POV NARRADOR
Evan: Então é isso? Todos nos iremos ficar simplesmente aqui trancados sem fazer nada? – Exasperou-se.
Rose: O que você quer que façamos? Vocês viram muito bem o que aconteceu lá fora!
Nicholas: Nos vimos, mas não sabemos o que foi exatamente aquilo – Tenta manter a ordem – Brigar, discutir não irá adiantar em nada. ..
Continuaram discutindo, enquanto Nick sentava-se ao chão colocando a outra mão em sua mordida.
Rebecca: Nick... – Senta-se ao seu lado – Deixe-me ver – Pega sua mão com cuidado – Que estranho, uma mordida de uma pessoa normal não seria capaz de causar esse estrago todo – Era veterinária, ainda iniciante, mas tinha um bom conhecimento em outras áreas.
Nick: Esta latejando sem parar, sinto como se algo estivesse subindo pelo o meu braço – E realmente estava, linhas vermelhas se espalhavam cada vez mais por seu braço chegando ao cotovelo.
Rebecca: Fique aqui, vou ver se tenho algo em minha bolsa que possa ajudar – Levanta-se procurando por sua bolsa. Sempre andava preparada para tudo.
Henry: O que ele tem? – Aproxima-se.
Rebecca: Não sei... Isso tudo esta me assustando – Seu medo de algo ruim acontecer novamente era evidente.
Henry: Todos estão com medo... – Solta um fraco sorriso.
Lucy: Gente venham ver logo isso. Rápido! – Da porta de vidro da livraria dava para ver tudo que acontecia lá fora.
Rebecca: Meu deus! – Olhavam todos horrorizados as grandes poças de sangue espalhadas por todo o andar.
Evan: Eles estão comendo as outras pessoas? – Espanto o definia. A cena a frente fez seu estomago embrulhar.
Rose: E aí? Ainda acha uma boa ideia sairmos daqui? – Cruza os seus braços, mas tão espantada quanto.
Uma mão aparece na porta de vidro.
Lucy: Ahh!
- Somos nós os seguranças – Dois seguranças aparecem com as suas fardas manchadas de sague – Fiquem tranquilos, podem abrir a porta.
Nicholas: Certo – Ainda desconfiado a destranca deixando os outros dois passarem.
Péssima ideia, pois acabou chamando atenção dos de fora.
Henry: Nicholas! Fecha isso! Fecha logo – Vários começarem a correr em direção à livraria.
Não deu tempo de fecha-la.
Nicholas: Alguém me ajude aqui! – Um braço atravessa rapidamente a entrada da porta. Usava toda sua força para a mesma não ser aberta, mas estava impossível. Eram muitos.
Um segurança se dispõe a ajudar.
Nick: Eu ajudo também!
Rebecca: O que? Não! Você esta machucad...
Nick: O que importa agora é salvar nossas vidas - Os três juntos conseguem fechar a porta. O braço na entrada quebra-se ao meio, caindo ao chão.
Nicholas: Ahh... Obrigado – Seu peito descia e subia rapidamente.
Lucy: O que aconteceu com essaspessoas? Isso não é raiva, é algo muito pior... Parece um filme de terror...
Rebecca: Não é! – Afirma – Parecem até zumbis...
Evan: Zumbis? Não me diga – Sorri irônico.
Rebecca: É sim. Olhem só para eles – “Eles” batiam fortemente na porta vidro, não paravam de chegar mais deles, se tornando um grande amontoado – Olhem essas bocas ensanguentadas, olhem essa aparência de mortos... Se não for isso, não sei o que mais pode ser...
Nicholas: Então como você pode ter tanta certeza que eles são mesmo “zumbis”? – Faz aspas no ar.
Rebecca: Não posso dizer com convicção, mas é só olhar para eles... Estavam uns comendo os outros.
Evan: Vocês! – Aponta para os seguranças – Digam o que esta acontecendo! Vocês sabem, com certeza...
Mason: Ou, ou! Somos seguranças apen...
Evan: Porra nenhuma! – O segura pela gola da camisa – O que eles quiseram dizer com “Siga as instruções dos seguranças!” Fala logo! – Apertava cada vez mais forte.
Mason: Solte-me que eu digo o que sei – Pede calmamente, sendo prontamente atendido – Apenas nos disseram para nos manter em calma, que irão mandar ajuda.
Rose: Isso é algum tipo de piada? Calma como se estamos rodeados de... De mortos famintos que querem nos comer! – Grita.
Nick: Como isso aconteceu? Como se até então estava tudo normal?
Jerry: Eu sei que estão confusos – O outro segurança se pronuncia – Também estamos, mas é preciso manter a calma, não vamos conseguir resolver as coisas desse jeito.
Henry: Tá, mas e agora? O que vamos fazer?
Jerry: Vamos esperar eles entrarem em contato de novo com a gente...
Nicholas: Não tem como sairmos daqui? Todas as saídas estão trancadas? – Rezava internamente para que a resposta seja não.
Jerry: Infelizmente sim, todas as saídas desse lugar estão bem trancadas – Lamenta.
Evan: É simples... É só quebrarmos alguma parede de vidro do shopping que nos leve diretamente para rua e sairmos daqui!
Mason: Não tanto assim, ameaçarem atirar caso tentássemos sair daqui... O shopping esta rodeado de carros da segurança nacional federativa e também do exercito e há armas apontadas para todos os lados... Seria suicídio fazer isso
Lucy: Segurança nacional federativa? Exercito?
Mason: Sim, só eles devem saber o que realmente esta acontecendo... Irão mandar alguns agentes da segurança nacional e um agente de saúde para cá...
Evan: Merda! Merda! – Chuta a mesa de livros a sua frente, a derrubando. Calma não era uma virtude sua, extravasa do jeito que conseguia.
Rebecca: Isso irá demorar? Nos vão tirar daqui?
Jerry: Isso nós não sabemos...
Henry: Espera... – Olha para todos os lados – Cadê o Zac?
Evan: Como assim? Ele não estava com você? – Seu semblante de raiva logo se dissipa.
Henry balança a cabeça negativamente – Não.
Evan: Não pode ser... Ele estava aqui o tempo todo – Não. Zac não poderia ter sumido desse jeito – Procurem ele, que merda! – Não deveria ter se afastado dele. Se algo de ruim o acontecesse, nunca mais se perdoaria.
Lucy: Ele deve estar em alguma parte dessa livraria... Ela é grande, nós vamos acha-lo...
- -
Seu peito apertava-se cada vez mais. Zac tornara-se seu melhor amigo, era o mais novo, seu dever era cuida-lo também.
Agora estava à procura dele em um lugar infestados de mortos-vivos.
Henry: Zac! – Gritava por seu nome – Por favor, aparece...
Seus olhos enchem d’água ao vê-lo sentado no chão com a cabeça escorada a parede.
Henry: Zac! – O abraça fortemente – O que aconteceu? Esta tudo bem com você? Eu fiquei muito preocupado – Olhava em seus olhos e sabia que não estava.
Zac apenas encosta sua cabeça em seu ombro.
Zac: Faz tempo que eu não sofria um ataque de asma – Começava a falar, sua voz saindo mais fraca como nunca antes.
Henry: Mas você esta com a bombinha? Usou-a? – Sua garganta apertava ao vê-lo naquele estado.
Zac: Sim... Mas não esta funcionando mais... Henry – Olha diretamente em seus olhos – E se eu tiver outro ataque? E se...
Henry: Não fale isso – Prende os seus lábios com os dedos – Você precisar tentar se manter estável... Faço isso por mim, pela Rose, Lucy e por você mesmo... Por favor, seja forte – Por um segundo sua voz falha – Nós todos iremos sair daqui... Eu prometo – Beija-o na testa.
Evan: Ah finalmente você o achou – No momento não ligava mais para rixa nenhuma entre os dois, sentou-se ao chão e o puxou para os seus braços – Eu fiquei tão preocupado, nunca mais faça isso... Ou eu te dou uns cascados pior do que os de antes – Zac jamais imaginaria isso vindo do outro, mas no momento não deu atenção para isso.
Aceitou o caloroso abraço. Sentiu-se bem e protegido, como nunca antes.
Henry sorri discretamente
Os dois desde que se conheceram viviam trocando farpas, xingamentos, mas sabia que no fundo era só uma maneira de esconderem o real sentimento que um tinha para o outro.
Decide por fim, dar privacidade para os dois.
Evan ainda um pouco travado começa a acariciar lhe os cabelos.
Zac suspira calmamente. Aceitando o carinho vindo do outro.
Era estranho, pois o mesmo era sempre tão infantil consigo muito babaca nas atitudes.
Evan: O que houve? – Pergunta já com os ânimos mais calmos e tranquilos. Com Zac tão assim entregue em seus braços esqueceu-se que estavam presos em uma livraria rodeada por zumbis. Estranho.
Zac: Asma! – É então que percebe uma bombinha entre suas mãos.
Evan: Não sabia que tinha asma... Tem muito coisa que eu ainda não sei sobre você...
Zac: Nem vai saber, só convivo com você por conveniência mesmo – Mesmo após um ataque de asma, não deixara de provocá-lo. Às vezes conseguia ser tão infantil quanto, não conseguia evitar.
Evan: Então você deveria ser mais discreto quando me ver – Sorri de lado – Quase baba quando eu passo por perto... – Responde bem perto do seu ouvido, onde roça levemente sua barba por fazer.
Zac: E-e-eu, n-não é não – Seu rosto rapidamente corou-se. Sentia-se encurralado.
Evan: Você fica uma graça todo vermelho – Acaricia lhe o rosto com a palma da mão, sentindo toda a suavidade e maciez.
Zac: O que esta fazendo? – Assustou-se ao ver o outro estar a milímetros de distancia com o rosto longe do seu. Estava sem saída com o corpo entre a parede e o seu corpo.
Evan: O que há muito tempo eu tenho vontade, mas agora nada mais pode me impedir, nem mesmo você – Põe seus braços de cada lado do corpo de Zac, o encurralando totalmente.
Zac: Ei! – Vira o rosto antes de o outro o beijar. Sente a barba parar em seu pescoço. Arrepia-se. Sente então dedos ásperos virar de volta o seu rosto.
Evan: Nada disso! – Em um piscar de olhos, ataca os seus lábios, o tentava beijar o mais delicado possível, quando sua vontade mesmo era de joga-lo contra a parede e estuprar aquela boca.
Para o beijo para sentar-se de costas a prateleira e puxa-lo pela cintura para o seu colo.
Zac: N-não, o qu...
Evan: Seja um bom menino obediente – Volta a atacar os seus lábios, agora adentrando a língua em sua boca. Zac antes consegue fechar a boca, mas volta a abri-la ao sentir o outro aperta fortemente o seu queixo.
Zac: Ahh! – Geme durante o ato. Permite o outro invadir sua boca, vasculhando todos os cantos possíveis. Decide se entregar, não havia, mas o porquê de negar tanto o que queria.
Evan sentido a entrega do outro, passa um braço por sua cintura o apertando mais contra si.
Passaram-se minutos e continuaram ali, beijando-se e sentindo um o calor do corpo do outro.
Encerram o beijo, precisavam recuperar todo o folego perdido.
Encostam a testa.
Evan: Então... – Respirava pesadamente – O que achou? – Sabia que tinha feito um bom trabalho, só precisava da confirmação do outro.
Não iria mentir fora o melhor beijo da sua vida.
Zac: Maravilhoso!- Sorri bobo. Já se esquecera do que ocorreu antes consigo.
Evan: Acho que já esta na hora de deixarmos essas brigas bobas de lado – O aproxima pela nuca – Eu quero realmente que você seja meu... Eu quero tentar, você não quer? – Pergunta dessa vez um pouco inseguro, uma coisa rara para si, mas se tratando do Zac...
Zac faz biquinho fingindo analisar a situação – Depende...
Evan: Paciência não é algo que eu tenho, sou impaciente e impulsivo, então para mim não existe “Depende”... E sim, iremos tentar sim – Responde arrogante. Já estava decidido.
Zac: Desde quando você decide as coisas por mim? – Cruza os braços. Ainda encontrava-se sentado em seu colo.
Evan: Desde agora, e vou logo avisando... Eu não decido, eu mando – Olha intensamente em seus olhos.
Zac: Você é um cabeça dura, isso sim... – Volta a fazer biquinho, pelo jeito seria difícil a paz entre os dois.
De repente ouvem barulhos estranhos e algo sendo arrastado pelo chão.
Ouvem vozes vindas do outro lado da livraria.
Zac: Vamos ver o que esta acontecendo...
- -
Lucy: Vocês acham que essa estante vai segura-los? – A porta de vidro rachava-se cada vez mais, e para tentar conte-los esvaziaram uma grande prateleira de livros e arrastaram até a entrada.
Estava um grande amontoado, mas não tinham muitas opções.
Henry: Sim, ela é muito resistente, mas que qualquer outra... Nós conseguiremos ficar por um bom tempo em segurança – Responde, mas não com toda a certeza...
Tudo no momento parecia ser incerto, e não tinha como piorar... Ou talvez estejam todos enganados.
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