História Quarentena - Capítulo Quatro

POV NARRADOR

 

Já se passaram meia hora dentro da livraria, presos, sem escapatória alguma. Enquanto ainda ouviam barulhos e gritos de socorro vindo de fora.

O Shopping todo virou uma cena de guerra. Mas uma guerra sanguentada, violenta... Vidros destruídos, sangue espalhados pelo chão e pelas paredes, decorações predadas, bancas destruídas, a praça de alimentação estava infestada deles...

Algumas pessoas que ainda não tinham sido infectadas tentavam salvar suas vidas, mas morrendo violentamente.

Corpos espalhados pelo chão... Os mortos vivos tomaram conta do shopping...

- Socorro! - Uma moça corria pelo corredor dos banheiros enquanto era perseguida. Tentava abrir uma das portas - Não! Abre... Por favor... - Não aguentaria mais correr, o seu peso não permitiria, seus pés estavam inchados. Pega uma lixeira que havia ali e joga neles - Me deixem em paz! Vocês mataram a minha amiga! - Chorava desesperadamente. Um aproxima-se a empurrando tão forte ao chão, que acaba por fraturar um osso - Ahhh! Não! Não! - Um, dois, três, vários chegavam jogando-se sobre si - Ahh! - Sua orelha é arranca pela boca do morto-vivo. Suas pernas, braços eram mordidos, sua pele era arrancada, sua barriga abrem um buraco arrancando violentamente os seus órgãos.

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Henry: Mas vocês sabem pelo menos quantas pessoas entrou no shopping antes de tudo isso acontecer? - Perguntava aos seguranças.

Nicholas: Isso. Precisamos saber quantos desses pode haver lá fora – Aperta Henry entre os seus braços em forma de proteção. Seu namorado era a pessoa mais preciosa de sua vida. O protegeria de tudo e de todos.

Jerry: O Rick talvez soubesse... Mas ele foi morto por eles – Era um grande colega de trabalho. Uma grande Perda – Ele era um dos que ficavam monitorando todo o shopping pelas câmeras de segurança... Mas pelo o que pude concluir enquanto trabalhava e observava, entre 60 a 100 pessoas, entraram no shopping antes do mesmo ser trancado por fora.

Mason: Sim, eram mais casais com filhos e também muitos adolescentes e alguns idosos – Lamentava internamente tudo isso estar acontecendo.

Rose: São muitos – Põe à mão a boca em espanto.

Lucy: Pior seria se tivesse mais, o shopping suporta muito mais que isso, sorte que o shopping ainda tinha sido aberto há poucos minutos antes disso acontecer – Pede silencio com a mão – Esse lugar tem cinco pisos e mais de 500 Lojas, com certeza deve haver uma saída daqui!

Mason: Não adianta...

Henry: Nós precisamos tentar – Põe-se a frente – Não podemos continuar aqui...

Mason: Vamos esperar mais um pouco, eles disseram que iriam mandar ajudar – Tentava convencê-los.

Nicholas: Esperaremos, mas se demorarem demais, já sabe...

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Rebecca estava preocupada, Nick piorava cada vez mais...

Zac: Você acha mesmo que foi a mordida que causou tudo isso?

Rebecca: Tenho certeza que sim... Ele estava ótimo até então... Olhe só para a mão dele – Pega em sua mão, enquanto o mesmo cochilava para ver se a agonia passava – Vê? Esta com uma aparência pior que antes, ele está pálido...

Evan: Isso não é bom, e se ele virar um deles?

Zac: Evan, não diga isso...

Evan: Vocês viram muito bem que foi através da mordida que todos virarem isso que são agora...

Rebecca: Não, não... – Não sabia o que exatamente  o que sentia por Nick, mas não deixaria ninguém machuca-lo – Ele irá melhorar – Seus olhos encham-se de lágrimas.

Suspira.

Evan: Certo, mas iremos ficar de olho nele – Vira-se para Zac – Precisamos saber se mais alguém aqui foi mordido...

Zac: Ok...

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Mason: Viu? Eu não tenho nenhuma mordida – Convocaram todos para assim puderem analisa-los.

Zac: Estão todos bem, nenhum foi mordido – Estava mais aliviado ao ver que os seus amigos estavam normais.

Rose: Por que estão fazendo isso?

Rebecca: Por que... Por que achamos que foi através da mordida que isso se espalhou...

Rose: Então se eu for mordida, posso virar um deles? – Pergunta incrédula.

Evan: Exatamente isso... Agora entendem o que dissemos?

Mason: Por isso que devemos ficar aqui, esperando a ajuda – Aproveitou-se da ocasião para fazer muda-los de ideia.

Nicholas: Não temos muita opção mesmo...

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Nicholas: Não fique assim, nós iremos sair daqui... – Dizia a Henry – Se não mandarem ajuda...

Henry: Eu já entendi Nicholas... Por favor, só fica assim comigo – estavam deitados em um confortável sofá.

Henry tentava a tudo custo tirar de sua mente, as cenas que presenciou hoje.

As luzes começaram a dar pane.

Os ares condicionados já não trabalhavam mais.

Rose: O que esta acontecendo?

Jerry: Provavelmente a energia esta ficando fraca... – Observavam as luzes apagarem e acenderem sem parar.

Zac: Eu não quero mais ficar aqui, eu quero ir para casa, ver meus pais, minha irmãzinha – Abraça-se fortemente a Evan – Estou com tanto medo...

Evan: Eu sei disso – O aperta – Mas você precisa ficar calmo para a asma não atacar de novo, ok? – O da um leve selinho.

Zac: Já tinha me esquecido disso...

Evan abafa um risinho.

Zac: O que foi? – Levanta a cabeça para cima, já que estava com a mesma encostada em seu peito.

Evan: Engraçado que para finalmente nos ficarmos juntos tivemos que ficar trancados dentro de uma livraria rodeada por... Hm, mortos-vivos que estão loucos para nos comer...

Zac: Isso não é engraçado – Se contagia pelo riso do outro, acabando por rir juntos – Para! – Dá um soco em seu ombro.

Evan: Que mão leve, nem senti...

Zac bufa cruzando os braços.

Evan: Meu irritadinho mais fofo desse mundo – O abraça por trás dando leves beijos em sua nuca.

Zac: E-evan... – Seus pelos arrepiam-se.

Um braço o circula pela cintura, apertando-o mais.

Os leves beijos dão lugar a mordidas, que vão se entisicando cada vez mais.

Zac: P-a-para – Sua pele entre o ombro e pescoço, já estava avermelhada, com mordidas que variavam de tamanho e profundidade. Tenta virar-se, mas o braço em sua cintura o prende mais forte.

Evan: Você tem um gosto de morango... Uma delícia – O lambe do pescoço ao ombro.

O solta.

Sorri ao vê-lo todo vermelho e com uma fofa expressão de irritação. 

Zac: Você gosta de morder? Então me deixa te morder também! – Zangado coloca a mão em seu pescoço que estava doendo.

Evan: Não gosto que me mordam... Se fizer isso vai levar tapinha na bunda – Sorri ao ver o outro corar mais ainda.

Zac tenta se levantar, mas é puxado pelo braço caindo em seu corpo.

Evan: Aonde você pensa que vai? – O prende entre os seus braços.

Zac: Para longe de você! – Se remexe, sentindo algo duro bater em sua coxa. Seu rosto queima, o outro estava...

Evan: Vê-lo desse jeito me deixou extremamente excitado – Pega em sua delicada mão a colocando em cima do seu membro – Viu só? – Sussurra em seu ouvido.

Zac: M-me solta – Por pouco não solta um gemido. Sente uma forte respiração bater em seu pescoço.

Evan: Não irei solta-lo, nem mesmo que queria – O aperta mais forte – Você é sensível, deve estar tão excitado quando eu estou – Disse ao nota-lo tão duro quanto si.

Zac não esperava por isso, o pegou no flagra.

Zac: N-nos estamos aqui... Aqui presos dentro de uma livraria... Rodeada por coisas e você fica aí pensando nessas coisas – Seu nervosismo por pouco não o deixava falar. Embolou-se em suas próprias palavras.

Evan: Certo, certo... – O deixa livre – Mas quando sairmos daqui – O olha bem nos olhos – Você não me escapa.

Engole em seco.

Zac: Se sairmos vivos daqui, não é...

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Lucy: Esse estante não irá segurar eles por muito tempo – A porta e as paredes de vidro rachavam-se cada vez mais.

Henry: Precisamos fazer algo para distrai-los – Não tinha outro jeito.

Nicholas: Cadê essa merda de ajuda que não chega, hein? – Encurrala um dos seguranças.

Mason: E-eu – Seu celular toca – Alô?

- Nós já estamos preparados para entrar, onde vocês se encontram?

- Livraria Submarine, terceiro andar.

- Estaremos entrando em vinte minutos.

Mason: Estão de brincadeira, não é? Nós estamos encurralados, tem umas nove pessoas aqui dentro... Estamos todos em risco. O que diabos esta acontecendo? O que é isso tudo?

Não tem resposta. A ligação deu-se por encerrada.

Mason: Desgraçados! – Taca o celular na parede.

Nicholas: O que disseram?

Mason: Que estarão aqui em vinte minutos – Trinca os dentes.

Rose: Nem explicar, explicam o que está acontecendo?

Evan: Não já é obvio?

Jerry: Isso não segura eles por muito tempo, temos que sair daqui...

Lucy: Tem dois tubos de ventilação bem aqui – Aponta para o teto - Nós poderemos entrar em um deles e assim entrar em outra loja...

Henry: É uma boa ideia, mas não acho que cabe todo mundo – Olha para Nicholas – Não sei se você e o Evan conseguiriam passar pelo tubo...

Nicholas: Fique tranquilo – Carecia-lhe o rosto – Nós iremos dar um jeito...

Evan: Antes de tudo temos que estar bem armados, caso sejamos atacados...

Jerry: Tem um pequeno depósito no quinto piso – Pronuncia-se – Lá tem algumas armas, que são guardadas caso haja alguma emergência ou algo do tipo... E bem... Isso é mais que uma emergência...

Nicholas: O que você sugere?

Jerry: Que se queremos estar mais protegidos, teremos que ir até lá...

Mason: Não acredito nisso... Você quer arriscar nossas vidas por tão pouco?

Evan: Cala a boca! – Grita – Se você quiser ficar aqui e ser morto, ótimo... Mas nós iremos fazer de tudo para sairmos daqui – Estava a ponto de socar o homem se não fosse Zac lhe segurando.

Nicholas: Certo. Não tem outro jeito, eu irei sim – Se dispõe a ajudar.

Evan: Também irei.

Henry: Nicholas – O puxa pelo braço – Você não vai me deixar, não é? – Pergunta inseguro.

Nicholas: Meu amor... Não temos outro jeito, estou fazendo isso por todos nós, mas principalmente por você – O abraça, baixando o tronco – Eu te amo tanto, tanto... Farei qualquer coisa para você ficar em segurança...

Henry: Eu sei... Eu também te amo – Na ponta dos pés, o beija – Só tome cuidado, ok? – Colam a testa.

Nicholas: Tomarei sim...

Zac e Evan se despedem.

Evan: Nós vemos em breve, ouviu gatinho? – Não se contendo, o pega pelas coxas circulando a sua cintura.

Zac: Evan me coloque no chão! – Distribui tapas por todo o seu peito e rosto – Agora, seu desgraçado! – Exige.

Evan rir, o beijando enquanto o colocava de volta ao chão.

Evan: Não irá me desejar sorte?

A expressão em seu rosto muda.

Zac: Só tome cuidado, por favor – Não tinha como não ficar preocupado. Aproxima-se o abraçando pela cintura.

Evan: Tomarei meu irritadinho...

Jerry: Vocês estão prontos?

- Sim! – Evan e Nicholas respondem.

Mason: Eu irei também...

Evan: Não diga que mudou de ideia? – Pergunta irônico.

Mason: Não tem como eu passar pelo tubo de ventilação...

Jerry: Certo... Vocês – Aponta para os outros – O tubo fica no teto, iremos ajuda-los.

Rose: Mas espera... – Olha para Lucy e Henry – Tem certeza que é seguro.

Henry: Você não acha que eles têm a capacidade de entrar num tubo de ventilação, não acha é?

Rose: Não sei...

Lucy: Fique tranquila, nós estaremos todos juntos – Apertam as mãos, cumplices.

Rebecca: Alguém me ajuda aqui com ele! – Ajudava Nick a se levantar do chão.

Evan: Não sei se é uma boa deixa-lo com vocês – Os ajuda.

Nicholas: Também acho!

Henry: Não vamos deixar ele aqui, ele vem com a gente – Estava decidido.

Nick: Eu estou bem, juro – Sua voz estava mais fraca. Sua aparência já não era mais a mesmo de antes.

Evan: Certo, mas fiquem de olho nele...

Jerry: Quem vai entrar primeiro? – Pergunta apontando para a pequena entrada do teto.

Lucy: Eu vou!

Em impulso, a joga para cima.

Lucy: Consegui!

E assim um por um foi entrando.

Henry: Meu celular esta descarregando, então por favor, quando já tiverem conseguido pega as armas, me ligue que eu digo onde estaremos – Avisa para Nicholas.

Jerry: Sobre isso... Não tem nenhum sinal dentro do shopping, todos os celulares não estão nenhum pegando...

Henry: Como assim? – Retira o celular do bolso.

Rebecca: O meu também não esta pegando...

Henry: E agora? – Da entrada do tubo de ventilação olhava para os quatro no chão.

Evan: Vão para aquela loja de brinquedos infantis, esse tubo passa por lá – Fala mais alto para os outros o ouvirem do alto.

Henry: É seguro?

Evan: Sim, a loja esta livre. Ela não foi aberta, não se preocupem – Os tranquiliza – E Henry – O chama – Cuide de Zac por mim...

Zac: Eu ouvi isso viu! – Grita.

Henry: Prometo que irei – Manda um beijo para Nicholas.

Nicholas: Ei! Fecham essa entrada!

Henry fez como foi pedido.

Rebecca: Certo, onde fica essa loja de brinquedos? – Pergunta.

Por onde estava a Lucy na frente, C om Zac atrás, Rose em seguida de Henry, Rebecca e por último Nick.

Henry: Um pouquinho longe...

Nick: Meus joelhos estão doendo – Estava cada vez mais fraco. Não iria aguentar ficar naquela posição por muito tempo.

Rebecca: Aguente só mais um pouquinho que iremos sair daqui – O olha preocupada – Você irá ficar bem...