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História Purpose - Skates verdes e casais.


Escrita por: jaebunie

Notas do Autor


GENTE TENHO UMA COISA MUITO LEGAL PRA FALAR: a nyancchi, ou izabele, ou autora de uma das melhores fics 2jae do mundo, aka he's a monster, vai ser a beta dessa fanfic ~chorando
enfim, queria continuar agradecendo o carinho que vcs estão tendo com essa fic, e a paciência, e é isso, obrigado

Capítulo 3 - Skates verdes e casais.


Quando cheguei no outro dia, não consegui ignorar a cara de choro de Jackson. Todos na casa pareciam estar muito calados. Assim que me viu, Yugyeom correu para o meu colo, dizendo que papai havia brigado com eles. Jaebum estava na cozinha, preparando o café da manhã enquanto eu levava as crianças para trocarem de roupa.

—Appa ainda está bravo? — Bambam me perguntou.

—Não, ele não está bravo — disse enquanto passava a blusa por seus braços magrinhos. — Ele até me disse que vai sair com a gente hoje. 

— Ele vai? — Jackson perguntou, sorrindo infantil. 

— Ele vai! — Confirmei convicto. 

Ou eu perdia a vida ou o emprego, mas dane-se. 
Jackson não esperou eu terminar de ajudá-lo a colocar suas roupas e saiu com as calças caindo pelas pernas e a blusa pela metade, indo até o quarto de Mark gritando que o papai sairia com eles. 

— Não seja idiota, o papai nunca sai com a gente. — Mark disse para a criança que o encarava animado. 

— Youngjae disse que ele vai. Aposto que ele vai me comprar um skate igualzinho o seu. — Jackson também não esperou a resposta do mais velho e saiu correndo para a cozinha atrás de seu pai, o que não foi preciso, pois ele já encarava a cena no corredor. 

— O que você disse para eles? — Jaebum perguntou e pelo seu semblante eu já podia ver meu pescocinho dando adeus. 

— Que vamos sair. — Meu coração se agitava mais que sacolinha de supermercado em meio a um vendaval. 

— Nós não vamos sair. — Disse autoritário enquanto tentava parar um Jackson saltitante à sua volta. Ao ouvir as palavras do pai, o menino parou. 

— Nós não vamos? — Perguntou choroso. 

— Óbvio que vamos, mas você tem que deixar eu terminar de colocar a sua roupa, a gente não pode sair assim. — Falei. 
Andei em direção ao menino, que ficou parado pela primeira vez em dois séculos, me abaixando para terminar de arrumar suas roupas e assim que terminei, Jackson correu de volta para o quarto. 

— Você ficou maluco? — ouvi Jaebum perguntar e me levantei. Não imaginei que estaria tão perto dele assim. A sua imagem de pertinho era ainda mais intimidadora, os olhos pequenos e o rosto anguloso me fazia querer encolher. — Eu preciso trabalhar, não tenho tempo para isso. — Eu também não tenho tempo para colocar minhas séries em dia, mas fazer o que? É a vida.

— Mark me disse que você é corretor e que, quando está em casa, só fica separando documentos. Se esse for o caso, eu te ajudo depois. — Disse convicto, mas no fundo eu ainda tinha uma pontinha de dúvida se aqueles garotos valeriam o risco. Eu sentia que Jaebum ia me agarrar pelo pescoço a qualquer momento. Talvez Yugyeom valesse o risco... Okay, talvez todos valessem um pouquinho. 

— Eu não vou. — Falou sério. 

— Veremos. — O desafiei e fui atrás das crianças que gritavam animadas no quarto. 
 

Não sei de onde veio a coragem e o que eu faria para convencer Jaebum, porém, pelo resto de dignidade que ainda cabia em mim, iria fazer esse cara sair com as crianças. 
 

— Nós vamos agora? — Jackson veio até a mim com os cabelos completamente bagunçados, o que deduzi ser por pular na cama de Yugyeom sem parar. 

— Ainda não — ri do seu estado. —, mas prometo que vamos hoje. 

— Será que o papai vai gostar mais de mim se eu tiver um skate? — Ele perguntou enquanto eu tentava, sem sucesso, arrumar seu cabelo. 

— Por que ele gostaria mais de você por causa de um skate? 

— Porque Mark tem um skate e ele gosta mais do Mark do que de mim. — Ele explicou simplista, mas eu sabia que aquilo o machucava de alguma forma. 
Eu não deixaria Im Jaebum ser rude com essas crianças, não enquanto eu estivesse aqui. 

 

— Eu quero o verde! — Jackson exclamou animado, apontado para o skate. 
Jaebum havia se negado de todas as formas a sair com os garotos, mas depois de eu ter me negado a cuidar das crianças, fazendo elas irem todas de encontro ao pai, ele acabou desistindo e indo comprar o maldito skate, segundo suas palavras. Acho que Jaebum desistiu quando Jackson tentou entrar pela segunda vez dentro do aquário ou foi quando Bambam o chamou pela sei lá qual milésima vez para o levar no banheiro. Apenas acho. 

— Vocês são uma família muito bonita. — A mulher que estava nos atendendo na loja disse para mim. Eu senti todo meu sangue subir para o rosto. 

— Não somos u… 

— Não se preocupe, eu não tenho preconceito com isso — ela me cortou antes que pudesse explicar que não éramos uma família, mas era meio complicado esclarecer quando se tinha três crianças juntas com você e mais um cara. Mark, por sua vez, se negou a vir. Agradeci mentalmente por Jaebum não ouvir aquilo. — Você tem sorte, ele é muito bonito. — Ela gesticulou para Jaebum, que estava com Jackson escolhendo o skate. 
 

Eu lá tinha cara de viado para ficar reparando em homem? Apesar que achar alguém bonito não me faria viado, certo? E eu também estaria sendo bem hipócrita se falasse que Jaebum era feio, porque, convenhamos, o cara não era mesmo. Isso explicava todos aqueles filhos fofinhos e lindinhos que ele tinha. Também não poderia acusar a garota por achar que éramos um casal, porque até um cego acharia. Mas eu juro que pensei tudo isso de uma forma bem hétero, certo? 

— Papai foi pagar o skate — Jackson veio até mim, animado. — Obrigado. 

Fui pego desprevenido quando seus braços curtos agarraram minha cintura em um abraço infantil. Yugyeom reclamou já que ninguém podia me abraçar além dele.

Aquilo fez meus olhos se encherem de lágrimas enquanto me abaixava, retribuindo o abraço, e a mulher do meu lado soltou um suspiro bobinho e, merda, eu estava parecendo uma garotinha na TPM. 

— E eu não ganho nada? — Ouvi a voz de Jaebum próxima a nós e não precisei virar para saber que ele estava perto, mas inevitavelmente capturei seus olhos em mim, com Yugyeom e Jackson brigando pela minha atenção. Queria dizer que ele ganhava um tapa na cara, mas, qual é! Eu estava no meu momento menininha de doze anos quando ganha a primeira cartinha do crush. 

— Não — Jackson disse sapeca. — Youngjae disse que quando brigamos um com o outro, ganhamos só bronca e você brigou comigo hoje. 

— Youngjae disse isso? — ele andou na direção do pequeno, que se encolhia perto da mim. — Youngjae também disse que eu poderia te encher de cócegas? — Jaebum se agachou para ficar na altura do filho e o pegou no colo.

Jackson ria como uma criança levada enquanto Jaebum o apertava e fazia cócegas nele. Eu encarava aquela cena com um sorriso bobo no rosto, sabe-se lá o motivo. Deve ser porque meu momento moça não tinha acabado ainda. Pelo menos até Jaebum colocar Jackson sobre as costas e o riso do menino ir cessando. Foi quando ele olhou para mim e, merda, ele sorriu.

E Im Jaebum ficava ainda mais bonito sorrindo.
E eu ficava ainda mais otário olhando para ele sorrindo.

— Vamos? — Jaebum perguntou.

— Para onde? — Cara, que merda estava acontecendo comigo? Eu já era bem trouxa, mas hoje eu estava fora do comum.

— Para Marte — Jaebum riu. Parece que o desgraçado sabia que estava me deixando confuso com aqueles sorrisinhos idiotas e estava fazendo isso de propósito. — Para casa, Youngjae.

Eu apenas concordei e me apressei a levantar. Só não contava com a mão estendida de Jaebum para me ajudar e contava muito menos em sentir meu rosto esquentar quando aceitei sua ajuda.

— Está tudo bem? — Ele perguntou perto demais e sorrindo. Era oficial, ele estava debochando da minha cara.

— Por que não estaria? — Tentei me recompor.

— Não sei, do nada você me pareceu meio estranho — Jaebum inclinou seu rosto para a direita. — Meio quente… — Sua mão afastou os cabelos que caíam em minha testa e prendi a respiração.

— E-eu ‘tô bem. — Péssima hora para gaguejar, Youngjae. Péssima.

— Isso é tão fofo — ouvi uma terceira voz e me dei conta que se tratava da louca que shippava casal gay e que havia falado comigo mais cedo. — Adoro casais assim.

— Nos não somos… — Ia corrigi-la mais uma vez, mas percebi que com Jaebum tão perto, com uma mão ainda segurando a minha e a outra na minha testa, minha palavra não ia valer muito. — Quer saber? Esquece. — Bufei e me afastei de Jaebum. 
  

E pretendia afastar qualquer pensamento estranho que incluísse aquele momento. 


Notas Finais


é isso, espero que tenham gostado e que contem os minutos para o próximo capitulo porque...
porque vocês so vão descobrir semana que vem, rs


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