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História Querido mundo novo. - Seria possível?


Escrita por: Poolbear

Notas do Autor


Olá abelhinhas, mais um cap. Como prometido. Espero que gostem.

Capítulo 10 - Seria possível?


- então, vocês saíram, como foi o encontro? – perguntou Bella enquanto os dois estavam na cozinha. Harry preparando um chá para a garota. 
- foi só um lanche. – disse como se não fosse nada, mas seu coração ainda batendo em ritmo acelerado. – vocês eram namorados, né? Você não se incomoda... Sabe, por eu... Se eu por acaso... 
- Harry, não se preocupe. Edward e eu somos amigos, nosso namoro foi fogo de palha. – disse a menina vendo o moreno suspirar e concordar com a cabeça. – e vocês chegaram a falar sobre, você ser um bruxo e ele um vampiro? 
- não. – respondeu rápido. – nós nem estamos saindo nem nada, eu ainda não o conheço e não é tão simples assim contar o que eu sou. 
- comigo foi simples. – deu de ombros pegando sua xícara de chá. 
- claro, porque a cabeça do meu melhor amigo falando na lareira é algo muito simples. – disse sarcástico. – qualquer outro teria saído gritando, você sabe. 
- então de nada por ser diferente. – brincou. Acrescentou mais séria. – mas não tenha medo, Edward não vai julga-lo. 
- eu sei que não. – suspirou. – é só que... E se ele ficar com medo. 
Bella ouviu atentamente e então caiu na risada deixando um Harry emburrado e com biquinho. A garota não queria rir dele, mas seu medo era tão bobo que ela não conseguiu evitar. Harry tinha medo de que Edward tivesse medo dele quando o próprio Cullen tinha o mesmo medo em relação ao garoto. 
- olha Harry, já parou para pensar que Edward deve estar pensando o mesmo sobre você? – o menino a encarou sem dizer nada e ela continuou. – ele não sabe que você é um bruxo e acha que você é apenas um humano comum... Um.. como vocês chamam mesmo... 
- trouxa. 
- isso, um trouxa. Ele não me contou também, eu tive de descobrir sozinha, e quando ele achou que poderia me machucar ele simplesmente se afastou. Mas isso não precisa acontecer com você, porque você não é um trouxa. Você tem magia. 
- você pode ter razão. – mordeu o lábio. – eu vou contar. Não ainda, mas vou contar. 
- ok, então você tá gostando mesmo dele. – afirmou em tom de provocação enquanto o outro tentava esconder as bochechas rosadas. 
- é estranho, quando o vi pela primeira vez eu me lembrei de uma pessoa que eu já gostei, mas agora nem mesmo consigo me lembrar o porque gostei dessa pessoa. No entanto, Edward parece mexer muito comigo. – confessou pensativo. 
- Harry, pode parecer estranho a pergunta. – Bella mordeu o lábio e prosseguiu quando teve a atenção do moreno. – os bruxos, eles tem... Um companheiro eterno? – o menino franziu a testa inclinando a cabeça para o lado. – o que quero dizer é, eles pode ser ligados a uma única pessoa pelo resta da vida, tipo, por uma força maior? 
Harry pensou um pouco, tentando entender o que a garota queria dizer com aquilo.

– como almas gêmeas? – perguntou se lembrando de já ter ouvido falar sobre aquilo. Seus pais eram almas gêmeas, ligados pela magia, o amor dos dois era poderoso, poderoso ao ponto de salvar a vida do próprio filho mais de uma vez. 
- sim. Isso mesmo. 
- sim, bruxos e bruxas ligados. Eles não podem viver por completo sem seu companheiro e quando o acha não pode mais deixá-lo. A casos de bruxos que enfraqueceram e morreram por serem separados de suas almas. – contou o que seu padrinho lhe explicou uma vez. 
- nossa. – os olhos da menina se arregalaram com a informação, para bruxos aquilo era ainda mais sério, pelo menos os Cullens não falaram nada de vampiros morrendo por perderem seus companheiros.
- mas porque a pergunta? – Harry franziu a testa enquanto tomava mais um gole de seu chá.
- bem... Só pensei que... Sabe... Você e o Edward. – deu de ombros quando o menino ainda não havia entendido. 
- eu... O que? – levou um susto com o entendimento do que a menina queria dizer. 
- porque não? – perguntou Bella. – poderia ser, não é?
- isso explica porque me sinto tão diferente perto dele, e porque a presença dele me acalma. – murmurou apoiando seu queixo na mão. 
- bem, enquanto você pensa nisso eu vou pra casa, já tá tarde eu tenho dever pra terminar. – disse se levantando. – nos vemos amanhã e termine os cálculos que não fizemos ainda, é só fazer do jeito que ensinei e amanhã eu dou uma olhada, ok? 
- claro, claro. Até amanhã. – respondeu ainda na mesma posição. Seus pensamentos passando por todo o momento que teve com Edward desde que chegou em forks e comparando ao que sabia sobre alma gêmea. 
Seria possível que ele foi encontrar sua alma bem ali? Numa cidade afastada a quilômetros de onde ele nasceu e viveu? E se ele nunca tivesse ido para forks? E se ele tivesse ido para outra cidade? Para o Alasca? Ele nunca teria achado seu companheiro e passaria a vida sozinho e se sentindo incompleto? 
Harry ainda pensava nisso quando foi se deitar, mais uma vez sonhando com a noite no cemitério, Edward o olhava com medo enquanto Harry sibilava, só então notando que era sobre seus pés que o Cullen estava. A ideia de que ele era Voldemort o assustou, olhou para cima e preso a lápide de Riddle Sr. Estava Tom sorrindo diabolicamente. 
- ele vai morrer, porque todos que você ama morrem, você atrai isso para eles. – riu. – tantas pessoas mortas, clamando para serem salvas pelo eleito. 
- não, não. Eu não queria que eles morressem. Não queria que ninguém morresse. – dizia, porém apenas sibilos saiam de sua boca. 
- Harry, não faça isso. – Edward engasgou no próprio sangue. Vampiros sangram? Pensou olhando o líquido carmim formar uma poça. 
- nãooo. – gritou acordando em sua cama, suado e tremendo. 
Lágrimas silenciosas desciam por suas bochechas e Harry se assustou ao sentir mãos o tocarem no rosto e tentou lutar contra a pessoa. 
- shhh, tudo bem. É só um sonho. Tudo bem. – braços fortes o puxaram delicadamente contra o peito da pessoa, o cheiro de floresta e lar invadiram seu nariz e encheram seus pulmões acalmando as batidas do coração. – eu estou aqui. 
- Edward. – Harry soluçou e chorou agarrado a camisa e o corpo frio do outro. Com o quarto em completo escuro ele chorou até adormecer novamente enquanto o maior lhe fazia carinhos gentis nas costas e cabelo. 
 Edward não resistiu a vontade de observar Harry dormir, então deixou Emmett vigiando o quarto da Bella e entrou pela janela de Harry. O garoto estava em um pesadelo novamente, Edward queria acorda-lo e tranquiliza-lo, mas como explicar sua presença? Então Harry começou a fazer sons estranhos, não eram palavras nem simples sussurros incompreensíveis. Edward estava confuso e podia sentir a aflição do menor. 
Ele se aproximou antes mesmo que pudesse pensar melhor nos seus atos, suas mãos estava perto do menino prontas para acorda-lo quando este se sentou na cama gritando. A visão do garoto assustado partia algo dentro do vampiro. Lhe machucava de alguma forma. Ele não queria ver seu pequeno companheiro assim. 
Mandando o bom senso para o inferno, Edward tocou o rosto do menor, limpando as lágrimas com os polegares, e quando este tentou lutar para se afastar, o Cullen o abraçou tentando lhe passar calma com palavras. Ele respirou fundo quando Harry parou de tentar fugir e se deixou ser consolado. As lágrimas quentes do menor molharam sua roupa e lhe fizeram ter vontade de chorar, mas vampiros não podem chorar, e tudo que ele pode fazer foi sentir as lágrimas do outro em si. 
Harry adormeceu um tempo depois, Edward não estava seguro em deixar o menino sozinho, ele o tinha nos braços e não queria solta-lo. Com cuidado ele deitou Harry de forma que ele ficasse apoiado em seu peito, temia que o moreno tivesse dor no pescoço na manhã seguinte, afinal, seu corpo não era macio e confortável como o de um humano, mas ficou feliz quando o menino adormecido se aconchegou mais perto dele.
Por horas Edward observou Harry dormir, o mesmo resmungando durante o sono uma vez ou outra, mas sem mais pesadelos. O vampiro chegava a sorriso com as expressões que o menor fazia durante o sono.
 Edward não queria, não era certo, ele não foi criado dessa forma, mas inevitavelmente ele analisou o corpo do menor adormecido. A pele macia em seus dedos, o perfume, a cintura fina, as coxas grossas e a bunda redonda que mesmo com a calça era possível notar, e Edward se sentia um verdadeiro pervertido por isso, até tentou levar sua mente por outros caminhos, reparando na decoração simples do quarto. 
Em cima do criado mudo havia um porta retrato, onde um homem muito parecido com Harry estava abraçado a uma mulher ruiva, e nos braços da mulher havia um bebê. Porém o que mais chamou a atenção de Edward foi a movimentação na foto. O vampiro piscou algumas vezes, acreditando estar apenas tendo uma alucinação e não voltou a olhar para a foto. 
Assim que amanheceu ele se foi, ciente de que logo Harry acordaria e se a sorte estivesse com ele o moreno pensaria ter sido apenas outro sonho estranho. 

 


Notas Finais


Comentem o que estão achando. E não esqueçam de favoritar se não fez isso ainda, assim não perderá as atualizações.
Quem não pensa que está alucinando ao ver uma foto se mexer não é mesmo? Hahahahaha
Até o próximo abelhinhas 🐝🐝🐝


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