História Psycho Crazy Love - Damas do Crime.

 POV HARLEY. 

Marise era uma deusa. Uma louca. Uma feiticeeeeeeeira.

O trabalho dela ficou incrível. O roxo na minha bochecha havia sumido e eu gargalhei ao ver a tonalidade do pó que ela usou em mim. Poderia muito bem ser cocaína de tão branco. Eu também tive uma ideia maluca de pintar meus cabelos da cor dos meus olhos. Reparti meu cabelo em dois e do lado do olho azul, pintei as pontas de azul e do lado do olho rosa, pintei as pontas de rosa. Eu não fazia ideia de como Marise havia conseguido as tintas de última hora, mas o resultado foi maravilhoso. Ela também pintou meus olhos. A ideia das cores foram minhas, claro.  No olho azulado, passou sombra rosa e no rosado, sombra azul. 

Ela colocou um vestido vermelho em mim, com uma fenda na perna esquerda e saltos azuis. Acredite, o resultado foi maragaga. Ela ajeitou meus cabelos pelos ombros, deixando-os soltos e ondulando um tantinho de nada as pontas. Provavelmente por conta do banho químico, meu cabelo era extremamente sedoso, mas MUITO EMBARAÇADO. Quase chorei e dei diversos tapas em Marise enquanto ela penteava aqueles troços. DÓI DEMAIS DEMAIS DEMAIS. 

-Calma, Srta! - ela dizia, enquanto puxava. 

Finalmente, ao final, o resultado foi ótimo. Olhei-me num espelho de corpo inteiro que eu havia achado em um canto. Linda, linda. Hihi. 

- Estou pronta! - disse, enquanto Marise borrifava algum perfume caro em mim. 

- Ainda não. - ela disse e eu fiz um muxoxo. Que inferno, quando ia acabar? - Querida, você é a garota do Coringa agora. Ele talvez seja um dos homens mais ricos dos EUA. Você precisa mostrar isso, assim como ele faz. 

Franzi o cenho. Ser branca que nem leite, louca varrida e linda já não era mostração o bastante? 

- Joias, querida. - ela disse, sorrindo e pegando uma das várias sacolas que Anne (malditazinha) havia deixado no quarto. 

Marise me colocou 6 colares ao todo. Um anel em cada dedo. Um par de brincos ahazadores. Algumas pulseiras. Detalhe: tudo de ouro puro. 

Acho que posso me acostumar com isso. 

Adorei! - disse A Voz. 

- Cale a boca. - retruquei. 

- Senhorita? - Marise franziu o cenho. 

Eu só quis ser agradável. - disse A Voz. 

- Tarde demais! - gritei. 

Marise me encarou assustada. 

- Eu... Avisarei ao Senhor C que a Srta. está pronta. - ela falou, saindo do quarto. 

Sentei-me na cama, bufando. 

- Maldição. - murmurei. - Você é chata demais. Agora Marise acha que sou louca!

Você é louca. - ela disse. 

Bufei novamente. 

- Qual seu nome? 

Você que sabe, ué. -A Voz disse. 

- Betsy é um bom nome. Vai ser Betsy. 

Tá né... - Betsy disse. 

- HARLEY! - berrou uma voz vinda de algum local no andar debaixo. Mrs.J! 

Voei do quarto e percorri o extenso corredor rapidamente. Chegando às escadas, desci com classe. Hihi. 

Mrs. J estava aos pés dela, carregando uma arma preta onde o cano era cheio de pedrinhas enfileiradas. Ele usava um terno cinza com brilhinhos da mesma cor na parte dos ombros. Por baixo, uma camisa social verde. Seus cabelos também verdes estavam perfeitamente penteados para trás e diversas correntes grossas de ouro pesavam em seu pescoço. Nunca gostei de homens de terno, mas ele era um exceção. Lindo, lindo, lindo, lindo, lindo, lindo, lindo. 

- Pronta? - pergunta, terminando de carregar a arma. 

- Uhum. - concordo. 

Ela vai dar a looooooooouca. - riu Betsy. 

- Cale a boca. - trinquei os dentes. 

- Como é? - Mrs.J indagou ameaçadoramente. 

- Não foi com você. -sorri amarelo. 

- Com o senhor. - ele me corrigiu. - Antes de irmos, três avisos. Primeiro: fuja e eu te mato da pior forma. Segundo: Não me atrapalhe e me obedeça. Terceiro: o meu caos requer organização. Sou louco mas também sou psicopata. Estrague um dos meus planos pra hoje e eu acabo com a sua raça. Ah, um bônus: é uma festa de negócios. Não mate ninguém, se controle. Ou... Bom, adivinha o que acontece. 

- Sim senhor. - assenti, engolindo em seco. 

Ele sorriu psicoticamente e tirou algo do bolso. Um coldre* de coxa. 

- Suba a perna. - ele ordenou. 

Coloquei um pé em cima de uma poltrona. 

Mrs. J afastou a fenda de meu vestido e prendeu o coldre lá, colocando a arma que carregava presa à ele. Seus dedos esbarraram em minha pele e aquilo me excitou e me arrepiou por completo. Ele percebeu, riu e enlaçou minha cintura, prendendo-me à ele e descendo à mão a minha bunda, apertando-a. Soltei um gemido fraco. 

- Seja uma boa menina e o daddy promete te recompensar na volta. - ele sussurrou em meus ouvidos, empurrando-me em seguida e caminhando rumo a porta. 

POV JOKER. 

Havíamos chegado à maldita festa sem muita demora. Eu odiava toda essa coisa fru fru, com mulheres fúteis conversando sobre joias e criminosos fingindo ser civilizados com suas taças de champagne na mão. Odeio champagne. E o fato de todo mundo voltar atenção à Arlequina, principalmente os homens, me deixava ainda mais irritado. 

Eu iria bater nela ali mesmo se continuasse com aquilo. 

- Por que não vai pegar algo pra beber, uh? - sugiro. 

Ela assente, desenlaçando meu braço e caminhando para o outro lado do salão. 

Reviro os olhos e vejo quando Maroni caminha em minha direção. Sua esposa\ficante\amante\namorada\prostituta ( eu realmente não sei dizer) caminha ao seu lado com o braço enlaçado ao dele. 

- Joker! - ele cumprimenta. 

Reviro os olhos. Odeio quando seres inferiores me chamam pelo nome. É SENHOR C. MRS.J.

- Maroni. Onde está Falconi? - indaguei. Pra provocar mesmo. 

- Somos da mesma família, mas de mafias diferentes. - ele diz com o maxilar tensionado. 

- Os EUA corrompe até as melhores família, não? 

Ele parece desconfortável e sua... Mulher (?) escuta a conversa, quieta, mas parecendo confusa. 

- Oh! Maroni, que feio não contar as histórias pra esposa. 

- Noiva. -ele fala, sorrindo pra mulher. 

Que nojo. Mas, mantenho a expressão sorridente e amicíssima. 

- Querida, nos dê licença. - ele pede e a mulher sai. 

- Com o nome dela? - pergunto. 

- Evangeline Felps. Família pobre de Otisburg. - Otisburg? Odeio esse bairro. -  Mas mudando de assunto. Eu vi que você chegou com uma pessoa. Prostituta de luxo? - ele indaga, rindo. 

Era pra eu rir? Porque eu saquei minha arma. 

- Ela é a garota do Coringa, querido Maroni. Se arrependa agora do que disse. 

- Sinto muito, eu não sabia. - ele diz, soando confuso. 

Guardo a arma. 

Inferno, eu não devia me importar tanto com o que falam dela. Ela é só um objeto. Mas... Ainda assim, é MEU objeto. 

POV HARLEY. 

Eu continuava próxima à mesa de bebidas, sentindo todos aqueles olhares em cima de mim. Sorri e beberiquei meu uísque, percebendo a aproximação de uma mulher morena de olhos castanhos da cor de chocolate.

Ela pegou um pouco de champagne e se virou pra mim. Tudo nela era caro e chique. Aliás, todas as mulheres pareciam ser de alto-padrão. 

- Já conheceu alguma Dama do Crime? - perguntou ela. 

- O que seria uma Dama do Crime? - indaguei. 

- Namoradas, noivas, esposas de grandes criminosos, mafiosos, vilões, etc. - ela explicou. 

- Se você for uma, conheci. - respondo desconfiada. 

Ela me lança um sorriso. Era meio falso, meio verdadeiro. Ela se sentia desconfortável com minha presença, mas ainda assim mantinha a pose de superior. Ser psiquiatra tem lá suas vantagens. 

- Sou a noiva do Maroni.

Ahhhh sim. Mrs.J me disse algumas coisas no caminho. 

- Legal. - dou de ombros e bebo do meu uísque. 

- Seu nome? - ela pergunta. - Ou é só ''Garota do Coringa'' mesmo? 

- Harley Quinn. Ou Arlequina. Como preferir. - digo. - O que essa festa promove exatamente? 

- Ostentação criminosa. - ela dá de ombros. - Um saco. 

De repente, um agito toma conta de todo o salão. Uma tensão incomoda me faz olhar para cima. 

Era um homem vestindo uma roupa negra, assim como a máscara. 

- Asa Noturna! - a noiva do Maroni exclama. 

- Oh-oh. - exclamo em seguida, rindo. 

Isso está ficando divertido!