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História Rabo da Akira - Capítulo 38


Escrita por: Nathalia2004

Capítulo 34 - Capítulo 38


Sem pensar duas vezes peguei o telefone em minhas mãos, em seguida Stephan se retirou e pensei: “Agora o circo vai pegar fogo... por que estaria o Rei ligando agora?” Resolvi que nada adiantava ficar imaginando o motivo agora, apenas decidi atender o mesmo:

- Montecchio Richard falando, em que posso ser-lhe útil Vossa Majestade?
- Richard, o Andrade já entrou em contato comigo e já estou a par do ocorrido.
- Ele não perde tempo mesmo, e peço perdão Vossa Majestade; visto que estraguei tudo.
- De maneira alguma Richard, isso veio de encontro ao que eu desejava... quanto menos pessoas souberem disso melhor e também desculpe minha pressa, mas após o ocorrido de mais cedo achei que esse talvez fosse o melhor momento para tratarmos alguns assuntos, os quais não queria partilhar com todos os outros nobres... pois se há um no qual confio... esse é você Richard.
- Estou honrado com tamanha demonstração de confiança, quais seriam esses assuntos Vossa Majestade?
- Richard, sabes bem que quando não estamos entre os demais, desejo que me chames pelo primeiro nome, visto que mesmo entre seres que outros consideram inferiores, chama-os pelo primeiro nome e deixas que os outros o façam; desejo portanto que faças o mesmo.
- Estás certo, Vossa Maj... digo João, como posso ajudar?
- Richard, creio que notaste que confio em ti, doravante, não seria necessária um reunião apenas para mudarmos um membro de sua equipe de busca, especialmente anunciar que temos um traidor, não acreditas?
- Sim eu realmente reparei nisso, contudo conclui que isso se devia ao fato de tu teres algo em tua mente, principalmente após o anúncio.
- Tinha mesmo, o normal em uma situação de traidores era manter o segredo, entretanto acredito que se já agem de maneira a tentar contra vida dos nobres, ou detém muito poder ou estão certos de conseguirem culpar outrem.
- Estava pensando o mesmo João, entretanto o mais difícil é determinar o culpado, tens alguma idéia?
- O mais óbvio seria o Silva, visto que sempre teve ambições de tomar nossos lugares... todavia isso seria óbvio demais... não crês nisso também?
- Sim, muito óbvio e fácil... sinceramente é campo fértil para um nobre mais ardiloso fazer o que bem entender com um pouco mais de perspicácia e culpar o Silva e sair impune – respondi.
- Também pensei nesta hipótese, imaginava que estava pensando nesta possibilidade.
- Mas se me permite João, desejava saber o motivo por que contaste para todos que havia um traidor entre nós? Não seria melhor investigar a possibilidade às escondidas aproveitando que nosso inimigo não desconfiaria que estivéssemos suspeitando de alguém e seria mais suscetível a cometer deslizes?
- Realmente isso era o que mais ponderei antes de tomar esta decisão, mas como o traidor já estava em uma etapa de tentar eliminar a oposição, pensei que isso poria um freio nas atividades do mesmo... pelo menos por um tempo, o suficiente para nos organizarmos; caso o traidor seja o Silva entretanto, creio que não conseguirá esperar tanto e cometerá um grave erro logo.
- Entendo completamente! Contudo ainda não sei o que desejas de mim?
- Simples Richard, quero que faças uma investigação quase solo, informe ao Andrade apenas o estritamente necessário, mande relatórios diretamente para mim e informe-me do que fará, com isso pensarão que ou não fazes teus deveres direito ou estamos perdidos... tens meu aval oficial para isso, combinado?
- Claro, farei o possível e impossível, mas para que possa fazer isso preciso de alguns equipamentos, visto que os que eu tenho no momento estão bem desatualizados, especialmente se nossos inimigos estão utilizando material proibido. É certo que os mais prestigiados vendedores terão alguém conhecido de outros nobres e poderão comentar que o nobre Montecchio anda comprando apetrechos para espionagem, o que faria nosso plano ir por água abaixo; tens alguém que saibas que possa ser confiável ou que não seja tão notório?
- Ainda bem que me perguntaste, sabes muito bem que a família Silva é a fornecedora “oficial” das operações e exército real, entretanto os “equipamentos” são espadas e armaduras... mesmo assim as vezes... para certas “operações” prefiro que nem mesmo ele saiba que preciso de certos suprimentos e quais estes são...
- Compreendo; como contornas estas situações?
- Tinha até uns tempos atrás um fornecedor de equipamentos de alta tecnologia, sempre me foi leal, para todos os outros ele apenas era um vendedor de eletro-eletrônicos; para mim e quem quer que eu indique, desejas conhecê-lo?
- Claro! Dá-me o endereço e em três dias devo ir lá, assim temos até um tempo para o ocorrido com Lívia se esfrie.
- Sim, muito bem pensado; para achar o escritório deles, visto que na loja tudo o que acharás serão TVs e produtos do gênero, fica na Rua 13, distrito de Vitória, setor leste, casa 12; sim essa “parte” fica em uma casa comum, para não atrair atenção indesejada... ele não atenderá você a menos que você chame pela “Talia”, apenas a mesma vira até o portão receber-lhe e deverás dizer: “Vim conversar com Sr. Max e sua noiva Izumi Talia” cuidado, eles poder se assustar, entendido?
- Sim – respondi enquanto anotava em um papel presente na sala – deixe comigo Vossa Majestade, entro em contato depois de ir ter com ambos, combinado?
- É João; Richard, mas combinado, falo contigo em outra ocasião, adeus.

Desliguei o telefone, apertei o botão e chamei Stephan para que levasse o aparelho embora, dei-lhe ordens que apenas passasse para mim ligações do mesmo porte desta, disse-lhe que anotasse os recados e me desse quando saísse para as refeições; sentei-me no sofá e quando já esperava por cerca de mais dez minutos Catherine e Akira entraram no recinto com um colchonete para dois, desculpando-se pela demora a experiente servente disse:

- Perdoe-me Rick, estávamos com problemas para achar um colchonete que não estivesse guardado há muito tempo e, por conseqüência, cheio de pó – curvou-se.
- Não se preocupe Catherine, eu sei que fizeste teu melhor, agora quero que saibas que aqui permanecerei pelas próximas quarenta e oito horas, quero que as refeições dos trabalhadores sejam servidas normalmente na sala, enquanto a minha e da Akira seja trazida aqui na porta e comeremos no corredor, assim poderemos agir caso algo de ruim aconteça com Kikuri, entendido?
- Completamente Rick – respondeu enquanto dirigiu o olhar para a convalescente nekomimi - ela está muito ruim?
- A situação dela não é das melhores – respondi explanando toda a condição da Kikuri.
- Pobre garota... ela realmente ama você... mas e quanto a Yumi Rick?

A cada vez que esse “nome” era mencionado algo dentro de mim revolvia... misto de ódio e amor, raiva e paixão... sentia-me confuso e ao mesmo tempo irritado... achei que essa seria uma ótima hora para tirar certos assuntos a limpo, visto que passaria um bom tempo com Akira e isso poderia esclarecer alguns pontos, mas voltando a pergunta da Catherine, uma das poucas a saber de Yumi, respondi:

- Yumi não passou de um... devaneio de minha parte Catherine... um dia a realidade bate a porta e lhe mostra que a vida não é um conto de fadas... contudo peço que deixes como sempre isso comigo, está certo?
- Mas Rick! Sempre deixei isso por sua conta e nunca nada fora resolvido! Deixe pelo menos desta vez eu... – argumentava quando a interrompi.
- Desculpe-me Catherine e sem querer soar rude, mas desta vez resolverei esse problema, de uma vez por todas...
- Como desejar Rick – respondeu Catherine, se curvou e saiu.

Akira então me ajudou a preparar as coisas na sala, nos ajeitamos e passamos a maior parte do tempo conversando, ou assistindo televisão; claro que portando fones de ouvido. Normalmente um programa assim me mataria de tédio, entretanto poder cuidar de Kikuri junto de minha pequena zeladora pessoal mostrou-se muito mais prazeroso do que supus a principio

Passada quarenta e sete horas; nas quais Kikuri não teve melhora alguma, apenas trocando o soro que dava-lhe os nutrientes necessários para sobrevivência, decidi tratar aquele assunto que me incomodava... teria Yumi realmente dito o que Akira me informou? Decidido a descobrir, perguntei:

- Akira, visto que falta pouco para que Enmie acorde e aposto que virá até aqui para checar o estado da Kikuri, estou enfadado da televisão então gostaria de ter contigo; lembras três dias atrás, quando fugiste da mansão?
- S... Sim... – respondeu baixando as orelhinhas – sei que deixei o docinho... triste... m... mas você... vai me punir?
- De maneira nenhuma! – respondi afagando-lhe a cabeça, para acalmá-la – apenas preciso ter certeza de certas coisas que você me informou Akira, disseste que o motivo que fugiste fora por causa de achar que serias descartada, correto?
- S... sim docinho... – respondeu olhando para o chão.
- E quem te havia dito que faria isso era uma nekomimi loira chamada Yumi correto? – respondi, rezando para que estivesse enganada.
- Sim! A nekomimi bonitona, que é a superiora da Dawn – respondeu em voz baixa.
- Q... Quando que isso ocorreu? – perguntei, tentando por minhas idéias em ordem.
- Foi naquela manhã, do dia em que fomos à reunião com o rei, fui procurá-la para ver o que tinha acontecido, estava preocupada visto que sempre fora uma pessoa boa comigo... achei Dawn e ela me informou que Yumi estava para chegar, contudo a nekomimi estava estranha, mudada segundo ela...
- Entendo, então? – perguntei.
- Momentos depois ela chegou, mas... tinha um olhar diferente... algo meio melancólico... sem energia e com um pouco de... tristeza? Não sei explicar direito docinho... mas parecia tão vazio – comentou Akira, também com tristeza na voz – perguntei como estava... mas me deu uma resposta tão estranha.
- M... Mas... o que ela respondeu?!?! – inquiri desesperadamente.
- Disse que ela não estava nada bem... perguntei o que tinha acontecido no dia anterior... ela disse apenas que o que a Nina havia dito a ela a dez anos atrás tinha sido verdade... e que você realmente fez o que ela disse que iria fazer...
- A Nina disse isso?!!? – perguntei totalmente pasmo – chegou a te dizer o que ela tinha dito?
- Não, quando perguntei tudo o que respondeu foi “Não te iluda pequena... quando o Richard não conseguir de você o que quer ou se cansar de ti... se livrará de ti como se fosses lixo... é tudo o que te digo pequena” e saiu com olhos vidrados, sem emoção alguma docinho... fiquei até com medo...
- Entendi Akira-chan, obrigado por ter me contado isso tudo – dizia isso quando Enmie entrou na sala.
- Estou de volta – ela disse como renovada e com sua voz normal – alguma novidade com nossa paciente?
- Aparentemente apenas sobrevive, contudo não obtivemos nenhuma melhora visível – reportei a ela.
- Compreendo, desculpe pelo desaparecimento Richard, mas precisava recuperar minhas... energias... pois o tratamento era emergencial e necessitava usar todos os meus recursos... entretanto agora o tratamento não será tão radical, poderei eu mesma ficar aqui... – então a voz de Enmie tornou-se madura subitamente - desculpe Richard, sei que esse é sua casa, entretanto peço para saias, preciso dar continuidade ao tratamento... vai fazer o que tens a fazer que quando voltares darei uma explanação melhor o que acontece aqui, sei que tens muito em pensar... vai.
- Obrigado Enmie, me retiro pelo momento, agradeço por tudo! – disse e me curvei e deixei o local.

Peguei minhas anotações referentes ao mercador, ordenei que Akira reunisse os pertences necessários para sairmos, chamei Dawn pedi para que desse uma ordem para Yumi, que era deixar compras única e exclusivamente para Dawn e Dusk e que me esperasse, pois usaria o tempo para chegar ao endereço que o Rei me passou para pensar e meditar e quando voltasse... que tivesse uma ótima explanação para o que ocorreu com Akira.


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