Bickslow virou a caminhonete entrando na rua da base, ele, Natsu e Rogue voltavam do tal hospital junto de materiais de construção. Natsu estranhando a quantidade de pessoas de guarda, caminha até a sala de Gildarts.
-Quem é esse tal de Silver?
-Gray, eu já disse que não conheço nenhum Silver. -Natsu abre a porta e Gray e Gildarts voltam seus olhares para o garoto. -Está tudo bem aqui? O que aconteceu?
-Nós fomos atacados por um rapaz.
-O que? Quando?
-Uma hora depois que vocês saíram. Antes de morrer o rapaz disse que Silver teria sua vingança.
-Vocês mataram ele?
-Ele tentou nos matar.
-Entendo. Pai, você não conhece esse Silver?
-Não faço ideia de quem seja, e por que quer vingança.
-Natsu! -Gray chama a atenção de seu amigo que o encara. -E os rapazes que nos pararam na estrada?
-Estão mortos. Eu os matei!
-Exato, talvez eles não estivessem sozinhos.
-Acha que querem vingança pela morte deles?
-Não sei, mas não quero ficar para descobrir.
-O que? Você quer ir embora?
-Natsu, a Juvia está grávida. Não vou me meter em outro conflito entre grupos. O Alzack e a Levy morreram no último e quase que não nos reunimos.
-Gray, não vai ter conflito nenhum cara. Aqueles caras na estrada estão mortos, e o rapaz que nos atacou também, relaxa.
-O Natsu está certo Gray. Mas de qualquer forma vamos reforçar a proteção, é por isso que peço que ensine logo os civis a atirar Gray.
-Ok, mas se tiver algum indício de um conflito nós não ficaremos aqui.
-E você já falou sobre isso com a Juvia?
-Não vai ser necessário.
-Entendo, então não vai dar uma escolha a ela? E o primo dela, acha que ele vai aceitar isso?
-Gildarts, ela é minha namorada, ele é meu filho. Deixa que com eles eu me preocupo.
Gray sai da sala ferozmente e Natsu encara o pai por um tempo e sai seguindo o amigo. -Eu Gray, relaxa cara.
-Natsu, não vou relaxar. Eu vou ser pai agora, não posso mais continuar agindo como um adolescente inconsequente.
-Adolescente inconsequente, e pensar que você era o mais irresponsável de nós no colégio.
-Todos nós mudamos muito não é?
-É! Gray, não se preocupe cara. Não vou deixar que nada aconteça com nenhum de vocês, eu não estava preparado contra o Sting, mas agora… ninguém irá machucar aqueles que eu amo.
Natsu põe a mão no ombro de Gray e segue para ajudar na vigilância do portão. Lucy arrasta os corpos dos mortos até uma pilha junto de outros habitantes da base para queimar os infectados.
A loira observa o portão quando vê Bisca caminhando, a moça ainda está mancando, mas o ferimento na perna já não é mais tão grave. -Bisca, finalmente está melhor. Pronta para voltar a ativa?
-Claro, logo, logo vou estar ajudando vocês em tudo. Mas por enquanto vou só ajudar as meninas com a Mira e a bebezinha.
-Já é alguma coisa. Não se preocupe, logo você estará 100%.
-Tem razão, bom eu vou lá dentro ajudar as garotas.
-Certo, até mais tarde.
-Até.
-Wendy, pegue mais uma fralda para eu trocar a Mavis. -Lisanna diz balançando a garota no colo. -O meu amor, não chora. A titia já vai limpar você. -Mavis não para de chorar por nada.
-Wendy, eu agradeceria se viesse mais rápido com a fralda.
-Calma, aqui está e é a última.
-O que? Mas já acabou?
Wendy faz que sim com a cabeça e Mira sai do banho enrolada em uma toalha. -Ei meninas, muito obrigada, mas pode deixar que agora eu assumo. Podem descansar.
Wendy, Lisanna e Yukino sentam-se e Mira dá de mamar para Mavis. Lisanna sai do quarto a procura de Gajeel e o encontrar fuçando em sua moto. -Oi!
-Oi. Achei que ainda estava brava comigo.
-Ainda estou, mas isso não vem ao caso.
-Tá legal pequena, e o que você quer?
-Preciso que vá lá fora.
-Sem chance, com esse maluco vão precisar de mim aqui se mais deles aparecerem.
-Por favor, as fraldas da Mavis acabaram. E eu queria que procurasse um brinquedinho para ela.
-Ela tem três dias de vida, vai brincar com o que?
-Pra quando for mais velha. -Lisanna fiz revirando os olhos e Gajeel a encara. Tudo bem, me faça uma lista de tudo que precisa.
-Obrigada! -Lisanna diz com sarcasmo e Gajeel sorri voltando a trabalhar em sua moto. -Ei Mira, pode fazer uma lista de tudo que a Mavis vá precisar?
-Claro, segure ela aqui por favor Yukino.
Yukino apanha em seu colo a garota e Mavis começa a rir deixando Lisanna com ciúmes. -Acho que ela não gosta de você titia.
-Cala a boca! -Lisanna diz e Yukino da risada. Mira trás a lista e a entrega para Lisanna, a garota volta até Gajeel.
-Toma, aqui está.
-Isso é jeito de se pedir um favor?
-Vai logo! -Rogue se aproxima dos dois, e Gajeel começa a rir. -Oi, tudo bem Lisanna? -A garota encara Gajeel que não dá muita atenção. -Tudo sim! -Lisanna beija Rogue e Gajeel desvia o olhar de sua moto por alguns segundos.
-Tá legal o pombinhos. Eu estou trabalhando aqui, se querem se pegar vão para outro canto. -Gajeel apanha uma chave na caixa de ferramentas e continua seu trabalho.
-Tudo bem! -Lisanna sorri e arrasta Rogue puxando-o pela mão. -Eu quero ir com você! -Gajeel se vira e Wendy está parada ao seu lado. -Sem chance garota, você só tem 13 anos, e além disso sua mãe não está aqui.
-A Erza não é minha mãe!
-Não, mas é a responsável por você! Sabe que deixa ela chateada quando fala assim? Ela deu duro pra te proteger desde o dia em que te encontrou.
-Eu sei disso, e agradeço muito, mas eu não sou mais uma criança, ela não precisa mais ficar se preocupando comigo.
-Sim, você é uma criança Mandy!
-Wendy!
-Tanto faz. Escuta, ela desistiu de muita coisa para proteger você, sempre que acontece alguma coisa ruim, proteger você é a única coisa que passa na mente dela. Então sim ela tem agido como uma mãe pra você.
-Ok, eu a considero uma mãe. Não biológica, mas sim adotiva. Mas já está na hora de eu começar a me virar, eu sobrevivi sem ela no hospital, eu salvei a vida da Bisca. Duas vezes!
Gajeel encara Wendy e a garota está determinada a ir. -Certo, mas você vai ficar do meu lado o tempo inteiro. E não faça nenhuma burrice!
-Pode deixar! Valeu Gajeel.
-Tá, vá se arrumar. Eu já vou sair!
Wendy corre para arrumar uma mochila e Gajeel volta a mexer em sua moto quando Juvia o chama. -Hoje é dia! O que você quer prima?
-Vai levar a Wendy?
-Vou!
-Ela é só uma criança.
-Ela vai ter star segura tá legal.
-Pelo amor de Deus Gajeel, não tire seus olhos dessa menina.
-Tá bom mamãe. -Wendy volta e Gajeel monta em sua moto, Wendy se esforça para subir, mas não consegue. -Não cai me ajudar não?
-Você não é mais criança! Pode subir em uma moto sozinha.
-Ok. Eu posso mesmo. -Demora um pouco mas Wendy consegue subir deixando sua bolsa cair. -Droga! -A menina desse apanha a bolsa e volta a tentar subir.
-Hoje é dia! -Gajeel encosta a testa nas mãos curvando-se sobre o guidom. Wendy finalmente sobe e coloca a mochila nas costas. -Certo, agora não me solte por nada ou vai cair entendeu?
-Eu sei! -Wendy abraça Gajeel e o rapaz liga sua moto. O portão está aberto já que Lucy e os outros estão queimando os mortos do lado de fora e Gajeel sai em disparada.
Wendy observa as árvores, os pássaros e se sente livre. -Vai participar das aulas do Gray de como atirar?
-Eu sei atirar!
-Sério? -Gajeel para a moto próxima a uma farmácia. -E onde aprendeu?
-Não é difícil, é só segurar firme e apertar o gatilho. Foi assim que eu salvei a Bisca.
-A foi assim? Pois eu fiquei sabendo que quem salvou vocês foi o Laxus. E que a senhora desperdiçou suas balas.
-Está tentando me irritar? Por que está conseguindo.
-Tá pirralha, pega uma cesta e pega alguns remédios, precisamos também de esparadrapo e coisas para bebê. Olhe no balcão se tem aquelas papinhas de neném, se não tiver teremos que ir em um supermercado.
-Eu vou ter que fazer tudo?
-Estou te ensinando pirralha. Achei que não quisesse mais ser tratada como criança. -Wendy, faz como Gajeel pediu e pega tudo que conseguia carregar.
-Só tem isso de fraldas aqui?
-Só, talvez alguém já tenha vindo aqui há dias atrás.
-O que?
-Acha que aquelas fraldas brotaram lá na base? O Laxus já veio aqui antes da Mavis nascer.
-E por que não disse isso antes?
-Achei que você sabia.
-Tá legal, tem um supermercado aqui perto. Vamos dar uma olhada. -Gajeel sem paciência levanta Wendy e a coloca na moto. Os dois seguem rumo ao hospital.
Kagura corta a cabeça de dois infectados de uma vez, Erza entra em uma casa com sua arma e Kagura vai logo atrás. As duas vasculham a casa do inteira mas não acham nada. -Droga, já é a quinta casa que olhamos e nada.
Erza senta-se na cama e Kagura se sentou próxima a porta do quarto. -Precisamos levar alguma coisa, agora tem muita gente, aquela comida não vai dar até o final do mês.
-Mês que vem completará um ano que isso começou. Um ano e as coisas já acabaram assim.
-É, talvez existam outras comunidades que precisam de muito assim como nós.
-É você tem razão. -Kagura se levanta e senta-se ao lado de Erza. -Não se preocupe, vamos achar algo.
-Vamos! -As duas se encaram por um tempo e Erza fica vermelha quando Kagura coloca sua mão sobre a da garota. -Kagura, o que…
-Shh! -Kagura coloca o dedo na boca da garota para que ela faça silêncio. -Relaxa, Erza. Estamos sozinhas. -Kagura beija Erza e a garota fica ainda mais vermelha.
-Kagura, eu… o que estamos fazendo.
-Só aproveita o momento! -Kagura retira sua jaqueta e sua blusa ficando apenas de sutiã. Erza ainda assustada a encara e a garota começa a tirar a blusa de Erza, a garota não tenta parar, apenas deixa rolar.
Tá legal, vamos ser rápidos. Vamos entrar e se não tiver nada nós saímos logo. Da última vez que fiquei enrolando em um supermercado fui capturado. Gajeel diz é Wendy concorda.
Os dois descem da moto e Gajeel apanha seu soco-inglês, o rapaz acerta a porta de vidro três vezes abrindo um buraco nela.
-Bom, se as portas estão fechadas é um bom sinal. Quer dizer que ninguém mexeu aqui ainda.
-Ou pode ser que alguém esteja vivendo aqui.
Gajeel encara a garota descrente. -Você acha? -Um buraco se abre na outra porta de vidro com o tiro de uma escopeta.
Gajeel e Wendy se assustam e Gajeel vê um homem atrás do balcão, o homem atura mais uma vez e erra novamente.
-Meu Deus ele é horrível.
-Cuidado garota, ele pode dar sorte e te acertar.
-Saiam seus malditos!
-Calma senhor, só precisamos de coisas para bebê.
-Não me importo! -O homem continua atirando na direção de Gajeel, o rapaz se esconde entre as estantes de produtos para se proteger dos tiros.
Uma bala passa próxima ao rosto de Gajeel quando um último disparo e ouvido, o homem cai ao lado de Gajeel. -Você está bem? -Wendy se aproxima de Gajeel.
-Você atirou nele?
-Sim, ele ia matar você.
-Garota, não pode sair matando as pessoas.
-Mas ele ia matar você!
-Eu sei, mas ele estava assustado. Podíamos ter conversado com ele, é bom evitarmos conflitos.
-Ok, da próxima vez eu deixo ele te matar.
Wendy pega uma cesta e pula o corpo do homem como se não fosse nada e começa a pegar as coisas da lista. Gajeel se levanta para ajudar a garota. -Obrigado, mas tente evitar matar as pessoas.
-Tá bom!
-Vem, vamos voltar. -Gajeel sobe na moto e Wendy sobe dessa vez sem muito esforço. -Está aprendendo! -Wendy solta um sorriso e Gajeel liga a moto.
-Eu vi você colocar algo na mochila antes de sair? O que era?
Wendy abre a mochila e tira um pacote de ração para gatos. -Charle vai gostar disso!
-A gata? Ela ainda está viva?
-Claro, mas eu deixo ela no quarto para não se perder pela base.
-Entendo. Bom vamos lá.
-Isso foi ótimo! -Kagura fiz deitando-se ao lado de Erza. -É foi bom, diferente! -Kagura beija Erza novamente e se levanta completamente nua. -Vamos, temos que continuar procurando. -Erza fica pensativa por um tempo e se levanta também para vestir suas roupas.
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