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História Queen Of Disaster - Bad Day


Escrita por: Leabi

Notas do Autor


Olá, primeiro capitulo.
Espero que gostem, se gostarem por favor deixar um comentário.
Se acharem algum erro, ou tiverem alguma critica construtiva, por favor deixar um comentário.

Capítulo 1 - Bad Day


Fanfic / Fanfiction Queen Of Disaster - Bad Day

"De uma euforia total
A um desastre sem igual
Tudo isso dentro da mente

A alegria é um exagero
Tão igual é o desespero
Isso é o coração que sente."

                                    ~ Diego Rodrigo

 

17 de novembro de 2017 - Sexta-Feira

Puxei o cobertor me cobrindo, tentando afastar o frio que tocava minha pele. Me sentia tonta ainda por causa da festa e minha cabeça doía por causa da bebida.

O celular começou a tocar. Choramingando comecei a procurar, rezando para não ser hora de levantar e ir para a escola.

Peguei o celular que apenas vibrava e forcei meus olhos para tentar enxergar a tela. Levei um susto notando que o celular não era meu.

Sentei na cama e olhei para os lados, não havia ninguém além de mim no quarto.

Atendi o telefone já resmungando

– Alo? - falei com sono.

– Oi, aqui é o Nathan. – escutei risadas no fundo da chamada. – Acho que trocamos de celular por engano.

– Tudo bem. – falei.

– Meus amigos acharam que ia ser divertido... – silêncio. – Raven está ai?

Desliguei o celular e cai para o lado. Joguei o celular para fora da cama e dormi novamente.

Ouvi alguém batendo na porta e me levantei resmungando.

– Querida, já é hora de ir para o Colégio. – ela abriu a porta e eu acenei pra ela antes de entrar no banheiro.

– Vou tomar banho. – fechei a porta.

Retirei minha roupa e olhei meu corpo nu no espelho. Uma tatuagem de uma flecha com uma flor descia minha costela. Meu corpo era pequeno e magro, mas meus peitos eram grandes e minha bunda razoável.

Liguei o chuveiro e coloquei a mão verificando se estava quente. Quando estava na temperatura que eu queria entrei e comecei a tomar banho.

Primeiro lavei meus pés doloridos e pequenos, depois minhas pernas, que eu particularmente achava sensual. Fiz minha higiene pessoal lavando minhas partes íntimas e por fim lavei meu cabelo preto, longo e encaracolado.

Desliguei o chuveiro e puxei a toalha do box me enrolando. Sem querer congelar, me sequei rápido e fui atrás de uma roupa.

Coloquei meu conjunto de calcinha e sutiã pretos de renda, minha blusa azul escura, e um moletom preto aberto na frente. Vesti minha calça jeans preta que tinham alguns rasgos que não eram por moda. E por fim meu coturno favorito preto.

Fui para o banheiro e olhei meus olhos cinzas e cansados, passei delineador e rímel tentando disfarçar. Meu nariz era pequeno e estava levemente vermelho por causa do frio. Minhas bochechas levemente cheias e acentuadas. Meus lábios contornados e rosados, quase de boneca.

Fui atrás do meu celular e acabei achando o outro, lembrei da ligação.

– Que droga. – reclamei.

Enquanto colocava meu material na bolsa, ouvi a buzina do carro da Raven, minha melhor amiga. Ela costumava me dar carona sempre que podia.

Peguei minha bolsa e joguei no ombro.  Peguei meus óculos e coloquei no rosto desci as escadas correndo.

– Saindo mãe. – dei um beijo na bochecha dela antes de virar e passar pela porta da casa.

Vi o carro de Raven estacionado e corri, abri a porta e joguei minha bolsa no banco de trás depois entrei e feche.

– Café? – ela me estendeu um copo e eu peguei.

– Obrigada. – sorri. - Bom dia.

– Bom dia, mulher. – ela manobrou o carro para a rua e começa a dirigir. – Eu estou acabada da festa de ontem.

– Eu sinto que minha cabeça vai explodir. – choraminguei.

– Aliás eu te liguei, porque não atendeu? – virou a esquina.

– Ah, então, pelo jeito acharam que meu celular era seu e trocaram. – peguei minha bolsa e tirei o celular dele. - Fiquei com o celular do seu predestinado.

– Oh. – ela olhou para o celular e depois voltou a olhar para rua.

– O que foi esse 'Oh'? – fiquei curiosa.

– Ninguém pode saber, muito menos meus pais e os pais do Nathan. – ela fez suspense e estacionou na porta da escola.

– Para com esse suspense, você sabe que eu sou um túmulo. - tomei meu café.

– Na festa, eu fiquei com Kyle... E eu gostei dele. – ela bufou. - É tão frustrante.

– Tem que falar para sua mãe que não quer ficar com o Nathan. – disse enquanto descia do carro.

– Eu sei. Mas sempre que tento ela começa a falar sobre os negócios da família e o como desde pequenos eu e o Nathan estávamos destinados a ficar juntos. – ela desceu também e fechou a porta. – Parece até uma novela.

Começamos a andar até a escola.

– E o que eu faço com o celular dele? – levantei. - Eu quero o meu celular de volta.

– Ok ok. – ela pegou minha mão e me puxou até onde era o armário do Nathan.

Raven sempre foi determinada e independente. Além de ser extremamente bonita. Os cabelos ruivos destacavam se na pele branca, e nos olhos verdes. Era alta e tinha curvas perfeitas no corpo, sem excesso e nem falta. Além disso se vestia como uma modelo.

– Nathaaaaan. – cantarolou.

– Ah, Raven. – sorriu. - Trouxe meu celular? – fechou a porta do armário e estranhou ao me ver.

O Nathan era alto, seu corpo era forte e a pele levemente bronzeada. Seus olhos eram azuis claros e o cabelo castanho cacheado, médio. Ele era realmente bonito.

– Então, a Samantha trouxe. – ela me puxou para frente.

– Ah, então ela é a mal educada que desligou na minha cara? – ele sorriu.

– Desligou? – Raven de dirigiu a mim.

– Eu não sei. Estava tão bêbada.  – menti envergonhada.

– Por favor. – ele estendeu a mão.  – O celular...

Coloquei na mão dele o celular.

– E o meu? – pedi.

– Aqui. – ele tirou do bolso e colocou na minha.

– Foi bom te conhecer. – disse com sarcasmo e sai andando.

– Vai tarde. – respondeu.

– Não fale assim com ela. – Raven esbravejou.

– Ela é esquisita! Não tenho culpa. – ouvi antes ir até meu armário e pegar o matéria.

 

~ ◇ ~

 

 Senti alguém esbarrar no meu ombro e me empurrou na parede.

– Esquisita. – falou, riu e saiu andando.

– Vai se ferrar. – gritei e todos me olharam estranhado.

– Olha lá, de novo, mal educada. – ouvi uma voz atrás do meu ombro.

Virei com o susto.

– Não sou mal educada. – disse entre dentes.

– Se fosse mais educada talvez ninguém te tratasse como esquisita. – falou dando de ombros.

– Eu não sou esquisita. – respondi irritada.

– Tudo bem, você quem sabe. – deu de ombros de novo. – Viu a Raven? Preciso falar com ela.

– Vocês são quase namorados e não sabe onde ela está? – ri.

– Pera, você sabe sobre isso? – ele pareceu levar a conversa a sério pela primeira vez.

– Tchau, idiota. – revirei os olhos e sai andando.

Fui para casa andando, pois sabia que hoje Raven tinha curso e ia direto.

Dei graças a deus por ser sexta e quando cheguei em casa cai no sofá, fechei os olhos e dormi.

– Acoorda. – senti alguém sacudir meu ombro.

Abri os olhos e era Raven. Ela estava toda arrumada. Com um vertido azul curto.

– Que foi? – perguntei.

– Festaaaa. – ela comemorou. – Se arruma e vem comigo. – pediu.

– De novo? – perguntei cansada.

– Sim, eu quero que conheça o Kyle. – sorriu.

Rae sempre me protegeu e me apoiou com tudo. Então nunca disse não.

– Ok. – disse choramingando.  – Vou me trocar.

Tirei minha roupa ficando apenas de roupa intima. Comecei colocando minha calça preta que estava meio desbotada, a cintura era alta. Coloquei uma blusa branca e passei sua base dentro da calça. Fui atrás de uma blusa de frio e coloquei uma xadrez vermelha que ficava aberta. Coloquei meu coturno novamente.

Fui para o banheiro, peguei meu cabelo que estava bagunçado e prendi em um coque desajeitado. Lavei o rosto tirando a maquiagem borrada e retoquei do mesmo jeito que havia feito de manhã, com a leve diferença que passei um batom vinho.

Coloquei meus óculos e olhei uma última vez no espelho para ver o resultado final. Eu até parecia ser uma garota bonita e normal. Mas a tempos ninguém me olhava e pensava isso, tudo o que eu ouvia era estranha e esquisita.

Dei de ombros para o pensamento e peguei uma bolsa de ombro pequena para colocar minhas coisas. Coloquei as chaves de casa, meu celular, dinheiro para o taxi e o pensamento de que eu iria me divertir.

Desci as escadas e Rae aplaudiu animada.

– Você está tão linda. – ela olhou orgulhosa.

– Falou a maior arrasadora de corações. – brinquei.

– Vamos logo, já estamos atrasadas. – ela me apressou e eu fiz o que pediu.

Enquanto seguia para o carro e entrava nele, disquei o número da minha mãe tentando ligar e avisar que eu iria sair, mas a chamada foi direto para a caixa postal. Deixei um recado e desejei um bom trabalho.

Ela sempre ficava até tarde no trabalho e voltava de madrugada para casa, dormia no sofá mesmo e me acordava para ir à escola e voltava para o serviço. Minha mãe havia se acostumado a fazer plantões no hospital, mas sempre tentou estar presente comigo, eu entendia também o quanto era difícil para ela.

Liguei o rádio tentando afastar qualquer pensamento do tipo.

– As pessoas pararam de te zoar na escola? – perguntou com um tom preocupado.

– Não é tão pesado como antes, mas sabe que não melhorou. – respondi. – Elas acham que eu não escuto, mas sei de cada palavra que dizem sobre mim.

– Sinto muito. – ela falou com um tom triste.

– Eu não ligo mais. – respondi. E por parte isso era verdade. – Agora vamos falar de coisas divertidas, estamos indo para uma festa. – forcei um sorriso.

– Você está certa. – sorriu de volta e estacionou o carro.

Descemos do carro e já dava para ouvir a música tocando em alto e bom som. O som das vozes e da batida hipnotizavam já na entrada.

Entramos juntas, mas logo me perdi da Raven. Ela era popular e a maioria das pessoas sempre a puxava para conversar. Rae sempre foi uma boa amiga e eu sabia que se conseguisse ela ficaria comigo até o final da festa.

Fui logo atrás das bebidas e já recebi alguns olhares frios das pessoas, como se dissessem que eu não deveria estar ali e que não era o meu lugar.

Ignorei. Andei até o barzinho e puxei uma garrafa de cerveja e abri. Fiquei tomando enquanto via as pessoas dançando e se divertindo.

 

18 de Novembro de 2017 - Sábado

Vi o tempo passar rapidamente, e logo eu já estava levemente embriagada.

– Ei, o que você está fazendo na minha festa? – uma garota loira apareceu do meu lado tirando a garrafa de cerveja da minha mão.

– Ei... – tentei pegar de volta mas ela afastou.

– Vai embora! – disse com raiva. – Eu não preciso de uma aberração na minha festa.

– Camillie, não vale a pena. – uma garota tentou afastar a loira de perto de mim.

– Vai para o inferno. – respondi ríspida, e peguei a garrafa de volta virando ela. Quando terminei bati com a garrafa na bancada.

A garota loira, Camillie, pareceu ficar irritada. Ela veio para cima de mim e me deu um tapa no rosto. A festa ficou em silencio. Todos pararam para ver o que estava acontecendo.

– Ninguém quer você por perto! – falou as palavras como se fossem veneno.

– Você não está dizendo nada que eu já não tenho ouvido. – desencostei da bancada. – Mas você que precisa ouvir umas verdades...

– Eu não preciso de nada seu. – ela segurou meu braço e tentou me puxar.

– Me solta! – falei calma.

A garota me empurrou e veio para cima tentar me bater. Fiquei tonta por causa da bebida e ela conseguiu. Senti os socos dela. Tentando me defender, eu também comecei a bater nela. Senti quando ela puxou minha blusa e torceu meu braço, então peguei o cabelo dela. As unhas dela machucaram minha pele.

– Parem! – ouvi Rae surgir na multidão.

– Solta ela! – era uma voz masculina, quase familiar. Senti seu braço passar pela minha cintura e me puxar para longe da Camillie.

Quando o garoto me puxou, não consegui mais alcançar a garota mesmo tentando me soltar. A loira pegou a garrafa que eu havia deixado na bancada, e mesmo com uma pessoa tentando impedi-la, ela acabou vindo para cima de mim quebrando a garrafa na minha cabeça.

Senti a dor se espalhar com algo quente pelo meu rosto, mas eu estava furiosa de mais para ligar para aquilo no momento.

Vi a cara de Rae na multidão, seus traços eram de pura preocupação. Raven cortou a multidão tentando chegar em mim. O garoto havia soltado minha cintura, mas ainda me arrastava para fora da casa.

– Meu deus, Samantha, me desculpa! – disse quando passamos da porta para a rua.

– Está tudo bem. – respondi.

– Você esta sangrando. – ela falava desesperada.

Olhei para o lado para ver quem era o garoto, e me surpreendi ao ver que era o tal de Nathan. Logo depois saiu um outro menino.

– Vocês estão bem? – perguntou e se juntou formando um pequeno círculo.

Ninguém respondeu. Nathan tirou a blusa de frio e se aproximou de mim colocando a blusa na minha testa.

– Ai! – reclamei. – O que você está fazendo? – afastei a mão dele sentindo dor.

– Acho melhor vocês virem até a minha casa... – falou calmo. – Meu pai é médico, peço para ele dar alguns pontos.

– Também acho. – Rae falou rápido.

– Não sei se é uma boa ideia. – ainda estava uma fera.  – Preciso de um minuto.

Me retirei e me escondi na lateral da casa. Soquei a parede com todas as minhas forças sem parar, até que senti minha cabeça girar.

Voltei rapidamente como se nada tivesse acontecido.

– Eu não estou muito bem. – senti tudo girar.

– Sam... Sam?! – ouvi apenas a voz da Era. – SAMMY!

Tudo apagou.



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