História Querido diário - Crazy outbreaks (one)

Agora ao som de Sia Big Girls Cry tomei uma canéca muito maior que minha vontade de beber a quantia de café que tinha aqui dentro para escrever esse "capítulo" certeza que pelo menos se eu desmaiar não vai ser por falta de "alguma" coisa no corpo, talvez o liquído não me segure por tanto tempo mas nada desce além de lágrimas.. dramática talvez, por enquanto o termo -louca psicológicamente- é um termo melhor é se encaixa perfeitamente em mim.


Duas "crises" em dois 'foking 'dias seguidos, eu estava bem e se eu não estivesse e ninguém percebeu isso é bom de certa forma pelos menos agora sei que disfarço bem né ?.. Eu fui loge de mais desta vez, chorar em um ônibus? estaria de boa isso já havia acontecido, isso se junto comigo não tivesse pelo menos umas onze pessoas chorar não é um problema pra mim nunca foi.. Mas na quele momento eu sabia que não seria "qualquer choro", eu iria surtar porque eu me conheço e conheço minhas "crises", iria gritar,soluçar,me jogar e talvez me arranhar ou murmurar alguns palavrões, não iria ser um choro normal porque EU não sou normal.

Duzentas vezes.

Esse foi numéro de vezes que bati os pés de inquietação perdi as contas quando passei um espécie de mercado no centro onde moro na minha volta tinha gritos,risadas, piadas sem graça e insultos mas a janela do lugar onde sentava parecia muito mas interessante das coisas que acontecia. No intervalo da duzentas vezes lembro-me de ter contado vinte vezes quando batia a unha no celular da tela do celular, o ônibus poderia estar lotado de pessoas ou adolescentes mas ali era apenas eu e meu fone. Alguns dos meus colegas até tentavam tirar um sorriso tinha um problema eu não estava para brincadeira, por favor não me achem egoísta o algo do tipo estava concentrada em contar as vezes que batia a perna no chão para não descontar raiva ou não ter um surto ali mesmo, quando disse que tinha parado de contar foi porque eu não batia mas os pés no chão.. eu estava tremendo e quando vi que isso tava tinha entrado em desesdepero. Uma,duas... "droga " eu soltei porque  tinham me cutucado e então perdi a conta de quantas vezes eu secava as lágrimas teimosas, tive a brilhante idéia de contar os minutos mas eu não me concentrava mas, eu estava chorando quando vi que estava chegando no terminal olhei para o teto sujo do ônibus e disse a mim mesma "Se recomponha, vamos descer" então eu fiz como meu consiente mandou.

Eu só precisava ir pra casa, já no outro ônibus eu me acalmei ali eu poderia chorar, no banco ninguém sentou do meu lado mesmo com o ônibus lotado talvez por conta da minha cara que não estava nada convidativa mas por hora quero pensar que era apenas porque o banco estava sujo.


Na quele momento eu precisava de um abraço, céus e como precisava mas ninguém que estava lá tanto no primerio ônibus quanto no segundo poderia de fato de dar, eu sou especifíca e precisava de um abraço específo. O abraço que eu queria não poderia conter perguntas nem afirmações do tipo " Vai ficar tudo bem!" ou "Por que está desse jeito" nem troca de olhares com esses significados, eu queria conforto coisa que minha cama, e meu cobertor me daria. Minha cama indica que tudo vai ficar bem e meu cobertor me passaria conforto.


Eu tentei, juro que tentei até minha última gota de que insistia em cair... mas infelizmente, a vida não é sempre da maneira que queremos e eu não mando nos meus sentimentos há um bom tempo.

Chorar ou desistir não é demonstração de fracasso ou algo do tipo, é saber que foi forte até o ponto de desistir, enquanto a chora todos nós fazemos isso somos humanos e isso faz parte.




Não importa quantas vezes isso aconteça eu nunca vou me acostumar com o efeito colateral de estar morrendo por dentro, e pior, silenciosamente.

Querido diário, descorbri a morte sem me matar..