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História Querida Babá - Prólogo


Escrita por: mari_rafaela_2

Notas do Autor


Oi gente🌹
Alguém sabe onde eu vou parar com tanta fic? 😲

Espero que gostem, e por favor não deixem flopar😩

Beijocas, boa leitura <3

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Querida Babá - Prólogo

— Por favor, amiga. — Uni as duas mãos em forma de prece, provocando uma lenta revirada de olhos em Sophie. — Eu lavo o seu carro, levo seu cachorro pra passear por um mês e te dou meu livro autografado do Stephen King!

A boca pequena pintada de vermelho de Sophie fez um biquinho charmoso antes de ela digitar alguma coisa no seu computador e respirar fundo.

— Tá bom. Mas é por sua conta e risco.

Comemorei mandando beijos e soprando no ar e Sophie só faltou mostrar o dedo do meio.

A agência de empregos em que minha melhor amiga trabalhava estava lotada de gente. Essa época do ano as ofertas de emprego triplicavam, com vagas temporárias principalmente.

— Becky, é sério — Sophie pestanejou com os cílios enormes — Eu posso achar outra coisa pra você.

— Mas eu não posso esperar mais, amiga. Você sabe que eu sou a única ganha pão ali daquela casa, então o fator tempo conta muito — Expliquei pela milionésima vez — Minha mãe e meu irmão precisam de mim!

Sophie digitou no computador sem nem olhar para a tela e a impressora ao lado deu um tranco antes de cuspir folhas sem parar que foram retiradas e grampeadas por Sophie.

— No último mês eu mandei duas babás à essa casa. Nenhuma delas passou da experiência. — Ela balançou a cabeça, tentando entender — Elas pediram demissão em uma semana.

Mordi o lábio, uma de minhas manias quando ficava nervosa, e tratei de parar de fazer isso. Eu precisava transparecer confiança.

— Bom, você sabe que vou tirar de letra. Sou formada em psicologia e em todas as temporadas de Peppa Pig. O garotinho vai me adorar — Finalizei com um piscadela desajeitada e finalmente a carranca de Sophie se desfez.

— Estou torcendo por você. Quero muito que dê certo.

— Vai dar certo. Esse cara paga muito bem. Vou conseguir pagar as contas atrasadas de casa e ficar mais tranquila…

Sophie deslizou alguns papéis na mesa e pediu para eu assinar.

Enquanto me inclinava na mesa, senti seus olhos em mim.

— Soso. — Sibilei enquanto rabiscava — O que não está me contando?

— O que? Como assim? — Ela retrucou dramaticamente. Sophie podia tentar uma vaga na Broadway, porque daria uma ótima atriz.

— Está escondendo alguma coisa de mim, bebê.

Seus ombros caíram como se ela tivesse acabado de descarregar um peso.

— O garotinho… Ele é… Um amorzinho… Exceto quando chora. E ele chora 24 horas.

Gemi me afundando no banco.

— E o pai… Bem… Digamos que as babás que ficaram lá gostariam de atear fogo em Isco Alarcon.

Quase engasguei com meu chiclete.

— Isco? Como o do futebol?

— O próprio. Dizem que quando está em casa o cara se transforma. Tipo coisa de “o médico e o monstro”? Então… Em casa ele é o monstro e eu acho que é porque fica cansado de fingir que é legal e sorridente o tempo todo lá fora.

— E por que diabos ele é assim? — De repente estava começando a sentir urticária. Cocei o dorso da mão e o braço.

— Ele perdeu a esposa e mãe do filho dele repentinamente. Isso mexeu com a cabeça dele.

Bom, eu não podia dar para trás agora. O salário era muito bom. Era perto de casa e eu poderia continuar cuidando da minha mãe. Meu irmão não precisaria sair da escola particular e com sorte eu juntaria um dinheiro para comprar um carro melhor do que meu fusca velho.

— Você tem uma entrevista breve com a Dona Marta, que trabalha com o Francisco. Dando tudo certo, começa essa semana mesmo.

 

[...]

 

Assim que estendi o dedo para tocar a campainha me arrependi de ter ido com aquela roupa. Eu devia ter vestido o que eu usava para as entrevistas que eu fazia para as clínicas de psicologia, e não como se estivesse indo à um show de rock.

Uma senhora rechonchuda e de face maternal me cumprimentou ao abrir a porta e passei por ela com o coração saindo pela boca.

— Bom, Rebeca. Confesso que estava preparada para outro tipo de pessoa — Ela cruzou as pernas após os longos minutos me entrevistando e abriu um leve sorriso.

— Isso é uma coisa boa? — Mal reconheci minha voz.

— Isso é ótimo. Você dá conta da sua casa sozinha, cuida da sua mãe e seu irmão e além de tudo mora aqui perto. Sei que pode dar conta de situações psicologicamente difíceis e sei que quando o Francisco precisar de sua ajuda poderá chamá-la a qualquer hora.

Engoli em seco e desejei ter um spray de mel para borrifar na garganta.

Péssima hora para ser hipocondríaca.

— Eu trabalho com a família do Isco há anos. — Marta se levantou e fez um gesto para eu acompanhá-la. — Preciso de um descanso e vou me aposentar. — Ela explicou enquanto caminhava pela casa, que diga-se de passagem era divina. — Mas não posso ir embora pra minha terra sem saber se meus meninos ficarão bem.

— P-pode deixar comigo, Marta. Vou fazer o meu melhor.

— O Júnior vai chegar da escolinha em breve. Vou te mostrar algumas coisas, o que deve fazer. Sua única preocupação será com ele, ok? Uma pessoa virá cuidar da casa, então sua atenção pode ficar cem por cento na criança.

— Quando vou começar?

Marta girou os calcanhares e sorriu ternamente.

— Hoje mesmo, querida.

— Hoje? — Repeti, incrédula.

— Rebeca, consegue guardar um segredo?

Pigarreei e acenei vigorosamente com a cabeça.

— Meu neto vai nascer. Sou do Novo México, e minha família inteira é de lá. Quero acompanhar o nascimento do meu neto e voltar para minha família. Só vou poder fazer isso se você der certo aqui.

Nossa. Nem um pouco de pressão.

— Suponho que a Sophie te avisou sobre o gênio do seu chefe?

Tentei sorrir, mas aquilo pareceu um grunhido.

Marta deu um tapinha em minhas costas.

— Não tem que se preocupar com ele. Ele é um bom homem. Só está passando pela fase de amargura do luto.

 

[...]

 

Sophia não estava mentindo quando disse que Isco Jr. era um amor. Ele era um menino fofo. Mas, minha amiga também não mentiu quando disse que ele chorava muito. No final do meu expediente eu já estava exausta como se trabalhasse há semanas e não há um dia.

Quando o garoto finalmente dormiu, Marta apareceu no quarto e me chamou com um gesto de mão.

Fechei a porta com cautela para não fazer barulho e ela segurou minha mão.

— Você pode ir agora. O pai dele chegou e pedi pra ele ir tomar um banho, já que o Junior está dormindo.

— Tudo bem. Eu vou pegar minha bolsa — Ignorei a curiosidade em ver o meu novo chefe. Provavelmente ele seria ríspido comigo ou pior, fingiria que eu não existia, como Marta e Sophie disseram que ele fazia com as babás.

Me despedi de Marta e fui em direção à porta.

Eu estava satisfeita por ter vencido meu primeiro dia de trabalho.

— Boa noite.

Dei um pulo ao ouvir aquela voz.

Me virei lentamente e lá estava o pai do Isquinho usando uma toalha que pendia abaixo dos ossos do abdômen.

Meu Deus.

— Boa noite. — Respondi tentando buscar a minha voz normal mas ela pareceu a de uma galinha estrangulada.

— Vai voltar amanhã?

O rosto dele tinha uma expressão preguiçosa e ao mesmo tempo ansiosa.

Coitado. Não deve ser fácil ver o filho dele se apegando às babás e depois tendo que explicar que elas não voltariam mais. Talvez por isso o pobre homem estava sendo até que gentil comigo.

— Com certeza. — Disse com mais firmeza dessa vez.

O esboço de um sorriso surgiu nos lábios dele.

— Até amanhã então, Rebeca.

Acenei com a mão e tomei o meu rumo em direção à minha casa.

Marta e Sophia eram duas exageradas. Isco era legal. Foi gentil comigo. Acho que não teria problemas como elas me avisaram.

Abri o portão de casa com um sorriso no rosto e finalmente acreditando que as coisas ficariam em paz pela primeira vez depois de meses conturbados.

Mas mal sabia eu o quanto errada sobre o futuro eu estava.

Isco Alarcon traria exatamente o oposto de paz à minha vida.


Notas Finais


Gostaram?

Desculpe se tiver algum erro.


Tenho uma One com o fofito do Mbappé e uma short com Marco Reus, e outra short com CR7. Se vcs quiserem eu publico no Natal🎄🎁

Beijos😍


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