História Quero Matar Meu Chefe (Imagine Jeon Jungkook) - Os lábios dele; mamãe esperta?

Engoli em seco.

— Eu não respondi um sim, eu não respondi nada, apenas… pedi um tempo para pensar. — ditei calma.

— Você está confusa?

— Muito. Seus sentimentos vieram de repente, você mudou comigo do nada, e tudo para que não eu não saísse da empresa. Já Namjoon, sempre foi gentil e amoroso, e confessou seus sentimentos por mim.

— Ele… confessou? — o vi engolir em seco.

— Sim — me afastei dele saindo do seu abraço — E está disposto a lutar por mim, eu disse a ele que...que você gosta de mim, e ele… — suspirei — Eu não devia ter contado. — andei até o sofá onde me sentei olhando para o teto — No final alguém vai sair machucado, e temo que seja eu.

— Eu… me perdoe por te colocar nessa situação, eu devia ter tomado uma atitude antes, devia ter te conquistado.

— Devia. Devia ter feito algo. — concluí.

— O que você fará? — se aproximou cambaleando e se jogou no sofá do meu lado.

— Preciso de um tempo pra pensar, CEO Jeon. Preciso entender meus sentimentos pelo Namjoon, e por você. Porque, apesar de tudo, eu acho que você merece uma chance. Eu acredito nos seus sentimentos. — o olhei de soslaio.

Só agora notei que ele me encarava minuciosamente, e isso me assustou.

— O que você está fazendo? — perguntei me afastando um pouco dele.

— Eu? Nada — se aproximou mais.

— Acho melhor você ir pra casa agora, a bebida está mexendo com você. — me afastei mais um pouco ficando no canto do sofá.

— Mas já? — se aproximou — Aqui está tão bom. — sua destra pousou no meu queixo, onde ele segurou carinhosamente — Eu já disse que você fica linda fazendo essa cara?

— Q-que cara? N-não sei do que você está falando — fiquei nervosa do nada.

Ok, cientistas, me expliquem isso por favor?!

— Essa cara — riu de canto — Você fica tão fofa — não pude evitar corar, senti o calor nas minhas bochechas e tudo que eu queria era cobri-las, mas seria impossível no momento.

— Se afasta por favor — ditei quase suplicando.

Pedi pra ele se afastar, mas no fundo, lá no fundo, cavando, cavando, cavando bastante, cavando mais um pouco, atravessando rochas, magnésio, encontrando ossos pré históricos, nadando no petróleo, cavando mais um pouco, bem lá no fundinho mesmo, eu desejava que ele não saísse de perto de mim. 

Quem vai entender?

— Tem certeza que quer isso secretária Min? — seu olhar intenso desceu para os melhor lábios enquanto seu rosto se aproximava do meu lentamente.

Me pergunto como eu me meti nessa situação.

— Eu… — engoli em seco mais uma vez completamente perdida e embriagada pelo álcool.

Álcool.

Ele só está fazendo isso por causa do álcool!

— Quero! — fiquei de pé me afastando dele vendo o mesmo cair de cara no sofá, mas logo se reerguer ficando na sua postura normal — Acho melhor o senhor ir pra casa, está tarde e você está bêbado. — ele bufou.

E quando eu pensei que ele se levantaria e iria embora, ele fez o contrário.

— Ei! O que está fazendo? — vi ele desamarrar o cadarço dos sapatos, em seguida tirou o sobretudo e jogou no outro sofá.

— Está tarde, e eu estou bêbado, então acho melhor dormir aqui. — sorriu cínico se deitando no sofá.

— Não seja por isso, eu vou te deixar na sua casa. — ditei simplista.

— E deixar você voltar sozinha? Nem pensar — não acredito nisso — A não ser que...

— A não ser que o quer?

— Que você durma na minha casa.

— Aish, eu não vou dormir na sua casa.

— Então eu vou dormir na sua — se esticou no sofá — Será que dar pra me trazer umas coxas e travesseiro? 

Cruzei os braços o encarando e então saí rumo ao meu quarto.

Eu só posso ter atirado pedra na cruz.

                                       […]

Um barulho irritante tocava lá no fundo, do lado meu ouvido, meu sono estava tão bom, eu não queria levantar.

Abri os olhos com dificuldade e preguiça, o despertador ainda tocava só que agora o som estava mais alto. 

Abri e vi os número no finde vermelho brilhar no mesmo.

— Nove….horas? — franzi o cenho — Ai meu Deus eu tenho que ir trabalhar! — levantei da cama como um furacão e corri para o guarda-roupa, separei o primeiro par de saia e blusa que vi e… — Caramba o CEO Jeon! — me desesperei.

Sai do quarto às pressas na intenção de chegar na e acordar o meu chefe, caramba, ele vai me dar uma..

— CEO Jeon? — fiquei estática com o cenho franzido.

— Ah,.bom dia ______, e, por favor, só Jungkook. Dormiu bem?

— Você sabe que horas são? Estamos atrasados para ir a empresa. E… agora que eu parei pra pensar, por que meu despertador tocou só agora? — girei sobre os calcanhares para voltar ao meu quarto.

— Fui eu que mexi. — virei para encará-lo

— O quê? 

— Você disse que precisa de um tempo pra pensar, pois bem, ele começa hoje. Não vamos trabalhar. 

— Ah, que bom.

— Quer tomar café?

— O que você está fazendo aí? — só agora notei que o mesmo não parava de mexer em algo no fogão e um cheiro diferente estava no ar, agora que eu estava mais tranquila consegui notar.

Me aproximei dele por trás e pude ver o omelete em uma frigideira e bacon em outra.

— Senta que eu já vou servir — pedi quando apagou o fogo e foi no armário.

Dei a volta e fui me sentar na mesa. Mas me levantei apenas com os olhos arregalados quando me toquei da minha situação.

Cabelo bagunçado, remela nos olhos, pijama curto e provavelmente, b-a-f-o! 

Sangue de Jesus tem poder! 

Não esperei mais nada e sai correndo pro meu quarto, como pude sair dessa maneira? Onde eu estava com a cabeça? Estou tão destraída, eu não era assim.

Entrei no banheiro e me olhei no espelho, suspirei aliviada por minha situação não está tão deprimente. 

Logo lavei o rosto e escovei os dentes, saí do banheiro e peguei um short com uma blusa moletom, me troquei, peguei meu celular na cômoda e voltei para a sala.

Tinhas mensagens das minhas irmãs, mas depois eu iria responder.

— Pensei que não viria mais. — ditou Jungkook assim que entrei na sala.

— Eu só...fui trocar de roupa. 

— Nem precisava, é sua casa, deveria ficar a vontade.

— Não quando seu chefe é quem está nela.

— Esqueça isso um pouco ok? Só pense que vai tomar café com um cara que gosta de você.

— Vai ser difícil. — me sentei a mesa.

— Mas não impossível. — se sentou de frente pra mim — Já sabe o que vai fazer nesses dias que não irá trabalhar? — começou a se servir.

— Vou pra casa dos meus pais. — coloquei o omelete no meu prato e o bacon. 

— Espero que se divirta, e fique ausente o tempo que precisar.

— Obrigada. Espero que Dahyun consiga lidar com tudo.

— Ela é competente, vai conseguir. 

A conversa se findou aí. Começamos a comer tranquilamente, havia torradas prontas também e suco de laranja, não poderia deixar de me surpreender por tudo isso. Jungkook me mostrava mais da sua nova versão em cada atitude, mesmo elas não sendo tão grandes assim.

                                     […]

"Sim, eu vou amanhã" — confirmei mais uma vez.

"Que bom que o seu chefe te liberou meu amor"

"Sim mamãe, também estou feliz"

"E trará o rapaz de quem suas irmãs falaram?" — ouvi a risada discreta da mais velha.

"Eu.. não mamãe, nós não temos nada, chamar ele pra algo assim, seria… não sei…"

"Mas vocês são amigos não é?"

"Somos"

"Então pronto, motivo suficiente, além disso, sabemos que você gosta dele, pode conhecê-lo mais aqui."

"Eu não sei... sinceramente não sei" 

"Vou esperar ele aqui, pense bem"

"Não prometo nada, ele é um homem ocupado, talvez não tenha tempo."

"Meu bem, quando uma pessoa quer algo, ela sempre dar um jeito uh? Chame-o e deixe as coisas fluírem."

"Está certo mamãe, mas por favor, nada de nos ver com segundas intenções, somos amigos."

"Sei — riu — Agora tenho que desligar, se alimente bem e liga quando estiver vindo ok?"

"Sim, pode deixar, dar um beijo no papai por mim"

"Dou sim, tchau meu amor"

"Tchau mamãe".

Desliguei o aparelho e coloquei sobre minha barriga. 

Me estiquei mais no sofá, um tanto pensativa.

Chamar Namjoon, será que é uma boa ideia?

Nossa conversa de ontem, e… o beijo. Convidá-lo para ir a minha casa pode deixar tudo mais confuso. 

Flashback On

— Aceita namorar comigo?

— Namjoon… — antes que eu pudesse responder qualquer coisa, fui beijada por ele.

Seus lábios carnudos nos meus me pegaram de surpresa, seu carinho em cada toque, a sutileza em seus movimentos, não pude negar, não pude deixar de retribuir. 

O beijei, e pude ter a certeza, eu já tenho sua resposta.

— Não... Não me responda agora — pronunciou ele findando o beijo — Pense um pouco e então, quando tiver a certeza, me diga.

— Nam, eu… — me afastei um pouco dele — Jungkook também gosta de mim. Ele… me confessou seus sentimentos.

— Jungkook… confessou? — apenas confirmei com a cabeça — E… o que disse a ele?

— Estou confusa Nam. Mas eu já tenho sua resposta. Eu—

— Não me diga agora. Quero que tenha a certeza. Então por isso, vamos nos conhecer mais um pouco ok? Então depois você pode me falar.

— Depois quando?

— Três encontros. Aí então você pode me dar a minha resposta.

— Três encontros...tudo bem. — sorri fechado. — Terá sua resposta depois de três encontros. 

— Certo. — sorriu mostrando suas covinhas — Vamos embora? Você deve está cansada, já que trabalhou o dia todo.

— Vamos. Tudo o que eu quero é tomar um banho.

— Somos dois — sorrimos e então nos dirigimos para o local onde seu carro estava estacionado.

Flashback Off

— Os lábios dele — alisei minha boca — Não, não posso pensar nisso. — me repreendi — Talvez eu devesse mesmo convidar o Nam. Para esclarecer meus sentimentos sobre ele.

Peguei o celular novamente e desbloqueie. Entrei nos contatos e procurei pelo número dele, assim que encontrei, fiz a chamada.

"_____? Aconteceu algo?"

Ele não demorou para me atender.

"Ah, liguei em uma hora ruim?"

"Não eu acabei de sair de uma reunião."

"Que bom que não atrapalhei, quero te convidar para ir em um lugar comigo."

"O primeiro encontro já?"

"Se você aceitar…"

"Seja o que for minha resposta é sim, vou a qualquer lugar com você."

"Fico contente por ouvir isso"

"Então, onde vamos?"

"O que você acha de passar o final de semana comigo?"

Continua…