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História Rabo da Akira - Capítulo 5


Escrita por: Nathalia2004

Capítulo 5 - Capítulo 5


Após alguns momentos chegamos a enfermaria, precisava agir, e rápido já que esta pequenina parecia estar seriamente ferida e em situação de risco de morte.

Fazendo as observações preliminares, notei que ela tinha perdido um bom tanto de sangue; estava pálida com cortes profundos em seus braços, seus rosto não tinha cortes, mas uma area violeta inchada era notável sobre seu olho direito, o que significava que seu agressor era canhoto ou estava usando a mão esquerda com mais frequencia.

Por que eu sabia medicina, você se pergunta? Simples! A saúde da Nina não era as das melhores e tinha problemas desde que eu tinha 15 anos, nos últimos 13 anos ela vinha lutando contra isso, mas ela já estava velinha e eventualmente a doença venceu.

Enquanto ponderava o que deveria fazer primeiro. Pelo aparência dela, limpá-la e parar os sangramentos eram as prioridades no momento. Falta de sangue e infecções poderiam facilmente desgastar a saúde de alguém em um instante, então minha primeira ordem para Akira foi:

- Traga aquela tesoura que está em cima da mesa agora mesmo!
- Vo... Vo... VOCÊ VAI ABRIR ELA?!?!?! – perguntou uma Akira aterrorizada.
- Não... Eu irei cortar as roupas dela, assim ficará mais facil limpar e tratar onde está pior! Rápido, pegue-a lá!

A Akira correu para pegá-la e voltou correndo. Com a tesoura em punho cortei a blusinha e a saia que ela usava; pelas aparências de seu corpo e suas proporções de seios e pêlos pubianos, ela não devia ter mais de 14 anos. De acordo com a configuração dos cortes, provavelmente eles foram feitos enquanto ela corria, já que eram irregulares, isso também deixava claro que facas e espadas não eram responsáveis por esses.

Fiz o melhor que pude e no fim o sangramento tinha parado, e tudo estava limpo nela... o pior que acontecería agora eram s cicatrizes, mas poucas e longes umas das outras... assim que ela acordasse a perguntaria o que aconteceu; pois tudo o que eu sabia no momento era que ela foi achada na frente da entrada da propriedade Montecchio.

Quando o médico da família chegou, ele apenas checou a garota e disse que eu fiz um grande tratamento de emergência nela; e como parecia que estava se recuperando bem, o doutor apenas receitou alguns antibióticos para prevenir que qualquer infecção a viesse vitimar.

Vendo que ela não acordaria tão cedo, decidi dar continuidade aos planos que tinha em mente desde o principío. Tomei mais um banho para para remover o sangue que me manchou as roupas e comi o café da manha que me esperava.

Peguei Akira e a levei para o quartel general dos negócios da família, onde era o dono de uma muito lucrativa empresa de mineração, especializada em pedras para jóias como diamantes, safiras, topázios entre outras.

Mostrei meu escritório para Akira; este era localizado no 55º andar do prédio de nossa empresa. Seus olhos ficaram gigantes quando ela olhou pela janela e viu tudo tão pequeno lá na rua... tão longe.

Sentei em minha cadeira e a Akira estava facinada com o tamanho de minha negra mesa de ébano, com cadeira e tudo mais. Apertei um botão e chamei minha secretária; assim que ela atendeu o ramal dela mandei que viesse até minha sala. Ainda embasbacada com todas as coisas novas em volta dela, Akira me perguntou:

- Senhor! Senhor! Essa parece ser uma empresa é tão grande! Eu nunca estive tal alto! – ela disse enquanto se aproximava de mim.
- Sim Akira-chan, mas não te disse que não precisava me chamar de “Senhor”?
- Me... ME DESCULPA! Eu vou aprender meu Se... quero dizer Richard!

Gentilmente a afaguei em sua cabeça e logo em seguida Ana entrou em minha sala; ela era uma humana de 34 anos de idade, cabelos castanhos e olhos negros, nossa típica mulher de escritório. O seu sonho era casa com um homem rico ou um nobre, então ela nao teria que “trabalhar como uma escrava e ganhar menos que eles” como ela mesma costumava dizer. Apesar de dizer isso, ela era uma gentil e precisa com seu trabalho.

- Richard, aqui estão os compromissos de hoje e neste papel, estão os recados das pessoas que já ligaram – Ela me disse enquanto me passava tudo em mãos.
- Obrigado Ana, mas antes de mais nada, tenho um pedido a te fazer.
- Por favor, preciso de uma... – precisando de uma opinião, perguntei a Akira – Akira-chan, de que cor você gostaria que fosse sua mesa?
- Se eu tivesse uma mesa grande um dia... hmmm... eu iria querer... tipo... Rosa!
- Você ouviu a donzela, Ana. Por favor peça ao departamento de materiais para comprar ou fazer uma mesa rosa para minha nova zeladora pessoal! – então virei para Akira – Então Akira-chan, como se sente tendo sua própria mesa?
- Mi... Mi... mi... própria... MESA?!?!?!
- Exato, sua própria mesa Akira-chan, você vai trabalhar aqui comigo e em casa docinho!
- TÁ FALANDO SERIO Rick?!?!?! MESMO MESMO MESMO?!?!?!

Ela gritou e começou a correr em circulos, transbordando felicidade! “Eu acho” comecei a pensar “que os outros escravos que vi no leilão provavelmente sabiam o que os aguardava, então fizeram seu melhor para prepará-la para a vida terrível que teria... a sorte dela foi ter sido comprada por mim, agora ela provavelmente deve achar que o que foi dito a ela, era conto do bixo papão”

- Akira-chan – chamei-a para dizer algo – como você deve ter notado, irá trabalhar para mim, mas prometo fazer de sua vida a melhor possivel!

- Sim Richard! – ela respondeu enquando corava, timidamente fazendo sim com a cabeça – Eu... Eu.. Eu vou fazer meu melhor para te servir!

Tendo dito isso, Akira passou o resto do dia me seguindo pelo serviço, aprendendo como se portar com os outros, dando o melhor para memorizar tudo que ela precisava. Claro que ela cometeu alguns pequenos erros, o que era esperado e natural; afinal de contas ela tinha apenas 10 anos. Contudo ela aprendia rápido, em um dia aprendeu o que a maioria dos meus empregados leva semanas.

Chegamos em casa as cinco e quize da tarde, Catherina me comprimentou assim que entrei e rapidamente me informou da situação de nossa hóspede e o que havia acontecido na casa, seguida pela informação de que ela havia acordado. Sabendo disso, dei o resto da tarde de folga para a Akira e me dirigi a enfermaria.

Chegando lá, quis imediatamente verificar como a pobre garota estava se recuperando e assim que entrei, a vi comendo um prato de sopa com extremo apetite. Assim que me notou, ela limpou sua boca nos lençóis da cama e me deu um sorriso, e então eu disse:

- Estou contente que tenha finalmente acordado, meu nome é Richard Motecchio, te achamos inconsciente dentro de minha propriedade, perto da entrada. Sinta-se a vontade para descançar e se recuperar o quanto você precisar.
- Não se preocupe, não iremos te cobrar nada por isso – continuei – somete gostaria de saber o por que de alguém estar tão machucada como você, se não se importar em falar claro.

Ela olhou para mim com olhos curiosos, como se buscasse em mim minhas verdadeiras intenções atrás daquele gesto. Após alguns momentos decidiu falar:

- Primeiramente; Eu, Masaki Dawn, gosaria de agradecer pelo maravilhoso jeito que estou sendo tratada aqui. Segundo, tenho 14 anos –disse enquanto abaixava seus olhos – sei que você é um nobre ocupado e importante, mas se possível, gostaria de lhe contar toda minha história, acha que poderia me dar essa honra?
- Claro – respondi enquanto puxava uma cadeira e me sentava – não tenho mais nenhum compromisso hoje, então tenho a noite toda se necessário, irei te escutar com prazer.

Então ela prosseguiu a me contar o que aconteceu em sua vida:

“Ela era uma garota livre até a alguns dias atrás, quando toda sua vida virou de cabeça para baixo. A família dela era pobre, mas conseguia ser feliz, tinha uma irmã gemea não identica chamada Masaki Dusk e uma mãe adorável que fazia de todo o possível para criar elas com honra e orgulho... e também um não-tão-bom padrasto.

Ele era um viciado em drogas, e um dia assaltou um nobre no distrito de compras da cidade para sustentar seu vício, desnecessário dizer que os guardas pessoais do nobre o seguiram até seu “esconderijo” que era onde moravam. Os guardas lutaram com ele e eventualmente o mataram. A mãe delas morreu de infarto fulminante no mesmo instante e tanto Dawn quanto Dusk foram levadas sob custódia, acusadas de serem cúmplices dele e sentenciadas a escravidão. Fomos vendidas ontem, acredito ter te visto na primeira linha de cadeiras.

Infelismente fomos separadas quando Dusk foi comprada pelo representante da familía Capuleto e eu, pelos Silva...” franzi meu cenho ao pensar sobre isso; os Silva’s eram muito bem conhecidos pelo o que costumavam fazer as jovens escravas que eles compravam... “Já tinha desistido de tentar ser feliz, então tentei meu melhor em fazer o trabalho no qual fui forçada a fazer, não preciso dizer que ontem a noite, fui convocada para comparecer aos aposentos do meu mestre, e ele... ele...” lágrimas começaram a se formar em seus olhos “quis fazer coisas comigo, eu estava tão assustada! Entrei em pânico e corri o mais rápido que pudem por entre os guardas e me dirigi pela estrada.

- Opa! Espere somente um segundo ai – respondi totalmente em choque – quer dizer que você correu pelos guardas? Isso significa que você é muito ágil se me permite dizer!!
- Acho que isso se deve ao sangue canino que corre em mim...
- Sangue canino?!?!? Não me diga que você é uma inumimi!

Ela fez sim com a cabeça, e meu queixo caiu no chão! Acreditava-se que os inumimis estavam extintos! (Para todos que estão se perguntando: Inu = cachorro, Mimi = orelhas; o equivalente canino de nekomimi) claro que eu não havia reparado em suas orelhas, já que estavam cheias de sangue, isso era uma descoberta totalmente chocante!

“Mas eventualmente, uns guardas que estavam de patrulha na estrada me ouviram correndo, e assim que me aproximei viram a marca de escravidão tatuada em minha mão direita. Foi detida e assim que os guardas dos Silva me alcançaram, começaram a me bater muito forte, eu achei que ia morrer! Acho que desmaiei, e provavelmente eles devem ter achado que eu tinha morrido, e me deixaram lá para apodrecer. Mais tarde recobrei os sentidos e andei um pouco, mas a dor era insuportável e desmaiei perto de uma parede de pedras, neste caso sua parede.”

“Isso é interessante” comecei a ponderar “ela é uma inumimi, foi surrada, e dada como morta, e mesmo que não fosse, foi achada em minha propriedade, machucada e existem os guardas que a capturaram que podem servir de testemunhas... de acordo com as leis civis de direito e posse, ela foi achada negligenciada em minha propriedade, ela por enquanto era minha; tenho bons advogados e duvído que os Silvas sejam estúpidos suficiente para confrontar a família Montecchio.”

- Quais são seus planos para o futuro agora então? – perguntei, já tendo algo em mente.
- Eu não sei... Me sinto perdida, fraca e deprimida... E sei que assim que me recuperar estarei morta, por que quando os Silva descobrirem que não estou morta, vão querer terminar o serviço... – ela disse com um sorriso triste em seu rosto.
- Não creio que isso seja verdade – respondi, e notei que agora seu rosto denotava surpresa.
- O... O que você está querendo dizer, meu bom senhor?
- Bem, estava pensando... já que você foi deixada em minha propriedade; espancada até a morte; qualquer um poderia presumir que seu dono desistiu do direito de posse sobre você, então o que acha disso: Gostaria de trabalhar conosco?

Desta vez foi o queixo dela que havía caido, ela estava visivelmente sem palavras; abriu sua boca e a cerrou de imediato, seus braços estavam parados ao lado dela, imóveis.

- Tem certeza disso meu Senhor?!?! Não sou ninguém especial! E não deixarei minha honra ser tocada! É a única coisa que tenho comigo agora! Então por favor me diga que você não está tentando me enganar e tudo o que quer é minha inocência!
- Não se preocupe com isso Dawn-chan; pergunte a Catherine ali, respeito muito a todos que aqui trabalham.

Ela virou seu rosto para Catherine e notou que eu nunca usava a palavra “escravo” e teve a sensação de que podia confiar em mim quando minha servente disse:

- Correto Richard, trabalho aqui a quarenta anos, e nunca vi o chefe da família ou algum de seus membros nos desrespeitar ou até mesmo ser injusto por vontade própria!
- Então aceito sua propósta de todo meu coração meu Senhor! – respondeu Dawn com um sorriso maior que seu rosto.
- Muito bem, sua primeira ordem é parar de me chamar de “Senhor”, sou Richard ou Rick, o que preferir, certo?
- Sim Rick! – respondeu Dawn extremamente entusiasmada.
- Então descanse um pouco, meu médico te deu uma droga potente que irá acelerar sua recuperação, em dois ou três dias estará boa como nova, fique bem ok?
- Obrigada Rick – ela disse, corando no processo – eu realmente... sou grata por isso.
- Catherine, hoje quero ter um jantar na mesa principal, a prepare para catorze pessoas; quero jantar com todos meus trabalhadores, entendido? Faça a especialidade da família hoje.
- Mas Rick, isso fará o jantar sair bem tarde!
- Não me importo Catherine, desde que tenhamos o suficiente para comer, não me importo em esperar! Hoje é dia de comemorar!
- Como desejar Rick – ela respondeu enquanto saia da sala para cumprir suas ordens.

Me despedi de Dawn e fui ao meu quarto; decidi descançar um pouco até a hora da jantar. Acordei quando Akira me acordou batendo em minha porta visando me acordar, informando que o jantar estava pronto; olhei no relógio e vi que havia dormido por 3 longas horas, ja eram nove e meia da noite.

Assim que cheguei a mesa, todos estavam posicionados em seus respectivos lugares. Assim que me acomodei em meu assento todos me saudaram com um “Vida longa a Richard Montecchio!” Agradeci a bondade deles e lhes dei permissão para sentarem; em seguida pedi a atenção e pronunciei:

- Estive pensando sobre isso desde ontem – comecei, cuidadosamente dando enfasê a cada palavra dita – e cheguei a uma conclusão. Espero que entendam que essa mesma decisão foi basead não em sentimentos pessoais, mas sim em senso prático e senso lógico.
- Dito isso, eu decidi quem será minha nova zeladora pessoal.

Um pesado silêncio era tudo o que se podia ouvir naquele momento, todos estavam esperando meu próximo anuncio, nem mesmo a respiração era audível, e depois de alguns momentos analizando a todos, proclamei:

- A próxima zeladora pessoal é... Akira!


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