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História Psycho (Jung Wooyoung - Ateez) - 0.28: Chapter 27


Escrita por: WriterFoxx

Notas do Autor


Me desculpem MESMO pela demora!

Eu tava sem criatividade nenhuma, e preferi esperar até vir alguma coisa.

E veio. Então se preparem!❤

Capítulo 28 - 0.28: Chapter 27


— Finalmente! — Hyunjae gritou, quando viu Nayeon atravessar a porta de seu escritório.

— Desculpe-me senhor, mas estou atrasada? — ela perguntou, mesmo tendo certeza de que estava dentro do horário.

— Não está, mas estamos precisando de toda a ajuda possível hoje.

— O que teremos de tão importante?

— Kim Min-Jung. Amanhã, ele nos dará uma entrevista exclusiva, acredita? Aquele homem é um doido, mas seremos os únicos a ter uma entrevista dele, então tudo tem que estar perfeito!

Nayeon prendeu sua respiração, sentindo sua mão começar a suar e seus olhos marejarem, ameaçando derramar lágrimas que, naquele momento, seriam totalmente inconvenientes.

Ela tentou, aos poucos, regular sua respiração. Mas não era uma tarefa fácil.

Por sorte, apenas teria que ajudar na organização e não entrar em um contato direto com ele. Por isso, com a calma que continha por um fio, ela perguntou ao seu chefe:

— E o que eu terei que fazer, senhor?

— Recepcioná-lo, óbvio.

Nayeon deixou o tablet que segurava em suas mãos escorregar. O copo de café que segurava balançou, fazendo com que um pouco do líquido quente caísse em sua pele.

Seus olhos se arregalaram. Sua boca salivou e toda a calma que estava tentando manter evaporou, dando espaço para um pânico horrível que crescia e parecia querer assolar e queimar seu peito.

— Nayeon? O que foi? — Hyunjae perguntou, preocupado com o estado que sua secretária se encontrava.

— Me desculpe, mas não posso fazer isso.

— Como? O que não pode fazer?

— Recepcionar… Aquele homem.

— E por que não?

O que falaria?

Que desculpa boa o suficiente iria cobrir o fato de que ele havia destruído sua infância. Seu futuro. Sua vida. Ela não poderia dizer aquilo. Então, que desculpa iria dar?

— Eu só não posso.

— Tem medo de psicopatas, querida? — o homem perguntou, tentando manter a calma. — É apenas um ex detento maluco que precisamos que nos dê a porra de uma exclusiva, e você não pode estragar isso! Não temos tempo para lhe substituir por ninguém, todos estão ocupados com isso. Contratar alguém de última hora não daria certo, então se quiser manter seu emprego, venha amanhã e faça o que lhe é pago para fazer.

Nayeon não se mexeu um centímetro sequer.

O medo de perder seu emprego era grande. Mas encarar aquele homem, e ainda servi-lo? Ah, esse era bem maior.

— Então me demito.

— O que? — Hyunjae se levantou, furioso. — É só a droga de uma entrevista! Qual o seu problema?

Nayeon se abaixou calmamente, pegando o tablet, agradecendo internamente por não tê-lo quebrado.

— Tem uma reunião às 07:00, com os colaboradores que estamos tentando fazer negócio. Vai almoçar com seu filho e, tirando a entrevista que vai administrar à tarde, sua agenda estará livre, então me dei a liberdade de marcar uma sessão de massagem. Acho que o senhor irá precisar. Me encarregarei de procurar outra secretaria até amanhã, sem falta. — falou, fechando o pequeno tablet e sorrindo para seu chefe. — E aqui está seu café.

Antes que o homem pudesse falar qualquer coisa, Nayeon andou rapidamente até sua mesa e colocou o copo de café quente ali em cima.

— Tenha uma ótima manhã, senhor Song. E se precisar de algo, não hesite em me chamar! — falou, dando-lhe um sorriso gentil e saindo do escritório.

[...]          

— Demissão!?

— Isso, Mingi. E pode falar mais baixo? Quase me deixou surda.

— Nayeon, não pode pedir demissão por isso!

— Bom, claro que posso. E já pedi.

— Sabe que não funciona assim. Além de eu achar que você deve encarar seus medos e seu passado de frente, pode ter que pagar uma multa alta, sabia? Meu pai pode até aumentar o preço por estar precisando muito de você e ter acontecido tudo isso.

Nayeon respirou fundo.

Não havia pensado nisso.

Não estava tendo dinheiro o suficiente nem para sustentar a si mesma e Changbin, quem dirá pagar uma multa por quebra de contrato.

— Pode me ajudar com isso, não pode? — ela perguntou ao amigo, incerta.

Nayeon sabia que Mingi tinha plena noção de que ela não era do tipo que pedia dinheiro emprestado, mas naquele momento era uma grande emergência.

— Eu até posso, Nayeon. Sabe que nunca negaria nada a você. Mas quer ouvir minha opinião?

— Sinceramente?

— Não. Mesmo que não queira eu vou falar. Se quiser parar de ter medo, o único conselho que te dou é: encare seu trauma de frente! Eu te amo, e nunca vou fazer ideia do quanto deve ter sofrido nas mãos daquele homem. Mas, é exatamente porque te amo que eu te digo para fazer isso, Nayeon. Você é mais forte do que pensa. É mais corajosa do que pensa e só de ter passado por tudo o que passou e ainda estar de pé, só prova o quão forte você era e continua sendo!

— Mingi–

— Não! Me deixa falar! — ele respirou fundo, tentando aguentar firme para dizer tudo o que precisava e sabia que sua amiga deveria ouvir. — Você é a pessoa que aquele homem mais teme, porque ele sabe que, mesmo com tudo o que fez, você aguentou! Ele apavorou a todos, fez mal a milhares de pessoas, mas você, Nayeon, foi a que continuou firme, mesmo depois de tudo o que ele lhe fez. Ser filha dele só te torna mais forte para enfrentar o que quer que ele tenha a te dizer! Ambos têm o mesmo sangue, mas cada um escolhe o que fazer da vida. Seu pai arruinou com a dele. Fez pessoas sofrerem por motivo nenhum, fez você criar traumas que carrega até hoje, mas você, e só você, vai acabar com eles. Vai encarar aquele homem, olhar em seus olhos e mostrar que está por cima e que é melhor, mesmo depois de tudo isso.

Nayeon soltou aos poucos o ar que prendia.

Seu choro era silencioso, mas significava muito.

E mesmo que ela estivesse quieta, apenas chorando em silêncio, Mingi entendeu, mesmo do outro lado da linha, que havia ajudado.

— A decisão final é sua, mas peço que de hoje pra amanhã pense nisso com calma.

Nayeon fungou, tentando achar sua voz para dizer algo.

— Não tem noção do quanto sou grata por ter você em minha vida. — disse, com sua voz carregada de uma emoção que nunca havia sentido, e Mingi sorriu.

— Sempre que precisar, lembra?

[...]     

— Por que me chamou?

Nayeon respirou fundo, dando de ombros.

— Você vive me ligando sem motivos. Pensei que também tivesse esse direito.

Wooyoung riu, sentando-se ao seu lado, no banco de madeira do parque que se encontravam.

— Mas então, como anda seu trabalho? — ele perguntou, tentando puxar algum assunto.

— Bem. Estou a duas semanas lá e prestes a sair.

— Sair? Por que?

— Meio que me recusei a ajudar com a entrevista de um homem.

— Você tem algo contra homens, não tem? — Wooyoung perguntou, semicerrando os olhos em sua direção.

— Não, eu não tenho. — Nayeon revirou os olhos, rindo. — Só que ele é um ex-detento, que fez coisas horríveis, e não quero ter que ficar perto de alguém assim.

— Entendi. Então está certa, ex-detentos são péssimos! Aconselho que fique longe.

— É o que pretendo fazer. Só não sei se vale a pena, sabe?

— O que?

— Fugir assim. Deixar claro que estou com medo e liberar território para que ele pense que estou vulnerável.

Wooyoung a olhou por alguns segundos, puxando um maço de cigarro de seu bolso e o acendendo.

— Conhece ele. — apontou, soltando a fumaça.

— O que? Não, não conheço! — ela falou, tossindo quando um pouco da fumaça foi até seu rosto.

— Qual é, nervosinha. Liberar território para ele pensar que está vulnerável!? Que ex-detento desconhecido se preocuparia se você está com medo dele ou não?

Nayeon respirou fundo, virando-se para frente.

— Deixe-me adivinhar. — Wooyoung colocou o cigarro entre seus lábios, enquanto apertava seus olhos, fingindo pensar em algo. — Algum parente?

— Não.

— Ex colega de classe?

— Não.

— Ex-namorado?

— Não!

— Colocou muita força nesse não, Nayeon. — Wooyoung murmurou, tirando o cigarro de sua boca e segurando-o entre os dedos. — Então quer dizer que namora bandidos mas não consegue nem sair a um encontro comigo sem deixar de dizer que pareço um tarado?

Nayeon riu, incrédula.

— Você parecia mesmo um tarado, e pela segunda e última vez, não conheço ele e não é um ex-namorado!

— Está se defendendo demais, só falta gaguejar.

— Ei! — ela gritou, dando um tapa em seu ombro.

Wooyoung colocou a mão no local, fazendo uma careta de dor.

— Seus namorados marginais te ensinaram isso, mocinha?

Nayeon abriu a boca, admirada que o senso de humor dele jamais ia embora.

— Pelo menos eles me ensinaram algo. — ela deu de ombros, desencostando-se do banco.

Wooyoung sorriu, colocando novamente o cigarro entre os lábios e chegando mais perto de Nayeon, que, como não sabia exatamente o que fazer, apenas ficou parada.

— Acredite, nervosinha, eu também posso te ensinar várias coisas. — murmurou, tirando o cigarro da boca e soltando lentamente a fumaça perto do rosto de Nayeon, que tossiu fracamente, olhando com atenção para o cigarro. — Já fumou?

Ela negou rapidamente.

— Quer experimentar?

Nayeon pensou por um momento, incerta.

Mas afinal, que mal faria?

— Quero!

Wooyoung riu, achando sua empolgação adorável, mas voltou a ficar sério, chegando mais perto da garota, apagando o cigarro que já estava no fim e pegando um novo em seu bolso, acendendo-o e lhe mostrando.

— Você só vai colocar na boca, assim. — ele o fez, vendo-a seguir tudo com o olhar. — Vai puxar um pouco a respiração, e soltar rapidamente. — falou, fazendo tudo o que havia explicado. — Assim que puder, prenda a respiração e a solte para fora. Se não fizer isso vai puxar a fumaça pra dentro, e acredite, não vai ser a melhor sensação do mundo.

Nayeon fez que sim, entendendo tudo o que ele havia explicado.

— Sua vez.

Wooyoung chegou mais perto, estendendo o cigarro.

— Espera.. vou colocar o seu… na minha boca? — ela perguntou, um pouco assustada com a ideia.

Poderia ser bem bobo estar se preocupando com isso, mas mesmo assim era algo que lhe incomodava.

— Não tenho sapinho, se é o que quer saber.

— Engraçadinho. — Nayeon lhe mostrou a língua, mas mesmo assim pegou o cigarro, levando-o lentamente até sua boca.

Assim que o colocou, puxou a fumaça e, na hora de soltar, por algum motivo demorou demais e quando o fez, ainda sim um pouco da fumaça travou em sua garganta, fazendo-a tossir.

— É, eu já adivinhava. — Wooyoung falou, dando batidinhas em suas costas e pegando de volta o cigarro.

— Não é tão bom quanto imaginei. — Nayeon falou quando parou de tossir, passando a mão por baixo de seus olhos, que estavam lacrimejando.

— Fica bom quando você pega prática. — o garoto deu de ombros, puxando e soltando a fumaça lentamente.

— Prefiro deixar para os profissionais, então.

— Sobra mais. — Wooyoung murmurou, mas então se lembrou do assunto que haviam falado assim que ele chegou, e suspirou. — Acho que não vale a pena.

— O que?

— Sobre o ex-detento. — falou, olhando nos olhos de Nayeon, que agora estavam mais sérios. — Não acho que deva fugir. Não vale a pena.

— Por que acha isso?

— Só vai fazer com que pareça mais fraca. Ou vulnerável, como disse. Enfim, na minha opinião ele não merece seu medo. Então vá para o trabalho, encare esse homem desconhecido e mostre que a porra do território é seu! — falou, soltando mais fumaça, e dessa vez Nayeon não se importou que ela estivesse indo em seu rosto.


Notas Finais


Se eu amo uma amizade e um relacionamento em andamento? Imagina!🥺❤

Gente, eu simplesmente amei escrever esse capítulo!
Eu literalmente acabei de escrever ele, e foi como se eu só estivesse colocando tudo pra fora, e no final, na minha opinião, ficou maravilhoso.
Enfim, espero que gostem dele tanto quanto eu, porque já virou meu xodó!

A relação da Nayeon com o Woo é outra coisa que eu tô AMANDO escrever. Esse capítulo saiu com tanta naturalidade que eu nem sei kkk

Espero se tenham gostado, me perdoem de novo pela demora e até o próximo!❤


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