História Puppyeon - Yuri Sedução

Primeiramente fomos em um estande de criadouro de formigas. Era tão legal e grande. Se tratava na verdade em um vidro grande cheio de terra com vários tuneis de formigas pequenininhas que iam de um lado para o outro. Eu achei incrível, mas Taeyeon parecia ainda mais interessada do que eu, olhando para elas praticamente a um palmo de distancia entre seu rosto e o vidro.

– Gostou Tae?

Ela balançou a cabeça positivamente e disse: – Vai chover.

– Hã? Por que isso do nada?

– Elas estão acasalando. – Taeyeon se limitou em dizer.

Do nada chegou um dos estudantes, que era idealizador do projeto, ao lado da Taeyeon. Ele vinha com um grande sorriso no rosto e bateu de leve nas costas dela. Taeyeon se afastou e olhou assustada para o garoto, depois do toque repentino. Com a boca semiaberta como se ela estivesse em duvida se mostraria seus dentes e se protegeria dele ou não. Bati de leve nas costas de Taeyeon para dizer que estava tudo bem.

– Pelo o que vejo você sabe muito de formigas. Você está certa, em dias úmidos elas saem para se reproduzir o que significa que vai chover mais cedo ou mais tarde. – o garoto deu uma leve risada. – Você parece conhecer muito de natureza ou de formigas.

Taeyeon sorriu de volta e respondeu: – Natureza.

– Vejo... Quer saber mais curiosidades? – o menino perguntou excitado, para Taeyeon.

Acho que ele não tinha notado minha presença e estava feliz de mais em falar com ela sobre formigas pro meu gosto. Eu estava do lado de Taeyeon, seria tão difícil assim olhar para mim e reparar que eu estava lá?

– Não queremos não. Queremos ter tempo de passar em outros estandes, mas obrigada mesmo assim. – disse tomando a frente por Taeyeon que parecia um pouco receosa.

Curvei levemente e segurei a mão de Taeyeon, puxando-a para que saíssemos dali e fossemos para o outro lado da quadra para ver outras coisas mais legais do que formigas presas. No meio do caminho ouvi uma pequena risadinha e olhei para trás para me deparar com ela feliz, olhando para nossas mãos juntas.

– Do que está rindo? – perguntei, fingindo não saber o motivo.

– Nada... – ela disse brevemente.

Ergui uma das minhas sobrancelhas para mostra-la que eu estava desacreditada daquilo. Vendo isso ela jogou uma desculpa. – Os tuneis da formiga... Os caminhos formavam uma bunda.

Eu ri internamente pela a observação e até deixei passar essa mentira. Não seria uma boa constrangê-la agora por estar feliz por estarmos de mãos dadas. Então continuei a conversa normalmente.

– Sim, os tuneis pareciam formar uma bunda! – falei rindo.

Quando virei de novo para frente para continuar andando fui parada por um enorme homem de terno que impedia minha passagem. Por um momento parei e levantei minha cabeça para olhar pra ele com uma careta, mas em vez disso a unica coisa que eu fiz foi engolir a saliva quando vi quem realmente era.

– Tiffany Hwang... – ele disse como cumprimento.

– P-p-professor...

– Seria menos incomodo se pudesse falar menos sobre bundas, inclusive em publico. – ele passou a mão em sua vasta careca, limpando um pouco de suor e voltou a falar. – Não tenho nada a ver com sua vida pessoal, mas gostaria de que parasse de falar das suas taras ou fetiches toda vez que nós nos encontrássemos.

– Sim senhor. Eu não gosto de bundas professor, só nos encontramos e maus momentos. – tentei explicar mesmo que minhas bochechas estivessem corando agora.

– Eu gosto de bundas! – disse Taeyeon aparecendo atrás de mim, aparentemente tentando socializar com meu professor. – Não fique triste, gosto da sua! – ela complementou dando um leve tapinha nas minhas costas só para finalizar minha total perca de dignidade.

– Com licença. – o professor disse se retirando na minha frente.

Me esbofetiei mil vezes na minha mente, quando ele estava longe o suficiente para não me ouvir grunhi de raiva e enterrei meu rosto nas minhas mãos em pura frustração. Por fim, quando estava mais calma, levei a mão aos meus cabelos levando minha franja longe do meu rosto e dando um breve suspiro para aliviar a tensão.

– Disse eu algo errado? – ela perguntou apertando minha mão.

– Não, apenas vamos Taeyeon.

Acabamos indo para um projeto de vulcão. Era tão clichê que pensei em sair dali, mas quando olhei para Taeyeon ela parecia muito empolgada para ver o que sairia daquela coisa, então decidi ficar para vê-lo explodir. Demorou alguns minutos e logo um dos estudantes jogou as colheradas de bicarbonato de sódio dentro do vulcão que em seguida entrou em erupção, com sua espuma vermelha que escorria pelo monte, semelhante a lavas.

– Woow! – Taeyeon gritou animada. – Isso é tão legal. – ela disse sacudindo a mão que estava ainda ligada a minha.

– Você acha?

– Sim!

– Isso é fácil de fazer. Futuramente vou comprar os materiais e nós faremos em casa. Está bem?

– Sério?! – ela perguntou incrédula.

Sorri para ela e balancei a cabeça levemente. Ela estava tão animada e alegre por uma simples explosão de mentira que não deixava de ser fofo toda aquela alegria.

– Vamos ver outra coisa?

– Sim! – ela disse ainda entusiasmada. Eu sabia que ela ainda estava mais alegre com a ideia do nosso futuro vulcão do que com o próximo estande que iríamos ver.

Ao longe eu vi uma estande que tinha um enorme cão estampado no banner, então como achei que iria interessar Taeyeon fui para lá. Quando chegamos uma das alunas já explicava sobre o que se tratava o trabalho, mas não entendi muito porque pegamos o assunto pela metade, mas o que ela disse era mais ou menos sobre a audição canina.

Depois de falar ela ligou um aparelho que pelo o que pude ver tinha diferentes frequências de hertz. O primeiro barulho tinha um som chatinho, mas levemente suportado.

– Essa é uma frequência normal que os humanos ouvem que é entre 20 e 20.000 Hz.

Enquanto o barulho rolava Taeyeon começava a ficar inquieta do meu lado, de vez enquanto ela mexia o ombro contra a orelha ou usava as mãos para roçar entre ambas as orelhas, acho que ela estava se incomodando. A medida que ela movia a peça de rolagem do aparelho o barulho ia ficando mais irritante ainda, até que eu não pude ouvir mais nada. E ela continuou a falar.

– Essa frequência é alta a ponto da maioria das pessoas não ouvirem. Talvez ouviriam se seu ouvidos não fossem danificados por usar tanto fones de ouvido entre outras coisas.

Quando ela tinha acabado de dizer isso Taeyeon começou a latir do meu lado. ELA ESTAVA LATINDO DENTRO DE UMA FEIRA DE CIÊNCIAS LOTADA DE PESSOAS. Taeyeon estava mais inquieta do que antes. Ela latia fazendo com que todas as pessoas que estivessem ali olhassem para ela e se assustassem por essa reação incomum. Uns até riam enquanto outros se afastaram, criando um circulo vazio ao nosso redor.

Minha cara estava mais vermelha e brilhante do que a ultima vez, que foi quando Tae falou da minha bunda para o professor. Eu queria desaparecer, ficar invisível ou qualquer coisa do tipo, mas o máximo que pude fazer foi pegar a mão de Taeyeon e leva-la para longe dali. Enquanto na minha cabeça eu tentava me consolar com coisas do tipo 'Acalme-se Tiffany essas pessoas não te conhecem e nem vão lembrar de você', 'O foco está na Tae', 'Não fique com raiva, eles que estão perturbando ela, Taeyeon não tem culpa' e até 'Vai ficar tudo bem, ninguém vai lembrar disso mesmo...'

Quando estávamos a uma boa distancia Taeyeon pode se acalmar e parar de se estressar pelo barulho, ela tinha parado de latir, porém ela estava meio exaltada. A guiei até um bando de madeira e a deixei sentada ali, enquanto eu fui para cantina comprar um refrigerante para ver se me acalmava e acalmava ela também. Depois de uns minutos longe eu pensei em voltar aonde Taeyeon estava e ver o que se passava com ela em vez de gritar. Parei na frente dela, que estava sentada no banco, e esperei que ela notasse minha presença para poder falar.

– Tae, o que diabos foi aquilo? – tentei dizer sem levantar o tom da minha voz.

– Desculpa. – ela disse de cabeça baixa. – Aquilo estava irritando.

Suspirei lentamente, parei para pensar um pouco, no fim sentei ao lado dela e dei o refrigerante na mão de Taeyeon. Ela pegou a lata e olhou estranhamente para o objeto.

– Beba, pelo buraquinho que tem ai... Só sugue.

Taeyeon fez como o mandado e conseguiu beber o refrigerante sem se sujar. Ficamos um tempo lá sentadas, eu tentando criar coragem para voltar a andar pela exposição e Taeyeon pensando no que tinha feito. No final eu não estava tão animada como antes e só queria ir pra casa.

– Tae, vamos ver o trabalho da Krystal, agradecer a ela por nos trazer aqui e ir para casa.

Olhei para o lado e a vi concordando, ainda de cabeça baixa.

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Chegamos no estande da Krystal e lá estava ela em pé na frente da mesa parada com outras três amigas da mesma forma que ela e incrivelmente do lado estava Jessica sentada na cadeira virada de costas a mesa que tinha o trabalho da irmã.

– Finalmente te achei Sica. Por que você se escondeu?

– Eu não me escondi, estou cansada demais pra brincar com você de esconde esconde. Estive sempre aqui, somente esperando.

Esperando? O que exatamente?

Enquanto falava com Jessica vi que Taeyeon se aproximava da mesa aonde estava o trabalho de Krystal, que se baseava em vários tipo de pratos, uns estranhos e outros até incrivelmente bonitos. Decidi deixar Jessica de lado e fui do lado de Taeyeon para garantir que ela não estragasse mais nada.

– O que é isso? – Taeyeon estranhamente perguntou para a garota de cabelo curto e loiro que era uma das amigas de Krystal.

– É o nosso trabalho, oras. Viemos aqui provar de como o seu olfato e sua visão podem enganar os outros sentidos, através da comida.

– Como isso? – Taeyeon voltou a perguntar, ela parecia realmente curiosa.

– Tem alimentos aqui com cheiro ruim, mas gosto ótimo apesar do seu visual horrível, tem outros com cheiro e visão maravilhosos só que com gostou ruim entre outras variações. Cada comida é como uma surpresa, que tentar?

Taeyeon fez que sim com a cabeça e comeu sem reclamar ou exitar o primeiro alimento com um visual horrível e um cheiro tão ruim quanto. Isso se tornava interessante que até Jessica pegou a cadeira e virou para trás.

– O que achou? – perguntou a mesma menina loura de antes.

– Bom... – Taeyeon disse enquanto mastigava.

– Realmente esse foi feito para ter um gosto excelente. Tente esse aqui. – ela direcionou Taeyeon para outro prato que parecia feito por um chefe de cozinha. Tanto seu aroma era agradável quanto a forma que ele foi feito também.

Taeyeon pegou e comeu um dos aperitivos do prato, mastigando calmamente enquanto olhava para mim. Acho que ela queria saber se estava comendo direito ou não.

– Nossa nem uma carena, nem nada? – dessa vez Krystal que perguntou.

– Está bom também. – Taeyeon respondeu com um sorriso.

– Como? Esse era pra ter um gosto ruim. – a garota loura pegou a comida e deu uma pequena mordida. E logo cuspiu o alimento. – Isso tem um gosto péssimo!

– Achei normal.

– Ah! então é isso. – foi a vez de Jessica se manifestar. – Ai Tiffany! Está explicado porque Taeyeon nunca reclamou da sua comida.

– Yah!

– Taeyeon tem tanta sorte pela falta de paladar. – Jessica cantarolou.

Todos começaram a rir de mim, menos Taeyeon, Taeyeon se divertia demais comendo pra poder rir agora.

Eu estava prestes a ir definitivamente embora quando alguém começou a testar o microfone e logo Jessica virou a cadeira para a posição que estava antes e gritou.

– Finalmente a achei!!! – ela disse sem tirar os olhos de um ponto fixo. Olhei e vi que no tablado de apresentação tinha uma mulher alta e morena coordenando a feira.

Logo entendi a animação toda a essa hora da manhã. Me aproximei de Jessica e disse:

– Você não veio ver o trabalho da sua irmã né. – disse franzindo minha testa.

– Claro que não. Vim aqui ver a coordenadora da feira. Essa Yuri nega sedução de tirar o fôlego, mais conhecida como Yuri nigga ninja, que luta 7 artes marciais, e que eu soube por amigas que se ofereceu como voluntaria pra ajudar a montar as coisas daqui. - ela suspirou ao final da frase.

– Egoísta.

– Não fala assim! Eu gosto dela faz 6 meses.

– Nossa! – revirei os olhos – E com tanto tempo de amor você já tentou falar com ela?

– Não, mas por isso chamei vocês.

– Por que?

– Pra minha cantada dar certo.

– Para sua cantada da certo você tem que vir comigo e com a Tae? – apontei para a baixinha que continuava comendo. Taeyeon virou o rosto olhando pra mim e para Jessica, com surpresa. Ela parecia estar absorta do assunto da conversa por estar prestando mais atenção em comida.

– Sim, fiquei aqui e observe.

Jessica se levantou da cadeira, arrumando sua roupa e se certificando que estava arrumada o suficiente para falar com a tal Yuri nigga, que luta 7 artes marciais diferentes. Ela correu até a frente do tablado e esperou que Yuri nigga, que luta 7 artes marciais diferentes, descesse de lá para ir falar com ela. A mulher realmente era bonita, seu cabelo escuro, ondulado e levemente bagunçado dava um ar de rebeldia que Jessica amava. Ele ia até a altura dos ombros, dando todo ao seu rosto um grande realce de uma forma sexy, que Jessica também gostava. Além dela ser alta e forte devido as 7 artes marciais diferentes o corpo dela era incrivelmente esculpido. Resumindo ela era o tipo ideal de Jessica.

Jessica começou puxando o assunto timidamente, eu tentei ler os lábios dela para ver qual era a tal cantada magnífica que ela tinha que dar e necessitava da gente juntas. Eu conseguia ler os lábios dela, mas me arrependo. Sinceramente, fiquei pasma ao entender que ela tinha acabado de dizer ‘Minha amiga está perguntando se você não quer ficar comigo.’ Era isso? Ela fez esse alvoroço todo, me acordou a essa hora da manhã pra vir até aqui e mandar essa? Aonde ela aprendeu aquela cantada tão horrível? Foi em um curso intensivo de pedreiro? E como se não bastasse ela ainda aponta pra mim, ou para Taeyeon ao meu lado, eu não sei, só sei que isso fez com que a maior olhasse pra gente e depois voltasse a olhar para Jessica.

Em resposta eu só vi a Yuri balançar a cabeça em positivo. Eu não acredito que deu certo! Em seguida ela olhou para mim e deixou Jessica sozinha, enquanto ela vinha andando sensualmente na minha direção, com aquele sorriso lateral safado no rosto. Ok! Ela era incrivelmente bonita naturalmente, mas agora acho que ela está tentando me seduzir.

Ela se aproximou de mim e segurou uma das minhas mãos, beijando-a e se apresentando.

 – Prazer meu nome é Yuri, sua amiga me falou que você queria ficar comigo. E vendo você agora eu me pergunto porque eu não fui a primeira a te pedir isso.

É O QUE?! NÃO ERA ISSO QUE JESSICA TINHA DITO! Acho que essa garota tinha malhado tanto o corpo que esqueceu de fazer o mesmo com o cérebro. Saudades interpretação.

Eu estava estática sem saber o que fazer direito, afinal não se desperdiça uma mulher assim, ainda mais agora que ela me disse isso... Mas espera! Eu estaria traindo a minha amiga! Ela viu primeiro.

Eu fiquei pensando isso tempo de mais, acho que o choque foi tão grande que quando dei por mim ela já estava entrelaçando sua mão a minha e me guiando para um canto da quadra. Enquanto estava sendo levada olhei par a Jessica que tinha a cara de puro choque, sua boca estava aberta e seus olhos pareciam querer me matar, me reviver só pra me matar de novo.

Tentei fazer com que ela entendesse minha leitura labial perguntando a ela o que ela tinha feito e pedindo ajuda ao mesmo tempo, mas ela estava com tanta raiva que pareceu não entender e piorou mais ainda sua expressão de ira.

Yuri saiu me arrastando até chegarmos em um canto fora da quadra que era vazio e escuro até demais para o meu gosto. Eu pretendia reclamar sobre isso e até tentar impedi-la quando ela de forma repentina me puxou pela cintura e deixou nossos corpos juntos. Nessa hora eu perdi o ar, tudo bem que era errado pensar o que eu estava pensando, mas o que era aquilo.

Eu tentei afasta-la empurrando minha mão contra sua barriga, e o que era aquela barriga, e tentando explicar que aquilo não era pra ter acontecido.

– Não era eu que queria ficar com você...

– O que?! – ela perguntou franzindo a testa.

– Não é que eu não queira ficar com você, mas eu não vou ficar com você.

– Não to entendendo mais nada.

Eu iria explicar se não tivesse visto Taeyeon correndo como uma selvagem na nossa direção. Ela simplesmente agarrou Yuri, pulando nas suas costas e preste a morde-la. Teria conseguido, se Yuri não usasse sua habilidade de lutar 7 artes marciais para se defender. Em um piscar de olhos Yuri simplesmente jogou Taeyeon sobre sua cabeça e fez cair de costas no chão.

Em seguida vi Jessica correndo toda desesperada na nossa direção, mas não me importei muito porque Taeyeon já tinha levantado e agora estava na minha frente com os braços abertos como se estivesse tentando me proteger, enquanto Yuri tinha feito uma pose super estranha de luta para iniciar a briga de verdade com Taeyeon. A luta teria continuado se Jessica não tivesse se colocado no meio das duas e gritado.

– Por favor! Parem! Não quero ver ninguém se machucando por minha culpa! Não briguem por mim!

– Estou protegendo Tiffany! – disse Taeyeon.

– Não estou fazendo nada por você. E eu só estou me protegendo dessa maluca! –  retrucou Yuri.

Isso foi o suficiente para fazer Taeyeon grunhir e avançar sem se importar com quem estivesse no meio, fazendo Yuri na sua posição luta da cobra fazer o mesmo. E como ficou Jessica? Bem, ela parecia mais uma beyblade no meio das duas.

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No final das contas a briga acabou não tão traumática ou agressiva como eu esperava. Depois que Jessica ficou rodopiando e começou a gritar como uma louca, pessoas se aproximaram e apartaram a briga. Ainda bem, porque eu sabia que Taeyeon seria a única machucada nisso.

Como tinha decidido antes nós fomos para casa, já era duas horas da tarde e o céu já se fechava segundo as previsões das formigas. Eu e Taeyeon íamos em passos rápidos para não pegar chuva, ela não tinha dito nada até agora e apenas me seguia, o que facilitava muito nossa ida para casa.

Quando estávamos preste a chegar em casa ouvi Taeyeon se manifestar.

– Eu causei problemas?

Quando ouvi essa pergunta eu parei e olhei para trás, me deparando com uma Taeyeon diferente que nem ao menos tinha coragem de olhar nos meus olhos. Apesar de sentir pena eu tive que falar a verdade.

– Sim Tae, não tinha necessidade de criar briga com Yuri. Ela já ia me soltar.

– Sempre faço você mal...

– Hã? Tae, você sempre me coloca nas piores situações e me envolve em assuntos completamente constrangedores, mas sei que você não faz por mal.

– Desculpa. –  ela murmurou. Sua cabeça ainda estava baixa, mas vi uma pequena e única lagrima escorrendo. Nessa hora um raio cortou o céu, seguido de fortes gotas de chuva que começaram a cair.

Definitivamente ficaríamos molhadas agora e eu não teria explicação para dar ao meu pai do por que ter poças de água na porta dos fundos da casa. Peguei a mão de Taeyeon e a puxei para correr, porém ela não se movia. Ela simplesmente soltou minha mão e ficou parada lá.

– Vamos Tae!

Nenhuma reação vinha dela, nem uma passada ou nenhum suspiro se quer. Um grande silencio nos envolveu por alguns minutos até Taeyeon falar comigo suas ultimas palavras.

– Desculpa, não queria fazer mal.

Depois disso ela saiu correndo pela rua na direção oposta. Eu tentei segui-la e gritei para parar, mas ela simplesmente me ignorava e era mais rápida do que eu.

Ela foi embora assim como ela chegou, de um modo estranho, repentino e impactante na minha vida.