1. Spirit Fanfics >
  2. Rabo da Akira >
  3. Capítulo 106

História Rabo da Akira - Capítulo 106


Escrita por: Nathalia2004

Capítulo 91 - Capítulo 106


Por um instante achei que Nathalia fora atingida em cheio na testa, entretanto notei que o capanga perdeu a força no braço e pendeu para o lado, caindo ao chão tendo muitos espasmos, todos olharam para ele por causa do barulho da queda e notaram que tinha uma seta encravada no meio de sua cabeça; Silva logo notou o que ocorria e se escondeu atrás de um pilar, outras quatro setas passaram voando perante os olhos da garota que a tudo assistia conforme passava perante seus olhos, em seguida mais quatro capangas foram mortalmente feridos, foi então que Silva saiu de seu esconderijo e olhou de onde partira os ataques, notando ser a porta de entrada, lá estava nada mais nada menos do que o pai dela, que não perdeu tempo e disse:

- Malditos! Como ousam fazer isso com pobres garotas! – por onde Nathalia estava caída, era certeza de que ele não a podia ver ainda – onde está minha filha?!?!
- Oh! Então o plebeuzinho ai quer a filhinha dele? – disse Silva em tom jocoso – se deseja tanto assim que digamos aonde ela se encontra agora, terás que arrancar essa informação de nós! – o nobre então sacou uma espada curta de sua cintura.
- Oh, isso seria um prazer – o pai então sacou e tacou uma pequena faca de arremesso, que atingiu a mão de Silva em cheio, fazendo-o deixar cair à espada e urrar de dor – farei isso muito lentamente, não se preocupe.
- Mas que droga! – gritou o nobre enquanto segurava a mão que sangrava bastante – homens! Peguem-no!

Tanto o pai de Nathalia quanto os capangas sacaram espadas e adagas e partiram para um combate sangrento; apesar de estar em brutal desvantagem numérica, começou a abater cada oponente em seu caminho um por um, sua maestria com a espada seria até do mesmo nível do nobre Silva! Que por sinal pegou Margiore pela pata e lentamente fugiu pela porta dos fundos, quando Lindinir aplicou o último golpe no capanga final, começou a olhar em volta e procurar sua filha; momentos após isso provavelmente viu a coisa mais terrível que poderia um pai ver, sua antes imaculada filha agora nua caída ao chão, coberta de sêmen em todas as partes de seu corpo, com sua vagina sangrando e esperma saindo de lá, olhos vidrados e imóvel no lugar; ao notar que seu pai a olhava ela pensou “Papai! Perdoa-me! Papai! Papai!” começando a chorar em seguida; entretanto algo muito ruim aconteceu logo após.

- Filha... minha amada princesa... – caminhou até o lado dela e se ajoelhou ao seu lado – o... o que fizeram contigo... meu São Miau... como puderam... fazer isso com uma menina tão doce... como você... – abraçou-a então em seguida, “Papai... desculpa... sei que fiz mal... que te chinguei... mas vou fazer tudo... certinho de agora em diante... prometo... pai... como é bom sentir seu abraço” – você merecia... um pai muito melhor do que eu fui... – “que isso papai... você que merecia uma filha muito melhor” – mas não se preocupe... irei me encontrar contigo agora...

Foi neste instante que tudo piorou, Nathalia gritou “Como assim pai?!?! O que vai fazer?!?”, entretanto sem ser ouvido por ele, em seguida ele colocou sua filha no chão lenta e gentilmente, pegou a espada que utilizou para matar todos os capangas e apontou contra seu próprio peito, “NÃO PAI! PARA! EU ESTOU VIVA! SUA FILHA!”; entretanto foi inútil já que sua voz não o alcançou, pois em seguida ele sorriu e, sem ao menos hesitar, encravou a espada bem no meio do coração, saindo pelas costas e caindo em seguida bem ao lado de sua filha, nos últimos estertores derramando o seu sangue na pata dela, esse choque com certeza foi demais para a garota, que apenas gritou mentalmente “PAPAAAAAAAAAAAAAAAAAI...” e desmaiou logo após.

Tudo ficou preto em volta de mim, tão logo pisquei vi-me em uma sala de hospital, no exato momento em que Nathalia acordava, tinha sido operada visto que sua vagina tinha se rompido; no exato momento em que soube que tanto sei pai como Angélica tinham cometido suicídio, senti algo diferente como se as memórias passassem a pertencer a uma outra pessoa, continuavam sendo da pequena kitsunemimi, entretanto começaram a passar rapidamente e de forma corrida como um filme em modo “fast foward” e também era como se ela fosse uma outra pessoa; mudara completamente, ficando apática e funcionando de forma automática, como um robô sem sentimentos ou vínculos com o meio exterior.

Foi obrigada a morar com a vó, mãe de seu pai, por causa das leis de Verona que obrigam o parente mais próximo cuidar com carinho de um menor que tenha perdido seus progenitores ou guardiões, a mulher odiava esta garota desde que ela nasceu, pois a mãe dela “seduzira seu filho” e o tirou do convívio com ela; essa pessoa gentilmente lembrava a garota de como ela era uma “Lazarenta filha de uma puta que tinha arruinado a vida de seu amado filhinho” ou de como era uma “vaca ordinária de uma prostituta que merecia apodrecer de doenças venéreas”; Nathalia aturava isso com incrível facilidade, visto que a ela nada mais importava, não tinha mais motivos para viver... isto é, até seis semanas se passarem.

Nathalia então começou a ficar enjoada matinalmente, sua vó a levou a um médico que diagnosticou que ela tinha engravidado durante o estupro, após uma série de exames o medico que a atendeu e outros dois que ela procurou atestaram que, por mais que a garota fosse nova para uma gravidez, isso não se constituía como motivo suficiente para declarar que ela era um risco extremo e iminente para sua vida, por isso de acordo com as leis de Verona não foi permitido o aborto para este caso.

Claro que isso desagradou a vó de Nathalia demasiadamente, tendo em vista que ter um descendente provindo de um estupro era o ultimo ultraje que a megera deixaria a garota fazer ao nome de família do amado filho; naquela noite ela pegou uma faca e atacou a garota, balbuciando loucuras de que, se a lei e o estado não a deixariam fazer um aborto, ela mesma o faria com as próprias mãos; após grande perseguição a kitsunemimi se trancou dentro de seu quarto no segundo andar da casa, porém como a porta era extremamente velha, a mesma cedeu com as investidas da bruxa, em um repente de desespero, Nathalia abriu um frasco de perfume de Verona oeste caríssimo que seu pai comprara para ela e jogou seu conteúdo contra a cara da idosa.

Logicamente isso fez os olhos de sua vó arder devido aos grandes gritos de dor que ela emitia, levando suas mãos a cara e caminhando aleatoriamente pelo corredor, até que um momento depois ela perdeu o equilíbrio e caiu de do segundo andar de cabeça no chão da sala, tudo ia se escurecendo a medida que a garota observava, com uma visível mudança em seu interior o cérebro da bruxa esparramado pelo chão.

Tudo se clareou novamente, porém passava como um filme acelerado, Nathalia praticamente fora isolada devida sua fama de mau agouro e assassina, pois como não puderam comprovar nada contra ela, não puderam a escravizar pior, por não ter mais nenhum parente vivo não pode mais contar com ninguém para sobreviver, sem contar também que tinha perdido a confiança em todos os seres vivos, vendeu a grande maioria dos poucos objetos de valor que lhe restaram para sobreviver até quando a criança nascesse.

No dia em que entrou em trabalho de parto, teve que andar quase dois quilómetros de baixo de uma chuva torrencial, pois ninguém se prestou a ajuda-la ligando para uma ambulância, uma mendiga fez seu parto na rua mesmo, dentro de sua casa abandonada; após longas vinte e uma horas de sofrimento vinha ao mundo sua filha, a qual chamou de Maria; por gratidão convidou essa mulher que a ajudou a vir morar consigo, assim cuidaria de sua filha enquanto trabalhava em troca de prover um lar e comida para ambas.

Nathalia viu-se então diante de um grande problema, como cuidar de uma filha e uma senhora moradora de rua aos doze anos de idade? Não tardou e seu senso prático tão marcante nos dias de hoje se fez presente, como toda sua honra e fama tinha ido para o ralo passou a oferecer serviços sexuais para seus colegas de classe; logo isto se tornou um sucesso devido aos baixos preços cobrados, masturbar com a mão vinte e cinco centavos, sexo oral cinquenta, sexo vaginal um e anal dois; o principio foi muito difícil para a pequena kitsunemimi, pois apesar do que passou, não tinha ideia de como fazer aquelas coisas, comprou revistas adultas de sexo, assistiu filmes e praticou muito se tornando uma expert em pouquíssimo tempo.

Apesar da vida ingrata e duríssima, ver a felicidade da senhora que a ajudou e sua filha crescer, engatinhar, dar os primeiros passos e palavras, podia-se dizer que a seu próprio modo Nathalia tinha se tornado uma pessoa feliz na medida do possível; dedicava-se de corpo e alma para sua filha sem se importar como estava seu próprio bem estar, não foram poucas às vezes em que deixou de se alimentar para ter o que dar para a senhora e filha; tudo caminhava em relativa paz até que, cerca de dois anos depois de ser estuprada, aconteceu o evento que a fez seguir esse caminho de hoje em dia.

Certo dia Maria teve uma grande febre quando contava com um ano e meio de vida, o pediatra disse que apenas um caríssimo remédio poderia salvá-la, neste dia Nathalia deixou sua filha com a senhora e partiu para fazer programas na rua mesmo, em um bairro de reputação duvidosa, após quatro horas trabalhando conseguiu dito remédio e correu de volta até sua casa, chegando encontrou a porta da frente entreaberta, entrou a passos lentos e viu a senhora recebendo dinheiro de uma pessoa mal encarada, no exato momento em que outro arrancava a cabeça da filha dela, destruindo todo e qualquer resquício da pessoa que era antes de tudo isso acontecer, a memória começou a apagar lentamente no exato momento que olhou para baixo e viu uma pequena espada, pegou-a em suas patas e tudo ficou escuro.

Momentos depois tudo ficou claro novamente, senti que claramente estava nas memórias de outra pessoa novamente; olhando em volta notei que tínhamos mais de seis corpos ao chão além do da senhora, procurei por Nathalia no recinto sem muitos problemas a achei agachada no canto da sala, sentada no chão segurando seus joelhos, balançando para frente e trás e assim permaneceu por aproximadamente duas horas, foi então que um homem de cabelo loiro amarrado em um grande rabo entrou pela porta, por um instante achei ser Yokumbi, entretanto já estava na casa de seus trinta e cinco anos, mas era bem parecido com meu empregado; olhou em volta e notou os corpos, dizendo em seguida:

- Que droga, aparentemente pegaram eles antes de nós – analisou os corpos – seja lá o por que Silva queria algo com a pessoa que morava aqui, necessitava eliminar qualquer prova de envolvimento seu com o caso de dois anos atrás – olhou para frente, vendo a senhora e uma criança – mas que caçador de recompensas deixaria as provas da caça aqui? Por que não levou as cabeças? Mais importante, por que temos uma senhora e uma criança mortas também? Até onde eu saiba, não faziam parte dos alvos de Silva...
- NÃO TOQUE NELAAAAAAA! – Nathalia gritou quando sua lâmina estava a milímetros do corpo do homem loiro – MALDITOOOOOOS!
- Calminha ai! – disse o homem, esquivando do golpe – apenas estou averiguando o que aconteceu ai – cuspiu então uma agulha, que atingiu Nathalia no pescoço, fazendo-a cair desacordada ao chão, no exato momento que seu rabo de cavalo caiu ao chão, fazendo suor correr por sua testa – esta garota não parece ter mais de quinze anos e conseguiu cortar meu cabelo tão facilmente, ela é boa e tem um grande potencial... – olhou então para a kitsunemimi – pelas características, ela era o alvo... faz sentido, acho que vou a levar para treinar com meu filho Yokumbi, quem sabe teremos uma ótima agente no futuro!

Foi então que tudo a minha volta começou a borrar e, instantes depois me encontrava novamente em meu quarto, sentado em minha cama; olhei para o monitor e Enma falava sem ao menos demonstrar qualquer resquício de sentimentos, mesmo após narrar uma história tão trágica, por fim concluiu sua história dizendo:

- Bem pequena coelha – Enma olhou então nos olhos de Enmie – o que aconteceu após esse dia, nada posso revelar... sigilo profissional, espero que compreenda... – ficou então estranhamente quieta, dizendo momentos depois – estás tão silenciosa... vá em frente, diga que foi boba, orgulhosa e não busquei ajuda, que sou uma assassina ou mesmo uma prostituta, fique a vontade... – por mais que a kitsunemimi tentasse soar como se estivesse brincando, era nítido que sentia tristeza.
- E... por que eu faria isso? – perguntou Enmie, com olhos tão serenos e cheios de bondade – sinto vergonha isso sim – olhou então para o chão – de tudo o que disse e de como te pré-julguei, pois fez mais por tua filha do que muita mãe com muito melhores condições – voltou sua atenção novamente para a kitsunemimi, pondo sua pata direita sobre a esquerda dela – e como eu suspeitava... – fechou os olhos então por alguns momentos, abrindo-os logo após – é tão pura ai dentro – apontando para o peito de Enma – que teu arrependimento vem não do fato de ter feito uma escolha errada e ser estuprada, mas sim que seu pai te viu naquele estado e acabou encurtando a própria vida; atrevo-me até a dizer que caso não te matassem e deixassem você voltar para casa em seguida, não sofreria enquanto teu pai nada soubesse – balançou então a cabeça a usagimimi – como posso dizer algo assim de alguém tão bondosa quanto você? Que vive desta maneira como punição auto imposta pelo que aconteceu?
- B... Bem... – Enma tentou responder, olhando para a pata da usagimimi que se encontrava sobre a sua – c... creio que estejas... certa em certos aspectos... – foi então que uma pequena lágrima correu pela face da kitsunemimi, que instantaneamente levou sua pata ao rosto – m... mas que coisa... já contei esta história... tantas vezes... sem problemas... para tanta gente... – secou a lágrima em seguida, porém logo após fazê-lo outra rolou pelo outro lado – mas que tolice a minha... ficam saindo assim... como sou boba, não sou? – Enma começou uma luta perdida para tentar secar com as patas a lágrimas que começavam a sair mais frequentemente de seus olhos – d... desculpa Enmie... já vai passar... não sei o porque... não param...
- Enma, sei que não podemos desfazer dezoito anos de história, mas se quiser... – abriu os braços, oferecendo-os para um abraço – poderia voltar a ser a menina assustada de doze anos por alguns momentos, que foi machucada com uma dor e tristeza infinitas, que espera por todo este tempo poder liberar todo o sofrimento que está dentro deste coraçãozinho?

Aquilo foi o golpe final na resistência de Enma, que olhou para Enmie e deixou a comporta do sofrimento que fora engarrafado por mais de dezoito anos sair, encostou sua cabeça no colo da usagimimi e chorou como uma garota de doze anos que acabara de perder seu pai; soluçava fundo, dizendo coisas do tipo “Me perdoa pai... você merecia uma filha tão melhor do que eu fui” ou “Papai, me perdoa... fui tão feliz enquanto você existiu... obrigada... perdoa pai...”, passou quase vinte minutos desta maneira em pranto visivelmente sofrido e dolorido, que foi lentamente acabando, durante todo este tempo Enmie não deixou de acariciar sua cabeça por nem ao menos um minuto; após algum tempo os soluços pararam e ambas ficaram silenciosas, em seguida Enma disse:

- Coelha, algumas de minhas clientes fêmeas te matariam para estar em teu lugar neste exato momento – deu uma risadinha leve Enma.
- Como assim? – Enmie perguntou, aparentemente confusa – clientes fêmeas? Achei apenas que machos chegassem a tanto de requisitar seus serviços...
- Oh! – Enma deixou mais uma risadinha escapar – bem normalmente machos abastados recrutam-me para acabar com algum desafeto deles e, pagando o pacote completo, também desfrutam de meus outros famosos serviços... – a kitsunemimi olhou então para a usagimimi – mulheres, entretanto, solicitam-me que eu elimine outra coisa.
- E o que seria? – perguntou Enmie com visível curiosidade – agora fiquei deveras curiosa!
- Ai, inocente coelha... – Enma levantou-se e se sentou, encarando Enmie – elas geralmente desejam que eu elimine o tédio da vida delas sem o calor sensual cujos maridos não mais despertam ou apenas desejam algo com alguém do mesmo sexo...
- Nossa! – exclamou Enmie, colocando a pata sobre a boca e levantando suas longas orelhas de coelho – achava que apenas era uma assassina e que o resto era apenas um “bônus”.
- Sou uma profissional coelha, faço o melhor no que sou paga para fazer – cruzou então os braços – tanto na arte de matar como na do prazer... – sorriu maliciosamente Enma, olhando nos olhos de Enmie – alias, esta ultima arte é minha especialidade, minhas clientes fêmeas que o digam...
- S... Sério? – perguntou Enmie corando levemente – e... eu não entendo... o que elas poderiam tanto... q... querer... digo... você é fêmea... como elas... poderiam sentir algo?
- Bem... – Enma pensou por alguns momentos, respondendo em seguida – nunca se tocou ou se masturbou coelha? Há várias maneiras de fazer alguém sentir prazer, mesmo quando se é do mesmo gênero! Aposto que até mesmo você concordaria caso experimentasse o que eu faço com minhas clientes... – notei, mesmo pelo monitor, que a kitsunemimi olhava para o busto da usagimimi.
- H... H... Hahahaha! – Enmie riu de maneira encabulada, corando violentamente – C... Claro que me masturbo quanto tenho v... vontade! – pensou um pouco – quanto ao resto... N... Não, imagina... isso não funcionaria... comigo não... – olhou então para Enma, dizendo desafiadoramente – e... e... eu duvido que algo assim teria... q... qualquer efeito em mim...
- Ohhhh, que coisa maaaaais interessante! – respondeu Enma, aproximando-se de Enmie, colocando o dedo indicador de sua pata no umbigo exposto da usagimimi e encarando-a realmente de perto – então isto seria... um desafio? – sorrindo com uma malicia que nunca tinha visto.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...