História Race Prohibited - Declaração

Just gimne you, just give me you 

Just gimme me you, that's all I wanna do 

And if what they say is true, if its true 

I might give me to you 

I may take a lot of stuff 

Guaranteed I can back it up 

I think I'ma call you bluff 

Hurry up, I'm waiting out front 

Worth It ft. Kid Ink - Fifth Harmony 

Liam James Payne.  

 Eu não sabia ao certo que se passava na minha cabeça. Ashton querendo me salvar, sendo que na verdade ele deveria estar morto. Eu vi as cinzas dele indo de encontro ao vento, aquilo não podia ser real.  

 Na verdade nada do que eu vivi toda a minha vida podia ser real, e foi, pelo menos até agora.  

 - A flor de lótus é o simbolo para um feitiço de renascimento muito poderoso. - comentou Allane e eu me sentei num sofá que tinha próximo, ainda estávamos no escritório e as bruxas e a vampira pareciam realmente interessadas naquele assunto todo de me salvar, e de como Ashton estava vivo.  

 Encarei Malia, e ela me olhou de soslaio mudando a direção dos olhos logo depois. Suja de sangue, o cabelo bagunçado, como que eu fui me apaixonar por ela? Algumas pessoas bebem água, outras tequila, acho que fui o único tolo a querer beber amor e agora estou me afogando cada dia mais. Não que eu não goste disso, na verdade eu amo a ideia de estar apaixonado por ela, e ela mesmo com essa pose de durona, corresponder de um maneira incrivelmente estranha.  

 - Se temos quatro dias... - ela disse suspirando, parecia incomodada com algo - Espere um pouco, que dia é hoje?  

 Olhei Allane que olhou na direção do computador em cima da mesa e travou o maxilar de repente.  

 - Dia 8 de maio. - ela olhou Malia que rapidamente ficou mais séria do que o possível.  

 Oito de maio. Droga. 

 - Eu preciso de um banho, e de roupas limpas. - ela disse encarando Allane com aquela pose séria que ela tomava sempre que tinha algo a incomodando, agora mais do que antes - Por favor.  

 Pediu por favor. Ela lembrava. Não que eu esperasse que ela fosse esquecer, aquela data era realmente importante pra ela, mas eu não queria que estivéssemos no meio de toda essa confusão nessa época. Allane torceu a boca empurrando o livro nas mãos de Katherine e saiu do escritório com Malia em seu encalço. Um suspiro pesado saiu pela minha boca, Malia não merecia sofrer tanto, ela era uma pessoa tão boa.  

 - Eu não entendi. - Katherine se pronunciou colocando o livro em cima da mesa me encarando - O que tem oito de maio?  

 - Semana de dia das mães. - eu respondi tentando amenizar o real motivo pra tudo aquilo.  

 - Continuo sem entender. - ela respondeu e depois semicerrou os olhos - Conte a verdade Liam.  

 Meu problema talvez fosse ser transparente demais. 

 - Malia faz aniversário hoje. - olhei o nada por um instante - A mãe dela morreu no parto.  

 (...) 

 Não queria incomodar a minha vampirinha, mas eu estava preocupado. Malia nunca reagiu muito bem com relação a família, e muito menos quando era sua mãe. Por que exatamente ela tinha que nascer na semana do dia das mães? Queria muito entender por que o destino decide brincar com as pessoas.  

 Se eu pudesse perguntaria a Deus por que ele deixou que ela sofresse tanto na vida, e agora continuar sofrendo sendo que não faz sentido nenhum, Malia é uma pessoa tão boa. É terrível saber que falta uma coisa e não poder implorar, pedir, ou comprar por ai. Bati na porta do quarto que ela tinha ficado e meu coração bateu forte quando escutei um entre vindo lá de dentro.  

 - Desculpa. - eu disse automaticamente ao entrar no quarto - Eu só queria ver se está tudo bem.  

 Ela estava de costas para a porta com uma jaqueta de couro que eu tinha certeza que era de Allane, seus olhos estavam direcionados para a janela que ficava ao lado da cama de casal que ela supostamente "dormiria" se tivesse sono. 

 - Eu já superei o fato de ter matado minha mãe. - ela abaixou a cabeça e todos os fios de cabelo foram para a frente.  

 Suspirei me aproximando, Malia tinha uma forma incrível de se culpar e parecer culpada pelo resto da sua vida, se machucando internamente por tudo o que aconteceu. Se alguém morrer na Africa ela vai se sentir culpada, ela vai achar um jeito de se sentir culpada, e as vezes parece que ela gosta de sofrer com essa culpa. Me sentei ao lado dela na cama e vi a pele de sua barriga descoberta, ela parecia que não estava com nada por baixo da jaqueta mas eu não conseguia ver direito por que ela estava curvada fazendo com que as partes da frente da peça de roupa a cobrissem.  

 - Não é culpada pelo que aconteceu com sua mãe. - eu disse tentando confortá-la - Ninguém nunca te disse isso?  

 - Não. - ela respondeu rapidamente - Você nunca se aproximou quando chegava essa época, acho que era por que Ashton dizia que eu só precisava ficar sozinha.  

 - Na verdade ele dizia que você estava de tpm e eu sempre me perguntei se uma vampira menstruava, por que uma coisa meio que está ligada a outra né? - a encarei e ela virou o rosto na minha direção, os olhos vermelhos como se tivesse chorado, mas tinha um sorriso ali e eu fiquei eternamente feliz por ser responsável por aquilo - Acha que Ashton quer mesmo me salvar?  

 Seu sorriso sumiu. Droga de boca santa, eu deveria morrer só por cortar sorrisos daquela maneira.  

 - Não sei. - ela voltou a abaixar a cabeça, parecia pensativa - Ele tinha uma marca no pulso. Uma marca que apesar de não ter visto muito bem eu conseguiria assimilar a marca do Renascimento que vimos no livro.  

 - Então ele está preso a algo. - respondi e ela pareceu não entender, claro, ela tinha se assustado tão rápido com a faca vindo em sua direção que não tinha lido a página direito - No livro está escrito que a pessoa fica como um zumbi, ele está morto mas a marca do Renascimento serve para que ele use apenas para cumprir um propósito.  

 - Então qual o propósito do Ash? - ela disse o apelido dele e eu tive vontade de vomitar.  

 Aquela era a mesma pergunta que eu estava me fazendo o tempo todo. Ashton e eu nunca fomos os melhores amigos, ou alguma coisa assim, mas quando se tratava de garotas, ou futebol nós conversávamos, por que apesar de tudo, eu fui criado com Ashton sendo minha figura paterna, e com o tempo viramos irmãos distantes. Ele nunca quis saber muito de mim e isso sempre deixava um ponto de interrogação na minha mente, mas Malia tinha suas épocas de fêmea fatal e também não queria saber de mim, o que eu superei agora que ela geme meu nome, mas quanto a Ashton, eu realmente queria que tivéssemos tido outro tipo de relacionamento e talvez o amor de irmão fosse o que ele precisava.  

 - Acha que o propósito dele é me salvar? - perguntei intrigado. 

 Malia suspirou pesado, como se carregasse o mundo sobre as costas e se jogou de costas na cama fechando os olhos me deixando a vista maravilhosa que era sua barriga lisa, o sutiã preto de renda, com detalhes em vermelho, e o quanto ela ficava sexy até com o rosto inchado por que tinha chorado.  

 Eu precisava de tratamento psicológico.  

 - Eu não consigo mais ver o que Ashton pensa. - ela disse anda de olhos fechados enquanto os meus passeavam pelo seu corpo - Na verdade e acho que nunca vi.  

 Suspirei tentando me controlar, a voz dela já ecoava na minha mente como se estivesse longe, a imagem daquela deusa na minha frente era o que me comandava. Eu sabia que ela iria sentir cada movimento meu, mas eu queria saber se ela iria reagir. Suspirei tomando coragem e me coloquei por cima dela, os braços apoiados ao lado de sua cabeça, minhas pernas prendendo as dela no meio, e meu rosto frente a frente com o dela. Para minha surpresa Malia não fez nenhum movimento brusco.  

 - Ashton deixou você... Posso te considerar solteira? - perguntei mordendo meu próprio lábio esperando pelo que ela fosse revelar.  

 - Liam... - ela abriu os olhos e meu coração parou. Estavam como em chamas, e eu lembrei que ela não tomava sangue a muito tempo - É sorte ou azar você estar neste quarto agora?  

 Ela ia me morder, e cada parte do meu corpo estava paralisada.  

 - Seus olhos... - eu disse em sussurro sem forças para continuar ali.  

 No fim das contas eu tinha medo de me tornar vampiro. Grande parte de mim queria aquilo mais que tudo, só que no fundo eu tinha medo, eu estava morrendo de medo de morrer, e não morrer de verdade, o que é muito confuso.  

 - Sim. - ela disse sorrindo, eu tinha medo daquela Malia, aquela era a parte da Malia que dava medo. Depois do sorriso ela inverteu as posições - Tenho que confessar Payne, você é realmente delicioso. - Deus me ajude - Principalmente aqui... - ela abaixou a boca até meu pescoço, deixando um beijo ali, e passando o nariz logo depois, eu queria muito aquela dominadora em outra ocasião, por que agora, não era excitado que eu estava ficando - Essa é a parte mais gostosa do seu corpo. 

 Ela estava prendendo meus braços, e as pernas ao redor da minha cintura impediam que eu me movimentasse.  

 - Malia... - eu disse baixinho entrando no jogo de sedução que ela estava fazendo - Eu te amo.