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História Pursue Her Pieces - That Memory


Escrita por: gihyuga

Notas do Autor


Olá, mais um capítulo para a madrugada de vocês!
Desejo uma ótima leitura para vocês!

Capítulo 7 - That Memory


E mais um dia clareou naquela cidade pacata, estranha e sem tecnologia. A Sra. Rin havia saído para trabalhar e o Sr. Obito também, ambos eram muito trabalhadores e muito simpáticos – e talvez inocentes, porque não é seguro deixar um estranho na sua casa dessa forma. Mas cá estava eu, observando o sono profundo da raposa junto ao garoto de cabelos dourados.

A calda dela envolvia o pulso dele, e antes de começar a fazer tal procedimento, ela me disse que isso iria ajudar a condensar a memória. Segundo Kurama, condensar a memória seria torná-la menos intensa e, dessa forma, eu não iria morrer e nem ficar muitos dias apago. E o garoto, sairia vivo – e eu também.

O meu medo era imaginar qual seria a memória de Hinata que poderia ser tão triste a ponto de fazer isso com uma criança. Uma memória, que talvez ela nunca tenha me contado, e isso me dava medo. Porque, ela me amava certo? E, sempre contávamos nossos medos e receios um para o outro, ela devia ter me falado o que aconteceu.

Fiquei poucos minutos observando a raposa, e quando ela abriu os olhos havia uma pequena borboleta na orelha do garoto batendo as asas e liberando um brilho intenso e magnífico. Pequenos confeitos brilhantes. Eu poderia me perder observando aquilo, se a raposa não tivesse me enlaçado com uma calda, e me feito tocar na tal borboleta.

(...)

O sonho não saía de minha mente.

Primeiro estávamos juntos, de mãos dadas, nos beijando carinhosamente. Ele tocava no meu rosto como se fosse um cristal que se quebraria, ele tocava, então, em minha cintura com desejo. Eu pedia para ele não colocar a mão tão perto de mim desse jeito malicioso.

Ele me respeitava.

Mas então o sonho mudava de foco, e eu olhava de longe ele fazendo juras de amor a outra garota, ela o deixava tocar onde quisesse sem pudor algum. Eu a achava uma nojenta, uma mulher de vida. Uma mulher que roubou o garoto que eu amava. Porque era isso. Era amor. Eu o amava.

Um amor tão intenso que me fazia perder as noites apenas para refletir sobre sua beleza.

(...)

Diferente de qualquer memória eu senti como se estivesse vendo as cenas correrem sem percurso. Elas passavam rapidamente, e em alguns momentos eu conseguia sentir a minha consciência se mostrando viva. Eu não queria pensar, mas aqui estava.

(...)

Acordei sobressaltada.

Fazia dias que eu acordava assim. Com o coração na mão com vontade de chorar. Mas Hyuuga Hinata era forte. Ela não chorava, pois era ela quem cuidava das coisas. Eu que mostrava o sorriso forte para Hanabi continuar lutando.

Então, mesmo quebrada por dentro, eu ia para a escola sorrindo.

Eu ia para a escola, e via o sorriso falso que ele me dava. Querendo tocar-me mais e mais. E, mesmo com tal desejo, ele não mostrava o mínimo de vergonha por me trair. Por fingir se guardar para quando eu estivesse pronta. Afinal, eu tinha 16 anos, eu estava no primeiro ano do colegial – não precisava perder algo tão precioso tão cedo.

  E, por ser uma grande idiota, eu continuava com ele.

Foram dois longos meses até o outono. Até o dia em que ele me mostrou ser um grande idiota, de maneira brutal.

(...)

Quem foi esse idiota, Hinata?

Por que você não me contou?

(...)

O evento do outono era importante para a escola, pois novos alunos se interessariam por ela. Então, como representante de sala e um importante membro do clube de atletismo, eu não poderia criar confusão. Eu deveria deixar para resolver isso mais tarde. Ele tinha que entender que as coisas não eram feitas do jeito que ele queria. Ele tinha que saber que o egoísmo dele poderia ser quebrado.

Mas naquele dia ele ficou de saco cheio. Sua paciência acabou.

– Quem você pensa que é Hinata? – ele me olhava intensamente. Eu só não o havia deixado me beijar com aqueles lábios imundos.

– Só não temos tempo para essas coisas Kiba. – o nome dele não saía direito pela minha boca. Por que eu ainda insistia em dizer que era coisa da idade? E logo ele voltaria para mim? Puro e sorrindo.

Mas seus olhos haviam mudado, eu só não percebi antes.

– Não temos tempo... Você fala isso desde o início do ano! – ele me prendeu contra o armário, e ele era forte. – Você devia pensar um pouco em mim!

– Eu penso até demais!

– Não. – ele disse tocando em meu rosto e aproximando-me dele. – Você só pensa em você. Só pensa nas suas obrigações. – ele me beijou, e não tive como evitar. Mas não movi minha língua, eu não era obrigada. – Você... Você está me enganando desde o início do ano!

Eu cuspi de lado. E ele ficou mais furioso ainda.

– E você Kiba, está me enganando desde quando? – eu disse seca, eu não sei como consegui. – Eu fiquei sabendo há pouco tempo... – menti. – Mas eu ainda acredito que você possa mudar. – eu olhei em seus olhos, mas estavam vazios. – Mas acho que me enganei.

Deixei a lágrima escorrer. Fazia um tempo que eu não chorava.

Porque eu te amava, Kiba.

E você partiu meu coração, porque sentiu desejos demais.

E eu sabia que você me amava, mas não tinha paciência... talvez não me amasse tanto assim. Porque quem ama espera, certo?!

(...)

Idiota. Por que você fez aquilo por ele, então?

Por que você apanhou por ele? Ele te fez sofrer sua boba! Você devia bater nele, não o defender. Ele merecia apanhar.

Ele sempre esteve ao meu lado, e eu nunca vi essa relação de vocês.

Por que você escondeu isso de todo mundo, Hina?

(...)

Hyuuga Hiashi acha que uma garota de 16 anos não pode namorar. Então foi como viver um conto de fadas, com o Kiba. Éramos um casal prometido, um casal puro – pelo menos eu era. Na verdade, eu continuei sendo eu mesma. Não tanto, porque depois daquele dia eu comia um pouco menos... Eu dormia menos... E quando dormia, acordava atrasada...

Mas eu sempre cumpria meu papel. E sempre estava na escola organizando as coisas.

Sobrecarregada.

Porém, no dia anterior ao evento eu tive um crise de choro. Lembrei de minha mãe. Lembrei do Kiba com a garota na rua. E não dormi o suficiente, quando acordei atrasada, apenas coloquei meu uniforme e corri para o colégio.

Quanto tempo fazia que eu não comia? Não sei... Talvez um dia.

Então atrasada, eu fui correndo para a escola. Era o único jeito que eu via que dava para me sentir livre. Eu me livrava de um peso ao correr – era  a melhor coisa que eu sabia fazer.

O pior de tudo foi chegar no evento, e ver o Shino brigando com o Kiba. Ele havia mudado de clube por mim – eu acho... na verdade deveria ser um desejo dele mesmo – e então, ficou com sérios problemas com Shino, pois ele achava que Kiba não devia participar de um clube insignificante como o meu clube.

O sangue subiu a minha cabeça. Antes que eu percebesse, já estava no meio deles e levando um soco do garoto. Ele era meu amigo também. Os dois eram melhores amigos e estavam brigando por uma coisa tão estúpida.

– Hina... Me desculpa... Eu ia... – ele não sabia o que dizer. Seus olhos estavam esbugalhados. E eu só sentia o sangue escorrer pelo meu nariz.

– Meu Deus do céu! – eu disse, sem pensar. – Vocês dois deviam parar de agir feito crianças! Cada um tem o direito de escolher o que quer fazer da vida! Kiba pode sair do clube de futebol e ir para o de atletismo ou o de natação. Não importa! Mas por favor, não venha discutir dizendo que um clube é mais importante que o outro. Ou que um clube não vale nada! Porque pra mim, até se tivesse um clube de café eu ia achar incrível, e ia apoiar! – eu estava com raiva. – E não seja impaciente, esse evento é para chamar novos alunos e não assustá-los! Você não acha que é possível uma nova estrela do futebol aparecer?! Shino! Kiba! – eu olhei para o Kiba pela primeira vez, e por um instante eu vi meu namorado, meu amigo. – Vamos parar com essas idiotices...

– Mas Hina... – eu o ouvi falando isso, e fiquei de cara. Limpei o sangue que começava a secar na blusa e o cortei.

– Então vamos correr Shino. – eu disse, eu ia mostrar do que a Hyuuga é capaz. – Vamos resolver isso logo, e você para de correr atrás do seu amigo. Relaxa, mesmo perdendo ele vai continuar sendo seu amigo!

– Hina seu nariz...– ele disse.

– Melhor você ir para a enf- 

– Vamos correr idiota. Eu só saio daqui depois que eu correr.

Eu caminhei até a quadra, e me posicionei com Shino logo ao meu lado rendido. Então, alguém marcou a disparada e começamos a correr os um quilômetro de distância. Eu corria como se minha vida dependesse daquilo, eu ia me libertar depois daquilo.

Eu precisava correr e suar, e desse jeito liberar toda a raiva, indignação e tristeza que eu carregava dentro de mim. Era para me fortalecer. Uma corrida egoísta. Mas ela valia a pena, eu precisava disso. Então, sentindo o suor correr por todo meu corpo, e a ardência em minha cabeça eu continuei correndo até o topo. Sem olhar para trás.

Porque essa seria minha nova regra: eu não iria mais guardar as coisas.

Eu ia mostrar para todos quem Hyuuga Hinata realmente é.

E, por incrível que pareça, lá estava eu na liderança. Com todos gritando o meu nome, e sorrindo.

Não foi possível deixar de sorrir. Mesmo sentindo uma forte dor em meu peito.

Mas a dor mostra que estamos vivos, certo!?

Então, eu sorri de volta para aqueles que me apoiavam na plateia. Sorri para o Shino, para o Kiba. E tudo ficou escuro.

(...)

Eu estava errado Hinata.

Pensei que você tivesse feito isso para o bem de todos, mas era a sua própria luta interna. Talvez... um pouco dos dois...

Eu te respeito por isso, mas você devia ter me contado. Sabe... Eu sempre achei que você quisesse mudar as pessoas... Ou será que você começou a desejar isso depois desse incidente?

Não sei se eu te conheço, Hina... Estou achando que você mudou completamente dessa época para a nossa.

Pareceu-me que você se lapidou.

(...)

A tarde havia começado naquele dia. Shino estava na enfermaria quando eu acordei. Kiba também.

– Me desculpa Hina... – Shino disse secando as lágrimas nos olhos. – Eu te bati tão forte, me perdoa!

– Calma Shino, está tudo bem. Eu sei que não foi de propósito.

– Mas eu não consigo me perdoar.

– Calma, eu te perdoo. Se quiser, eu te bato, mas para de chorar, seu bebezão!

Ele limpou a lágrima, e me deu um abraço forte e caloroso. Então saiu da sala, me deixando a sós com Kiba.

– Desculpa... – ele disse sem graça. – Eu não percebi o que estava fazendo... Hina... Eu te amo. Eu sinto muito. – ele segurou as minhas mãos, mas eu não queria mais isso dele. Não suporto a traição. – Eu vejo que você não vai me perdoar por trair sua confiança, mas eu quero pelo menos ser aquele amigo que você confiava na sexta série.

– Kiba... Eu não te odeio... – eu segurei a mão dele e olhei firme em seus olhos. – Mas... Vai demorar para eu acreditar nas suas palavras.

Fiz uma pausa, e ele ia sair da sala.

– Até lá, podemos começar do zero. – eu consegui sorrir, e saiu tão puro e tão verdadeiro que me assustei. – Prazer, sou Hyuuga Hinata. Estou solteira. Não tenho interesses em morenos. Meu aniversário é em dezembro. E eu não suporto a tristeza da neve e sua beleza.

Ele abriu a porta, e se virou para mim.

– Prazer, Hyuuga Hinata. – ele não conseguiu sorrir. – Meu nome é Inuzuka Kiba. Estou solteiro também. Amo morenas, mas acabei de levar o fora de uma. Não sou um bom namorado, mas também vou me empenhar para mudar isso. Meu aniversário não importa. Mas, eu vou me tornar um bom amigo.

Ele saiu da sala deixando-me perdidas em pensamentos.

E eu não chorei, porque as coisas finalmente haviam se encaixado.
 


Notas Finais


E eu agradeço a leitura de todos vocês.
Esse capítulo foi importante para a história em si, pois todos imaginavam o momento ideal que a Hinata fez o Naruto acreditar. Mas não foi bem assim, na verdade ela sofreu e apenas os dois sabiam do que acontecia.
Não a julguem mal por não ter contado ao Naruto desse incidente. No momento que eles começaram do zero, não era necessário comentar. Foi como se fosse um pacto.
E vamos ver como Naruto reage a isso!
Beijos e até o próximo.


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