso de todas as armadilhas que você faz contra ele, não é?

— Não me transforme no vilão, Jungkook.

— Como se você já não fosse. – ele respondeu no mesmo tom de voz. Ambos se olharam fixamente, como se seus olhares dissessem mais do que suas palavras — Sinceramente? Que merda de detetive você é.

— E sinceramente? Que merda de homem você é. É incapaz de abaixar o orgulho e admitir que está dentro da investigação por causa de Jimin.

— E você é incapaz de assumir que seu orgulho está maior do que sua capacidade de pensar. – Namjoon pensou em interromper, mas foi interrompido antes mesmo de conseguir abrir a boca — E porra, já falamos sobre isso, eu não tô na investigação pelo Jimin, eu tô por mim! Por você! – segurou na camisa de Yoongi, fazendo o mais velho o empurrar com força para longe.

— Aaaah porque AGORA você se importa com o que eu sinto ou comigo, não é? Vai tomar no cu, Jungkook, você é um garoto que mal entende seus sentimentos.

— Sabia que tinha sido um erro contar para ele – Namjoon comentou, Jungkook negando com a cabeça.

— Você disse que sentia o mesmo. – Jeon disse baixo, seus olhos olhando para o chão. — Quando começamos tudo isso, você me disse que sentia o mesmo, caralho.

— Pois é, me enganei, eu não sou de me apaixonar por moleques.

— Vai para o inferno. – Jungkook disse, levantando o olhar para Yoongi, estes marejados. Segunda vez negado em questão de sentimentos... — Sai.

— Oi? – Namjoon perguntou, vendo que Jungkook o mandou embora.

— Namjoon, por favor, vai embora.

— Mas é o Yoongi que está-

— Por favor! – ele disse, fechando os olhos. Namjoon suspirou, abraçando de leve Jungkook antes de ir. Quando finalmente a porta de entrada foi fechada, Jungkook olhou para Yoongi, que estava de cabeça baixa e punhos fechados. — Não irá mesmo retirar o que disse?

— Não menti. – ele respondeu, finalmente olhando para Jungkook. — O que você esperava? Que eu me apaixonasse por você durante a investigação? Que todos esses dias que saímos da cidade para procurar alguma pista ou paradeiro daquele filho da puta iriam resultar em um relacionamento? Ingênuo

— Você me disse que gostava de mim. Naquele dia que ficamos bêbados e dormimos aqui em casa, você me disse que gostava de mim.

— Dica: nunca acredite no que é dito durante o sexo.

— eu me recuso a acreditar.

— Por que? Porque já recusou acreditar que Jimin não te queria e agora está tentando fazer a mesma coisa comigo? Não vai rolar.

— Você é tão frio quanto Taehyung.

— E você é tão infantil quanto Jimin, que saiu para buscar o primeiro pau problemático que tinha.

— você não é tão diferente, deve ser mais problemático que ele, já que mata inocentes.

— Se está se referindo a Seokjin, ele não era inocente.

— Ah não era?! – Jungkook deu um passo para frente.

— Não, não era. Ele mantinha sob o teto dele um homem problemático e criminoso, que matou mais gente do que temos ciência, além de portar algum tipo de problema mental porque não é possível alguém ficar com o Taehyung e não querer o matar.

— Sinceramente? Acho que o problemático real é você.

— Pois é, aquele que fala a verdade e é sincero é o problemático para o iludido.

— Ok, já chega, sai. – Jungkook disse, o mandando embora também.

— Viu só? Você é um moleque que não aguenta receber as verdades na cara.

— Tchau, Yoongi.

     Não foi necessário dizer mais nada para o mais velho sair de sua casa. Não esperou para deitar na cama e ficar em posição fetal, segurando o choro. Poxa, o que ele tinha feito de tão ruim para merecer tanto sofrimento?

     Seus pensamentos foram interrompidos 3 minutos depois que Yoongi saiu de perto da casa de Jeon. A porta da sala principal foi aberta e, menos de alguns segundos, Jungkook ouviu a porta de seu quarto também ser aberta. Como ele estava em posição fetal e de costas para a porta, não pode ver quem tinha entrado.

— Namjoon, sai, eu não quero falar com ninguém – ele disse, fechando os olhos. Segundos depois, sentiu um ar quente perto de seu rosto. Estranhando, abriu os olhos, se assustando ao se deparar com as órbitas negras e um fio de cabelo azul escuro.

— Que bom, a última coisa que pretendia fazer aqui seria conversar. – Taehyung disse, apertando o pano com clorofórmio na boca de Jungkook, o mais novo afastando seu corpo da cama para se desvincular do plano. Ele estava de pé agora, meio zonzo mas estava. Essa era a intenção de Taehyung: o fazer resistir.

— Puta merda, você é o próprio demônio, aparece do nada. – ele comentou, colocando a mão na cabeça para tentar se reorganizar. — Eu- eu não vou deixar que você me desmaie, seu merda.

— Oh, minha intenção não é te desmaiar, muito menos com uma substância. – Taehyung pisou na cama com seus sapatos, passando por cima do colchão mesmo tendo a chance de dar a volta — minha intenção é te matar na porrada mesmo.

— quero ver você conseguir.

— Quero ver você falhar ao tentar me impedir. – Taehyung sorriu

     Jungkook, não esperando nem mais um segundo para agir, correu em direção a Taehyung. Ambos agora estavam de pé e lutavam corporalmente, Jungkook acertava os braços de Taehyung enquanto o azulado acertava suas costelas. Jungkook caiu no chão, meio zonzo ainda e dolorido. Porra, ele tinha feito artes marciais, estava apanhando de um cara que mal tinha feito um mês de academia. Mas é, isso estava acontecendo: 1 a zero para o louco.

— Vamos, princesa, levante. – Taehyung andou pelo quarto, vendo as costas de Jungkook. — Ah, não me mostre que te matar vai ser entendiante, qual é.

     Jungkook virou o corpo pronto para socar a cara de Taehyung, porém o mesmo desviou. Kim foi rápido para socar a barriga de Jungkook e ir atrás de si, chutando suas costas, o fazendo ir para a frente. Acabou que Jungkook tropeçou em um dos livros que ele lia durante a investigação, “A Seleção”. Caiu no chão novamente: 2 a zero para o psicopata.

— Ah, ah – Taehyung disse em reclamação — Um livro não vai tirar minha glória, levanta

— uh – Jungkook fez força para levantar, mas seus braços já estavam meio moles.

— Precisa de inspiração? Vira para cá – Taehyung virou o corpo de Jungkook, o fazendo bater as costas do chão e olhar para cima. Taehyung mostrou seu anelar, o anel. — Eu sei que não preciso nem dizer com quem eu uso, não é?

     Jungkook se levantou com rapidez, dando um soco no peito de Taehyung, o fazendo cambalear.

— Você não é melhor do que eu, seu bosta – ele disse, segurando na camisa de Taehyung, pronto para socar seu rosto — Jimin mesmo sabe disso, você que não percebe.

     Na hora, Taehyung o socou no rosto com a mão do anel, cortando imediatamente seu lábio inferior. Jungkook pôde ver estrelas, o que fez ele cair para trás. Taehyung puxou seu cabelo, o soltando logo depois, o fazendo bater a cabeça com força no chão, desmaiando. Antes de Jungkook ficar inconsciente, Taehyung foi rápido em segurar seu rosto.

— Você que não percebe, Jungkook: eu sou mil vezes melhor que você. Em tudo. Sua vingança por perder o Jimin para mim foi tirar quem eu mais amei, não é? Pois bem, deixa eu te mostrar qual a minha vingança.

... 



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