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História Psycho Crazy Love - Ah, Harley...


Escrita por: ImAFuckingQueen

Notas do Autor


Lynx-Lestrange OBRIGADA pelo comentário sua lindja. Dedicando esse cap pra você e PRO DUNCAN MANINHO DELÍCIA TINHAMU

Capítulo 10 - Ah, Harley...


 POV JOKER.

Estranho. Muito estranho. Eu me sentia estranho. Não era por conta da jaula em que eu me encontrava, nem por conta da medicação. Aliás, a medicação é melhor que cocaína. Me deixa mais doido do que eu já sou... Não que vá admitir isso para nossa querida Dra. Ela tiraria as drogas. 

E é por isso que me sinto estranho. A estranheza tem a ver com aquela maldita médica, que anda monopolizando meus pensamentos há um tempo. Não só por conta de beleza, embora eu não possa deixar de notas as curvas, o rosto maravilhoso... Calma, não é isso. Volta. Onde eu estava? 

Um barulho. Algo metálico caindo contra o chão, fazendo um tintilar agradável e agoniante ao mesmo tempo. Olhei em volta e avistei o que havia caído. A chave de um guarda, com um chaveiro ridículo de cachorrinho. 

Onde eu estava? Ah sim! Dra. Gabriella Frances Quinzelle. Tenho que parar de ser tão... Complexo mentalmente. Não que eu seja confuso. 

Gargalho. Talvez eu seja confuso. Ou talvez não. Talvez eu só pense rápido demais. Ou talvez eu seja realmente um doido varrido. Ou talvez... 

ONDE EU ESTAVA? GABRIELLA, MUITO BEM. 

Essa mulher... Já é minha conhecida de outros verões, primaveras e carnavais. Embora me sinta um tanto magoado por ela não se lembrar, aprecio isso. Eu quero revelar toda a verdade e ver o choque na expressão dela. O desespero, quem sabe. A confusão, principalmente. Eu adoro confusão, principalmente quando envolve outras pessoas. O caos é sempre bem vindo e nada seria comparado ao caos que ela me causou por 9 anos a fio. Eu estava louco para tê-la finalmente. Pra causar todas as formas de dor. Pra atingir cada terminação nervosa, cada neurônio. Queria sentir o gosto do sangue dela, pra ver se realmente era como o dos outros. Queria realmente saber se algo nela era parecido com algo de outro alguém. 

O tempo passou e ela apenas me intrigava mais. Nas nossas consultas, vários traços de sua personalidade me chamavam a atenção.  Ela realmente parecia curiosa em me desvendar, embora eu soubesse que ela nunca iria conseguir. Nunca mesmo. Eu até deixaria, mas ela não teria... Hum, digamos, tempo. 

Dou uma risada baixa com o pensamento. Tempo é coisa que ninguém mais tem ultimamente nessa sociedade idiota. Tempo é dinheiro. Pessoas são apenas operários reféns de suas máquinas. Hierarquias, pessoas podres usando de falsos discursos pra se promover. Ao menos eu era... Sincero. Não me escondia atrás de uma máscara. Mostrava apenas quem eu era e por isso estava no Arkham. Depois eu quem sou podre, eu quem sou um ser humano desprezível. Eu? O que esperar de pessoas que presam mais as máscaras e a hipocrisia do que a sinceridade e originalidade?

Claro, poder. Regras eram precisas para se estabelecer um clima de ordem. E ordem é sempre necessário para o controle em massa. E DEPOIS EU QUE SOU PODRE NÉ?

Voltando para nossa Harley. Eu via loucura nela. Por trás daquela psiquiatra e neurologista correta, certinha e excelente, havia loucura, anarquismo e revolta. Havia uma vontade enorme de se libertar. Sempre foi perceptível e a partir das terapias, pude estudá-la ainda mais profundamente. A forma como ela fingia que não concordava comigo, mas seus olhos revelavam o contrário. A forma como ela se sentia livre ao meu lado, a forma como ela expunha seus pensamentos, mesmo que de forma contida. Aquela loucura era um pássaro, pronto para se libertar de uma terrível gaiola de medo forjada pela sociedade estúpida. 

Liberdade. Por falar em liberdade, é algo que ninguém tem. Está todo mundo sempre preso à moda, às críticas, às malditas regras e às opiniões alheias. E quando se está preso, não se está liberto. Se eu ainda tivesse moral pra política, eu fundaria um partido. O PA. Partido Anarquista. Deixaria outra pessoa liderando, porque eu odeio política. É tudo muito social, muito ditador. É fedor disfarçado com perfume caro. E nesse caso, eu odeio perfume caro. Maldade velada. Pra que esconder? O legal é ficar coberto de sangue. 

Onde eu estava? 

- Mas que droga. - murmuro, revirando os olhos. 

Eu realmente não consigo ter apenas uma linha de pensamento. Fazer o que, a mente de um psicopata- louco- insano trabalha rápido demais. Ouso dizer que a minha mente consegue ser mais confusa que as linhas de metrô de Metrópoles e eu fui muito ousado em dizer isso. 

O que me faz lembrar, de alguma forma, da saudade de Gotham. Saudade de matar, de torturar. De sentir o sangue escorrer entre os dedos de forma viscosa, de sentir o gosto ferroso. De pisar nas ruas e ter a sensação de liberdade. Não liberdade de celas e grades. Liberdade em saber que não faço parte da conspiração da '' civilização''. Da satisfação em saber que meu jogo é meu e eu o controlo. De saber que Gotham inteira me teme, de saber que as regras sociais não valem de nada, porque eu comando toda aquela massa ''democrática''. E todos sabemos que democrático rima com hipócrita. 

Eu já quis mudar o mundo. Hoje em dia, me contento em apenas mostrar o sistema sem sistema. A liberdade de ser, de fazer e de dizer. Me contento em colocar medo em quem não quer sentir medo, mas sente. Em comandar quem se acha bom demais para ser comandado. De controlar aquilo que não pode ser controlado. 

E de causar o caos na ordem. De trazer confusão ao entendimento. De sempre que acharem uma resposta, eu mostrar mais cinco dúvidas. De ser a tsunami numa calma ilha do Caribe. Porque a ordem é uma ilusão. Por trás da ordem sempre tem um caos. Na ''ordem'' de uma cidade cheia de policias, políticos e cadeias, com cidadão de bem, sempre tem os criminosos, não é?

Ordem é uma piada de mau gosto. Tudo é caos. O universo é um caos em colapso. A Terra e principalmente, as pessoas, que se auto destroem a cada respiração. 

E vou estar completamente contente, quando me provar capaz de criar algo só meu, além do meu próprio caos. De ter pra mim, pra sempre, algo que saiu da minha mente para a realidade. Um brinquedo, uma arma, uma distração, uma joia. Um auxílio, uma obra prima. 

Harley Quinn em breve conhecerá seu Daddy.

E eu mal consigo segurar o sorriso em pensar algo do tipo. 


Notas Finais


MUITO DIFÍCIL ESSE CAPÍTULO. Cara, ninguém, NINGUÉM, entende o Joker. Essa é a possível visão que tenho dele (até pq não tenho nada definido hahaha esse cara é insano), então, não me matem. Espero que tenham ENTENDIDO de forma não entendida esse capítulo. A intensão foi deixá-lo confuso MESMO. Porque a mente de um psicopata que também é louco, costuma ser confusa, complexa e desenfreada. Enfim, sem mais abobrinha.


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