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História Quando ele ou ela bate a porta. (Nova Versão) - Cuidando dele


Escrita por: Josenandia

Notas do Autor


Alá! Voltei!

Capítulo 6 - Cuidando dele


Ponto de vista de Hanabi Hyuuga…

Passou-se um tempo desde aquele dia, e novamente as coisas estavam se ajustando.

Falei com a Moegi sobre o término do seu namoro com o Konohamaru e ela me pareceu igual a ele quando conversamos, ela também ficou um pouco brava com ele por ter se esquecido de me contar, mas deixou de lado enquanto me pedia desculpas pelos dois, afinal, somos amigas e ela não me disse nada sobre e muito menos me deixou ajudá-la, no entanto, ela não precisava fazer aquilo tudo, já passou e eles estão bem agora, isso era o mais importante, e era tudo o que eu precisava saber.

Durante esse tempo, o Udon e eu notamos que realmente aqueles dois estavam escondendo algo de nós porque mudavam de assunto sempre que nos aproximávamos ou nos casos mais claros diziam ser um assunto entre os dois, Moegi até brincou afirmando ser segredo de estado, e o Konohamaru disse que me contaria na semana passada para satisfazer a minha curiosidade, mas adivinha?

Ele não me contou, embora eu tenha deixado isso de lado inconscientemente porque coisas mais importantes estão acontecendo ao nosso redor, por exemplo, agora estou na frente da casa dele.

O que estou fazendo aqui? 

Simples, faz uma semana desde que ele adoeceu, é normal nessa época, alguns dos nossos colegas também adoeceram embora já estejam recuperados. Durante esse tempo não tive muitas notícias dele, tirando pelas conversas de sempre, em que ele dizia ter melhorado durante as ligações, mas aparentemente não é bem assim, de acordo ao meu cunhado, ele piorou, e por isso estou aqui, quase cinco minutos sem ser atendida após bater a porta.

Não vou mentir, fiquei com receio de ter acontecido algo, mas acabei por bater à porta novamente e após alguns segundos alguém finalmente anunciou que viria, e adivinha, era o Konohamaru, apesar de estar gripado eu reconheço a sua voz. Ele abriu cuidadosamente a porta, com um sorriso fraco no rosto.

— Oi Hanabi! — Cumprimentou assim que me viu. — Podes entrar! — Abriu ainda mais a porta para que eu pudesse passar. Entrei sem enrolações. 

— Oi! Está sozinho? — A casa estava bem silenciosa.

— Sim… — Respondeu desanimado. — A minha mãe ficou de sair mais cedo do trabalho para cuidar de mim, mas por algum motivo ela ainda não chegou… — Explicou com um ar aborrecido. Seu nariz está com a ponta avermelhada, sei que ele está doente, mas até que é fofinho. — O que foi? — Perguntou curioso assim que percebeu o meu pequeno sorriso. 

— Nada demais. — Sorri ainda mais. — Pareces uma criança! — Acusei.

— Não exageres… — Ele parece muito cansado.

— Vem, vamos nos sentar! — Ordenei o levando até a sala.

Nos sentamos no sofá, ele é sempre tão enérgico, mas agora está tão cansado, doí-me vê-lo assim. Será que devo puxar assunto ou sugerir alguma coisa para fazermos? Talvez um filme ou…

— Hanabi… — Olhei para ele no mesmo momento. — No que você está pensando tão rápido? — Às vezes esqueço que ele me conhece mais do que eu o conheço. 

— Em como distrair você! — Não sei se foi o meu sorriso “radiante”, mas ele corou no mesmo instante. 

Parece desconfortável e meio confuso, eu diria que ele também está pensando rápido. 

— Eu tenho que… — Ele parou de falar de repente. O que deu nele? — Eu… Eu…

— O que foi? — Perguntei sem entender absolutamente nada e o vi se aproximar de mim.

Ao menos confirmei o quão confuso ele está, porque nesses casos, ou ele fala como está falando agora, ou ele age impulsivamente, como quando ele beijou a minha testa no regresso às aulas, a diferença é que agora eu não demorei a perceber. 

— Eu… — Agora ele parece nervoso, e isso deixa-me igualmente nervosa. — Sinto muito… Acabei por deixar você ainda mais curiosa… — Então é isso?

— Não digas essas coisas desse jeito, seu bobo! — Que susto desnecessário. — Eu estava mais preocupada com a sua saúde, sabe? — Eu nem me lembrava do famoso segredo. 

Voltamos a ficar em silêncio, ele olhava fixamente para mim, se soubesse o quanto fico nervosa nesses momentos…

— Sabe, Hanabi. — Sério que ele ainda quer falar sobre isso? — Na verdade, eu estou apaixonado por… — O telefone fixo tocou, no primeiro toque ele se calou, após isso tocou a segunda e terceira vez, no entanto ele não atendia. 

— Hum… Não vais atender? — Perguntei sem entender.

Claro que ele me contaria algo super importante, pois isso o deixa confuso, porém, pode ser uma chamada igualmente importante. 

— Sim, eu vou… — Acho que ele não queria atender. — Alô… Sim mãe, eu estou bem melhor… Não te preocupes eu não estou sozinho… Estou com a Hanabi… Sim, eu acho... Está bem eu falo com ela… Para ti também… Também te adoro! — Desligou e sentou-se ao meu lado novamente. 

— Era a sua mãe, certo? — Abanou a cabeça para confirmar. — O que ela queria? — Perguntei, mas não por curiosidade, e sim por falta de assunto. 

— Ela queria saber se eu estava bem. — Como o esperado. — Minha mãe ficou preocupada porque surgiu um imprevisto lá na empresa e ela não pode sair agora, então quis saber se eu estava sozinho.

— Eu entendo… — Estranhamente ele parece triste. Deixa-me ver o que posso fazer… Já sei! — Queres comer alguma coisa? Eu posso preparar. — Sugeri.

— Não te incomodes. — Pediu dando de ombros.

— Não é nenhum incômodo! — Falei decidida. 

— Hanabi, eu não tenho fome… — Como esperado de alguém doente.

— Mas estás doente e deves alimentar-te! — Adverti.

— Mas… — O interrompi. 

— Não há mas, nem meio mas! — Eu sei que ele é teimoso, no entanto, eu sou mais! — Você irá comer, nem que eu tenha que te dar de comer! — Ele arregalou os olhos. — O que foi?

— N-Nada! — Suas bochechas estão vermelhas novamente, será que ele está fazendo febre.

— Está bem, vai descansar enquanto eu cozinho algo para ti. — Só para garantir, afinal, ele parece realmente cansado. 

— Sim… — Ele foi em direção às escadas e subiu, eu fui até a cozinha para começar a cozinhar.

Um tempo depois já estava pronto, decidi fazer uma sopa de batatas, o cheiro estava ótimo, tanto que acabei não resistindo e provei. Admito que fiquei admirada com o resultado, nunca cozinhei assim tão bem, nem mesmo os bolinhos de canela que é a minha especialidade saíram tão bem.

Talvez a Hina tenha razão, “algo feito com amor sabe melhor”.

Servi uma tigela com sopa, peguei uma colher, um guardanapo e um copo de água, coloquei em uma bandeja e com ela em mãos subi as escadas. Quando cheguei no seu quarto vi que ele dormia.

Pousei o tabuleiro na cômoda e sentei-me na cama ao lado dele.

Ele é tão lindo quando dorme…

Espera! O que estou pensando? Eu não posso olhá-lo desse jeito. Na verdade eu posso, no entanto, não consigo evitar, é bem mais forte do que eu...

Sinto o meu coração a bater mais rápido. O que está acontecendo comigo? Será que… 

Não, isso não é verdade!

— Hanabi… — Ele disse o meu nome no meio do sonho, ou será um pesadelo? — Eu… — Aproximei-me dele para medir a sua temperatura com o termômetro que estava ali do lado. — Amo… — Ama? O que ele ama? — Eu… — Afastei-me dele assim que o termómetro terminou a sua análise.

— Ei… Konohamaru… — Tentei acordá-lo com calma pois de acordo com o termómetro e os toques sutis da minha mão em sua pele, ele está com muita febre.

— Hum… — Ele abriu levemente os olhos, provavelmente está com uma dor de cabeça daquelas.

— Você precisa tomar algum remédio. — Avisei o despertando de vez. Ele reclamou, mas logo em seguida tentou levantar-se da cama sem sucesso algum. — Vamos, eu ajudo-te! — Era a minha intenção, mas só para variar escorreguei e cai em cima dele. — D-Desculpa. — Falei sem jeito. 

— Hum… Hanabi… — Seu olhar se fixou no meu. — Tão linda… — Maravilha, agora estou a corar… Como assim “tão linda”?

— K-Konohamaru… — Um frio invadiu a minha barriga de repente, será que… — Estás a alucinar? — Ele está muito quente, é possível que ele esteja apenas a alucinar, afinal, 40ºC não é pouco. — Espere um pouco… 

Levantei apenas para pegar uma tigela onde pus água e gelo, depois peguei um lenço que mergulhei na água e levei o lenço até a sua testa. Alguns minutos depois ele já parecia bem mais consciente. 

— Obrigado por cuidares de mim. — Sorriu agradecido.

— É o mínimo que eu posso fazer, afinal, somos amigos… — Retribui o sorriso, mas ele mudou para uma risada debochada. — O que foi?

— Nada demais… Retirou o pano da testa e se sentou para finalmente tomar os remédios. — Somos apenas amigos. — Entendendo finalmente o que ele quis dizer, aproximei-me dele e disse.

— Tens razão, não somos apenas amigos... — Sorri feliz. — Somos melhores amigos! — Embora aparentemente meu coração às vezes se esquece…

Ele voltou a deitar-se. Novamente repeti o processo para baixar sua febre e ficamos assim por um tempo até que ele adormeceu. Não passou muito tempo e eu deixei-me levar pelo sono também. 

Ponto de vista de Konohamaru Sarutobi…

Quando acordei notei que a Hanabi dormia do meu lado. Ela é tão gentil, tenho que agradecê-la novamente por cuidar de mim esse tempo todo.

Levantei calmamente da cama, já não me sentia tão mal como antes, e estou feliz por saber o quanto ela se preocupa comigo, no entanto, estou ainda mais feliz em tê-la aqui do meu lado.

Fiquei um tempo perdido em meus pensamentos bagunçados, até lembrar do que aconteceu.

— Eu iria dizer-lhe o que sinto?! — Fiz tanta confusão que ela começou a mexer-se, felizmente ela apenas mudou de posição. Uffa!

A cobri com o cobertor e olhei para o despertador que marcava 23:49. Já é tarde, a Hinata deve estar preocupada com a irmã.

Tentei ligar para ela várias vezes mas ela não atendia, talvez a Hina saiba que a Hanabi está aqui, afinal, não é a primeira vez que ela dorme aqui.

Para a minha mãe “21h é muito tarde para alguém andar nas ruas dessa cidade tão perigosa”, é um exagero, mas nós entendemos.

Desci as escadas e fui até a cozinha para comer alguma coisa. Como queria ser discreto não acendi as lâmpadas, mas assim que comecei a abrir os armários alguém as acendeu.

— Que susto! Pensei que era outra pessoa. — Confessei ao ver a minha mãe no cômodo. 

— Boa noite para ti também, meu filho. — Cruzou os braços emburrada. 

— Boa noite mãe, como foi o seu dia? — Perguntei enquanto ela se aproximava.

— Frustrante! — Pousou a costa da mão em meu pescoço para confirmar se eu ainda estava febril, mas parece que não. — Ao contrário do seu. — Minha expressão era de pura confusão. 

— Como assim? — Perguntei, podendo por fim continuar minha busca por comida, dessa vez na geladeira. 

— Bem... — Ela passou por mim, retirou a sopa de lá para aquecê-la no microondas e ficou em silêncio até o eletrodoméstico dar sinal de trabalho feito. — Acredito que passar o dia ao lado da mulher que amas é maravilhoso. — Minhas bochechas começaram a queimar, tenho certeza que ela escolheu as palavras com cautela para que eu tivesse essa reação.

— N-Não diga isso em voz alta… — Que situação vergonhosa. — A Hanabi pode ouvir-te… — Ela riu das minhas expressões antes de me entregar uma bandeja com uma tigela de sopa, já aquecida.

— Boa noite, meu filho! — Passou por mim, indo em direção às escadas.

Sem mais nada para fazer na cozinha, fui até a sala, sentei no sofá, liguei a TV e comi.

A sopa estava tão boa...

Após comer levei a louça até a cozinha e voltei à sala para ver Tokyo Ghoul, o filme. Mas acabei por adormecer ali mesmo até meu pai me acordar afirmando ser sete da manhã, o que me fez levantar do sofá e após tomar os remédios, me arrastei cheio de sono até adormecer novamente na minha cama que já estava vazia e fria.

Naquela manhã de Domingo descansei bastante, e no dia seguinte já estava bem melhor, talvez porque a Hanabi cuidou de mim, ou talvez eu esteja exagerando e foi apenas o efeito dos remédios, não sei ao certo. A única coisa da qual eu tenho certeza agora é que mais do que nunca eu e a Moegi precisamos fazer isso.




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