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História Pure Intentions - Klaroline - Capitulo 2


Escrita por: Klarohead

Notas do Autor


Espero que gostem amoress!
💟💟💟

Capítulo 2 - Capitulo 2


Fanfic / Fanfiction Pure Intentions - Klaroline - Capitulo 2

Klaus não respondeu.
Em vez disso, tomou um grande gole da garrafa longneck de corona que tinha em mãos.

Seus olhos agora estavam cravados em Marcel e pude ver o alerta na sua expressão.
Ele iria me pedir para ir embora a qualquer momento.

Aquilo não era nada bom.
Eu tinha apenas 20 dólares na bolsa e estava quase sem gasolina.
Já tinha vendido tudo de valor que possuía.

Ao ligar para o meu pai, explicara que só precisava de um lugar para ficar até arrumar um emprego e ganhar dinheiro suficiente para encontrar onde morar.
Ele concordara na hora e me dera o seu endereço, dizendo que adoraria que eu ficasse na sua casa.

Klaus prestava atenção em mim outra vez. Estava esperando que eu fizesse alguma coisa.
O que queria que eu dissesse?
Um leve sorriso de ironia moveu os seus
lábios e ele piscou para mim.

– Estou com a casa cheia de convidados hoje. E a minha cama já está lotada. –

Ele desviou os olhos para Marcel. – Acho que é melhor ela procurar um hotel até eu conseguir falar com o papai dela.

A repulsa ao pronunciar a palavra “papai” não passara despercebida.
Ele não gostava do meu pai.
Na realidade, eu não podia culpá-lo.

Afinal, aquilo não era problema dele. Quem me mandara até ali fora o meu pai. Eu tinha gastado quase todo o meu dinheiro em gasolina e comida durante o trajeto.
Por que fui confiar naquele homem?

Estendi a mão e peguei a alça da mala que Marcel ainda segurava.

– Ele tem razão. É melhor eu ir embora. Foi uma péssima ideia – falei, sem olhar para Marcel.

Puxei a mala com força e ele a soltou com alguma relutância.
Conforme caía a ficha de que eu estava prestes ficar sem casa, senti lágrimas arderem nos meus olhos.

Não consegui olhar para nenhum dos dois.
Mantendo os olhos baixos, virei-me e me dirigi para a porta. Ouvi Marcel batendo boca com Klaus, mas me forcei a não escutar.

Não queria ouvir o que aquele cara lindo estava dizendo sobre mim.
Ele não gostava de mim. Isso tinha ficado
claro. Meu pai não parecia ser um membro bem-vindo da família.

– Já vai, tão cedo? – perguntou-me uma voz meio pegajosa.
Ergui os olhos e deparei com o sorriso satisfeito da loira que abrira a porta.

Ela tampouco me queria ali. Será que eu era tão repulsiva assim para aquelas
pessoas?
Tornei a olhar para o chão e abri a porta. Era orgulhosa demais para deixar aquela vaca mesquinha me ver chorar.

Quando estava segura do lado de fora, deixei escapar um soluço e andei até a minha picape.
Se não estivesse carregando a mala, teria corrido.

Precisava da segurança da picape. Meu lugar não era ali, naquela casa ridícula com aquela gente metida.

Estava com saudades de casa. Da minha mãe. Outro soluço saiu sem aviso.
Fechei a porta da picape e a tranquei.

Enxuguei os meus olhos e me forcei a respirar fundo. Não podia desmoronar agora.
Não tinha desmoronado ao segurar a mão da minha mãe enquanto ela dava o último suspiro ou quando o seu caixão fora baixado para dentro da terra fria.

Também não desmoronara ao vender o único lugar que tinha para morar.
Não iria desmoronar agora. Iria sair dessa.

Não tinha dinheiro suficiente para um quarto de hotel, mas tinha a minha picape.
Poderia morar nela.
Meu único problema seria arrumar um lugar seguro para estacionar durante a noite.

Aquela cidade parecia segura, mas eu tinha quase certeza de que aquela picape velha estacionada em qualquer lugar durante a noite chamaria a atenção.

A polícia viria bater na minha janela antes mesmo de eu conseguir pegar no sono.
Eu teria que gastar meus últimos 20 dólares em gasolina.

Concluí que teria que ir até uma cidade maior, onde a minha picape passasse despercebida em um estacionamento.

Talvez eu pudesse estacionar atrás de um restaurante e arrumar um emprego por lá.
Não precisaria de gasolina para ir e voltar do trabalho.

Minha barriga roncou, lembrando-me de que não comia desde a manhã. Precisaria gastar alguns dólares em comida.
E rezar para arrumar um emprego quando amanhecesse.

Eu ficaria bem. Virei a cabeça para olhar atrás da picape antes de engatar a marcha a ré.
Olhos prateados me encaravam.
Dei um gritinho antes de perceber que era Klaus.

O que ele estava fazendo em pé do lado da minha picape?
Será que tinha saído para garantir que eu sumiria do seu terreno?
Eu realmente não queria mais falar com ele.

Comecei a desviar os olhos e a me concentrar em sair dali quando ele levantou uma das sobrancelhas para mim.
O que significava aquilo?

Sabe de uma coisa?
Eu não estava nem aí. Mesmo que ele estivesse sexy para caramba fazendo aquilo.
Comecei a acelerar a picape, mas, em vez do ronco do motor, tudo que ouvi foi um clique e silêncio. Ah, não. Agora não. Por favor, agora não.

Girei as chaves e rezei para estar enganada. Sabia que o marcador de combustível estava quebrado, mas prestara atenção na quilometragem.

Não deveria estar sem gasolina.
Ainda tinha alguns quilômetros.
Sabia que tinha.
Bati com a palma da mão no volante e xinguei a picape várias vezes, mas nada aconteceu.

Eu estava ferrada.
Será que Klaus chamaria a polícia?
Ele queria tanto que eu fosse embora que tinha saído para se certificar.
Agora que eu não conseguia ir embora, será que ele mandaria me prender? Ou pior: chamar um reboque?

Se ele fizesse isso, eu não teria dinheiro para recuperar a picape. Pelo menos na cadeia eu teria cama e comida de graça.
Engoli em seco, abri a porta da picape e torci pelo melhor.

– Problemas? – perguntou ele.

Minha frustração era tanta que eu queria gritar, mas apenas concordei.

– Acabou a gasolina.
Klaus deu um suspiro. Não falei nada. Decidi que o melhor naquela situação era aguardar o pior.
Eu poderia implorar depois.

– Quantos anos você tem?

O quê?
Ele estava mesmo perguntando a minha idade?

Eu estava presa no acesso de carros da sua casa, ele queria que eu fosse embora e, em vez de conversar sobre as minhas alternativas, ele estava perguntando a minha idade?
Que cara estranho.

– Dezenove – respondi.
Klaus levantou as duas sobrancelhas.

– Sério?
Eu estava fazendo força para não me irritar. Precisava que aquele cara tivesse
compaixão de mim. Forçando-me a engolir o comentário irônico que estava na
ponta da minha língua, sorri.

– Sério.
Klaus sorriu e deu de ombros.

– Foi mal. É que você parece mais nova. – Ele parou e os seus olhos desceram
pelo meu corpo e tornaram a subir. O súbito calor no meu rosto foi constrangedor. – Retiro o que eu disse. Seu corpo tem todo jeito de 19. É o seu rosto que parece muito jovem. Você nunca usa maquiagem?

Era uma pergunta?
O que ele estava fazendo?
Eu queria saber o que o futuro me reservava, não falar sobre o fato de que usar maquiagem era um luxo ao qual eu não podia me dar.

Além disso, meu ex-namorado (e atual melhor amigo) Tyler sempre dizia que eu não precisava de mais nada para melhorar a minha aparência.

O que quer que isso significasse.

– A gasolina acabou. Eu tenho 20 dólares na bolsa. Meu pai fugiu e me abandonou depois de me dizer que me ajudaria. Acredite em mim: ele era a ÚLTIMA pessoa para quem eu pediria ajuda. E não, eu não uso maquiagem. Tenho problemas mais graves no momento do que ficar bonita. E agora, você vai chamar a polícia ou um reboque? Se eu puder escolher, prefiro a polícia. – Fechei a boca para encerrar o meu desabafo.

Ele tinha me pressionado e eu não consegui segurar a língua. Agora cometi o erro de dar a ele a ideia do reboque. Merda.

Klaus inclinou a cabeça e me observou. Quase não consegui suportar o silêncio.

Eu acabara de compartilhar informação demais com aquele sujeito. Se ele quisesse, poderia dificultar a minha vida.

– Eu não gosto do seu pai e, pelo tom da sua voz, você também não – disse ele, convicto. – Tem um quarto vazio hoje à noite. Vai ficar vazio até a minha mãe voltar. Eu não peço para a empregada dela vir quando ela está viajando. Nas férias dela, Lily só vem fazer faxina uma vez por semana. Você pode ficar no quarto dela debaixo da escada. É pequeno, mas tem cama.

Ele estava me oferecendo um quarto.
Eu não iria cair em prantos.
Poderia fazer isso mais tarde.
E, pelo menos, não iria para a cadeia. Graças a Deus.

– Minha alternativa é esta picape. Posso garantir a você que o que está me oferecendo é bem melhor. Obrigada.

Klaus franziu o cenho por um instante, mas a expressão logo sumiu e o sorriso descontraído voltou a surgir no seu rosto.

– Cadê a sua mala? – indagou ele.

Fechei a porta da picape e fui até a traseira para pegar a mala.
Antes que eu pudesse estender a mão, um corpo quente com um cheiro desconhecido e delicioso se esticou por cima do meu.
Congelei enquanto Klaus pegava a minha mala e a puxava para fora.

Eu me virei e ergui os olhos para ele. Klaus piscou.

– Posso carregar a sua mala. Não sou tão babaca assim.

– O-obrigada – gaguejei, sem conseguir desgrudar o meu olhar.
Os olhos dele eram inacreditáveis. Os grossos cílios pretos que os emolduravam
pareciam quase um delineador.

Ele tinha um realce natural em volta dos olhos. Que injustiça. Os meus cílios eram louros. Eu daria tudo para ter cílios iguais aos dele.

– Ah, que bom que você a deteve. Eu estava dando cinco minutos antes de sair para me certificar de que não tinha a mandado embora.

A voz conhecida de Marcel me fez sair do meu transe e eu me virei, grata pela interrupção.
Estivera encarando Klaus feito uma idiota.
Estava surpresa de que ele não tivesse mandado eu dar o fora outra vez.

– Ela vai ficar no quarto de Lily até eu conseguir falar com o pai dela e dar algum outro jeito. – Klaus soava contrariado. Entregou a mala a Marcel e disse: – Tome, mostre o quarto a ela. Tem gente me esperando.

Klaus se afastou sem olhar para trás. Foi preciso toda a minha força de vontade para não ficar olhando enquanto ele ia embora.
Principalmente porque o seu traseiro naquele jeans justo era muito tentador.Ele não era alguém por quem eu devesse me sentir atraída.


– Esse cara é mal-humorado demais – comentou Marcel, balançando a cabeça e olhando para mim. Não pude discordar.

– Não precisa carregar a minha mala lá para dentro de novo – falei, estendendo a mão para pegá-la.

Marcel afastou a mala da minha mão.

– Por acaso, eu sou o irmão gentil. Não vou deixar você carregar esta mala tendo um par de braços muito fortes, para não dizer muito impressionantes, para carregá-la.

Eu teria sorrido, se não fosse a palavrinha que me fez virar a cabeça na sua direção.

– Irmão? – perguntei.

Marcel sorriu, mas o sorriso não chegou aos olhos.


Notas Finais


Eu amo muito essa saga, espero que estejam gostando!! ♥️


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