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História Quase Sem Querer - Uma médica


Escrita por: princetri

Capítulo 52 - Uma médica


Fanfic / Fanfiction Quase Sem Querer - Uma médica

Camila POV.



1 semana depois



 Contra a vontade de Lauren, Emma arrumou um lugar para ficarmos, Lauren não queria aceitar, mas não é como se estivéssemos em condições pra escolher alguma coisa, o fato é que Dinah é uma pessoa incrível, mas a namorada dela é terrível, e eu me sentia péssima quando percebia que elas estavam brigando e o motivo era eu, Normani me odeia sem nunca ter falado comigo, ela não olha nem na minha cara, então para o bem de todos, fiz Lauren engolir o orgulho dela e aceitar o lugar que Emma ofereceu, não é um lugar dos mais luxuosos, mas é organizado, tem apenas dois cômodos, e como todas as outras moradias da floresta é totalmente de madeira, o lugar é quase confortável, se não fosse pela localização, um lugar onde tem pessoas que me odeia, e com o triplo da minha força, o que resulta em Lauren não me deixar nem colocar o pé pra fora sem a sua companhia.


— Você acha que vai demorar quanto tempo pra irmos embora? - Perguntei parada perto da janela, quase todas as paredes são compostas por enormes janelas.


 Lauren está sentada no chão, com vários papéis a sua volta, a relação entre ela e Emma continua distante, mas quase todas as noites Emma desce até aqui e traz vários papéis, papéis esses que não sei o conteúdo, tentei identificar, mas não é escrito no nosso idioma, então não faço a mínima ideia do que tem lá, elas se falam muito pouco, e muito baixo, o pouco que escuto não faz o menor sentido, pelo menos não pra mim.


— Eu ainda não sei, Camz, mas garanto que vamos sair, e poderemos morar em qualquer lugar que você quiser. - Olhou pra mim e sorriu.


— Eu queria ver a Sofia, será que ela ainda lembra de mim? Deve estar enorme.


— Claro que ela lembra de você, e não se preocupe, eu vou dar um jeito de saber onde ela mora atualmente, certo? - Maneei a cabeça positivamente. — Quantos anos ela tem agora? - Soltou os papéis e se levantou, vindo até mim.


— 17, e a gente já tentou descobrir onde ela está, lembra? - Passei a mão no meu olhou que marejou. — Mas não conseguimos nada.


— Vamos tentar de novo, de novo, e de novo, até achar, confia em mim. - Acariciou meu rosto. — Por que você não deita um pouco? Passou a noite acordada.


— Porque você passou a noite acordada. - Respondi óbvia, percebi que ela ia rir. — Eu sei que você não precisa dormir toda noite e blá blá blá, mas eu me acostumei com você na cama, na nossa casa você sempre deitava comigo. - Cruzei os braços.


— É que… - Olhou para os papéis no chão e depois voltou a olhar pra mim. — Você está certa, vem cá. - Me guiou pelo braço até a cama, se deitou e fez sinal para que eu deitasse ao seu lado, deitei me agarrando a ela, que riu e iniciou um carinho no meu cabelo.



Lauren POV


 

 Quando a respiração de Camila finalmente ficou mais leve, soube que ela já tinha adormecido, me levantei com o máximo de cuidado possível, olhei a hora no relógio da parede, seis horas da manhã, antes de sair peguei uma coberta e coloquei em cima dela.


 Apenas o canto das de aves são ouvidos ao longe devido ao horário, fechei os olhos sentindo o vento frio passando pelo meu rosto e desalinhando meu cabelo, com o tempo tudo muda, exceto a brisa da manhã, porque podem se passar séculos, mas esse sopro quase acolhedor é sempre o mesmo, eu lembro que quando pequena meu pai tinha esse costume, acordar cedo e ir sentir a brisa no rosto, virou uma rotina nossa, que só se encerrou quando ele morreu. Abri os olhos e soltei o ar dos pulmões, um dos motivos pra eu amar a cidade, é que lá não tem nada que me faça lembrar do meu pai, o tempo passa, mas ainda me pego pensando como seria ter ele até hoje. Caminhei até a beira do rio que cruza a floresta e me sentei em uma rocha mais alta, observando o fluxo dele, puxei a carteira de cigarros do bolso da minha jaqueta e acendi um, quando ele estava quase no fim ouvi uma voz atrás de mim.


— Você quase consegue ficar sexy fumando, pena que cheira mal e prejudica a saúde.


— Eu quase recebi como um elogio a parte do sexy, mas uma pena ter vindo de você. - Falei olhando pra trás bem a tempo de ver Alexa rolando os olhos.


— E eu quase me ofendi, mas já acostumei. - Disse e parou, ficando de pé ao meu lado, olhando para o rio, assim como eu.


— Obrigada. - Falei e olhei pra ela, mesmo que ela continue olhando pra frente. — Por me ajudar com a decisão do seu pai.


— Eu não ia fazer isso. - Disse simples. — Na real? - Riu e olhou pra mim. — Eu só tinha ido assistir sua desgraça, mas eu resolvi ajudar por ela. - Deu de ombros.


— Por quem? - Perguntei com o cenho franzido.


— Pela sua amiga, ela é uma das pessoas mais orgulhosas daqui, e mesmo assim deu o braço a torcer e confessou precisar da minha ajuda pra conseguir ajudar você, não sei, me sensibilizei. - Fez uma careta. — Nunca pensei que seria capaz. - Falou um pouco surpresa. — Mas enfim, talvez seja essa ameaça que tá aí na nossa porta de novo.


— Como você sabe?


— Ah, pelo amor, Lauren, se você que não é ninguém aqui já sabe, imagine eu. - Estralou o pescoço em um movimento simples.


— Muita gente sabe? - Perguntei puxando outro cigarro, o fato é que nos últimos anos essa é a única forma que consigo me acalmar.


— Não, só os anciões, e consequentemente alguns de nós que tem contato com eles.


— Você acha que vai ser do mesmo jeito da outra? - Perguntei um pouco receosa.


— Espero que não, qual a probabilidade da gente passar a salvo por duas pandemias? - Ergueu uma sobrancelha. — Não tenho tanta sorte, tô contando com a Watson e a equipe dela que tá tentando a cura. - Maneei a cabeça e tirei minha atenção dela. — Tô começando a achar essa cara de irritada dela um tesão.


— QUE? - Tive que voltar minha atenção para Alexa mais uma vez. — De quem? - Ela maneou a cabeça indicando algo lá atrás.


 Quando virei consegui entender o quê e de quem ela estava falando, da Emma, que se aproxima vestida em um sobretudo preto tendo as duas mãos dentro dos bolsos e com a expressão séria, na verdade essa é a cara normal dela, mas quem não conhece acha que ela está irritada, não falei nada, apenas virei pra frente novamente.


— Vou logo me retirar. - Alexa disse e tocou na minha perna. — Depois apareço, quero que você me apresente sua humana. - Sorriu sarcástica.


 Não me dei ao trabalho de responder, apenas tirei a mão dela da minha perna, ela rolou os olhos e saiu. Quando eu ia levar o cigarro novamente a boca ele saiu da minha mão e foi parar dentro da água, olhei com minha melhor cara de irritada pra Emma, que já está no mesmo lugar que Alexa anteriormente.


— Desculpa. - Disse e fez o cigarro voltar pra minha mão, completamente molhado e agora obviamente apagado.


 Bufei e soltei ele no chão.


— Não te dei liberdade pra fazer isso. - Falei séria.


— Eu sei, por isso pedi desculpas, foi por impulso. - Falou e comprimiu os lábios, resolvi não prolongar, então não falei mais nada. — Vocês estão precisando de alguma coisa?


— Não, só acabar logo com tudo. - Falei em um tom mais ameno. — Pra ir viver nossa vida.


— Entendo, Dianne já está providenciando tudo, em alguns dias ela vem aqui, pra fazer algumas fotos recente de vocês, na verdade da Camila. - Sorriu fraco. — Mas é isso, aí é só publicar e esperar o que vai dar.


— Você acha que vai funcionar?


— Tenho certeza. - Tirou o gorro da cabeça e deslizou a mão no cabelo. — Depois só peço que você fique em um lugar de fácil acesso, porque se o remédio funcionar, o transporte até você será mais fácil. 


— Talvez eu fique aqui até o fim disso.


— Sério? - Perguntou surpresa.


— Aham. - Peguei uma pedra no chão e atirei na água.


 Ela olhou pra água, pra o lugar onde a pedra afundou, ela não falou mais, e eu continuei atirando as pedras dos meus arredores para dentro do rio, olhei pra ela e fiquei com um pouco de pena, sei que não deveria, pois ela foi uma filha da puta comigo, mas ainda assim fiquei.


— Cadê seus amigos? - Perguntei quebrando o silêncio e senti ela olhando pra mim, mas continuei lançando as pedras no rio.


— Logan e Ezra? - Perguntou.


— Uhum.


— Ainda estão na África, como mencionei antes a doença já está lá, eles estão fazendo o que pode, ao mesmo tempo que tentam sobreviver.


— São formados em medicina várias vezes, talvez fossem mais úteis aqui.


— Sim, mas parecem ter enraizado ali, Ezra está fazendo algumas pesquisas quando tem tempo. - Falou simples. — Mas estou tentando contato com uma médica aí, dizem que ela tem muito conhecimento sobre a nossa espécie.


 Dessa vez a pedra que joguei ricocheteou várias vezes sobre a água, até parar na margem do outro lado, o que me fez rir.


— Quem é ela? É de qual clã?


— Esse é o problema, ninguém sabe, só sei que algumas bocas estão falando sobre ela, e que aparentemente é muito boa, mas ainda não sei, estou tentando localizá-la.


 Novamente a pedra foi parar na outra margem.


— Para de manipular o movimento das minhas pedras. - Falei rindo.


— Ué, não sou eu. - Levantou as mãos e eu semicerrei os olhos.


— Sei. - Fiz o mesmo movimento e novamente a pedra foi parar do outro lado do rio. — Ela não tem força pra fazer isso sozinha. - Acusei.


— Tá, sou eu, mas parei. - Levou os dois dedos cruzado até a frente da boca e beijou, em um gesto de promessa.


— Fdiota. - Falei e neguei com a cabeça. — Como você está tentando achar essa médica?


— Tem alguns sistemas de busca, que o Logan mandou pra o meu computador, estou tentando uma foto dela, ai fica mais fácil, ele tenta de lá e eu daqui. - Explicou. 


— Entendi, qualquer tipo de foto serve? Ou só serve recente? - Perguntei interessada.


 Se eu estou pensando em usar esse sistema para achar a Sofia? Sim, estou.


— Quanto mais recente melhor, mas pode ser antiga também, ele disse que o programa faz uma “reconstrução” com a foto, aí mostra como a pessoa pode tá, não sei como funciona pra explicar pra você, é confuso.


— Entendo. - Falei e me levantei. — Espero que você consiga, mas agora preciso voltar, Camila pode acordar a qualquer momento, e ela é teimosa o suficiente pra querer sair sozinha. - Ela riu e afirmou com a cabeça.


— Tá tudo bem, acompanho você até lá.


Notas Finais


até <3


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