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História Quando você chegou - Sem limitações


Escrita por: yasan-

Notas do Autor


Oi, gente!
Eu sei, demorei 'pakas' para atualizar essa fic, foi mal. Ultimamente não tô com muita cabeça para escrever nada, na verdade tô é com dor de cabeça de tantos problemas que estou tendo na minha vida maravilhosa. Mas enfim, o importante é que finalmente o trouxe! Aproveitem. Espero que realmente gostem do capítulo, pq eu sou bem paranóica com essas coisas: nada pra mim está bom o suficiente. xD Depois dou uma olhada se houverem erros.
Beijos, até lá embaixo. ❤

Capítulo 21 - Sem limitações


Makino ON


Mantenha-se calma, Makino.

Talvez os criminosos não tenham ido até minha casa. Talvez eles tenham confundido o endereço e ido ao lugar errado.

Mas Shanks não estava lá e a porta da frente estava aberta.

Mais uma vez eu preciso respirar fundo e prender o ar em meus pulmões, do contrário eu tenho certeza de que iria me acabar em lágrimas e não conseguiria dirigir. Eu não consigo suportar a ideia de que algo possa ter acontecido com ele, e que eu poderia ter evitado isso se tivesse avisado papai sobre o carro suspeito, parado na frente de nossa casa hoje mais cedo.

O trânsito terrível me impede de dirigir rápido e minhas mãos trêmulas quase não tem força para segurar o volante. Eu pego o celular e decido que preciso me acalmar na medida em que busco pelo número de papai.

— Atende, por favor – eu sussurro, minha voz embargada.

Frustrada com a falta de resposta, eu busco pelo número de Shanks. Mas ele também não atende!

Quase trinta minutos depois, eu estaciono o carro na frente da delegacia onde papai trabalha. Eu olho para Luffy, adormecido ao meu lado, e sinto vontade de chorar de novo. Ele não faz nem ideia do que está acontecendo.

Pego meu irmão no colo, com dificuldade, e caminho para dentro. Quando entramos, eu vejo uma figura conhecida levantar de sua mesa e correr em nossa direção, com um olhar preocupado.

— Meu Deus, vocês estão bem! – Tsuru, a nova namorada de papai, diz, correndo em nossa direção.

Eu entrego Luffy a ela e desabo na cadeira mais próxima a mim, afundando o rosto em minhas mãos.

— Seu pai está louco por não saber onde vocês estão, querida... – ela diz, sentando-se ao meu lado. – Ainda mais com toda a movimentação de hoje à noite, por causa da captura.

— Captura? – eu pergunto, erguendo meu rosto para olhá-la.

— Eles capturaram os traficantes de Londres, que estavam atrás de Shanks – diz. – Seu pai e mais uma equipe já estavam atrás deles há alguns dias, desde que descobriram que estavam em Houston.

Eu sinto as lágrimas voltarem aos meus olhos. Quero perguntar onde está Shanks, mas não tenho coragem.

— Por que papai não me contou sobre isso?

— Ele e Shanks não queriam deixar você preocupada.

Eu suspiro.

— Eles estão presos agora?

— Estão sendo encaminhados – diz, olhando-me um pouco confusa. – Por que você está chorando, Makino?

— Aonde eles foram capturados? – pergunto, sem responder a sua pergunta.

Meus pensamentos estão a mil.

— Um deles foi pego no estacionamento de um supermercado, e o outro em uma rua próxima a sua casa – explica.

Eu continuo a olhá-la, sem entender nada.

— Nós colocamos policiais à paisana para cuidar de você, de Luffy e Shanks – começa a falar. Seu tom de voz parecia querer me confortar. – Por isso nosso policial estava no supermercado naquela hora e ouviu a conversa do traficante que estava estacionado ao seu lado. Logo depois que você saiu, ele fez a abordagem e avisou que o outro estava a caminho da casa de vocês – ela faz uma pausa e sorri. – Nós conseguimos pegá-lo antes que ele sequer chegasse na sua casa.

De repente, sinto um peso enorme sair de meus ombros. Isso só podia significar que Shanks estava bem.

— E Shanks? – eu pergunto, um pouco receosa.

— Ele está aqui, respondendo algumas perguntas. Vou pedir para que venha vê-la assim que puder – fala, aumentando o sorriso de seu rosto. – Ele chegou hoje aqui tão preocupado... Disse que tinha recebido uma ligação sua, mas que você não tinha falado nada. Ele achou que você estava com problemas.

Bem, talvez isso explique o porquê de eu ter encontrado a porta da frente aberta. Ele deve ter saído de casa com pressa.

Sem nem pensar, eu a abraço e deixo as lágrimas me consumirem. Tsuru fica em silêncio, apenas me segurando firme, como uma mãe faria.

— Eu achei que ele tinha sido sequestrado, ou que tinham o matado – digo, baixinho.

— Você gosta muito dele, não é? – me pergunta depois de algum tempo.

— Muito.

— Imagino, pelo seu desespero, que você ainda não tenha dito isso a ele.

Eu balanço a cabeça, negando.

— Não perca tempo, Makino – ela me diz, passando sua mão em minhas costas, me acalmando. – A vida é curta demais para economizar amor. Se você o ama, conte a ele.

Seu comentário me faz sorrir. Lembrei-me que papai disse que Tsuru o convidou para sair inúmeras vezes, porque disse que gostava dele, então eu sabia que o conselho que estava me dando não era "da boca para fora", mas sim algo em que ela acreditava.

— Obrigada – eu sussurro.


***


Tivemos que passar algumas horas na delegacia e, de madrugada, papai nos levou para casa. Eu estava feliz porque os criminosos foram capturados, mas havia um pensamento que não me deixava ficar em paz: Shanks está livre para ir embora.

Eu tentei afastar esse pensamento egoísta quando nos vimos. Ele parecia tão alegre em me ver... Caminhou rápido em minha direção, me abraçou forte e sussurrou em meu ouvido que só não iria me encher de beijos ali mesmo em respeito ao meu pai. Seu comentário me fez rir e, de repente, eu estava chorando de novo. Não conseguia acreditar que ele estava bem.

— Quer me falar com o que você está tão preocupada? – ele pergunta ao se sentar no sofá onde estou deitada, depois que papai e Luffy se despedem de nós para dormir.

Shanks coloca minhas pernas sobre seu colo e seus dedos passeiam tranquilamente em meu tornozelo.

Eu abro um sorriso fraco.

— Quem disse que estou preocupada com alguma coisa? – tento fazer graça.

— Eu te conheço, Makino – responde, olhando em meus olhos. – Na verdade, eu até imagino o que seja.

Eu desvio meu olhar do seu.

— Não estou preocupada, Shanks.

Escuto o som baixo de sua risada quando ele se inclina e se deita ao meu lado, colocando uma mão em minha cintura e deixando nossos lábios a poucos centímetros um do outro.

— Fale comigo – ele diz, subindo sua mão por meu braço, tocando meu pescoço, e descendo-a de novo até meu quadril. Sua voz baixa e seus olhos fixados em mim me causam arrepios.

— Não é nada... É só que estou gostando muito disso que temos – comento, um pouco constrangida, me referindo ao nosso relacionamento secreto.

— Eu também – diz, sem entender muito bem. – E qual é o problema?

— O problema é que agora você pode voltar para Londres.

Seus lábios pousam sobre os meus, devagar. Fecho meus olhos, me concentrando naquele momento. As demonstrações de carinho de Shanks eram tão frequentes, que eu acho que já deveria estar acostumada a elas, mas não; sempre sinto um frio na barriga quando toca em mim.

— Minha vida está lá, Makino – explica. – Meu pai, minha madrasta, minha banda.

Eu respiro fundo, sentindo-me um tanto magoada.

— Eu sei.

— Eu pediria para você ir comigo, mas eu sei que você não deixaria seu pai e Luffy para trás – fala, sério. – E eu entendo isso. Parte do motivo de eu gostar tanto de você, é esse amor que você tem pela sua família.

Ele tem razão. Por mais que eu queira estar com Shanks, eu não teria coragem de deixar minha família aqui.

— Então acho que deveríamos aproveitar o pouco tempo que temos, não é? – eu pergunto, me forçando a parecer forte, mas meus olhos marejados me entregam.

Ele sorri, um sorriso triste.

— Makino – diz, pedindo por atenção. – Nós não vamos aproveitar o pouco tempo que temos. Não quero despedidas entre nós.

Eu fico em silêncio, sem entender. O mínimo que poderíamos fazer é aproveitar os poucos dias que temos juntos, antes que ele volte para sua cidade e então nos tornemos apenas colegas, que um dia, durante algumas semanas, se gostaram.

— Eu estava esperando o momento certo para te dizer isso – fala, incerto. – Estou esperando há algum tempo, na verdade. Mas eu acabei de perceber, que não teria um momento mais certo que esse.

O que ele quer dizer? Por que ao invés de falar logo, fica me olhando desse jeito? Se quer dizer algo ruim, apenas diga. Não deixe a outra pessoa nervosa!

— Eu vou voltar para Londres em poucos dias.

Meu coração se afunda um pouco, e eu estou decepcionada. Decepcionada porque tudo o que eu mais queria ouvir, era que ele ficaria aqui, comigo. Mas eu sei que ele não pode. Eu sei que seu sonho é que a banda dê certo.

— Assim, tão rápido? – eu pergunto, minha voz já um pouco embargada.

Ele balança a cabeça, confirmando.

— Sinto falta da minha família, Makino. Sinto falta dos meus amigos, e da minha casa, embora eu me sinta muito bem vindo aqui, por todos vocês.

— Eu sei – digo. – Apenas achei que ficaria um pouco mais...

Por causa de mim, eu penso.

— Mas isso não é o que eu tenho esperado para dizer – diz, olhando-me intensamente nos olhos.

— O que é, então? – pergunto, pronta para ouvir mais alguma coisa que parta meu coração.

— Eu quero continuar com isso entre a gente, quando eu for embora. Eu quero dar um nome a isso , para ser sincero – diz, abrindo um sorriso lindo em seus lábios. – Quero que quando meu pai me pergunte aonde eu estou indo com uma mala na mão, eu possa responder que vou visitar a minha namorada.

Eu tenho meus olhos arregalados, surpresa. Ah, meu Deus!

— Eu sei que talvez você possa pensar que é bobo, ou infantil, mas eu te quero, Makino. Quero você comigo sempre – continua a dizer, e seu sorriso parece aumentar a cada palavra. – Eu sei que não vamos nos ver todos os dias, mas eu vou tentar vir sempre que puder durante a semana, já que toco nos fins de semana, e você poderia ir me ver alguns dias no sábado e domingo... Eu já falei com seu pai, disse o quanto eu a amava, e que queria muito que nós pudéssemos nos ver quando eu voltar para Londres, porque não conseguiria ficar muito tempo longe de você...

— Shanks – eu o interrompo, sorrindo. Ele estava tagarelando, e era uma graça. – O que você disse?

Ele respira fundo, parecendo um pouco nervoso.

— Eu te amo, Makino – ele diz. - Amo sua coragem, sua força, sua determinação, seu sorriso, seus dedos feios do pé...

Nós dois acabamos rindo.

Eu não consigo explicar como me sinto nesse momento. Acho que jamais conseguirei pôr em palavras a alegria que estou sentindo.

— Eu também amo você, Shanks.

Em seu rosto está estampado o sorriso mais lindo que já o vi sorrir.

— Ah, Makino... – fala, me puxando contra seu corpo e encostando sua testa contra a minha. – Fale isso de novo.

— Eu te amo – repito, sorrindo.

— De novo – diz, beijando meu rosto.

Eu rio antes de segurar seu rosto e fechar o espaço entre sua boca e a minha.



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