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História Quarto Quarenta e Oito - TRINTA E SETE - Você Ama Alguém?


Escrita por: SweetNightmaree

Capítulo 39 - TRINTA E SETE - Você Ama Alguém?


P.O.V. Justin Bieber

Noto a atenção dos representantes desocupados voltada à breve fala da Margo, então passo a encara-los de forma que os mesmos ficassem constrangidos. Me levanto ajeitando o terno em meus ombros, eu sentia o suor escorrer pela lateral do meu corpo, mesmo com os ar condicionados ligados, fazer o quê, tudo pela formalidade.

- Responderei todos amanhã - Falo em uma breve despedida e sou seguido desesperadamente pela Margo - Algo que eu deva saber?

- Ela diz estar no quarto senhor - Me responde enquanto tentava acompanhar os meus passos e parecia anotar algo em sua pequena prancheta - Mas não diz qual.

- Não precisa - Murmuro e por um instante paro de andar e a observo, ela ia mesmo ficar me seguindo? - Tem nada pra fazer não?

- Desculpa senhor - Ela abaixa a cabeça em uma breve negação logo após se retira.

A Margo não era a melhor das melhores, a Amber faltava muito, bom até com razão, e de maneira alguma eu poderia ficar sem uma secretaria, Margo a qual foi esperta o suficiente e leu o contrato antes de assina-lo, principalmente nas reuniões. Ainda no corredor do meu andar noto um casaco de pele jogado no chão, franzi brevemente as sobrancelhas, aquilo com certeza não era comum, com bastante malícia, esse hotel já teve uma camareira melhor.

Um vestido longo azul estava preso à maçaneta pela alça fina, aquilo me instiga, era de se esperar já que vinha da Amber. O quarto estava escuro à parte, já que a luz que vinha do banheiro iluminava fracamente o resto do quarto, que ela estava na cama era notório devido ao seu volume sobre o cômodo, me aproximo a ponto de me sentar ao seu lado na cama e levo um carinho pesado aos seus cabelos assim os afastando do seu rosto onde deixo um tapa assim a despertando da manha.

- Você é uma péssima atriz - Falo ligando o abajur ao lado da cama e arco as sobrancelhas ao notar a minha gravata em seu pescoço, pelo menos ela soube dar o nó - O que você quer?

- Não liga! - Ela se debruça sobre o meu corpo e desliga o abajur novamente deixando com que a péssima iluminação do banheiro tome conta do quarto. - Você aprendeu a estragar tudo à parcelas? Porque até hoje você faz isso.

- Não brinca? - Respondo a um tom de ironia enquanto olhava a sua silhueta através da sombra, uh alguém quis atrapalhar a minha reunião. - Eu não tenho todo o tempo do mundo.

Ela não me responde, nem se quer muda a expressão em seu rosto onde acerto mais um tapa em repreensão a aquele ato, suas mãos abriam os botões do meu paletó e alcançam a ponta da minha gravata, por mais que eu fizesse força para ficar parado a gravata continuava a fracamente incomodar o meu pescoço por resultado da força colocada, sou obrigado a permanecer com o meu rosto próximo ao dela de forma que a mesma o beijava, vai, um ou dois arrepios, e ainda sim insistia em beijar os meus lábios sem ser retribuída em momento algum, eu queria ver até onde a paciência dela iria, eu já sabia o seu jogo, e era fácil de mais. 

Suas mãos entram por debaixo da minha camisa social antes mesmo de terem os seus botões aberto, poucas vezes ela me tocou, poucas vezes mulher qualquer me tocou, eu não permitia então ela não teria o livre arbítrio de maneira tão rápida e fácil, repreendo o seu ato sem agressão e a mesma entende de forma que retira as mãos e passa a ocupa-las em abrir os botões, sua boca era ocupada por beijos em meu maxilar, pescoço, lábios e até mesmo em meu rosto, as vezes eu conseguia ouvir-la sussurrar o quanto queria ser minha, que por pelo menos uma noite eu a fizesse minha como nunca tinha feito outra mulher, mal sabia ela que já era minha propriedade antes mesmo de assinar o contrato.

- Vamos Justin - Ela implora por retribuição enquanto colocava o meu rosto ao encontro do seu pescoço - Por favor.

Era notória a sua inquietação, a ansiedade do seu corpo para que apenas um toque fosse retribuido, a mesma torna a por a mão em meu corpo e apenas para relembra-la aperto o seu braço porém a mesma insiste a medida que eu colocava mais força, escuto um baixo choro da sua parte porem a mesma nem se quer move move as mãos até que a sua dor se transforme em uma breve lágrima, aí sim ela não só tirou as mãos como se encolheu abaixo de mim, sorrio de canto com a sua imagem mais frágil, achei que ela já soubesse que eu não a obedeceria.

Distribuo alguns beijos lentos por toda região dos seus ombros até que os mesmos cheguem ao seu pescoço, onde intensifico os mesmos e por um breve momento eu me permito sentir o seu perfume, eu já havia sentido outras vezes claro, mas nunca como agora, tão intensamente, era inexplicável a mistura de cheiros fortes e ao mesmo tempo suave, era um tanto doce também, sinto um braço dela passar por minha nuca assim como uma das suas mãos pousa em meu maxilar fazendo com que os nossos lábios se unam por vontade própria, como se os dois tivessem suas próprias vidas e aquilo fosse impossível negar.

Apoio o meu braço ao lado da sua cabeça de forma que eu sustentasse o meu próprio peso, minha mão toma direção ao seu rosto, e por contrário das outras vezes eu não a bato, meus dedos deslizam a pele avermelhada de tapas anteriores enquanto as nossas línguas pareciam travar uma guerra pelo controle da outra, foram poucas as vezes que a beijei, que realmente a beijei, era possível contar nos dedos e olha lá se eu cheguei a beija-la. Algumas memórias de breves relacionamentos passados se aglomeram em minha mente, elas ferviam, se misturavam e praticamente criavam uma única lembrança.

Quando ela mais uma vez toca o meu corpo, mesmo após ela ter me "vencido" pela insistencia, eu afasto a sua mão e consequente caio a mim sobre o que eu fazia logo me afasto também, mantenho a expressão séria, com os olhos um tanto perdidos nos lençóis bagunçados enquanto eu tentava organizar a minha mente, ela se senta a minha frente e novamente tenta iniciar um beijo mas desiste após algumas tentativas falhas.

- Justin não faz isso - Usa a manha e toca o meu rosto assim fazendo com que a minha atenção voltasse a mesma.

Durante todos aqueles meses sempre vi a Amber como uma mulher, mesmo com a pouca idade e a aparência mais jovem, porém dessa vez realmente a vejo como uma menina, os cabelos negros um tanto bagunçados postas atrás das orelhas, os olhos cor de mel dando atenção também a sua pele morena, os lábios torneados, oh droga o que estávamos fazendo.

- Eu amo você. - Ela sussurra enquanto abaixava o olhar e deslizava a mão do meu rosto para o lençol sobre o seu corpo.

- Tenho que terminar a reunião - A respondo puxando o meu terno de cima da cama e me levanto da cama.

Antes que eu feche a porta escuto a mesma chamar pelo meu nome mais uma vez, mas aquilo já tinha ido longe de mais, fecho os botões da camisa e logo em seguida visto o terno passando a arrumar a gravata sobre o colarinho da camisa, antes mesmo que eu entre no salão que estávamos reunidos, eu pego uma taça de champanhe que um dos garçons serviam para o evento no saguão e assim que entro na sala noto apenas quatro dos representantes ainda reunidos, ou outros já haviam ido embora assim que os dispensei, porem estes tinham ficado, inclusive uma mulher a qual havia trazido a filha e menininha gastava o seu tempo desenhando em uma folha de ofício.

O desenho rústico era bem colorido, me vejo preso ao desenho enquanto a mesma coloria o sol alegre no topo do papel, a mesma parecia desenhar a sua família, ou talvez a família dos seus sonhos, a presença de um homem com uma mulher aparentemente grávida, já que havia uma bola na barriga dela, e uma criança unindo os dois, a criança me observa por um tempo da mesma forma que eu observava o seu desenho.

- Você ama alguém? - Ela pergunta.



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