História Querido Diário - O resto do meu primeiro ano em Hogwarts

Querido Diário,

Como eu tenho estado bem ocupada com as tarefas da escola (e, eu confesso, eu preferi ler alguns livros da biblioteca do que te contar as novidades), faz tempo que não escrevo aqui, e se você estiver curioso, estou no final do meu primeiro ano letivo em Hogwarts. Amanhã as férias começam, e eu não poderia estar mais triste. Mas, deixa eu te contar as minhas aventuras deste ano, as partes mais importantes.

A cada dia eu fico mais amiga do Harry, quase sempre estamos conversando, e sempre que precisa eu tento estar lá. E com “sempre que precisa” eu quero dizer sempre que ele e Ronald Weasley se metem em encrenca. E, eu preciso te contar, isso não é algo muito raro de se acontecer.

Primeiro, foi quando tivemos nossa primeira aula sobre como voar numa vassoura. Neville Longbottom se machucou e nossa professora foi leva-lo para a enfermaria. E, antes de sair, deixou ordens bem claras: ninguém deveria voar. No entanto, o Malfoy (esqueci de falar que, quanto mais amiga eu ficava do Harry, mais arrogante Malfoy me soava. Ele tratava o Harry de uma maneira horrível e agora ele era meu amigo. E, além disso, após ter lhe falado que sou nascida trouxa, o mesmo nunca mais me dirigiu a palavra) roubou o Lembrol de Neville. E, após roubá-lo, Harry defendeu o amigo, pedindo para que Malfoy devolvesse. Mas, ao invés disso, ele saiu voando com sua vassoura, e jogou o objeto bem longe. Harry, por sua vez, foi atrás do Lembrol, mesmo quando eu avisei que ele se daria mal por não obedecer a professora. Meu amigo conseguiu apanhá-lo, e logo chegou a professora McGonagall, que o levou para fora do campo, provavelmente para castiga-lo, mas, descobri, por meio de boatos, que na verdade, ele seria o novo apanhador da Grifinória, nos jogos de Quadribol. Estava orgulhosa de meu amigo, e esse fato me deu vontade de jogar na cara de Malfoy, que havia rido quando achou que Harry estava encrencado.

Quando eu, Potter e Weasley estávamos indo para nossos dormitórios, as escadarias se moveram, nos levando em direção ao terceiro andar, que era proibido para os estudantes. Mas, como as escadas se moveram, não tínhamos opção, a não ser ir até o local restrito. Quando chegamos lá, a gata de Filch nos viu, o que nos obrigou a correr para não sermos pegos. Após alguns segundos correndo, nos deparamos com uma porta trancada, que eu abri com um feitiço, e dessa maneira conseguimos entrar e escapar do castigo. Mas, só depois fomos perceber o porquê da porta estar trancada: havia um cão de três cabeças que estava vigiando um alçapão, que depois de um tempo de muitas pesquisas e conversas com o Hagrid, descobrimos que dentro do alçapão, estava a Pedra Filosofal. A Pedra Filosofal fazia da pessoa que tomasse seu elixir imortal. E era disso que Você-Sabe-Quem precisava para voltar, e era isso que precisávamos impedir.

Certo dia, estávamos aprendendo à como levitar, o famoso “Vingardium Leviosa”. Nessa aula, estava sentada ao lado de Rony, e após ele ter feito o feitiço errado, e eu o corrigi, ficou muito bravo comigo. Tanto que, foi falar com Harry e outros meninos que eu era chata, e que por isso não tinha amigos. Isso me fez chorar um pouco, então fui correndo até o banheiro feminino. No caminho para o banheiro, por estar com a cabeça baixa, esbarrei em Malfoy novamente. Dessa vez, ele estava rodeado por seus amigos sonserinos. E, apesar de seus lindos olhos cinzas expressarem que estava com pena de me ver chorando, ele disse:

-Ai, tadinha da Granger, chorando, né? – ele disse, num tom de sarcasmo, mas depois, ficou sério – Você merece todas essas lágrimas, Sangue-Ruim.

Isso me fez chorar mais ainda, e eu fui mais rápido ainda até o banheiro. Quando cheguei lá, permiti que mais e mais lágrimas caíssem, ninguém ia lá mesmo, então ninguém ia me ver.

Após o que pareceu uma vida chorando, estava pronta para sair daquele lugar. Mas, quando fui me retirar, apareceu um trasgo no local. Isso mesmo que você leu, um trasgo! E, se Harry e Rony não tivessem voltado para me salvar, eu provavelmente estaria morta agora, e não escrevendo nesse diário. E, para recompensá-los por salvarem minha vida, eu assumi toda a culpa para a Professora McGonagall.

O dia seguinte era o dia do primeiro jogo de Quadribol do Harry. Estava nervosa por ele, mas também sabia que ia se sair bem. Ele tem talento. Na hora do jogo, o Professor Quirell estava enfeitiçando a vassoura de Harry, e ele provavelmente teria morrido se eu não tivesse colocado fogo na capa de Snape.

Continuando, esses dias eu percebi que Malfoy tem me observado às vezes. No Salão Principal, quando olhava para a mesa da Sonserina, ele sempre estava olhando para mim de volta. O que era extremamente estranho depois da forma que ele me tratou. Ele me chamou do pior xingamento possível no mundo bruxo. Como ele ousa?

Bom, voltando para o foco novamente, Malfoy estar me observando só nos trouxe coisas ruins: nosso primeiro castigo. Deixe-me explicar: eu, Harry e Rony fomos conversar com Hagrid depois da hora de dormir e Malfoy nos seguiu e nos dedurou para a professora McGonagall. Mas, todos nós (incluindo o dedo-duro) fomos castigados de ir à Floresta Proibida (o próprio nome já te diz alguma coisa, não?) e lá, Harry quase foi morto por Você-Sabe-Quem.

Certo dia, já cientes do que Você-Sabe-Quem queria e como impedi-lo, Potter, Weasley e eu fomos resgatar a Pedra Filosofal. Foi uma aventura e tanto. Toda a escola nos gloriou (principalmente Harry, é claro, pois ele que derrotou Você-Sabe-Quem, ele estava destinado a fazê-lo) e, por causa disso, até ganhamos a Taça Das Casas!

Resumindo, foi um ano incrível, e acho que só vai melhorar.