História Quero Matar Meu Chefe (Imagine Jeon Jungkook) - Reunião quase perfeita

Corri meus olhos por todos os membros da sala de reunião. Na ponta a direita do meu lado estava o CEO Jeon, na minha esquerda Dahyun, a direita do meu chefe estava SeokJin, e ao lado dele seu secretário Jimin.

A mesa era composta pelos principais acionistas que eram dez homens, alguns ao lado dos seus futuros herdeiros e outros com seus advogados ou secretários, todos aguardando o início da reunião.

Na outra ponta, de frente para o CEO Jeon estava seu tio, que alisava a barbicha calmamente com um sorriso de canto que me dava calafrios. De vez em quando percebia seu olhar sobre mim, ou sobre a minha assistente Dahyun, que notei está um tanto incomodada.

Argh, odeio esse velho.

A sala fria e silenciosa, deixava a todos entediados, o relógio na parede parecia correr mais lento que o normal, até eu estava começando a ficar impaciente.

Mas logo a porta foi aberta, revelando o ser que tanto esperávamos, senhor Jeon Jung Han, pai do CEO Jeon.

— Me perdoem o atraso. — ditou envergonhado — O trânsito estava horrível.

— Por favor, sente-se aqui meu irmão — chamou o tio do meu chefe.

Logo ele foi e sentou na cadeira vazia ao lado dele. Todos aos poucos foram se endireitando, me encarando, pois como sempre, era eu a iniciar e terminar com a reunião.

Tomei posição ficando de pé e fui para o canto da sala, me posicionando ao lado do painel onde seria disponibilizado as imagens para minha apresentação dos relatórios.

Respirei fundo, mais nervosa que das outras vezes, mas nunca que eu deixaria transparecer, principalmente com esse velho com o olho sobre mim, esperando apenas um escorregão para usar contra o meu chefe.

                                         [...] 

— Tá enquanto a Nova Zelândia? 

— As comunicações andam distante, nosso comprador não está bem financeiramente — ditou SeokJin. 

— Então procurem outro! O que estão esperando? — não sei porque ele estava tão bravo, ele só podia está aprontando algo. — O que você está fazendo Jungkook? Pretende deixar essa bunda grudada na cadeira até quando? Se fosse eu... 

— Não se pode contratar qualquer um, é preciso analisar o histórico, ver como foi seus negócios anteriores, e saber detalhadamente como ele trabalha, para saber se encaixa no perfil que queremos, do que adianta contratar qualquer um às pressas e depois ficar no prejuízo por ele tem uma ficha sujo no mercado? — CEO Jeon pronunciou como se toda a calma do mundo estivesse nesse momento em seu corpo — Eu já tenho três possíveis compradores, se tudo der certo, e vai dar, Nova Zelândia inteira irá comercializar nossos produtos. — olhei ao redor vendo os outros acionistas concordando com a cabeça com meu chefe. 

Graças aos seus eles são sensatos. 

— Muito bem meu filho — pronunciou o senhor Jung Han ficando de pé enquanto fechava seu terno — Sabia que você não me decepcionaria, nunca tive dúvidas. — sorriu orgulhoso — Secretária Min? — entendi sua deixa e então fiquei de pé para fazer meu papel. 

— Muito obrigada a todos que vieram, a reunião está encerrada. 

E assim, o barulho de cadeiras sendo arrastadas e os borburinhos se espalhou por toda sala. 

Tratei de recolher os documentos sobre a mesa e fui entregando para a minha assistente. 

— Você já sabe como guardar as pastas não é? — peguntei lhe entregando a última. 

— Na sala do CEO Jeon, primeira porta a direita, pasta vermelha no armário vermelho, pasta verde no armário verde e assim sucessivamente. 

— E as pastas transparentes? 

— Na última gaveta da mesa do CEO Jeon. 

— E a pasta preta? 

— Na segunda gaveta da sua mesa Unnie. 

— Muito bem — sorri orgulhosa — Quando terminar tudo já pode ir para casa, está dispensada. 

— Obrigada Unnie — se curvou educamente e saiu. 

Tratei de juntar os papéis que estavam a poucos minutos na mão do CEO Jeon, ele deixou tudo jogado, por que os homens são assim? 

— Você estava muito bem hoje querida — olhei para o lado encontrando o senhor Jung Han com um sorriso simpático no rosto. 

— Muito obrigada senhor — me curvei educadamente em sinal de respeito. 

— Eu sabia que você seria uma ótima escolha para está ao lado meu filho. Vocês dois formam uma dupla e tanto nesse escritório. 

E é só no escritório mesmo senhor Han. 

— Como anda as coisas com meu filho? Ainda continua nacizista? 

—Sempre senhor Han — me permiti a sorrir de canto — Mas não é nada que eu já não esteja acostumada. 

— Compreendo. E Como está sua família? Há alguns dias vi suas primas andando no centro, pareciam está passeando. 

— Ah sim, elas não estão morando mais aqui, vieram me fazer uma visita, mas já voltaram. 

— Eu espero que... 

— Com licença meu irmão — senhor Shin Young se aproximou de nós interrompendo nossa conversa — Posso falar com a Secretária Min por um instante? 

— Bem, eu acho melhor... 

— Não se preocupe, será rápido, e falaremos apenas de negócios. — tocou no ombro do irmão. 

Negócios? Que eu saiba não temos nada para tratar. 

— Seja breve, mas se eu perceber que está sendo desrespeitoso com a secretaria Min, você sairá imediatamente desse prédio entendeu? 

— Perfeitamente — concordou com a cabeça, com um olhar de inocente. 

Argh. 

Logo o senhor Han saiu e ficou apenas Shin Young  e eu próximos a mesa de reunião, olhei para os lados procurando meu chefe e vi que ele se encontrava em um canto conversando com dois acionistas, foi então que nossos olhares se encontraram e eu tratei de rapidamente desviar. 

— Você continua belíssima como sempre secretária Min. 

— Que negócios são esses? — fui direto ao ponto. 

— Calma querida, vamos com calma, temos todo tempo do mundo. — riu zombeteiro 

— Acontece que eu não tenho, então me dê licença. — fiz menção de recolher os papéis sobre a mesa, mas fui impedida quando a mão dele agarrou forte o meu pulso. 

Olhei para o bendito canto onde meu chefe se encontrava e vi seus olhos sobre mim, sua feição séria, maxilar trincado, com seus punhos fechados, era só questão de tempo para ele se aproximar e discutir com o tio mais uma vez. 

— Calma princesa, eu vou te contar ok? — e bem devagarinho foi soltando meu pulso, voltei a minha postura anterior e tratei de ouvir logo qualquer besteira que ele me falaria. 

Quanto mais rápido começar, mais rápido termina. 

— Devo confessar a você que essa foi minha última tentativa para ficar com essa empresa no lugar do Jungkook. — colocou as mãos no bolso da frente, sua feição agora era séria — Não há nada que eu possa fazer para que meu irmão mude de ideia. Então...resolvi fundar minha própria empresa, na verdade eu deveria ter feito isso a muito tempo, não ter aceitado viver as custas do meu irmão caçula. 

— E por que está me contando isso? — franzi o cenho. 

— Porque estou te dando uma chance de se livrar do Jungkook, eu sei que você não gosta dele e trabalhando pra mim você pode ganhar muito mais. Já tenho sócios importantes e um local, estamos cuidando de tudo e logo chegará o dia da fundação, Jeon Entretenimento. — sorriu largo — Pense bem secretária Min, não é todo dia que aparece uma oportunidade como essa, e você pode ter uma assistente, como tem aqui. 

— A proposta é tentadora, mas não estou interessada. 

— Vai me dizer que aceitou a proposta do Kim Namjoon? 

Como ele sabe que o oppa me fez uma proposta? 

— Como você sabe disso? 

— Tenho meus meios — sorriu de canto. 

— Bem... — me inclinei na mesa para recolhe os papéis — De qualquer maneira, já sabe minha resposta, não estou interessada senhor Shin Young.  — juntei os papéis na mesa. 

— Então você vai mesmo abandonar o Jungkook não é? Boa garota. — fingiu entusiasmo ao bater as mãos. Voltei a minha postura normal para lhe responder. 

Meu coração errou uma batida quando vi meu chefe ao lado do tio com o olhar duro sobre mim. 

— Então você vai? Você vai me... 

— CEO Jeon... 

Continua...