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História Quarto 112 - Encarar


Escrita por: makaalbarn1485

Notas do Autor


Essa é a minha primeira fanfic johndo e eu a dedico a minha amiga lindona chamada Ana Letícia vulgo @princedoyochi no twitter e @exopoem aqui no Spirit! Por causa dela eu to me afundando nesse ship! kkkk mas a gente ama se afundar em um casal legal né? Enfim, espero que vocês gostem e que vc mana, goste disso aqui tb!
Resolvi dividir em 2 capítulos pra não ficar tão grande, logo mais posto o próximo!

Capítulo 1 - Encarar


 

Quarto 112

Encarar

 

 

Johnny acordou com uma puta dor de cabeça naquele quarto escuro. Foi abrindo seus olhos aos poucos e com as mãos ainda na testa olhou para o lado. Ele já não estava mais lá. Procurou na mesa de cabeceira ao lado se havia algum bilhete e nada, sentindo a frustração lhe consumir. Não sabia bem como explicar, mas aquela havia sido sua melhor noitada em anos, o melhor sexo que podia lembrar, e não sabia nem o nome do cara com quem havia dormido. Lembrou do quanto ele foi sincero consigo na noite passada.

— Não precisamos saber o nome um do outro, só vamos transar não é mesmo? 

— Se você quer que seja assim então tudo bem. — concordou a contragosto, mas não queria perder a oportunidade de estar ao lado daquele homem maravilhoso.

E foi com esse pensamento que sorriu ao levantar daquela cama e vestir suas roupas. Foi com esse pensamento que saiu daquele quarto de hotel e correu para a primeira cafeteria que achou, ainda precisava correr para o escritório, e ficar acordado pelo dia inteiro era necessário.

●●

 

3 Meses depois

 

— Johnny, você vai a um evento amanhã de marketing digital no meu lugar e vai coordenar toda a operação com a nova empresa que será nossa parceira.

— Mas Sooyoung, você é a chefe aqui e eu sou apenas o diretor, porque eu tenho que ir em um evento de ceo’s? — Johnny indagou, recebendo uma papelada das mãos da mulher e andando até sua sala.

Joy, como era conhecida por todos ali, era uma mulher na casa dos trinta e cinco e que já havia conquistado sua própria empresa de marketing digital há uns bons oito anos, conquistando um espaço considerável no meio de empresas grandes no ramo. Johnny era seu melhor amigo desde a faculdade e quando a garota decidiu investir no ramo, convidou o Seo para ajudar, lhe dando o cargo de diretor dos negócios. Era como se ambos fossem os donos por terem fundado a empresa juntos, mas Johnny não queria tanta responsabilidade em suas mãos, por isso ficava um tanto aflito em ocasiões como essas, de eventos de ceo’s e toda essa pompa de grandes negócios que o deixava desconfortável. Mas tanto a amiga quanto ele sabiam que toda essa pompa fazia parte, por isso insistia para que o Seo participasse o máximo possível de tudo.

Park Sooyoung sorriu quando ouviu a indagação e esperou o amigo sentar em sua mesa para se apoiar ali e encará-lo bem nos olhos. Joy era linda, e quem não achasse isso seria um louco, e para Johnny não era diferente. Imediatamente lembrou de quando tentaram engatar um romance, mas que logo foi descartado ao verem que não daria certo. A coisa que mais gostava nessa amizade é que ela permanecia, mesmo com todos os problemas que houveram ao longo do caminho.

— Johnny, você sabe que vou viajar a negócios para o Canadá e só voltarei daqui a duas semanas, ou mais, não sei. — explicou. — Por isso preciso que faça isso em meu lugar, e você disse bem! É o diretor e por isso tem capacidade para realizar tal trabalho.

Ela sorriu e deu uma piscadela para o amigo, desencostando da mesa e virando-se para sair. Johnny, que estava concentrado nos papéis das empresas verificou rapidamente o nome de uma das concorrentes júnior com quem precisaria trabalhar.

— Ei! — chamou, vendo a amiga voltar.

— O quê?

— Então vou ter que trabalhar com essa empresa? KD Marketing digital?

— Sim.

— Quem é o CEO?

— Seu nome é Kim Doyoung, você vai conhecê-lo no dia. Ele é um cara um tanto… — Johnny prestou atenção no olhar vago da mulher. — Único, digamos assim. 

Johnny a encarou e franziu a testa, queria entender o que ela quis dizer com “único”.

— Bom, preciso ir, meu voo é hoje pela tarde, qualquer coisa me passa uma mensagem ou me liga.

— Você quer que te leve ao aeroporto?

Ela negou com a cabeça, fazendo um gesto com as mãos para baixo.

— Nah! Não precisa, eu peço um uber.

— Me manda a localização quando sair, não confio nesses caras.

Joy riu alto.

— Pode deixar mocinho, pode deixar. — sorriu, deixando o amigo a sós com seus devaneios.

Johnny encolheu na cadeira, suspirando profundamente, teria que trabalhar com pessoas que nunca viu na vida. Esperava que ao menos não fossem um bando de cuzões.

●●

 

Sexta-feira e Johnny só queria morrer. Era chegado o dia da reunião e o rapaz já havia experimentado tantos ternos que já nem sabia mais o que iria vestir. Pensou em ligar para Joy, mas a amiga a essa altura do campeonato podia estar descansando da viagem ou podia estar em alguma reunião, e não queria incomodá-la com nada. Odiava essas festas como ninguém, muitos desses empresários eram um bando de urubus e até entendia o porquê de algumas mulheres evitarem de ir. Tentava ajudar Park Sooyoung nas ocasiões em que homens queriam tirar alguma liberdade sem consentimento com ela. A amiga apenas ria e mandava todos para seus lugares de direito, a lata de lixo! E Johnny a amava e respeitava com todo o seu coração, e justamente por isso a noite teria que ser a melhor possível para conseguir a parceria com a empresa júnior e assim conseguir alavancar os negócios.

O evento seria em um hotel luxuoso de Seul e por isso decidiu vestir seu melhor terno para aquela ocasião. No fim se tocou de que sim, precisava causar a melhor impressão, afinal era o Diretor da Young Marketing e seu visual precisava ser o mais destruidor possível. Olhou para o espelho e sorriu, orgulhoso de si mesmo e de sua imagem. Pegou as chaves do carro e seu casaco, seguindo para a garagem, precisava se apressar e chegar cedo no local.

O caminho foi um pouco conturbado por conta da chuva que não estava em seus planos. Por sorte tinha um guarda-chuva pequeno jogado em algum lugar pelo carro, então sentia-se mais tranquilo. Apesar da noite coberta pela névoa e chuva forte, estava achando tudo muito lindo. Era uma sexta-feira afinal, não teria preocupações no sábado pela manhã, a não ser que o ligassem para resolver algum eventual problema na empresa. De qualquer forma não estava preocupado, sua preocupação estava toda direcionada para o evento.

Encostou o carro com cautela naquele estacionamento molhado, pegou seu sobretudo e o guarda-chuva, seguindo com pressa para o hotel. No caminho verificou a hora em seu celular e apressou mais os passos. O evento já havia começado fazia 10 minutos.

Avistou a grande entrada do hotel de luxo e ficou admirado com toda a grandiosidade que o prédio emanava. Deixou o sobretudo em um enorme cabide, o guarda-chuva com um dos seguranças do evento e correu para sentar em uma das mesas reservadas. O anfitrião já dava seu discurso e a única coisa que Johnny queria era achar seu lugar. Procurou por seu nome e o nome da empresa em todos os lugares e suspirou aliviado quando achou sua mesa no canto esquerdo do salão, sentando-se rapidamente e tentando não chamar muito a atenção. Sabia que assim que entrou naquele lugar foi inevitável ver que algumas pessoas passaram a observar seus passos, mas sentia-se mais tranquilo agora que estava fora das vistas de praticamente todos. Antes de se atentar a palestra observou os nomes dos outros convidados na mesa onde estava e viu a etiqueta com o nome Kim Dong-young no outro lado da mesa, em frente a sua etiqueta. O lugar estava vazio, levantou seu olhar para ver ao redor se alguém se aproximava da mesa, mas pelo visto o cara chegaria mais atrasado do que ele. Deixou a curiosidade de lado e tratou de observar os outros empresários ao seu lado e os cumprimentar com um aceno de cabeça, logo voltando sua atenção para a palestra.

Com alguns minutos, depois de já ter tomado o terceiro copo de champanhe ouviu uma voz.

— Olá, olá, me perdoem o atraso…

Johnny gelou na mesma hora, parando a taça em sua boca. Respirou fundo e observou bem o homem que sentava à sua frente e cumprimentava a todos de um jeito frenético. Encarou aquele rosto e depois a etiqueta, o rosto e a etiqueta novamente e quase se engasgou com a bebida parada em sua garganta. Kim Dongyoung, era ele!

Queria culpar o champanhe, ou aquela palestra insuportável; queria que alguém chegasse por trás de si e gritasse que tudo não passava de uma pegadinha idiota, e que as câmeras estavam por toda parte. No entanto, não podia negar mais, Kim Doyoung era mesmo o cara que havia passado a noite há uns bons três meses praticamente. Sua vontade era de gritar por ele, dizer que estava feliz por tê-lo encontrado novamente, mesmo pensando que nunca mais o veria na vida, mas já não tinha coragem para tal ação. Tentou chamá-lo com gestos leves, mas o homem não o encarou nenhuma vez, como se quisesse evitá-lo a todo custo. Johnny já não sabia mais o que fazer. 

Dessa vez encheu a taça de vinho e tomou tudo em um gole só, observando Doyoung que falava com todos da mesa, mas não lhe dirigia a palavra. Sentia-se chateado com aquele tratamento, nunca foi de ignorar pessoas com quem teve seus rolos na vida, mesmo que não quisesse mais nada com essa pessoa. Sabia ser sincero e encerrar tudo amigavelmente.

Parou de tentar ter um contato visual com aquele cara e se pegou a lembrar da noite com Doyoung. Tentou segurar o riso safado, havia sido sua melhor noite em anos. Kim Doyoung era mesmo um grande conquistador, e tinha uma lábia como ninguém. Johnny riu um pouco mais consigo mesmo, constatando que ser dono de empresa de marketing combinava mesmo com o cara a sua frente. Ele tinha cara de esnobe e outras coisas mais que não queria nem pensar naquele horário, por ser ainda muito cedo.

— Então peguem o contrato que está aí no meio da mesa de vocês e olhem com quem irão trabalhar. — o anfitrião disse.

Johnny e os outros empresários pegaram seus envelopes e o abriram. Não foi surpresa para o Seo quando constatou o nome de Kim Doyoung ali. Levantou o rosto na direção do CEO e pela primeira vez foi encarado de volta. Manteve-se sério, não queria demonstrar fraqueza nessa hora, aqueles homens eram piores que animais em uma selva.

— Então vou trabalhar com você Seo Johnny? — Doyoung indagou, com um sorriso de lado, inclinando-se na cadeira e cruzando os braços. — Pensei que seria com a Park Sooyoung. 

Johnny não desviou o olhar e apenas sorriu de volta.

— Sim, será comigo. Sooyoung está ocupada com outros negócios e eu como diretor posso assumir esse desafio. E espero que seja um ótimo desafio...

Doyoung nada disse, apenas assentiu com a cabeça, passando os dedos por seu cabelo sedoso. Johnny engoliu seco, tentando não passar mal com aquele pequeno gesto. Estava sendo complicado só olhar para aquele rosto bonito, imagina observar aqueles dedos que sabiam fazer mágica?

O anfitrião encerrou sua palestra e avisou que todos podiam aproveitar o resto da festa comendo e bebendo à vontade. Doyoung foi o primeiro a pedir licença e saiu da mesa, seguido dos outros. Johnny acordou de seu devaneio sexual e permaneceu ainda um tempo lá, tentando não surtar com tudo acontecendo tão rápido naquela noite. Não queria se fazer de sonso, precisava conversar com Doyoung sobre o envolvimento que tiveram para que pudessem trabalhar sem problemas um com o outro. Por isso, tomou coragem e foi atrás dele pela multidão de homens e mulheres engravatados e com taças na mão. Procurou em todos os lugares e não o achou em nenhum lugar, sentiu um nervoso na boca do seu estômago, será que ele já tinha ido embora?

— Boa noite, desculpe interromper sua conversa. — Johnny disse, cumprimentando o anfitrião da festa, recebendo o cumprimento de volta. — Mas por acaso viu Kim Dongyoung por aqui?

O homem pensou um pouco e apontou para uma das saídas do salão.

— Ele foi lá para fora, deve ter ido fumar.

— Certo, obrigado.

Johnny se curvou em agradecimento e apressou os passos, pedindo licença por onde estava passando, e respirando aliviado quando chegou onde queria. Parecia uma espécie de sacada e imaginava que servia para quem quisesse fumar. Algumas pessoas fumavam em um canto afastado inclusive, mas Doyoung estava do outro lado, apenas bebendo seu whisky e admirando a paisagem bonita e nublada de Seul. Ele parecia intocável, belo e único. Johnny respirou fundo antes de se aproximar, seu coração batendo forte e o nervosismo tomando de conta. Passou os dedos pelos cabelos um pouco desgrenhados e encostou na sacada ao lado do Kim, sentindo o olhar alheio a lhe analisar imediatamente.

— Veio para fumar? — Doyoung logo perguntou. — Se veio, melhor ficar com o grupinho ali. — fez um gesto de cabeça, indicando o outro lado. — Eu não gosto muito de fumaça.

— Não, não. — Johnny tratou de logo responder. — Eu não fumo.

Um silêncio pairou sobre ambos. Johnny enfiou as mãos no bolso da calça e olhou de esguelha para Doyoung, sentindo um leve incômodo em seu estômago. Não lembrava de ter reparado tanto em sua beleza naquela noite, mas agora sentia-se intimidado por ela. Kim Doyoung era realmente lindo, daqueles que você podia admirar por horas e horas e mesmo assim não ficaria cansado. 

— A noite tá bonita hoje né? — Johnny perguntou, em uma tentativa de quebrar o gelo.

Doyoung tomou mais um gole do whisky, deu um suspiro demorado e olhou para Johnny.

— Está sim…

Ficaram um bom tempo ali, apenas admirando a paisagem e Johnny não estava mais aguentando aquele clima esquisito entre ambos. Sabia que poderia estar sendo invasivo, mas decidiu que seria a hora de falar sobre a noite com ele. Aproximou-se mais de Doyoung e o encarou, sério e decidido.

— Olha, sei que você disse que deveria ter sido nosso último encontro naquela noite, mas não posso deixar de comentar isso e… E no quanto é uma enorme coincidência a gente se ver aqui e ainda trabalhar juntos! — riu um pouco e abaixou a cabeça, passando os dedos longos pelo cabelo um pouco grande.

Doyoung franziu a testa, não podia negar que havia prestado atenção até demais em Johnny naquela noite. Encarou-o bem e constatou o quanto ele era sensual, e louco também.

— Do que você está falando? — questionou, confuso.

Johnny coçou a nuca, encucado.

— Ora, da noite em que a gente transou!

A surpresa nos olhos de Doyoung  foi tão grande, que travou por uns segundos onde estava para processar a informação.

— A gente transou?

Johnny se aproximou mais dele e sorriu.

— Sim, lembro que estávamos em uma festa e tivemos uma conexão… — começou a explicar em um tom mais baixo para não dar tanto na vista. — Nós alugamos o quarto 112 se me lembro bem e você disse que achava melhor que a gente não soubesse o nome um do outro e assim foi. — terminou de dizer, dando de ombros.

Doyoung terminou de tomar todo o seu whisky em um gole só, olhou para o horizonte e começou a rir. Johnny o encarou mais confuso ainda, não conseguia entender qual era a tal da graça. Doyoung se aproximou mais do Seo e o encarou com um riso enviesado e um olhar de deboche.

— Eu costumo lembrar das pessoas com quem transo sabe, mas não lembro mesmo de você. Desculpa. — disse, levantando o copo de whisky e saudando Johnny, que estava perplexo com a atitude. — Talvez não tenha sido uma noite tão memorável assim, já que eu esqueci não é? — deu de ombros e saiu, deixando o outro confuso e sozinho.

●●

 

Johnny acordou com uma dor de cabeça lancinante, pensando se deveria tomar logo um remédio, mas a preguiça de levantar era grande demais naquele momento. Passou os dedos longos por seu cabelo bagunçado e olhou um pouco atordoado para o lado, vendo seu celular quase cair da mesa de cabeceira, por causa da vibração. Alarmou-se e estendeu a mão direita para pegar o objeto que não parava de tocar.

— Oi, oi. — respondeu à chamada ainda com sua voz de sono.

— Johnny, ainda dormindo à essa hora?

— Sim, hoje é sábado, não tenho que ir pra empresa, esqueceu?

— Você está louco? Esqueceu que é o Diretor e está encarregado da empresa em meu lugar?

Johnny quase caiu da cama com o susto. Tinha esquecido que havia ficado encarregado do escritório pelos dias em que Joy precisava resolver assuntos no Canadá. Seus sábados não seriam mais de folgas e sim de muito trabalho pela frente.

— Me perdoa e não desiste de mim Park Sooyoung! — implorou. — Prometo que vou correndo para lá agora.

— Hmm… é bom mesmo viu? 

Johnny levantou com pressa, segurando o celular entre o ouvido e o ombro e correu para o guarda-roupa, precisava de uma roupa legal para o trabalho. 

— Mas vem cá, como foi a reunião ontem? Conheceu o Dongyoung?

“Nem me fale, preferia realmente nunca ter visto esse homem na minha vida” era o que Johnny queria responder na mesma hora. Respirou fundo, fingindo estar bem com o que ouvira daquele idiota e botou um sorriso nos lábios.

— Hehehe… Nossa… foi bom sabe… Ele parece ser um cara legal, mas um pouco na sua, não conversamos muito.

— Nossa… Pensava que ele era um cara alegre. Ao menos foi isso que senti quando nos falamos pelo telefone.

— Ah, mas não esquenta que eu e ele vamos nos dar bem! — Johnny disse, sabendo o quanto estava mentindo. — Agora me fale sobre sua viagem!

●●

 

Johnny atrasou ainda mais uns quarenta minutos até chegar no escritório por ter ficado preso no telefone com sua chefe. Sooyoung mal havia chegado no país e já tinha uma crush em um carinha que conhecera na primeira reunião de negócios. Ele parecia ser um cara legal pelo que suas falas animadas indicavam, mas Johnny sempre se sentia preocupado com a amiga, que parecia se apaixonar e desapaixonar rápido demais tanto por homens como por mulheres. Já ele, queria muito não se entregar logo de cara para as pessoas e nem apaixonar-se tão rápido assim, queria poder ser desprendido de sentimentos, como certas pessoas pareciam ser, mas infelizmente botava os pés pelas mãos em todos os seus relacionamentos.

Ao chegar em sua sala viu um envelope branco, lacrado em cima da mesa. Sentou na cadeira e verificou, não havia nada escrito.

— Johnny, alguém passou aqui mais cedo e deixou esse envelope, como você não estava aqui pela manhã, eu mesmo recebi.

— Quem era?

— Hmm… Acho que seu nome era Doyoung.

Johnny franziu o cenho, um pouco assustado por saber quem era o dono do envelope.

— Tudo bem, obrigado Jaemin.

O estagiário assentiu, cumprimentando e saindo da sala. Johnny olhou desconfiado para o envelope, não sabia do que se tratava e tinha até um certo medo de saber. Havia colocado seus números e informações no envelope que deixara com o Kim na noite passada e esperava  ao menos uma ligação antes de qualquer coisa. Deu de ombros e abriu o bendito envelope.

Tirou algumas folhas de dentro e viu um recado escrito a mão em folha amarela.

“Bom dia! Trago aqui as minhas propostas para nossa tarefa, espero que se interesse. Por favor, enviar para mim com sua resposta e correções o quanto antes para iniciarmos na segunda-feira sem falta”

Kim Dongyoung

Johnny riu alto, realmente ele era como Joy havia dito: único. E pelo visto um mandão do caralho. Se tinha algo que o tirava do sério era essa pressão para fazer coisas o mais rápido possível. Verificou todos os panfletos e suas três ideias para o programa de marketing eram uma campanha para alavancar uma pequena agência de modelos, um salão de beleza ou um grande restaurante da cidade. Não sentiu originalidade em nenhuma daquelas campanhas e riscou tudo, não fazia sentido trabalhar com modelos, nem com salão de beleza, eles já tinham como alavancar com seu próprio marketing. O grande restaurante nem se fala, se já era grande porque precisava ser promovido? Doyoung não parecia pensar que o objetivo era promover algo pequeno. O rosto do Seo iluminou-se ao perceber o que poderia ser. Em vez de um grande restaurante, poderiam trabalhar com pratos originais de restaurantes pequenos de itaewon, que era um ambiente mais livre, despojado e jovem. O trabalho com esses pequenos restaurantes atrairia mais a clientela e poderia até mudar a visão de que somente restaurantes renomados possuem comida boa e original. Johnny escreveu um texto enorme, explicando como queria fazer aquele trabalho e imediatamente enviou por email. Esperava que Doyoung aceitasse sua proposta.

Passou o restante do dia vendo mais e mais papeladas e quando já era umas seis da noite, pegou suas coisas e se mandou para sua casa. No caminho verificou seu email e não havia nada de resposta dele. Ficou na sua e decidiu que era bom ficar na sua, ele quis uma resposta imediata e se não podia devolver com outra imediata não poderia cobrar depois.

●●

 

Segunda de manhã e Johnny já estava a caminho do escritório. Verificou novamente seu email. Nenhuma resposta de Doyoung. Definitivamente se ele aparecesse em sua frente o xingaria até a quarta geração por ser um arrogante de merda naquela maldita carta sem originalidade. Johnny sentia mais do que ninguém que deveria ficar sim indignado com o Kim por ter sido tratado da forma que foi, tanto pessoalmente, como por aquele recado ridículo e ainda escrito a mão.

Estacionou com pressa o carro e correu pela entrada lateral do prédio comercial, seguindo rapidamente para o elevador. Respirou fundo da correria e apertou o botão 5, onde ficava a sede da empresa. Mas, o elevador foi impedido de fechar por uma mão que se enfiou no meio, afastando a porta e fazendo Johnny se alarmar. Ao olhar para cima viu que se tratava de nada mais, nada menos que Kim Doyoung em sua frente.

 


Notas Finais


E aí curtiram esse primeiro capítulo?? Ainda tem mais coisas pra acontecer com esses dois kkk
Inclusive vão lá ler a fanfic incrível da Lele! Paradise é um hino! https://www.spiritfanfiction.com/historia/paradise-16742581
Se alguém quiser me seguir no twitter fique à vontade! @makaalbarn1485
tb to postando essa fic lá no ao3 se alguém quiser ver por lá!
https://archiveofourown.org/works/24328243/chapters/58656673


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