História Queimando por você - Capítulo único

 Ela estava o provocando.

Ele sabia.

Desde que viera morar nessa bola de lama que os malditos terráqueos chamavam de casa, enquanto esperava a época certa para derrotar Kakaroto, ela sempre estivera o rondando.

Ela era mandona, cheia de marra e completamente vulgar, mas parecia sempre correr atrás dele, querendo o cuidar. No início achou que era apenas o jeito estranho daquela maldita terráquea. Pensou que fosse uma atenção inocente, já que ele era forte, poderoso e poderia destruí-la facilmente. Achou que ela estivesse medo dele e tentasse ganhar sua simpatia.

As pessoas sempre tinham medo dele.

Mas ela não tinha medo.

Quando ele ficou fora e voltou após meses de busca infrutífera pelo verme do Kakaroto, percebeu que ela era corajosa e não o temia. Inclusive o enfrentou e o obrigou a usar aquela maldita roupa ridícula. Por que não a matou, ele ainda não sabia.

Ela perdeu totalmente o respeito por ele depois daquilo.

Agora tinha o costume de falar com ele, como se ele fosse um daqueles fracos terráqueos idiotas que viviam a rodeando e fazendo todos os seus caprichos. Mas ele não era. E nunca seria.

Vegeta deitou para trás na cama macia no quarto que lhe fora dado quando viera morar ali. Era um quarto bizarro quando chegou, mas tirou todos os enfeites até ficar só os móveis. Isso foi há meses.

Hoje, a madrugada estava no alto já. Mesmo cansado após o dia exaustivo de treino, ele não conseguiu dormir.

Como conseguiria dormir com os sons que ela fazia?

O quarto dela era ao lado do seu. Tão perto que ele podia sentir o cheiro que ela exalava e os gemidos que ela dava enquanto tocava em si mesmo.

No início pensou que ela não sabia que ele tinha os sentidos aguçados e poderia ouvi-la, mas ela sabia. Vira na malícia dos olhos azuis quando ela o fitou no café da manhã após ele passar a primeira noite em claro por causa dela.

Bulma queria foder com ele.

Não apenas foder com ele, queria que ele se rendesse. Queria que ele a procurasse louco de desejo e não o contrário. Ela sabia que ele não negaria se ela viesse ao seu quarto.

Por que negaria?

Estava a tempo demais sem transar. Nem lembrava a última vez. Não depois que se focou em vir a Terra e destruir o irmão inferior de Radizt. E a terráquea não era feia. E tinha um bom traseiro. Ele notara isso no dia do seu retorno.

Mas ele ir procurá-la? JAMAIS!

O príncipe dos saiyajins nunca correu atrás de fêmea alguma, elas que imploravam para servi-lo! Não importava o planeta onde estivesse, ele podia sempre escolher qual fêmea viria satisfazer suas necessidades. E elas ficavam gratas por ter essa chance.

Os gemidos da terráquea se tornaram mais fortes.

― Ah, Vegeta! ― Gemeu Bulma baixinho no outro lado da parede, o cheiro do gozo dela perfumando o ar ao redor dele.

Ele trincou os dentes. Eram assim todas as noites durante os últimos tempos. Ela não tinha nenhum macho para trepar, então se trancava no próprio quarto e satisfazia a si mesma, gritando o seu nome em meio ao orgasmo. E ele ouvia tudo!

E queimava por ela.

Vegeta sabia que não conseguiria dormir se não aliviasse o corpo pulsando de tesão. Amaldiçoando a terráquea, tirou um braço de trás da cabeça e deixou deslisar pelo próprio corpo nu.

Ele sempre dormia nu.

A que ponto se rebaixara. De macho desejado a um que tinha que aplacar o próprio desejo sozinho. Deixou os dedos tocarem a carne pulsante de seu pênis ereto. Estava quente e muito duro.

Ela, maldita seja, sempre o deixava assim!

Ele nunca achou atraente fêmeas de outras espécies, apesar de usá-las para aplacar o tesão, mas a maldita terráquea era a exceção.

Bombou com força, os olhos fechados, tentando não imaginar a fêmea de cabelos azuis nua no outro lado da parede, mas falhando miseravelmente. Diabos que ela não era linda de roupa. Nua devia ser a tentação encarnada.

E Vegeta morria por fodê-la!

Mas não daria o braço a torcer. Se ela o quisesse (e ele sabia que ela queria), tinha que vir. Imaginou-a aberta para ele, nua, a pele clara úmida de suor, sua buceta encharcada implorando por seu pau. Ele a montaria sem piedade e a preencheria totalmente, fazendo-a gritar de prazer.

Ela gritaria muito.

Bocuda como era, ela não seria nada silenciosa durante a foda. E isso o deixaria ainda mais cheio de tesão. Aumentou a intensidade e a velocidade do movimento, masturbando-se com mais vigor. O corpo musculoso contorcendo-se na cama.

Com a mão livre, puxou o travesseiro, cobrindo a própria boca.

Ao diabo que faria qualquer barulho. Embora a terráquea soubesse que ele passava a noite batendo punheta por causa dela. Abafando o próprio rugido de prazer, ejaculou com força, fazendo uma bagunça no lençóis.

Exausto e satisfeito, Vegeta relaxou na cama, o sono, finalmente vindo.

― Maldita terráquea! ― Ronronou baixinho, quase adormecido.

Amanhã de manhã, no café da manhã, ela novamente o olharia com aqueles olhos azuis maliciosos, sorrindo, mas, por dentro, frustrada por ele não cair em sua armadilha. Ele não se renderia. Era ótimo em esperar, já ela não parecia nada paciente.

Ela viria um dia desses. Ele sabia. E esperava ansioso!