História Quando o AMOR acontece. - Noite agitada!

Tentei disfarçar minha cara de raiva, E respondi : 

- Sí, claro que tem.

Ah, ja ia esquecendo de te apresentar, Paola, essa aqui é a Bárbara. Diz Henrique colocando o braço no ombro da moça. 

- Oi Paola, muito prazer, soube que você e Henrique já trabalharam juntos. Responde a moça sendo bem simpática. 

- Sí, trabalhamos muito tempo juntos há um tempo atras.

- Paola a Bárbara é minha...

- Senhora Paola, estão solicitando a sua presença na cozinha. Uma voz interrompe henrique.

Era Mariu uma das minhas cozinheiras. 

- Henrique, preciso ir, depois conversamos, fiquem a vontade. 

Saio da frente deles, e me posicionei do lado de uma pilastra que separa o salão para a escada de acesso a cozinha. 

- Mariu, pode ir subindo, subo em um minuto. Ela prontamente fez o que pedi. 

Enquanto o maitre acompanhava Henrique e a moça até a mesa, eu sentia uma raiva terrível, como nunca tinha sentido nem do meu ex namorado.. Enquanto subia as escadas em direção a cozinha falava em pensamento comigo mesma,

Paola, ele não é seu namorado! Que tá acontecendo com você mulher?...

O jantar seguiu tranquilo, saiu tudo como eu havia planejado, o que eu nao esperava era encontrar Henrique.. 

Estava sentada com os meus convidados, já no fim do jantar, quando percebo que Henrique está vindo em minha direção, só que dessa vez, sozinho.

- Boa noite a todos! Paola? Posso falar com você um minuto?

- Gente, quero apresentar pra vocês o Chef Henrique Fogaça! Digo, já levantando da cadeira e ficando ao lado de Henrique. 

- Só um minuto pessoal, não demoro. Digo empurrando Henrique para a parte de fora do restaurante. 

- Pronto Henrique, pode falar agora! 

- Paola só queria saber se você já pensou se vai aceitar o convite pra trabalhar na emissora ? 

- Ainda no sei, preciso pensar, nunca gostei de me expor, ainda não me acho uma pessoa sociável o suficiente para aparecer em um programa de TV, por isso escolhi ser cozinheira.. Dei um sorriso irônico.

- Mas com o tempo você pega o jeito, vamos, vai ser legal, vou gostar de trabalhar com você novamente.

-- Voy pensar Henrique! Depois te falo! Agora preciso voltar para os meus convidados - digo virando em direção a porta de entrada. 

- Paola? Espera! Henrique diz puxando meu braço para mais perto dele. 

- Que horas você sai hoje ? Henrique pergunta olhando fixamente nos meus olhos, que por um momento achei que ele fosse me dar um beijo. 

- Por que quer saber? Me parece que você está bem ocupado essa noite hein? Por falar nisso, cadê a Bárbara? - digo levantando a sombrancelha. 

- Foi ao banheiro, mas a gente já tá indo. Posso voltar pra te buscar ? Henrique diz segurando as minhas mãos. 

- Por que pepinos quer vir me buscar Henrique? Não quero causar confusão entre você e sua namorada. Melhor você me deixar quieta. Digo soltando as mãos e tentando disfarçar minha cara de raiva. 

- Paola, ela não é minha namorada, ela é a minha irmã. Tentei te falar quando chegamos mas a sua cozinheira interrompeu. Diz Henrique voltando a pegar em minhas mãos. 

Naquele momento senti uma vergonha terrivel, que se pudesse enfiar a cara em um buraco, era exatamente o que eu faria naquele momento. 

Tentei disfarçar, e logo disse; 

- Hoje eu que irei fechar o restaurante, vou sair muito tarde. Vamos deixar pra outro dia sí?

- Eu nunca comi tão bem na minha vida, Paola! A comida estava excelente. Diz Bárbara vindo em nossa direção. 

- Que bom que gostou, fico muito feliz, não sabia que o Henrique tinha uma irmã tão bonita. Digo tentando reverter o clima que causei no começo da noite. 

Ela riu, e logo em seguida me despedi deles. 

Pude perceber que Enquanto eu caminhava, Henrique me olhava. Me mantive segura e continuei andando.. 

O jantar chegou ao fim, e o serviço também. Estávamos eu e Peter, fechando o restaurante, nos despedimos.

Fui em direção ao meu carro, e ao abrir a porta, alguém me pega por trás e tampa a minha boca com a mão. 

Tentava virar pra ver quem era, mas sem resultado, não conseguia me movimentar.

Por um momento achei que fosse morrer ali mesmo, Só conseguia pensar na minha filha. 

Foi desesperador. 

Enquanto eu travava uma luta pra me soltar da pessoa, logo ouço um barulho bem forte, e a pessoa que me segurava com muita força, cai no chão. 

Fiquei paralisada encostada em meu carro, tremia muito. 

Levanto a cabeça para olhar de onde tinha vindo aquele barulho. 

Henrique aparece e pergunta: 

- Você tá bem Paola? - ele diz me abraçando. 

- Que bom que está aqui henrique, pensei que eu fosse morrer. Abracei ele o mais forte que eu podia. 

- Calma, já passou! Tô aqui. Vem, vamos pro meu carro. Deixa o seu aí. Henrique diz me conduzindo até seu carro. 

- Mas Henrique e esse bandido, vai ficar caído aí? Pergunto apontando pro cara no chão. 

- Já liguei pra um policial amigo meu, ele está chegando aí com outros policiais, esse verme aí vai dormir até amanhã com a pancada q dei nele. Diz Henrique dando uma risadinha de canto de boca. 

- Tenta se acalmar, vou levar você pra casa. 

- Não falei nada o caminho inteiro, só conseguia pensar em como eu estaria agora, se Henrique não tivesse aparecido. 

- Chegamos! Diz Henrique estacionando o carro na frente da minha casa. 

- Como você sabia meu endereço? Pergunto supresa. 

- Ah paola, isso é o de menos - ele diz passando a mão no meu rosto com uma delicadeza que eu nunca tinha visto. 

- Muito obrigada Henrique, não sei nem como te agradecer. 

- Mas eu sei, Henrique se inclina e puxa o meu pescoço pra perto dele, e me da um beijo, um beijo que eu nunca havia experimentado antes, um beijo delicado e ao mesmo tempo tão forte. 

Era como se o tempo tivesse parado por um instante, era como se existisse só nos dois no mundo inteiro. 

- Me soltei de Henrique e por um pequeno momento nos olhamos sem dizer uma palavra. 

- Por que fez isso Henrique? Pergunto ainda olhando fixamente em seu olhos. 

- Por que eu senti essa vontade desde o dia em que nos reencontramos. Henrique diz me aproximando mais ainda de seu corpo. 

- Eu sei que você também queria esse beijo assim como eu paola, não precisa mentir. 

Henrique me conhecia bem, ele sabia que eu não conseguia disfarçar bem as coisas. 

Henrique, eu acho melhor eu entrar, está muito tarde, e eu ainda estou abalada com o que aconteceu. Digo pegando minha bolsa e abrindo a porta do carro.

- Paola? Henrique segura meu braço e pergunta: Aceita jantar comigo amanhã?