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História Queen of death - Capítulo 51


Escrita por: Uzumaki_san

Capítulo 51 - Capítulo 51


CAYDEN

As nuvens agitadas e concentradas daquela forma denunciavam onde Nieth estava, ao menos havia ido para o Palácio e estava bem. Isso o tranquilizava.

 

- Qual a estratégia? - Math perguntou.

- Vamos invadir o acampamento na calada da noite. - Uriel estava quieto até então. - Levarei Mirai e os anjos, não vamos deixar que nos ataquem antes.

- Nessas horas eu desejaria que eles ainda fossem aqueles monstros sanguinários. - Math suspirou.

- Você irá atrás de Nieth, para que ela não queira ir conosco. - Meu irmão estava falante demais daquele dia.

- Sim, meu Rei. - ri baixo e ele revirou os olhos. - O seu mal humor me deixa doente.

 

No alto da torre o longo pescoço de Nitio se esticou e eu pude ter certeza de que ela estava lá. Ele não perdeu um segundo sequer e se transportou para o local. Nieth estava encostada ao parapeito e encarava um espaço vazio a poucos metros de distância.

 

- O que está fazendo aqui, deveria estar em Zimôr. - chamei sua atenção o que acabou a assustando.

- Pela mãe, você ficou louco? - ela segurava uma adaga pronta pra arremessa-la.

- Você ficou. - me aproximei. - O que estava pensando quando se jogou daquele jeito no meio dos inimigos, no meio daquelas flechas.

 

Nieth simplesmente sorriu e enlaçou os braços ao redor de meu tronco colando nossos corpos.

 

- Estava excitada demais para pensar direito.

- Façam isso comigo bem longe daqui. - Nitio bufou e jogou um filete de fogo em nossos pés, batendo suas grandes asas em seguida.

- Não fique bravo. - ela voltou a sorrir e soltou um de seus braços, guiando suas mãos para dentro de minhas calças. - Eu estava me divertindo.

 

Não consegui evitar soltar um curto e sôfrego gemido e aquilo fez a fêmea sorrir ainda mais. Com um movimento rápido tirei sua mão e a pressionei contra a parede atrás de si, o céu voltou a trovejar e aquilo o excitou ainda mais.

 

- Não brinque comigo, criança.

 

Senti os lábios úmidos e carnudos de Nieth roçarem levemente minha orelha e o seu suspiro invadiu minhas mais impuras lembranças.

 

- Eu adoro quando você é assim, selvagem. - senti a sua língua tocar a ponta de minha orelha. - Quero que me foda aqui e agora. - ela sussurrou.

 

Pela mãe como aquela frase me descontrolou. Nieth enlaçou as longas pernas ao redor de meu quadril, me puxando para ainda mais perto. Meus lábios lhe tocaram o pescoço e eu não pude evitar deixar uma marca ali, os caninos perfuraram sua pele com facilidade e ela riu. Suas mãos nervosas desabotoaram minha calça e então a própria, ela estava mais apressada que o normal.

 

- Você está muito levada hoje. - eu me afastei o suficiente para vê-la tirar a própria calça e jogá-la sobre meus pés.

- Castigue-me então, meu senhor. 

 

Aquilo não era um pedido, não. Nieth não pedia, ela ordenava. A pressionei novamente contra a parede e puxei suas torneadas pernas para cima e sem avisar a invadi. Um curto e baixo gemido soou dos lábios de minha amada, senti sua língua quente percorrendo meu pescoço e queixo e então alcançarem meus lábios. A cada estocada dada, eu a sentia. Não fisicamente, não. Era uma conexão que ia além, estávamos envolvidos por algo sem explicação. Pertencíamos um ao outro. Eu pertencia a ela.

 

- Eu a amo. - a facilidade que aquelas palavras saíram o assustou, mas aquilo era verdade, ele a amava de todo coração. 

 

Nossos corpos conectados, éramos um só. Os gemidos de Nieth aumentaram conforme eu aumentei os movimentos de meus quadris, me permiti olhar seu rosto no ato, ver sua expressão de prazer o enlouquecia. Mas no meio daquela expressão, ele viu tímidas lágrimas se formaram no canto de seus olhos e deslizarem pelas bochechas de sua amada.

 

- Então não me peça para fugir. - ela pediu entre gemidos. - Por favor, não me peça pra abandoná-los.

 

Como ele poderia? Aquela guerra era por eles, por ela, e agora ele entendia isso. Vendo a insistência da fêmea, vendo suas lágrimas.

 

- Lute ao meu lado. - pedi.

- Sempre.

 

O ápice do prazer foi quando entendemos que nenhum de nós está ali para privar o outro de suas próprias escolhas. Eu estava ali por ela e ela teria a escolha de ir embora ou de permanecer e lutar.

 

ARION

Já era noite e não havíamos tido movimentação alguma do inimigo, aquilo o intimidava pois ele não tinha ideia do que poderia acontecer dali em diante, estavam quietos demais desde a defesa de Nieth.

 

- Escute. - o tom de voz de Bradir era quase como um sussurro. - Não vamos esperar que eles nos peguem de surpresa. - ele olhou ao redor, como se buscasse um espião por perto.

- Continue.

- Meus filhos e os servos de sua filha irão entrar no acampamento. - ele concluiu. - Sei que para você parecerá desonroso, mas ainda estamos em menor número e o que importa é garantirmos a derrota de Findra.

- Onde minha filha entra nisso?

- Não entra. - ele falou.- Você sabe como os Anjos da Morte trabalham? Não vamos arriscar colocá-la lá.

 

Bradir olhava para a floresta fixamente, ele parecia se lembrar de coisas, como se estivesse vivendo lembranças naquele momento. Quando soube que sua filha havia sido abençoada por Nuri e por seus servos, ele não pode esconder sua surpresa. Houveram muitas histórias sobre eles e seus feitos, maior parte delas eram piores que seus atos selvagens quando eram espectros.

 

- Cada história contada em cada canto de nossos reinos é verdade. - ele continuava encarar o além. - São espíritos malignos como Nuri era.

- Isso faz de minha filha um também?

- Dependendo de minha resposta, o rumo dessa guerra poderá mudar?

- Jamais abandonarei minha filha.

- Eu vi quando os Anjos atacaram as montanhas negras. - ele me olhou. - Vi como Nuri se ajoelhou sobre a rainha das bruxas e a sufocou sem sequer usar as mãos. - ele continuava me olhar, uma sombra negra pairou sobre aquele olhar. - Vi ela usar os próprios dentes para abrir a rainha delas ao meio e mastigar o seu coração. Ainda acha que sua filha está livre de se tornar isso?

- Nuri era mais bondosa que qualquer uma daquelas mulheres.

- Os fins não justificam os meios. - ele finalizou. - Eles entrarão silenciosos e sairão silenciosos, jamais saberão que estivemos lá. Jamais saberão sequer o que aconteceu, mas fique preparado para quando perceberem, pois Farik virá atrás de você, ele virá atrás de sua filha.

 

Cada palavra dita por Bradir o fez hesitar. O que fariam era o mesmo que fizeram a sua mulher. Ele sabia que era necessário, mas a represália seria imediata e ele temia por Nieth.

 

- Correremos o risco. - o rei de Zimôr partiu tão silencioso quanto chegou, sua arrogância era grande, mas o peso de suas dores justificavam. Teria ele força para ver e viver o que ele viveu e ainda sim permanecer firme?

 

Ao longe estavam os gêmeos, as jóias de Zimôr. Teria que confiar sua filha e a própria vida a eles e só então percebeu o que estava acontecendo ali.

Um único reino, com um único governante” - sua filha.

 

NIETH

Cayden parecia aborrecido, na verdade, todos estavam bem tensos. Exceto por Lauriel, que estava sorrindo demais para Tiron que fingia não ver.

 

- Você deve voltar. - ele falou entre dentes.

- Não. - ela insistiu. - Obrigada irmã, por se negar a ir também! - ela piscou para mim e eu não pude evitar rir.

- O que há de errado com vocês? Não me escutam mais? Virei um idiota? - ele estava realmente irritado. - Faça o que quiser, mas se morrer darei um jeito de trazê-la de volta e a matarei novamente.

- Sim, meu soberano irmão. - ela se curvou profundamente e riu, irritando Cayden ainda mais.

- O que há de errado digo eu. - sussurrei. - Só tem louco aqui.

 

No exato momento em que me calei, uma explosão soou fora do Palácio. Rapidamente busquei Cayden com o olhar e ele não parecia surpreso.

 

- Vamos! - ela puxou minha mão.

- O que está acontecendo? - perguntei.

- Você queria lutar. - os braços de Cayden estavam ao redor de meu corpo e seus lábios perigosamente perto de minha orelha. - Nós iremos.

 

Senti o poder de Cayden nos envolver, beijando delicadamente cada centímetro de meu corpo. Já havia sentido sua magia, mas não havia percebido o quanto ela era sedutora e combinava com a dela. Em um segundo estávamos no Palácio, no outro estávamos na linha de frente de nosso exército.

 

- De onde veio esse som? - gritei na tentativa de fazer com que meu pai me escutasse. Não havia um sinal sequer do local exato da explosão. 

 

O céu escuro piorava nossa visão ficando ainda mais difícil de distinguir quem era amigo ou inimigo, ou o que estava acontecendo.

 

- Faz cerca de uma hora que os gêmeos voltaram. - ele falou. - A explosão surgiu do nada, no meio da floresta. O mais estranho é que foi apenas luz e barulho. - ele observava. - Não há fogo ou qualquer outra coisa.

- Já esteve na presença de um Deus irritado antes? - Cayden perguntou. - É exatamente assim. 

 

Aquela conversa o deixou confusa. Qual a razão da irritação de Farik? De onde os gêmeos voltaram? Que confusão era aquela? Um grito alto e forte de um único macho parado na frente da floresta soou, ele não vestia nada além de calças pretas e uma bata branca ligeiramente amassada e rasgada. A espada em sua mão brilhava ao toque da luz da lua e o cavalo ao qual ele montava estava tão calmo quanto a brisa daquela noite, mas o macho não, ele estava enraivecido.

 

- Uma besta descontrolada. - foi o que conclui ao ver a imagem de Farik ali. - O que vocês fizeram? - perguntei, mas ninguém ousou responder.

 

Não era a imagem do Deus classudo que ele havia passado, era selvagem, causava arrepios. 

 

- Estamos prontos. - Uriel pousou em nossa frente e encolheu suas asas. - Todo o exército está de pé e corre em nossa direção.

- PREPARAR PARA O CONFRONTO! - a voz de papai soou forte e ecoou no silêncio ensurdecedor que havia se formado entre nós. Eu poderia tocar a tensão que havia se instalado se eu quisesse.

 

O som dos pés batendo contra o solo, do tilintar das armas, dos burburinhos e cânticos baixos que eles recitavam. Tudo aquilo causavam um arrepio estranho em sua pele, faziam com que ela se sentisse formigar, algo estava acordando dentro de si.

 

- SENHOR! - Hedaj respirava forte quando se aproximou. - Mildred está com eles! 

 

Surpresa tomou meu coração e quando vi a expressão de meu pai, rapidamente mudou para raiva e tristeza. Aqueles olhos arregalados nunca haviam tomado aquele rosto. Do outro lado, montada em outro cavalo estava Findra e a Rainha humana Margot, a mulher a qual meu pai serviu por muito tempo. Então pensei em Luke, olhei ao redor e não havia o encontrado, na verdade ela não o via a algum tempo.

 

- Onde está meu irmão? - perguntei preocupada.

- Eu não sei. - Hedaj confessou. - Ele estava com Gadrin.

 

Margot sorria com desdém, atrás de si a tropa dourada se posicionava um a um. Lá estava Ethan, segurando a espada que pertenceu ao meu pai, a espada daquele que o treinou. O cheiro que ela sentiu fez seu coração disparar, o perfume tão conhecido se aproximava mais e mais. Empurrando alguns feéricos e sendo seguido por Gadrin que tentava o impedir estava Luke. Ele parou no limite de onde mais cedo haviam sido feitas armadilhas, agora cobertas por cascalho e barro, com sua espada ao lado do corpo e um olhar de pura e genuína decepção.

 

- Irmão. - sussurrei ao ver ele dar mais um passo pra frente. 

 

Margot sempre deixou claro sua preferência pelos filhos de Arthur, em como Lilith e Luke eram bem treinados e nada truculentos. Em como poderiam facilmente viver em uma corte ou se infiltrarem em guerras e mais guerras, ela nos chamava de espiões. E vê-la parada do outro lado, com aquele sorriso estampado em seu sorriso a fez entender porque ela os chamava assim. 

 

- Luke. - Gadrin tentou chamá-lo de novo. 

 

Dei um passo para frente, apenas um, mas não foi suficiente para impedir o que aconteceria segundos depois.

 

- Não! - gritei.



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