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História QUEEN B - bughead - Déjà Vu


Escrita por: bettycxxper

Capítulo 41 - Déjà Vu


POV Jughead Jones


    season two


            ♡ seis anos depois ♡

        eu quero deixar claro para mim e para cada um, que está tudo bem chorar. quero dizer que quando você chora não significa que você seja um fraco, não quer dizer você seja uma pessoa mesca e fraca. isso realmente significa que você tem sido tão forte por tanto tempo, assim como eu estou tentando lidar, assim como eu estou conseguindo lidar.

        digo isso porque, infelizmente minha mãe não conseguiu vencer a droga daquele câncer. ficamos três fodidos anos fazendo de tudo para que ela consiga, graças ao meu padrasto, levamos ela aos melhores médicos do país, mas isso parece não ter sido o suficiente, porque ela não está aqui comigo agora.

        os três anos que passei com ela foram os anos mais difíceis da minha vida. vê-la sofrer com aquilo, vê-la desistir de lutar dezenas de vezes, vê-la perder seus cabelos, vê-la sofrer. foi tudo muito bruto e difícil.

        então sim. eu posso chorar por isso. porque isso me deixou vulnerável. é a morte da minha mãe, poxa. a mulher que me deu a vida. que na medida do possível cuidou de mim. a mulher que eu mais amei nessa vida.

        eu realmente estou completamente decepcionado com Deus. eu pedi para que ele me ajudasse nessa, estou dizendo isso porque eu nunca fui um cara de fé, na verdade nunca acreditei muito em Deus, mas a coisa da minha mãe me fez abrir os olhos. até ir para à igreja eu cheguei à ir, mas pelo visto foi a maior perca de tempo. porque o Deus-Todo-Poderoso não fez porra nenhuma para me ajudar. para salvar a mulher da minha vida. ou seja, só mais uma historinha religiosa fictícia.

          mais três anos se passaram, eu, meu padrasto e Jellybean decidimos que seria melhor mudarmos de cidade. Frank estava com negócios em Nova Jersey e disse que seria bom para tentarmos esfriar mais a cabeça e esquecer tudo isso. eu e Jellybean aceitamos na boa aquilo, quero dizer que Toledo foi sim um ótimo lugar para se viver, mas lá nos deixava totalmente para baixo. a casa enorme que o Frank tinha não conseguia mascarar a tristeza que era saber que nossa mãe morreu bem alí.

         então viemos à Nova Jersey. consegui um emprego na empresa no Frank e ele decidiu ficar comigo e com Jellybean. Frank Costello é um cara legal, ele amou minha mãe demais e por mais que ele faça essa coisa toda de durão comigo e a JB, eu sei que sofre muito com a morte dela. sei disso porque passei cinco anos escutando o choro dele, mesmo que escondido.

        hoje é sexta e decidi comprar um carro novo para ir à festa dos novos sócios de Frank em Nova York amanhã. meu padrasto disse que lá será um lugar em que eu poderei aprender mais do mundo dele. mais desse mundo empresarial, e eu confesso que estou gostando disso. ser rico é divertido, você pode trocar o carro que você quiser a todo momento. eu já enchi o estacionamento do meu apartamento com esses carros que sempre compro, e sim, estou um viciado em colecionar carros caros.

           entro na loja para saber qual será o meu novo brinquedinho e sou recepcionado por uma bela moça. não pude não parar de observa-lá, com seus lábios pintados de um vermelho vinho, um terninho espetacular que realçada seus seios e bunda, mas o único problema era ser loira e me lembrar uma vadia narcisista.

           --- como posso ajudá-lo? --- a mulher, cujo o nome é Katherine como vejo em seu crachá, pergunta.

         --- não é um pouco óbvio, gatinha? --- isso saiu tão adolescente pervertido, que minha vontade e sair dalí dizendo que sou gay.

           ela sorriu, provavelmente caindo em meus encantos, mas logo me encarou séria. percebi quando mordeu o lábio de baixo e minha vontade foi de jogá-la em algum canto por essa loja e fodê-la até ela gritar para parar.

 
         Katherine me mostra uma porção de carros perceptivelmente encantadores e luxuosos, mas um tira mais a minha atenção. optei por comprar pelo Koenisgsegg CCX. era totalmente preto, do jeito que eu idolatro.

 
          infelizmente ou felizmente, a rapidinha que eu estava fantasiando com a loira provocadora que me atendeu não rolou, mas não fiquei triste, pois sei que amanhã na festinha dos Green -- são a família que decidiram virar sócios do meu padrasto. -- promete.

         cheguei em meu apartamento e caminhei diretamente até meu quarto. claro que antes, dona Júlia - a senhora que cuida da casa e querendo ou não de mim. - apareceu. me perguntou como foi meu dia e eu fui curto como sempre fui depois do acontecimento com minha mãe.

       retirei minhas vestes e caminhei até o banheiro. dei sequer atenção à minha banheira e entrei direto ao boxe. segundo dona Júlia, Frank e minha irmã irão jantar aqui, e como já está quase na hora desse acontecimento futuro, não acho que me banhar em uma banheira irá me dar tempo.

         --- é sério que enchi essa banheira pra nada? --- a voz sexy de Sabrina ecoou pela suíte.

        Sabrina estava em minha banheira, sem minha permissão e sorrindo genuinamente falsa para mim.

         suspirei fundo e desliguei o chuveiro. abri o blindex e caminhei até a intrusa que não tirava o sorriso prepotente dos lábios.

          --- Sabrina Spellman, é sempre um prazer.

        ela abre mais os lábios em um sorriso, que me deixa irritado e ao mesmo tempo encantado.

           --- eu soube da sua elevação na empresa do seu pai e decidi vim comemorar.

         ok. então, deve ser por isso que o Frank está vindo aqui; comemorar. porque que meu cargo agora é bem melhor do que um simples gerente de produção, pois agora sou não só o gerente da corporativa do meu padrasto, como geral. ou seja, gerente geral.

         --- primeiro; Frank Costello não é meu pai, é apenas meu patrão e padrasto. e segundo; isso ainda não é motivo de vim ao meu apartamento, você sabe que eu odeio quando vem aqui. --- me abaixo para que minhas mãos encostem em seu pescoço molhado. --- a mesa do meu escritório sempre dá conta. e aparti do mês que vem, iremos estrear a minha nova sala. --- pisco para a loira.

          Sabrina é de fato a única loira que eu tenho contato e de um certo ponto gosto de ter um tipo de relacionamento íntimo.

          conheci a Spellman no trabalho há três anos atrás, no dia da minha posse como gerente de produção. Sabrina foi e creio que é minha assistente desde aquele tempo, e pelo que vejo aqui, será por mais longos anos.

           --- você vai mesmo ficar esse tempo todo em Nova York? --- indagou manhosa. assenti e depositei um beijo em sua testa. --- docinho...

           --- já conversamos para não me chamar assim. se me recordo bem, você saiu enfurecida do meu escritório e não foi bonito eu quase demiti-lá. --- retiro minha mão de seu pescoço, mas a mesma agarra e faz minha mão esquerda ser depositada em seu seio direito. sorrio pela provocação. --- eu adoraria, meu bem. mas, eu não tenho sequer tempo.

          Sabrina me olhou com aquele olhar medíocre de a gente arruma um tempo, assim como todas as rapidinhas antes das reuniões.

          --- de verdade, o chefão está vindo para cá e se ele sonhar que tenho um caso com você, é provável que você perca seu emprego.

         Sabrina faz um careta engraçada para o que eu acabo de dizer e eu arqueio a sobrancelha em indagação sobre o porquê da careta.

         --- sempre tem que acabar com o clima falando do chefão? --- a voz dela voltou ao normal e aquilo me atraiu mais que a voz forçada.

        --- quer saber? --- minha mão ainda estava depositada em seu seio. --- a gente sempre arruma um jeito, certo? --- ela balançou a cabeça positivamente e sorriu maliciosamente antes de eu invadir seus lábios com os meus.

{...}


        Sabrina se foi a tempo de poder me arrumar e esperar Frank. quero dizer, ela foi a tempo dele chegar, pois eu ainda estou nesse banheiro e meu padrasto provavelmente impaciente me esperando pela sala ou conversando com a Júlia, como sempre faz quando vem aqui.

       coloco o terno que ganhei de presente da minha mãe e a gravata que eu mesmo comprei. meu cabelo deixei do jeito bagunçado, mas o fato de estar molhado, provavelmente o deixa estranho, mas como é só família, não irei dar um trato nele. estou atrasadíssimo para um jantar na minha própria casa.

    
           --- Frank, desculpe a demora. espero não ter deixado o senhor esperando. --- eu disse, chagando até a mesa de jantar, onde ele e Jellybean já estavam sendo servidos.

  
            Frank me analisa sem dizer sequer algo, mas logo percebo que ele notou.

            --- se está usando o terno que sua mãe comprou à você para se livrar de uma bronca, bom, conseguiu. --- disse enquanto segurava sua taça de vinho italiano. --- sente-se, não vim aqui para um almoço de família, temos negócios a tratar. principalmente nossa ida a Nova York com a família dos Green.

          fui até Jellybeaan e depositei um beijo em sua testa e me sentei em frente ao Costello.

          --- eu preciso ir à essa viagem? --- Jellybean indagou. --- porque tipo assim, se for para conhecer uma das minhas maiores inspiração que é a filha dos Green, eu irei. e estou nem aí para o ensino médio.

        --- não sabia que os Green tinham uma filha. --- eu disse, colocando minha mão em meu próprio queixo.

       Frank me encarou franzino o senho, mas do jeito falso que sei bem que como saiu aquilo.

         --- Jellybean, infelizmente você não irá. você está quase na reta final de seu ensino médio e ano que vem já irá à faculdade. precisa focar nos estudos, sinto muito. mas, posso arrumar um autógrafo para você, ou melhor, Jughead irá.

       estava bebendo meu champanhe, quando a notícia nova veio até mim. o encarei duvidoso e arqueei uma sobrancelha em indagação.

       meu tio faz um sinal com a mão que ele sempre faz quando precisa ficar sozinho com alguém, e ele fez isso encarando minha irmã. a mesma, mesmo bufando, se levantou e sai.

         --- eles têm uma filha. e, eu quero que você se aproxime dela. não sei bem o nome da menina, mas é poderosa. é um tipo de deus para a sua querida irmãzinha, então preciso que tenha algum laço com ela, pós precisaremos disso no futuro.

          sorri em consternação, mas não disse sequer algo perante ao que me foi ouvido. observei como o mesmo estava afirmativo em querer me aproximar com a tal senhorita Green. não quis indagar e nem aprofundar o motivo daquilo, meu tio não me diria mesmo que eu insistisse e sei que isso é mais um de seus truques pecaminosos que apenas quero desfrutar mais tarde com a recompensa.

         --- certo. eu transar com a filha dos Green. super entendi. mas, o nome da moça, como se chama ela? --- indaguei realmente curioso.

        --- sobre isso, eu não sei. mas sei que não leva o mesmo sobrenome que os Green e sim outro, que se conheço bem, vem do outro marido. --- ele limpou os lábios com o guardanapo e se levantou. --- e a propósito, os Green são um casal gay, ok? --- assenti compreensivo e sorri. --- já vou indo, não esquece que amanhã cedo meu helicóptero estará no terraço te esperando, não ache que irei deixá-lo estrear seu carri novo, e inclusive, vi ele na garagem otima escolha. --- sorri. --- ah, e não demore sequer um segundo, Jughead, ou eu posso me arrepender de tudo isso em que estou lhe transformando e ajudando.

          --- não irei, papai. --- frizei a palavra com certa ríspidez, mas logo fiz questão de amenizar. --- estarei às oito no terraço.

         --- seis. --- ele corrige.

        --- como? eu durmo às cinco da manhã. --- eu disse como se fosse algo que necessita ser honrado, o que de fato é.

       --- seis horas da manhã, em ponto e não se fala mais nisso, meu filho. --- sorri falso para ele e vi o Costello sair de minha visão.

        me despedi de Jellybean e de Costello mais uma vez. disse a Júlia que fizesse minha mala para no máximo dois meses e a mesma me ajudou. dei para ela férias adiantadas, no começo pensou em recusar. mas quando eu digo algo é aquilo e pronto, então ela apenas assentiu depois de ter me ajudado e foi embora.

        tomei um outro banho gelado, mas dessa vez sozinho. e fui checar minhas mensagens.

        Sabrina: irei sentir saudades, sr. Jones.

         sorri para a mensagem, mas sequer respondi. como amanhã terei que acordar cedo, irei fazer meu máximo para dormi cedo também.

       me deitei sem roupa mesmo. é um costume que peguei e jamais quero tirá-lo. liguei o ar-condicionado pelo controle - mesmo estando nevando do lado de fora, é um constume bizarro, eu sei. - e por um milagre, consegui pegar no sono.
            

[...]


       Nova York estava perfeitamente lindo como sempre. cheguei ao hotel em Upper East Side não fazem nem duas horas, mas as vozes lá embaixo me davam um certo deja vú que não sei da onde vem.

         peguei um sobretudo masculino e decidi me encontrar com Frank pelo restaurante do hotel - onde ele possivelmente está.

         desci os elevadores, mas logo tive a visão de uma morena encantadora de costas para mim. pensei em puxar assunto para ter uma transa garantida hoje à noite, mas lembrei que tenho uma ricassa para satisfazer.

        a morena estava conversando em seu celular, mas só fui prestar atenção em sua voz agora. a voz. a voz dela não me é estranha. e muito menos os cabelos incrivelmente pretos. tá, legal!

        --- Veronica! --- exclamei realmente animado.

         Veronica retirou o celular da orelha e se virou para me encarar. me lançou um sorriso grande, mas que logo foi fechado assim que ouviu a voz em seu celular. será se é a Betty? que droga, estou pensando nela depois de tanto tempo tentando evitar.

         o elevador se abriu e saímos juntos de lá. ela me encarou e não dizia nada, nem à mim e para a pessoa na outra linha.

         --- não foi assim que planejei encontrá-la. --- quebrei o silêncio.

       --- então você planejou rever seus antigos amigos, meu bem? --- a voz de sarcasmo junto ao deboche me fizeram arquear a sobrancelha automaticamente. --- oh, Jones. não foi um prazer revê-lo. --- dito isso se vai, mas antes diz nada baixo para a pessoa da linha. --- oh, você não sabe quem eu acabei de rever, senhorita CEO.

       tentei pensar o menos possível no que acabara de acontecer até eu chegar ao restaurante do hotel. com isso quero dizer, se eu ficar pensando naquilo tudo é óbvio que a Cooper entra na minha cabeça, como está acontecendo agora. que droga! não posso ficar pensando nela logo agora. logo hoje.

        --- Jughead! --- Frank diz entusiasmado, assim que chego até ele. --- esse aqui é George Green. --- apontou com a mão para um senhor que parecia estar entre seus trinta e cinco à quarenta e três anos.

         --- é um enorme prazer conhecer o senhor, sr. Green. --- ele apenas aperta minha mão estendida.

         ficamos conversando sobre negócios o almoço inteiro. claro que tinha horas que o reencontro com Veronica vinha à tona, mas eu sempre fazia o máximo para esquecer, como estou tentando fazer agora.

        --- foi ótimo conhecê-lo, senhor Costello. --- o Sr. Green estava dizendo diretamente para mim.

        foi impossível guardar a risada, eu rir fraco, mas o suficiente para meu querido padrasto me olhar com reprovação.

           --- não sou um Costello, sr. Green. é Jones, Jughead Jones.

           --- oh, eu... desculpa. --- disse ele, provável que constrangido. --- mas para não ter mais dessas, pode me chamar de George e eu o chamo de Jugheart.

         --- Jughead. --- corrijo-o.

        ele se desculpou, se despediu mais uma vez de mim e Frank e saiu pela porta de entrada e saída.

       
          --- então, em que estava pensando para sequer prestar atenção na nossa conversa? --- indagou Frank, fingindo compreensão.

        --- tchau, Costello. --- ele sorriu perversamente me fazendo ficar irritado.

          me levanto e com um aceno de cabeça caminho para voltar ao meu quarto.

           --- não esquece. a festa são às sete. em ponto. --- tomou um gole de seu café e pegou seu celular que começou a tocar.

           revirei os olhos e adentrei ao elevador. tá legal, o elevador desse hotel só pode ter algum tipo de feitiço de déjà vu ou algo do tipo, porque ou eu estou cego, ou estou encarando Nick St. Clair de terno e gravata bem em minha frente.

      Nick Saint Clair estava encostado na parede do elevador me encarando com um olhar indecifrável, mas meus olhos logo passaram para a criança que estava segurando sua mão. a menina era loira, de olhos verdes e cabelos bem grandinhos. sorri para a menina, mas ela me encarou com certa ríspidez que me fez lembrar alguém, sorri com o pensamento e não pude deixar passar;

        --- sua filha? --- não pude deixar de fora o meu sorriso.

        o olhar do St. Clair era de pura raiva e eu estava me divertindo com aquilo. apertei o botão do meu andar e fiquei esperando sua resposta.

        --- já que o seu companheiro não tem sequer língua, mocinha. conte-me, o Nickzão aqui... --- bati fraco em seu ombro esquerdo. --- é seu pai?

        a menina que estava encarando seu vestido que deve ter custado a cama da minha suíte inteira me encara. arqueei a sobrancelha, mas a mesma não dizia nada.

        --- ele não é meu pai. --- a mocinha colocou sua franja atrás da orelha e sorriu genuinamente para mim. que droga. não posso ver ninguém que agora penso naquela loira idiota. --- e ainda bem por isso.

 
         a menina parecia ter entre seus cinco à sete anos, e mesmo para a idade dela, parecia ser nem espertinha.

        --- quantos anos você tem? --- ela revirou os olhos e respirou fundo, parecendo aquelas vadias mirins. ai, meu Deus. eu acabei de chamar uma criança de vadia.

       --- cinco. --- disse desanimada.

       eu ia fazer mais uma pergunta para a mocinha, provável que irritá-la mais, mas a porta do elevador se abre, mostrando que é o andar dos mesmos. Nick me encara mais uma última vez, enquanto a loirinha metida sai andando sem esperá-lo.

         chego ao meu andar e vou direto para meu quarto, ligo o aquecedor, Nova York de fato faz mais frio que em Nova Jersey e olha que as cidades são vizinhas.

        deito na cama e decido descansar um pouco, hoje à noite tem a festa e preciso estar bem apresentável, digamos que ter acordado seis horas da manhã não me deixe com um certo empolgamento, como viram em minha "reunião" com o George e Frank, mas graças a esse hotel que me deu duas inesperadas e coincidentemente déjà vu, eu agora posso dormi. pego meu celular para ver a hora, e são duas e vinte e três, ou seja, tenho cinco belíssimas horas antes da festa, ou quatro, já que é oara eu estar lá às sete em ponto.

      acordo com alguém batendo forte a porta, creio ser a camareira. fico mais alguns longos segundos deitado, mas a porta ainda continuava batendo. resmumgo um palavrão e me levanto. com passos hesitantes chego até a porta e a abro.

         --- o sr. Costello disse para que o senhor não se atrasar. --- o fiel motorista de meu chefão diz, me entregando uma sacola onde encontrava um champanhe. --- e isso, segundo ele, é para complementar na sua noitada com a filha dos Green. --- sorri malicioso para Hank (o motorista), mas ele logo sai e fecho a porta não tão devagar.

        coloco os champanhes em seus devidos lugares e corro para o banheiro. já eram seis e trinta e dois, eu tenho - não exatos - vinte minutos para me arrumar.

        de banho tomado, coloco meu terno que já tinha sido escolhido por Júlia desde ontem. coloco os sapatos e depois de exatos cinco minutos já estou devidamente vestido. somado com o tempo em que tomei banho, mais o tempo em que me vesti, deu dezessete minutos, ou seja, nem se eu fosse o Flash conseguiria chegar na hora potual, por mais que seja aqui em Upper East Side.

      saio do hotel e está Hank e Frank me esperando do lado de fora, Hank fora do carro e Frank possivelmente me xingando no carro.

      entro no carro e vejo Frank falando em seu celular, mas óbvio que ele me deu aquela encarada de que sou um irresponsável.

       graças ao cara do outro lado da linha que não parava de conversar sobre negócios com o senhor Costello, ele sequer disse algo sobre meu atraso. em menos de dez minutos já estavamos em frente ao salão em que vai ser a festa. avisto umas pessoas de máscara.

         --- Frank, você não me disse nada que seria um tipo de baile de máscaras.

       Frank estava guardando seu celular, me encarou sem dizer sequer uma palavra e me entregou uma máscara preta simples. coloquei a mesma e sai do carro, acompanhado por meu chefe/padrasto.

         --- não esquece o porquê de eu ter te trazido à esse lugar. entrar no possível coração da filhinha rica e mimada dos Green. --- a voz de Frank passou por meu ouvido e assenti com um aceno de cabeça discreto.

         entramos ao enorme salão. os Grren realmente são muito ricos, e eu não digo isso pela decoração, mas sim pelos convidados que já vi em muitas revistas que a Jellybean deixava espalhada pelo meu apartamento quando ficava lá.

           um garçom me ofereceu um champanhe e não dispensei, aceitei e engoli tudo em uma golada só. eu estava nervoso eu ao menos sabia o porquê.

        --- Jughead... --- meu padrasto disse, chegando perto de mim. --- esqueci de te dizer, mas meu contatos me disseram que os Green irão fazer um leilão para uma caridade, ou seja, mais pontos para você com a loirinha.

         --- como? é loira a filha do George Green?

        --- essa sua frustação por loiras deve acabar, Jughead. e a loira não é filha do George e sim do marido dele, ele cuida como uma, mas, pai biológico é meio impossível, você entende, né? --- assinto e deixo um mero sorriso torto sair de meus lábios.

         percebi quando umas meninas no balcão estavam olhando diretamente para mim, sem discretação, se encontravam sem máscaras e isso para mim saiu como um desafio. encarei fundo a do meio, que estava com um vestido vinho, deixava a desejar demais, ou seja, muitos decotes. gosto de imaginar minhas presas, surpresas são bem mais bem vindas. peguei mais champanhe que um dos vários garçons estava levando, mas dessa vez eu estava bebendo devagar e não como se isso fosse água, afinal de contas, não queria fazer feio em frente as belas moças me observando.

          --- nem pensei nisso, Jones. --- Frank me alertou, parecendo ler meus pensamentos. --- a senhorita Cooper odeia dividi.

       eu quase cuspi o champanhe com o sobrenome da minha antiga paixão adolescente sendo pronunciada pelos lábios de meu chefe/padrasto.

        --- como assim Cooper? --- existem milhares de famílias com esse sobrenome, eu posso muito bem está me precipitando demais.

       --- Cooper, a filha de Hal Cooper, ou Hal Green, como desejar, palavras de George. --- só pode ser brincadeira. --- Elizabeth Cooper, até o nome da moça soa chique para uma futura diretora de uma empresa rica de petróleo e gás.

        eu estava querendo racionar tudo; a Betty que terminou comigo por conta de um mal entendido idiota é ninguém mais ninguém menos que a herdeira da Green Oil and Gas.

     
         --- senhoras e senhores... --- a voz de George sendo pronunciada em cima do palco me fez parar de pensar em qualquer que seja a coisa. --- como grande parte aqui sabem, o lucro dessa noite irá para um grupo de caridade na América do Sul, mais especificamente, no Brasil... --- aplausos. --- que eu e meu marido Hal Cooper ou Green, como preferirem, fundamos. nele ajudamos crianças e adolescentes que são tratados como lixos, que são jogados e usados como exportares de drogas, e muitas outras barbaridades que muitas favelas do Rio de Janeiro os propõem. mas graças as doações em que nós recebemos, muitas crianças são salvas e muitas até encontrem novas famílias. --- mais aplausos. --- mas agora, felizmente eu irei passar o lugar de falar para minha enteada, Elizabeth Cooper. que fez as honras de ocupar o lugar do nosso mestre de cerimônias.

          um suspense enorme se alastrou não só em mim como em todos que se encontravam no salão, pois Betty não aparecia. e acredite, eu nunca me preparei para esse momento, saber que Betty irá subir alí, saber que iremos ter um certo de contato novamente, me deixa completamente despreparado. tanto no físico, quanto piscologicamente. não sei como ela irá reagir ao meu ver e tenho medo. se Veronica me recebeu daquela forma, imagina a própria Cooper.

        --- bom, parece que minha enteada não se encontra, mas... --- quanto George ia terminar de dizer sua frase, a voz de Betty veio átona.

        --- desculpem a demora. --- pegou o microfone da mão de George e ficou em silêncio por uns segundos.

         eu só posso estar em um tipo de sonho idiota em que eu penso que minha antiga paixão está me assombrando. eu não consigo acreditar no que estou vendo. Elizabeth Cooper - sem máscara - bem em frente à mim e mais centanas de pessoas ricas, a CEO das empresas GOG.

         --- a garota é linda, Jughead, todos sabemos, mas por quê ficar pálido desse jeito? --- Frank disse, rindo de meu estado. mal sabe ele o meu passado adolescente junto com essa loira.

         uma das lembranças que tenho é dela me pagando um boquete na frente de um grupo de pessoas completamente desnecessários ao meu ver nesse momento.

        --- bom, senhoras e senhores. vamos começar o leilão. --- disse de um jeito animada que fez os olhos de muitos caras daqui brilharem. --- iremos começar o leilão pelo lote número um, uma viagem para o Brasil, junto comigo, para visitarmos o lugar.  --- sorriu de um jeito encantador que me fez ir mais à frente para olhá-la melhor, e senti meu padrasto atrás de mim. --- então, dez mil dólares, alguém?

         eu como sou bem ansioso  e com uma cede de saber o que Elizabeth iria fazer em frente a todas essas pessoas se me visse aqui doando dez mil dólares à instituição de seus pais, seria grandioso e se tratando de Elizabeth Cooper, totalmente excitante, não posso negar esse fato.

         --- espere, Jones. sua hora virá. --- Frank mais uma vez diz, parecendo ler meus pensamentos.

        um homem, cujo seus cabelos eram loiros, mas não tão loiros quanto o de Betty, aceita o lote e Betty sorri atenciosamente para ele, mesmo sabendo vendo que o mesma estava acompanhado.

           adoraria saber como ela reagiria com a minha deixa. vai ser interessante.

          --- vinte mil dólares? --- um outro homem se atreviu a aceitar. --- vinte e cinco mil dólares? --- uma mulher ruiva acompanhada de um homem gritou "trinta mil dólares". Betty sorriu e se atreviu a aumentar a jogada. --- quarenta mil dolares? --- pensou por uns segundos e disse novamente. --- cinquenta mil dólares?

       --- mas a de quarenta mil dólares a senhorita não esperou responder. --- um idoso perto do palco disse encarando Betty sério.

         com uma graça desconhecida por mim em Betty, a mesma sorri e diz --- eu coloquei em jogo quarenta e mil dólares, meu senhor. --- voltou a encarar o público. --- cinquenta e mil dólares? --- os lábios, em um vermelho fogo e queimante, se atraveu a sorri. --- dole uma. --- eu estava esperando a deixa de meu padrasto, mas o mesmo não estava mais aqui. droga! --- dole duas. --- Frank Costello, onde está você? com ninguém aceitando a jogafa de cinquenta mil, essa seria minha, mas primeiro meu padrasto deveria estar aqui. --- dole três e...

  
        --- cinquenta e cinco mil dólares. --- eu digo, retirando minha máscara, recebendo aplausos e olhares. me aproximei do palco, não tão perto, mas o suficiente para a loira me ver.

        --- o lance era apenas cinquenta mil dólares, sr. Jones. --- sorri ao ouvir meu sobrenome saído de seus lábios.

       --- os outros cinco vão de brinde. --- eu sorri, e ouvi mais aplausos.

        o semblante de Elizabeth Cooper não era um dos melhores, mas mesmo assim ela abriu un sorriso enorme e disse;

         --- vendido uma viagem ao Brasil com minha companhia para o sr. Jughead Jones. --- imagino o desgosto de Elizabeth ao ter que pronunciar isso de uma forma tão alegre na frente de todas essas pessoas.

     sorrio mais uma vez para a loira, encarando fundo em seus olhos e bebo um pouco de meu champanhe.

     Betty se despede de todos de todos e some por minutos agoniantes. as três moças que estavam no balcão, agora estavam na pista de dança, o som estava soando bom para todos. fui até o balcão e pedi um uísque com a mistura. o Barman não hesitou de fazer a mistura e me entregar. enfiei um gole pequeno do uísque e foi necessário para me deixar vendo coisas, pois tinha uma morena de vestido vinho bem em frente à mim.

  
          --- você sabe que as bebidas dos Green/Cooper são bem fortes, né? graças a vadia da minha chefa, as bebidas alcoólicas são extremamente fortes. --- a morena disse, que incluse, é a mesma do balcão, mas agora se encontrava sozinha.

           --- deixe-me adivinhar, sua chefona é Elizabeth Cooper? --- dito isso, eu bebo mais um gole de meu uísque.

         ela sorriu e assentiu.

        --- eu vi o olhar que ela te jogou quando estava lá em cima, e foi o suficiente para vim te alertar. cuidado com ela, Elizabeth Cooper consegue ser um demônio quando decide afastar ou acabar com alguém, e acredite, eu a conheço bem e sou prova de muitos inimigos, incluindo a família de seu peguete ou sei lá o que o Saint Clair é dela.

         --- você trabalha em que para a Cooper? --- indaguei me aproximando mais da morena. --- mas antes... --- passei minha mão por seu queixo, e sabendo exatamente o efeito que isso causou nela. --- seu nome, é claro.

         --- me chamo Emma Lombardi e, trabalho como assistente da vadia. --- o sorriso da morena aumentou assim que minha mão deceu para seu ombro nu.

 
       eu sei que a Emma não veio aqui somente para contar o quanto sua chefinha é algo que sempre foi, e acho que um aproximamento da secretária da Cooper seria uma boa para as pesquisas que meu padrasto quer dessa família.

         --- não acho que seja uma boa usar esse adjetivo com a chefe, eu posso contar para ela e você será demitida. --- sussurrei no ouvido esquerdo dela.

        Emma se afastou de mim e me encarou séria.

          --- qual é, você não teria essa coragem. --- ela disse rindo de nervoso. --- certo?

          --- posso ser tão ruim quanto sua chefe, meu bem, e você chamando-a de vadia me deixou incomodado. --- Emma me encarou boquiaberta, mas não disse nada além de me encarar com um olhar de raiva. --- não deveria sair pela festa de sua patroa dizendo que ela é um demônio, e acho que o óbvio é porque a festa é dela.

            --- como? --- a voz de Betty atrás de mim me fez sorri, mesmo sem encará-la. sussurrei um "fica tranquila" para Emma, mas pela cara que a mesma faz, tranquila vai ser a última coisa que irá ficar.

       me virei para a dona da voz e perdi menção do que ia dizer assim que vi o quanto estava espetacular.

       com um vestido prada vermelho, realçando seus ombros nus e o decote perfeito, seus cabelos estão soltos e completamente lisos, maiores que antes, pois estão batendo no meio de suas costas. graças ao seu Louboutin, a Cooper quase fica do meu tamanho. subir para seu rosto novamente, os lábios em um vermelho quente que me dava vontade tirá-lo de lá.

      ok, já chega.

      Betty com uma cara irritada e mais linda. eu não posso não dizer que ela está belíssima. pois ela está linda.

       com alguns movimentos a mesma passa por mim e fica frente à frente de Emma. seja lá o que ela irá fazer, o semblante que antes estava irritado, agora se encontra em um mar de mangação.

       --- senhorita Lombardi, você está demitida. --- o sorriso sarcástico de Elizabeth estava perceptível.

      --- mas eu preciso desse emprego, sr. Cooper, o que rolou aqui foi um mal entendido... e-eu...

      --- oh. --- Betty riu, e passou sua mão pelo queixo de sua secretária, ou ex. --- "sr. Cooper"? jurava que era vadia.

        Emma saiu andando em passos firmes, mas antes me encarou com um olhar indecifrável e sumiu.

       --- você está realmente uma vadia. --- falei, encostando minha mão direita em seu ombro esquerdo.

       Betty que estava de costas para mim, me encara, mas antes retirando minha mão de seu ombro.

       com um sorriso prepotente, a mesma passou sua mão por meu peito, me deixando mais estranho e com reações que eu não consigo distinguir. suas mãos foram subindo até chegar em meu rosto, a loira acareciou por uns segundos e tudo isso sem perder o contato visual. a mão de Betty parou a carícia e o sorriso aumentou, sorri novamente, mas um pouco atordoado mentalmente, pelo toque. não passou sequer uns segundos e Betty investiu em um tapa em meu rosto.

        passo minha mão aonde se encontrava a ardência, sorri mesmo sentindo uma leve dor.

       --- Elizabeth Cooper está mais selvagem, gostei. --- falei, ainda com o sorriso nos lábios.

      Betty revirou os olhos e vi a hora que Nick St. Clair envolve sua mão na cintura de da mesma. ela ainda me encarando tira o sorriso do rosto.

      --- amanhã às dez no meu escritório, sr. Jones. --- ordenou como se eu fosse um de seus funcionários.

       eu iria dizer algo contra, mas foi impossível, já que não demorou para o St. Clair puxá-la para dançar.

 
      fiquei grande parte daquela festa vendo os casais fúteis dançando como se vivesse em um mar de rosas. naquele lugar poderia ter de tudo, desde acompanhantes de luxo disfarçadas por esposas, a amantes aproveitadoras.

       --- não fique babando na moça, Jughead. --- Frank disse, com um sorriso. apenas revirei os olhos. --- relaxa, o St. Clair não é encrenca, a Cooper não quer nada com ele. ele tanta isso a cinco anos, mas seu desafio sabe separar amor e paixão por desejo e casual.

       as palavras de meu padrasto me deixaram aliviada por algum motivo.
     

        --- mas tenho uma notícia. --- finalmente o encarei e arqueei a sobrancelha em indagação. --- a loira tem uma filha, mas fica tranquilo não é do St. Clair. muito pelo contrário, ninguém sabe quem realmente é o pai, além dela, é claro.

      
 
       



          

   

       

      

         

        


Notas Finais


e então? como se encontra o coração?


muita coisa ainda vai rolar nisso, Jesus!


       

        


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