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História Radioactive - Let Me Love You - Revelações


Escrita por: KWhite

Notas do Autor


Capitulo pequeno e fofo para vocês

Capítulo 4 - Revelações


Fanfic / Fanfiction Radioactive - Let Me Love You - Revelações

New York, New York – 7 de setembro de 1999

 Instituto de New York

Selena Clost

[...]

Abri os meus olhos lentamente olhando o teto cheio de runas, viro o meu rosto para lado direito onde tinha uma mesinha de madeira com uma boneca em cima e do lado da mesma estava a cama arrumada com o forro cor de rosa e franzi o cenho enquanto observava o novo ambiente que eu estava.

Eu me sento na cama e me espreguiço, passei a mão no olho tentando tirar a sujeira que ficava entre os cílios e olho a minha esquerda onde estava outra mesinha do lado da minha cama onde estava o retrato dos meus pais junto com o relógio e caderno desenho. Ao observar a foto, eu me recordo de como foi duro se despedir deles na noite passada.

Afinal eram os meus pais, eles eram importantes para mim mesmo não sendo de sangue.

— Que bom que acordou – olhei rapidamente para o lado procurando o som, era Isabelle andando em minha direção – Temos um dia cheio para aproveitar.

— Tanto faz – ela abriu a cortina da janela do quarto deixando a claridade entrar na minha cara e coloco a mão sobre os meus olhos protegendo da claridade que me incomodava, empurrei a coberta e me viro para o lado livre da cama sentada pondo os pés no chão passando a mão sobre pijama branco estampa de coelho preto tentando desamassar um pouco e segurei forte meu coelho rosa com preto forte – É estranho estar aqui.

— Normal. – Isabelle sentava na cadeira próxima do biomo no canto da parede, brincando com sua echarpe de penas rosa envolta do seu pescoço que destacava seu uniforme preto - Você viveu com mundanos por 6 anos, mas logo você se acostuma a lidar com tudo isso.

— O que são mundanos? – olhei para ela confusa tentando entender o que ela queria dizer, eu não me lembro dela ter falado sobre isso ontem – O que quer dizer isso?

— Você não sabe o que são mundanos? – ela me olhou espantada e se arrumou na cadeira e eu assenti com a cabeça querendo dizer não – Mundanos são humanos, pessoas com sangue absolutamente puros e inocentes acreditam em lendas.

— Como vampiros, lobisomens, fadas? – perguntei me lembrando do que Tessa me disse na sala do diretor Ragnor Fell – Tem fantasmas no meio?

— Isso, só que há demônios no meio. – Isabelle riu ao ouvir minha pergunta tosca sobre fantasmas – Não há fantasmas, eles não existem.

— O que são demônios? – deixo o meu coelho de lado indo prestar atenção no que ela dizia – Já que fantasmas não existem, o que existe além dos demônios?  

— Demônios são criaturas feias, maldosas que só querem machucar os mundanos pelo menos é o que o papai diz para mim. – Ela se levantou da cadeira tirando a echarpe envolta do pescoço e a deixou a mesma de lado, ela andou até a minha direção e notei que ela queria sentar do meu lado, afasto o bicho de pelúcia para dar espaço para ela sentar só escuto ele caindo da cama e fiz careta ao ouvir barulho – O que existe além dos demônios são os renegados, somos treinados para matar eles.  

— Treinados? – questionei me arrepiando ao ouvir a palavra matar ser dita com tanta tranquilidade – Pra que?

— Sim, treinados para proteger esses humanos. – afirmou Isabelle enquanto ela se sentava ao meu lado e poso minhas mãos sobre as pernas enquanto a olhava – Nunca sabemos que tipo de encrenca um humano pode se meter com o mundo das sombras ou um demônio pode se meter com um humano.

— Ragnor Fell me disse que eu estaria numa escola especial. – olho para ela tentando entender tudo – Se isso daqui não é uma escola, então isso aqui é o que?

— Aqui não é bem uma escola mundana do qual você pode estar acostumada a lidar, mas não sei se serve, aqui é o instituto de New York – ela empurra a mecha do seu cabelo para trás da orelha. – Acontece de tudo que imaginamos, mas temos que ter cuidado com que falamos porque dizem que as paredes podem nos ouvir.

— E quanto as runas? – finalmente eu fiz esta pergunta, eu não aguentava mais ficar sem saber sobre essas runas.  – O que elas fazem?

— Você deve saber sobre elas bem mais do que eu – ela jogou meu caderno perto de mim na cama aberta na pagina das runas, eu não sabia como explicar aquilo e ela tirou o olhar do caderno e voltou seu olhar diretamente para mim, apenas entendendo o que eu não sabia explicar aquilo – Ou não.

— Um belo de um não – mumurro enquanto ela cruzava as pernas passando a mão sobre a perna – Ninguém me explicou sobre elas, só disse que se chamavam runas.

— Com toda certeza. – Isabelle assentiu com a cabeça e ela passou a mão sobre o caderno admirando a runa do amor que eu havia feito em casa sem uso da estela ontem. – Eu vou te ensinar algumas que sei.

— Se der tempo – ri de leve sem ter menor ideia de que horas eram e acho que nem sei que dia é hoje. – Que horas começam as aulas?

— Daqui – ela olhou o relógio rosa que estava cômoda marrom ao lado da minha cama – meia hora, então agora eu vou sair daqui para você se trocar e te encontro na sala de aula.

— Obrigada. – ela se levantou passando a mão sobre o seu cabelo o colocando de lado sobre o seu ombro, olhei para o relógio que marcava 7 horas no ponteiro e perto do mesmo tinha uma roupa preta dobrada colocada na minha cômoda.

Estiquei o braço pegando a roupa quase batendo no relógio que por muito pouco não caia no chão e coloco na cama, retiro a camisa do pijama e jogo em cima da cama e vesti uma camiseta de manga comprida preta e calça jeans escura quase preta mesmo ou simplesmente tanto faz qual é a cor e calcei o tênis preto que estava parado perto da cama.

— Posso? – ouvi uma voz feminina por trás de mim assim que abri a gaveta da cômoda pegando uma escova de cabelo e olhei para trás era Maryse batendo a mão no batente da porta. – Espero não estar atrapalhando.

— Claro.  – assenti com a cabeça assim que fechei a gaveta e comecei a pentear o meu cabelo diante do espelho que tinha em frente a minha cama, ela entrou e se sentou no mesmo lugar onde Isabelle estava na minha cama – Não está atrapalhando.

— Por favor, você poderia sentar aqui do meu lado – ela pediu e me virei para trás andando até a cama com a escova na mão e me sentei na cama ao lado dela esperando o que ela queria dizer. – Tem uma coisa que quero contar a você. – ela passou a mão sobre meu rosto e pegou a escova da minha mão – Aquela garota que você divide o quarto, ela é sua irmã de sangue e eu e Robert somos seus pais reais de sangue. – arregalei os olhos tentando entender mais essa confusão na minha mente.

— Alexia e Dexter não são meus pais? – Se eles não eram meus pais, o que eles eram meus e a encarei enquanto ela procurava uma resposta para dar – Os meus irmãos não são meus irmãos?

— São seus pais sim, mas não de sangue como nós – ela fez sinal para virar de costas e sinto suas mãos passarem sobre os meus cabelos e ela começa a pentear o meu cabelo – Isso vale o mesmo para os seus irmãos da sua antiga casa que não são de sangue, mas são de coração.

— Quer dizer que tenho mais de uma família? – ela penteava o meu cabelo com cuidado como Alexia S. fazia – Desculpa, isso é tão confuso.

— Sim, mas não tem apenas Isabelle como irmã, tem o Alexander Gideon Lightwood, ele tem 4 anos, Izzy o chama de Alec. – ela passa a mão sobre o meu ombro me fazendo virar ficando de frente para ela – E você também tem um irmão de um ano chamado Maxwell Lightwood, Izzy o chama de Max. – ela passou a mão sobre o meu queixo e sorriu – Não tem problema, logo você se acostuma com esta confusão, quanto mais gente para te amar é melhor.

— Quando irei conhecer eles? – perguntei enquanto ela terminava de pentear o meu cabelo – Onde eles estão?

— Eles estão dormindo agora, mas depois vai encontra-los correndo pelo instituto – ela me entrega a escova e puxo a gaveta e guardo a escova dentro da mesma a fechando – Só brincará com eles depois da aula.  

Assenti com a cabeça e olhei para o relógio notando que tinha dado a hora, então me levantei da cama e fiquei de frente para a mulher que se dizia minha mãe, Maryse Lightwood se levantando da cama e arrumando seu vestido escuro e beijando minha cabeça, ela andava em direção a porta e parou no batente da mesma esperando que eu diga mais alguma coisa.

Esses 3 dias foram dias que todo mundo resolveu deixar minha cabeça pequena estava confusa e lotada, tem muita coisa estava acontecendo e agora tem a revelação que eu tenho outra família que nunca conheci e que tenho 3 irmãos, dois irmãos pequenos e uma irmã gêmea.

Eu sempre estive acostumada a quase todo mês, os meus pais adotivos aparecerem com uma criança ou um adolescente novo dizendo que eram os meus novos irmãos e que eu devia ser uma boa menina. Mas isto é diferente, eu tenho uma família verdadeira e fixa que não fazia isso.

Se Beatrice estivesse aqui, ela diria que saberia distinguir quem era Isabelle e quem era eu e reagiria melhor nessa confusão do que eu. Ela sempre teve um dom chamado radar, ela conseguia distinguir diferenças em gêmeas idênticas sem nenhum erro e eu me lembro com o ela distinguia as gêmeas que restavam da primeira geração Clost que foram embora faz 1 ano.

Eu me perguntava se ela e Maxon também eram caçadores de sombras, já que também viam as runas iguais a mim e ele já chegou a desenhar algumas vezes sem que eu perceba, então o caderno não estava só lotado de runas minhas, mas também tinha as deles e me perguntava se eu sabia o que significava cada uma delas.

Senti vontade de aproveitar que Maryse estava no batente da porta e perguntar isso, mas melhor não resolvi deixar para outra aula e me preocupar com a aula.

— Já está na hora, o que eu devo levar para a aula? – quebrei o silencio que estava entre nós e cocei a cabeça – Lápis, caderno ou livro?

— Leve seu caderno de desenho – ela apontou o dedo para o caderno aberto em cima da cama e depois para a mochila que estava do lado da cômoda – e seu caderno normal com o seu estojo.

— E quanto a isso? – abri a gaveta novamente da cômoda pegando a estela da Adele Starkweather – Devo levar isso também?

— Quem lhe deu isto? – ela perguntou saindo de perto do batente enquanto eu fechava a gaveta da cômoda com a estela na mão – E onde arranjou isso?

— Ragnor Fell. – coloquei sobre a cama enquanto eu pegava a mochila e colocava sobre a cama – Ele me deu na escola.

— Por favor entregue isto a Hodge – ela se aproximou pegando a estela da cama e admirando a mesma e me devolvendo – Não conte a ninguém que estava com isso.

Peguei o meu estojo dentro da mochila e abri o mesmo colocando a estela dentro e fechando com o zíper e peguei o caderno de desenho e o fechei colocando dentro da mochila com o estojo.

Arrumei a mochila que estava sobre minhas costas verificando se as alças não iriam cair e fui até o batente da porta onde estava Maryse e ela segurou minha mão, andamos pelo corredor marrom e antigo do instituto até chegar a uma porta de madeira de uma sala parei em frente a porta.

Ela abriu a porta da sala e entrei olhando em volta e reparando que era diferente da sala que eu entrei há 2 dias atrás, era só continha duas mesas e cadeiras uma ao lado da outra e a mesa do professor branca parecida com a da Tessa com livros e cadernos em cima e giz para o quadro negro espalhado pela mesa.

— Escolha seu lugar – Maryse pediu e sai de perto dela andando devagar, escolhi a mesa e cadeira perto da mesa do professor, pendurei a mochila na minha cadeira e puxei a mesma arrastando pelo chão causando barulho e me sentei olhando em volta sentindo a diferença de um local silencioso sem aqueles alunos malucos. Isabelle veio correndo até a sala passando pela mãe dela até chegar ao seu lugar sentando-se no mesmo.

Maryse joga um beijo no ar e acena para nós, retribui o mesmo enquanto ela vai embora deixando a porta aberta e nos deixando sozinhas aguardando o professor quietas.

Acho que não vou me acostumar chamando Maryse de mãe nem tão cedo, soa tão estranho. Um dia chamo Alexia Heckler de mãe, outro dia chamo uma mulher que eu nem conheço direito de mãe, não faz o mínimo sentido.

O professor Hodge chega carregando 2 livros debaixo do braço vestindo uma camisa social branca e calça jeans preta, ele calçava um par de tênis all star desgastados e sujos, ele ajeitou seu óculos que estava caindo do nariz  e ele sorriu animando me entregando um dos livros e Isabelle abre o livro dela.

— Abram no sumário – ele pediu enquanto pegava giz maior na sua mesa – E vejam o número da pagina do capitulo 1 sobre tesouro – ele olhou para mim enquanto organizava sua mesa pondo os outros giz coloridos dentro de uma caixa perto dos seus livros – Selena não se preocupe se ficar perdida, depois lhe darei um resumo da introdução – ele abriu o livro e depois pegou o giz e assenti com a cabeça confirmando enquanto ele se virava de costas para nós e escrevia o tema da aula no quadro negro.

Abri o sumário do livro O Codéx dos Caçadores de Sombras e o sumário estava cheio de conteúdos que respondiam minhas perguntas e ainda respondiam perguntas que nem cheguei a pensar a elaborar, não sei se isso é sorte ou azar. Então eu me lembro da estela da Adele Starkweather e sentia que precisava devolver ela, me virei para trás e abri a mochila tirando o estojo da mesma e abrindo deixando a estela a amostra.

— Professor? – levanto a mão e Hodge se virou para trás, parou de escrever sobre o quadro negro.

— O que houve? – Hodge se virou para mim assim que me ouviu falar segurando o giz branco sobre sua mão – Alguma dúvida?

— Não. – eu retirei a estela de Adele do estojo, peguei a mesma e estiquei o braço entregando a estela para ele – Maryse me pediu para entregar a você isso.

— Obrigada, Selena – ele sorriu assim que pegou a estela sujando a mesma com pó de giz branco, analisou por um instante e depois colocou sobre a mesa – Faz tanto tempo que eu estava atrás dela.

— De nada. – ele assentiu com a cabeça se virando de volta para o quadro negro, abri o meu caderno e peguei o lápis começando a copiar o conteúdo do quadro.

Hodge se virou novamente para nós largando o giz sobre a mesa e saiu de perto dela ficando no meio para que eu e Isabelle o víssemos enquanto ele explicava o assunto.

— Então, as armas começaram a ser confeccionadas em torno dos 1600... – ele explicava no quadro e eu prestava atenção, logo continuava a escrever sua explicação pois eu precisava continuar sendo a menina exemplar que o papai pediu, não é que eu estava em um ambiente diferente que eu deveria me comportar mal. 


Notas Finais


Próximo capitulo será postado na semana que vem dia: 24/10
Espero que tenham gostado e deixem os seus comentarios


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