História Quando Éramos Adolescentes (Castiel) - .what are you doing here?

1 de fevereiro de 2010, Brooklyn

                        Segunda-feira, 7 A.M.

Antes de sair de casa para o tão esperado primeiro dia de aula, fiz questão de verificar meu celular e minha bolsa; não que eu fosse esperar alguma declaração às sete da manhã, mas sim algumas mensagens animadas no grupo da sala por ser o primeiro dia de aula. Pra falar a verdade, estou um pouco animada, já que no fim da tarde a escola organizará uma festa para os alunos do ensino médio como boas-vindas.

Ao sair de casa me deparei com uma rua vazia e um sol fraco e encarei uma caminhada de 20 minutos até chegar à Sweet Amoris, um nome meio estranho para um colégio de Brooklyn... mas sei que esse nome surgiu por conta de que a dona do mesmo viera da França.

Chegando na escola, à encarei por inteiro, talvez expressando desgosto em minha face, por saber que passaria este ano e mais o próximo nesse lugar. Não que eu odeie aqui (ou odeie) mas digamos que as pessoas daqui não me agradam. Um exemplo delas é Viktor e Dajan. Um cara qualquer (mais especificamente flor que não se cheire) e o outro o meu ex namorado, no caso, Dajan. Mas não vamos entrar em detalhes nisso agora.

Após alguns segundos, ou talvez minutos, respirei fundo e entrei na escola... nunca havia notado, mas aqui realmente têm vários alunos. Fui até o local em que o grupo da minha sala sempre ficou e encontrei quase todos lá, menos... Lysandre e Nathaniel. Suponho que Lys tenha esquecido que hoje é o primeiro dia de aula e Nath chegará mais tarde. Desde que Nathaniel resolveu revelar seu espírito rebelde, sempre se atrasa ou faz qualquer outra coisa que nunca faria até o nono ano. Logo que cheguei lá, abracei todos aliviando a falta que eu sentia deles; não que não tivéssemos nos visto nessas férias, mas, qual é, eu senti falta dos meus melhores amigos.

Quase morri sufocada ao abraçar Rosalya, Íris e Priya, e logo pelo Alexy... eles, sempre tão exagerados... e depois abracei Castiel, meu melhor amigo é um gato mesmo, nossa senhora da bicicletinha! Até que chegou a pessoa que eu menos queria.

— E aí, gatinha? — disse Dajan chegando por trás e me abraçando.

— O que você quer aqui, caralho? — falei já irritada com a presença do mesmo — Já disse que não quero mais te ver nem pintado de ouro! — o empurrei. Realmente, não queria nem o ver pintado de ouro. Esse babaca é o meu ex namorado, como já disse, e no começo do ano passado eu fui até a casa dele no dia dos namorados para fazer uma surpresa a ele... e por incrível que pareça a porta estava aberta, então entrei já que ele não atendia de jeito nenhum. Fui até seu quarto e lá estava ele, transando com a minha ex melhor amiga, Caroline. Acredita que o coitado até cantou uma música¹ dizendo que se arrependeu e tudo mais? É muita falta de vergonha na cara mesmo!

 — Calma, amor, não sei porque você ‘tá tão irritada assim com o seu gatinho aqui!

 — Aí, irmão, ela já não disse que não quer mais nada com você?! — chegou Lysandre, junto de Nathaniel, o empurrando. Lys estava bem diferente desde o meio do ano passado pra cá, não usava mais suas roupas vitorianas (só às vezes...), e não é mais tão formal quanto antes, mas não deixou de ser o mesmo cavalheiro (e esquecido) de sempre. Não posso negar que o prefiro assim, descolado.

 — Ou, ou, ou, ou, pode ir parando aí! Quem te deu essa permissão toda? Fica na tua, aí, Alexandre! — falou o empurrando de volta

— Meu nome é Lysandre! — Dajan o olhou com uma cara de "que seja!".

— Você não é bem vindo aqui, cara, aceita! — vez do Castiel falar.

— EU o dei essa permissão... — dei ênfase no eu — aliás, — comecei a arrumar a gola de sua camiseta — como você disse, você é meu, não é? Agora cai fora daqui! — retruquei, com ironia na voz e empurrei ele para que o mesmo fosse embora de uma vez por todas. E não é que ele foi mesmo? Eu sou foda, admitam bebês!

Percebi que todos nos olhavam atentos, mas não liguei e fui abraçar Lysandre e Nathaniel antes de eles cumprimentarem todos.

1 de fevereiro de 2010, Brooklyn

                        Segunda-feira, 5 P.M.

Estávamos eu, Rosa e Priya na casa de Íris nos arrumando para a festa que começaria dentro de uma hora. A festa seria na escola mesmo e seria para os alunos do primeiro ano do ensino médio até o terceiro ano, das seis horas da noite até meia noite.

No momento, estou me maquiando junto de Rosalya enquanto Íris e Priya estão arrumando seus cabelos. Como minha pele é morena, não passei um contorno e maquiagem exagerada, apenas um batom vermelho, delineador, rímel, contorno e iluminador, diferente de Rosa, que mantinha sua maquiagem exagerada porém linda.

Como não gosto muito de vestidos, coloquei um short cintura alta, meia arrastão, cropped preto junto de uma jaqueta com estampa camuflada e meu Vans preto, e também acessórios simples; e meu cabelo está natural - ondulado nas pontas.

— Uau, vocês estão vagabundamente magníficas — as elogiei. As mesmas riram e também me elogiaram.

— Então... vamos?! —  perguntou Íris.

— Vamos! —  respondemos.

Chegando na festa, vimos várias pessoas dançando, curtindo a festa, se pegando, e algumas bebendo e fumando escondido. Não vou mentir que trouxe meu narguilé eletrônico... ah, qual é, não vai me fazer mal uns tragos com meus amigos né?

— Ew, que nojo! Tem gente quase se comendo aqui! — reclamou Rosalya.

— Será que eles conhecem aquele lugar lá... qual o nome mesmo? Ah sim, motel?! — ironizou Priya.

— Essa festa... sinto que vai dar o que falar! — disse Íris.

— Pode crer! — concordei.

Realmente... essa festa vai dar o que falar. Aposto que Peggy mal pode esperar para fofocar em seu jornalzinho mequetrefe...