História Quando o amor escolhe! - Um Halloween assustador

Na praça, caminhei usando: uma calça jeans escura, uma blusa preta com uma boca desenhada, nos pés um converse vermelho.

Kook segurou meu braço, ele vestia: um moletom preto, uma calça de moletom cinza e um quix.

-A curiosidade matou o gato. -falou sorrindo.

-O que você quer?

-Um beijo.- me puxou e me prendeu em seus braços.

Fiquei fitando seus olhos. Era lindo, gostoso, suspirei.

-Que está esperando? -se aproximou dos meus lábios.

-Nada. -me afastei.

-Me beije! -ordenou.

-Não, saia de perto de mim.

-Vai se fazer de difícil?-me encara.

-Olha só, se você me chamou pra isso, eu vou embora.

-Calma gatinha, sei que você está afim de mim.

E o pior é que ele tá certo, eu queria pular nele, beijar seus lábios carnudos, sentir o perfume e o gosto do seu beijo.

-Que? Você deve estar drogado, ou esqueceu de tomar seu remédio. -falei tentando segurar o riso.

-Você gosta de mim?

-Nem te conheço.

Meu celular toca, olho no visor, vejo a foto de mamãe:

-Oi mãe!-falei atendendo a ligação.

-Onde você tá?

-Na casa de uma amiga.

Ele sorri, me apertando em seus braços.

-Amiga? -falou surpresa.

-Sim, mãe, já estou indo para casa.

-Não quer que eu te busque?

-MAE, eu ainda caminho, tchau.

Desliguei o celular, Kook já sabia que eu tinha que ir para casa, passou a mão em meu cabelo:

-Tchau! -beijou de leve minha testa.

**Quebra de tempo**

Acordei cedo, afinal era Halloween, quando desci as escadas, quase cai, havia cacos de vidro espalhados pela sala, olhei para cima e percebi que o lustre tinha caído.

-Mãe, pai!-gritei quando acidentalmente pisei em um caco.

Caminho até a cozinha, deixando pegadas de sangue pelos meus passos lentos e cautelosos.

A casa estava vazia, somente eu e era 11:30am.

Peguei um pano, com álcool, e passei embaixo do pé esquerdo, me curvei de dor, ouço um barulho na porta dos fundos, a vizinha entra e me olha.

-Oh, você está bem?-disse se aproximando.

-Sim. -menti. -Você viu meus pais?

-Vi, levaram seu irmão, ao hospital.

-O que? Por quê?

-Ele caiu em cima dos cacos, e se cortou muito.

-Ai!-falei colocando o pé no chão.

Meio cambaleando, subi as escadas, quando cheguei no quarto, peguei o celular e liguei para mamãe.

-Filha!-falou em tom de choro.

-Mãe, o que aconteceu com James?

-Ele está na uti.

-UTI? Então é grave?-meus olhos marejam.

-Não sei, o médico não falou ainda.

-Que hospital você está? Eu vou pra ai agora!

-Não filha. No meu quarto tem uma fantasia para o baile.

-Eu não vou. Não enquanto James estiver na uti.

-Eu te digo, quando o médico voltar.

-Mas mãe...

Ela desligou, coloquei o celular em cima da mesa, meio com dificuldade, fui para o quarto dos meus pais.

Em cima da cama, havia uma fantasia, uma blusa branca social meio masculina, talvez é do meu pai, um colete preto, uma mini saia preta de couro, um lenço vermelho, tava sem entender o que era, mas quando vi o chapéu de pirata, e um tapa olho, sorri, mamãe deve ter pensado muito nessa fantasia. E ainda acompanhava um salto alto preto, com pequenos furos.

Tirei uma foto e mandei para Kate, após 15 minutos, ela estava em casa.

-Tá tão sexy.-piscou.

-Obrigado, mas eu não quero parecer vulgar.

-Quanto vai cobrar a hora?

-Pareço uma puta?-olhei-me no espelho.

-Não eu estava, zoando. Eu vou de mulher maravilha!-faz uma pose.

-Tá, vou tomar banho.

-Eu vou para casa me arrumar, quando estiver pronta, me liga.

Beija minha bochecha e saí, tomo banho, coloco meu roupão e começo a fazer a maquiagem, a campainha toca, desço e abro, Jimin com uma fantasia de curinga, abre um sorriso.

-Incómodo?-indagou sorrindo.

-Sim, estou me arrumando.

Ameaço fechar a porta, ele segura.

-Quer ajuda?-perguntou entrando, como se eu fosse aqueles guardas que não se mexem.

-Não, a gente se vê depois, na festa.

Ele subiu para o meu quarto, tipo eu queria que estivesse um segurança na minha porta.

Subi para o meu meu quarto, ignorei-o e continuei me maquiando. Fui para o banheiro, coloquei a fantasia, voltei, Jimin comia uvas, tipo da onde ele tirou essas uvas?

-Olha só, para a gente ser amigos, precisamos de regras.

-Regras?-abre um sorriso de deboche.

-É, (a) você não mora aqui, (b) NAO SOMOS AMIGOS. E...

-(c) Você está sexy.

Se aproximou passando a mão em minha cintura.

-Me larga.

-Não consigo, você é....

Eu vou dar na tua cara.

Respirei e me afastei, antes de fazer qualquer loucura. Peguei minha carteira, que parecia uma bolsa de mão azul, com lantejoulas, descemos da escadas, na sala mandei uma mensagem para Kate, até porque tínhamos combinado de irmos juntas. Ela apareceu na porta ofegante, olhou para Jimin, ajeitou os cabelos.

Saímos de casa e caminhamos até a escola, Jimin se juntou com os amigos. Kate não tirava os olhos de Kook.

-Para de olhar!-cutuquei seu braço.

-Eu acho que ele está a fim de mim... Só fica me olhando.

Ele estava me olhando, talvez ainda bravo por eu ter dado um cano nele.

Caminhei até o "bar", Kate me seguiu, pegou uma vodka, tomou rapidamente.

-Será que eu falo com ele?-indagou.

-Não, ele não faz seu tipo.

-Meu tipo?

-Sim, ele quer uma líder de torcida.

-Nossa, que apoio você da a sua amiga.-se debruçou sobre a mesa.

-É a verdade, vamos dançar?

-Não! Fale com ele por mim?

-O quê?

Nesse momento, eles estavam no palco, os holofotes brilharam neles, as garotas deliraram .

-Temos que fazer um grupo e nos tornarmos populares. -Kate falou.

Começaram a cantar e dançar, Kook, não tirava os olhos de mim, desviei meu olhar para Jimin, que olhava para outra garota. A batida era atraente, me balanço, dançando discretamente, enquanto as pessoas enlouqueciam.

Quando pararam de dança, fizeram uma pausa, Kook se aproximou de min, pegou um copo de whisky, bebeu e me olhou.

-Você não tira os olhos de min.-se gava.

-Não se iluda.

Me afastei ,indo a mesa de doces, Jimin beijava a garota que olhava, durante a apresentação.

Estava entediada, entrei no banheiro, Kate estava deitada no chão, balbuciava uma espuma branca.

-Kate! -falei , me ajoelhado ao seu lado.

Ela estava ficando inconsciente.

-Kate!-gritei.

Duas garotas saíram de uma cabine e falaram:

-Ela tomo ecstasy.

Oh, não! Liguei para uma ambulância.

>>>Quebra de página <<<

Roía as unhas de nervosismo.

-É irmã dela?-o médico se aproximou.

-Não, amiga.

-As notícias não são boas.

Senti uma vontade de chorar.

-Você sabe a quanto tempo ela usa êxtase?

-Não, acabamos de nos conhecer.

-Bem, vou falar logo, ela tem câncer.

Desabei as prantos, por Kate, pelo James, por tudo.

- … Contara aos pais dela?

-Não, bom se você puder fazer isso.

-Claro.-abaixou a cabeça.

[…]

Cheguei em casa, James já estava no quarto, entrei , sentei na poltrona ao lado de sua cama.

-Oi!-sussurrei pegando sua mão.

-Mana, desculpa.

-P-pelo o que?

-Por quebrar o lustre.

-Não foi você, deve ter sido o vento.

-Fo-foi eu desculpa.

-Para com isso.

-ANA, TEM UM GAROTO AQUI,QUERENDO FALAR COM VOCÊ. -mamãe grita da sala.