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História Radioactive - Let Me Love You - Encrencas


Escrita por: KWhite

Notas do Autor


Confira as notas finais, por favor!!

Capítulo 8 - Encrencas


Fanfic / Fanfiction Radioactive - Let Me Love You - Encrencas

New York, New York – 22 de dezembro de 2003

Instituto de New York

Selena Clost

Bem-vindo ao mês de dezembro, o melhor mês do ano não é mesmo? E o que vem acompanhando de brinde? São as ferias de inverno com o bonus chamado Natal. Acabei de chegar com Isabelle direto de Idris sem desvio para ir ao Burger King e vir para passar o natal no instituto e umas duas semanas em casa.

Graças a Deus! Eu estava com os estudos reforçados e livre de provas terriveis extras tanto em Idris e quanto na escola. Mas como eu sou uma boa aluna, abro todo santo dia um lindo  portal para vir para o Brooklyn direto para escola mundana com minha irmã gemea sem escapadinhas. Era bom estudar em Idris, mas eu sentia falta das aulas de Hodge em New York sem o incomodo de ter quee se deslocar pelo portal todo dia para a escola mundana.

 Ri pelo nariz ao lembrar o quanto eu aprontava com Jace em suas aulas antes da cerimonia das runas enquanto mexia na caixa de joias verificando se estava tudo aqui. Uma vez, Hodge resolveu juntar as duas turmas de uma vez, ele disse que ficaria melhor para ensinar e os meninos poderiam ir para escola mundana também tudo na mesma hora.

— Ele está vindo, voltem aos seus lugares! – Jace saiu da porta e foi correndo de volta para o seu lugar e Isabelle parou de conversar com Alec e voltou ao seu lugar mexendo distraída com o seu estojo, o nosso irmãozinho Max estava fazendo aviões de papeis e rapidamente escondeu os mesmos dentro da mochila de qualquer jeito.

— Vai com calma! – eu colocando a cola na caneca preta que Hodge usava na mesa para o seu café e dei uma risada maléfica. Fechei o tubo de cola dele assim que terminei de passar cola na caneca. Os passos ficaram mais fortes e barulhentos conforme iam se aproximando da porta. Corri até a minha mesa e puxei a cadeira quase derrubando a mesma no chão e me sentei arrastando a mesma para perto da mesa e me posicionei como se fosse uma boa garota que não tivesse feito nada. - Eu terminei o trabalho sujo.

A porta se abriu trazendo consigo o frio que vinha de fora e fui cutucada pelo Jace e ele moveu os lábios para mim como se tivesse dito: “O trabalho sujo e nojento estava feito” e me virei para frente vendo Hodge ficar por trás da mesa do professor e ele joga delicadamente as folhas recém-elaboradas com cheiro de álcool batendo na mesa com força.

— Não demorei muito como viram, as atividades estão prontas e já vou entregar a cada um de vocês - ele começou a nos entregar as atividades e olhei para o meu lado, Alec ficava nos olhando tipo: “Vocês estão seriamente encrencados, qual será a próxima punição? tirar chicletes? Já estou cooperando com o numero de chicletes nas mesas”. Ele riu debochado e aponta debaixo da mesa e ouço o Jace soltar um eca bem baixo.

 Isabelle não ligava para troca de eca dos meninos, ela apenas focava em suas unhas se estavam bem feitas ou não. Enquanto isso, Max rabiscava um crânio no canto da folha da atividade desinteressado pela matéria. Por mais que a escola mundana fosse boa, nada se compara as aulas de Hodge, só era apenas nosso grupo sem todas aquelas pessoas mundanas focando em sua popularidade ou em seu próprio ego ou sua própria vida não – social na escola mundana não é tão divertido quanto aqui.

Hodge terminou de nos entregar as atividades sobre lutas, ele seguiu de volta para a mesa e se sentou e Jace sussurrou “É agora” sobre o meu ouvido. Hodge colocou a mão sobre a caneca sem notar que tinha uma cola branca na lateral da mesma e... 3,2,1!

A mão dele estava colada mesmo, dava para ouvir a cola fazendo barulho de longe e ele levou a caneca até os lábios e depois colocou na mesa e tentou soltar. Só agora ele notou que não saiu e ficou tipo o que? Eu estava fazendo a atividade e me segurando para não rir, mas não sei se devo rir da lerdeza dele ou se dou risada porque ele tem a mão colada.

Olho sobre o ombro ao ouvir a risada escandalosa do Jace e quando eu me dou conta que eu estava rindo junto com os outros. Hodge ficou com uma cara nada boa com a situação e nos encarou irritado por ter sua mão colada.

— Quem fez isto? – ele pegou uma caneta e tentou passar a mesma entre os dedos para descolar – Que droga!

— Tá colado, ta colado! – Max tirou o avião de papel recém-feito de dentro do seu caderno e atirou o mesmo atingindo o rosto do professor e cantarolou – Hodge está colado!

— Se não me disserem quem foi, todo mundo vai ter que limpar chiclete – Hodge segurou o avião com uma mão e amassou o mesmo jogando no chão – Se entreguem ou vão limpar chiclete.

— Não foi ninguém – Isabelle tirou a lixa de unha que estava dento do estojo  e começou a lixar as unhas – Eu juro até porque todo mundo estava conversando e ninguém perderia tempo em colocar cola na caneca do professor.

— Eu sei quem foi – só era o que me faltava o estraga-prazer chamado Alexander Gideon Lightwood nos entregue e me encolhi toda desconfiada na cadeira brincando com a caneta brilhante de gel com cheiro de uva que estava em cima do meu caderno – E seria justo, eles se manifestarem.

— Diga – Hodge segurou a caneca quase vazia com as suas mãos e Alec arrastou a cadeira para trás e se levantou – Quem sabe assim os seus irmãos criem coragem para se manifestar e assim descobrirmos quem fez essa brincadeira sem graça.

Sem graça? Ele fala desse jeito como se nunca tivivesse cometido travessuras em Idris. Eu me virei de lado pondo as pernas para fora da mesa e olhei para o Jace que parecia querer matar o Alec com o olhar. Se soubessem o que tinha na minha mente, provavelmente iriam me prender na camisa de força

— Foi Jace e Selena – Alec nos entregou enquanto se encostava na mesa e cruzava os braços. – Esses dois estavam planejando isso faz horas e eu avisei que isso não iria dar certo.

— Isso não tem graça Alec! – o encarei por um instante e empurrei a cadeira um pouco para trás, me levantei dando uns dois passos ficando de frente para ele - Você está ai colando chiclete em todas as mesas.

— Selena e Alec! ­– Hodge nos chamou atenção e olhamos para ele prestando atenção para o que ele iria dizer sobre aquela bagunça – Após a aula, eu quero os dois limpando os chicletes sem dar nenhum pio.

— Isso! – Jace comemorou fazendo gestos com a mão animado – E você ainda disse que eu não ia escapar dessa não é mesmo, Alexander?

— Injusto! – Alec fechou a cara e se o olhar dele para o Jace fosse um tiro, acho que o loiro já estava morto – O Jace sempre se salva das palhaçadas dele e eu que me ferro como sempre.

— A vida não é justa, Alexander – Hodge se aproximou o Alec que já eestava emburrado e passou a mão livre sobre o seu ombro. – Os bons sempre irão ser injustiçados aprenda desde já.

Naquele dia depois da aula, nós passamos a tarde todinha retirando chicletes debaixo das mesas. Hodge é bem puxa saco de Jace Wayland, se não fosse por Hodge ele sempre iria se ferrar.

Dobrei a blusa preta que eu havia tirado da mala, observo Isabelle diante do seu espelho se arrumar  para ir em algum lugar que eu não tinha interesse em saber á essa hora tarde de noite. Ela vestia um vestido preto sem meia calça deixando suas pernas nuas e calçav sapatilhas pretas. Seus lábios estavam brilhosos por causa do seu gloss rosa claro da Barbie.

Isabelle estava começando a ficar levada demais e incontrolável desde que conheceu Meliorn que no portão do instituto de Idris e eu a cobria de tudo, ela estava se apaixonando por ele da mesma forma que eu havia me apaixonado por Brian Lamar que agora namora a Charlotte

Então percebi que andar com ela sempre me cheirava a encrenca desde que ela o conheceu, ele era metade seelie e metade humano. Meses atrás eu havia tomado a decisão de  nunca mais amar e me divertir como Isabelle faz. Eu sentia que eu precisava me dedicar a vida para ser uma grande caçadora de sombras e ser melhor que muitos caçadores por ai. Por enquanto não pretendo namorar mesmo, acho que é uma boa decisão que eu fiz.

Embora eu ame o Brian, eu quero primeiro ter certeza se isso é realmente amor ou é uma peça que pode me viciar e me por no abismo. Estou ciente que o amor machuca muito forte e sei disso a partir do momento que senti seus lábios colados nos meus, agora eu e Jace temos algum em comum e essa coisa em comum se chama Amor Próprio e também aprendi que amar a si mesmo é uma lição para poder aprender amar alguém.

— Onde vai essa hora, Izzy? – olhei para ela enquanto procurava na mala que estava sobre a cama os meus hashis que eu havia comprado em Chinatown para prender o cabelo – Você sabe que isso daqui não é Idris e que não podemos sair daqui.

— Vou me encontrar com o Meliorn – eu sabia que tinha algo haver com ele e isso não era nada bom, eu acabo de concluir que minha teoria que isso ia dar muito errado estava certa através do seu tom de voz que isso não fosse problema algum – Será o nosso primeiro encontro fora de Idris.

— A essa hora? – arregalei os olhos ao escutar aquela porcaria enquanto eu me matava de prender os hashis sobre o cabelo e aumentei o tom da minha voz indignada – Você é louca?

— Fala baixo, assim vai acordar o instituto todo ela colocou o dedo indicador sobre os meus lábios tentando calar minha boca – Não quero vistas indesejadas me impedindo de sair.

— Nem pensar, nem ouse ir – cruzei os braços e depois empurrei a mão dela com força para que ela tire aquele dedo da minha boca – Não ouse sair desse instituto que não vou deixar.

— Deixa de ser chata – ela fez carinho no dedo dela e eu sentia que ela estava indo longe demais com sua paixãozinha por Meliorn - Vamos fugir! – estava demorando para que ela fosse me envolver nessa loucura - Eu vou ver o Meliorn e você procura se divertir fora daqui – ela esboçou um sorriso enquanto arrumava os hashis sobre o meu cabelo – Precisa de aventura, quem sabe assim você se torna menos careta para o capitão dos Bunnies.

— Traduzindo, isso significa procurar encrenca – eu neguei com a cabeça colocando a mala sobre o meu colo e tirando resto das coisas – Ah nem pensar! Eu sou doida, mas não a esse ponto.

— Não é procurar encrenca, isso é apenas caçar diversão. — ela se sentou por cima das minhas coisas e ela fez carinho pelo o meu ombro tentando me comprar – Credo, você está pior que o Alexander.

— Tudo bem – olho para a janela por um instante e volto a olhar para ela, bufei irritada com que Isabelle queria fazer – Você quer que eu faça o que? Ir ao Pandemonium? – ela parecia se divertir com a minha irritação - Você está maluca? Só temos 10 anos de idade, pare de agir como se tivesse 20 anos.

— Isso – ela se levantou dando aquele sorrisinho do qual não podia negar ela – Precisa ir ao pandemonium e sentir o gosto do proibido junto com adrenalina em suas veias.

— Onde vai se encontrar com o Meliorn? – eu suspirei fundo erguendo a cabeça e olhei para o teto pensando por um instante, eu não estava acreditando que estou quase concordando com essa burrice – Se for no reino seelie, eu não vou nem morta.

— Eu ia me encontrar com ele no mundo das fadas – seu tom de voz mostrava animação percebendo que estava quase conseguindo o que queria - Mas ele mudou para irmos ao pandemonium.

— Temos que voltar antes do amanhecer – finalmente cedi em acompanhar Isabelle nessa ideia estupida de ir ao pandemonium – Não conte a ninguém amanhã que fizermos essa porcaria.

— Feito. – ela se animou batendo mini palminhas e separou algumas roupas para mim vestir, eu não poderia ir de pijama de patos – Eu sabia que iria ceder ao que eu queria, essa é sua primeira aventura e tem que ser especial.

Ela tirou da minha mala: uma calça preta, uma blusa regata preta e jogou na minha cara. Eu comecei a trocar de roupa por trás do biomo e em seguida peguei um par de botas da mesma cor com sola desgastada de tanto usar pois era o meu único par de sapatos preferidos e me sentei na cama os calçando. As botas pretas eram o meu segundo elemento em uma roupa que tanto amava igual a minha pulseira e posicionei a estela dentro da bota esquerda.

— Pronta? – ela olhou para mim enquanto segurava o fragmento de portal pronto para ser aberto e eu terminei de posicionar a pulseira sobre o meu pulso. – O portal está quase pronto para ser aberto.

— Pronta – olhei para ela disfarçando o meu arrependimento de ter concordado com essa porcaria e ela abriu o portal mostrando a ventania já  conhecida e um pouco do local onde iriamos – E lá vamos nós.

Atravessamos o portal e no caminho todo eu senti medo de tudo dar errado, eu jurei a mim mesma que eu nunca mais me meteria em nada que envolvesse a Isabelle. Assim que chegamos, fiquei olhando em volta analisando o local notando a boa quantidade de vampiros, lobsomens dançando ao som da música alta desfilando pelo local.

Passamos pela multidão que dançava com tanto gosto provavelmente tinham se dopado com Yin Fen, nos cantos da boate escura iluminada apenas pelas luzes neon tinha umas garotas que beijavam alguns garotos, garotas beijando garotas e por fim garotos beijando garotos com tanta voracidade que assustava um pouco que parecia que iriam devorar um ao outro.

Olho com mais clareza eram apenas vampiros famintos uns mordendo aos outros, a boate era assustadora em algumas partes porém era interessante de alguma forma. Isso era estranho, mas me chamava atenção e eu não entendi muito o porque enquanto eu seguia Isabelle que estava procurando Meliorn pelo meio daquela bagunça. Até que emfim, ela o acha depois que quase eu levava bebida na cara pela falta de atenção de uma seelie que servia os submundanos.

Ele estava usando umas roupas típicas de seelie como um par de roupas de hippies e seu cabelo chegava aos ombros com pontas azuis puxado para trás deixando suas orelhas pontudas aparecer e ele era um pouco mais alto que ela, não sabia qual era sua idade exatamente e nem pretendia saber.

— Que bom que veio, Isabelle – ele segurou a mão dela e a beijou arrancando um sorriso largo dela – Eu achava que não iria vir mais, eu estava quase indo embora.

— Sim, eu vim – ela se aproximou dele e ele pousou sua mão sobre a cintura, notei que eu iria ficar a noite inteira de vela – Eu não perderia essa festa por nada e eu também queria te ver.

— Já vi que vou ficar de vela – soltei para ver se ela desistia dessa loucura e fosse embora – Se fosse para vir aqui para ficar de vela, eu teria ficado em casa assistindo mais uma temporada de Friends com a Alexia Stoffhell.

— Maninha – Meliorn a olha confuso tentando entender o que eu acabei de dizer e eu odeio quando ela me chama assim – Você só vai ficar de vela se quiser, então é melhor procurar alguma coisa para fazer.

— Vou pegar bebida. – ela assentiu com a cabeça ficando de lado e pousando as mãos sobre o ombro do namorado – Me avise quando quiser ir embora.

Lógico que ela não queria ir embora nem tão cedo, já que eu estava por aqui eu tinha que fazer alguma coisa. Atravessei a boate cheia de gente se agarrando por ai quase sem roupa o que era bastante nojento.

As luzes neon estavam piscando que estavam quase me cegando e para piorar no fundo estava o painel do pandemonium piscando tão forte que conseguia hipnotizar qualquer um como se fosse um portal aberto para o limbo.

Eu estava andando ainda pela boate procurando a garota seelie que quase derrubou bebida em mim, notei um cheiro forte de demônio entrar no meu nariz e me sinto enjoada com aquele cheiro ruim e percebo que tinha gente me seguindo. Parei de andar e olhei para trás para ver se tinha alguém mesmo me seguindo e não tinha ninguém.

Dei de ombros percebendo que era impressão minha e continuo a caminhar. E mais uma vez eu sinto que estou sendo seguida e quanto menos espero caio no chão de frente, logo me viro para ver quem tinha me derrubado no chão pronta para dizer umas coisas muito feias e me apoio no chão pelos cotovelos pronta para dar impulso. Arregalei os olhos vendo os vampiros vindo em minha direção e avançando rapidamente para mais perto.

Eles pareciam vultos de tão rápido que vinha, dou o impulso e me levanto pegando a estela a passando sobre o meu braço ativando a runa para aparecer a lamina serafim que estava escondida na minha bota direita e guardei a estela assim que a lamina surgiu e a peguei falando o nome do anjo Gabriel fazendo a brilhar e vibrar com o meu chamado e a segurei tentando acertar cada um deles com um golpe no pescoço pálido.  Eles eram muitos rápidos e eram muitos.

— Se afastem! – quanto mais eles se aproximavam, eu os golpeava com a lamina até que um deles me derrubou e o chutei me levantando rapidamente apontando a lamina para se afastarem – Eu mandei se afastarem!

Eles não se importaram com o meu aviso, apenas foram avançando com tudo e matei em torno de uns 3 vampiros que me cercavam e um deles veio por trás me atacou cravando  suas presas no meu pescoço com tanta força. Soltei um grito e cai de joelhos ferida com a mão onde ele tinha mordido sentindo o sangue escorrer.

— Ela mandou todos se afastarem, seus imbecils! – ouço uma voz masculina ecoar pelo local e o vejo se aproximar com tanta pressa e os outros vampiros exibiam suas presas prontos para atacarem ele. – Não me olhem assim, não é porque estão fora do Dumort que devem se comportar desse jeito até porque isso quebra os acordos com aqueles caçadores.

— Impossivel! – outra voz surgiu no meio da bagunça enquanto eu tentava ver o que estava acontecendo com visão embaçada e forço a visão tentando ver quem é. Percebi que era uma moça se aproximando com um vestido vermelho e seu rosto era pintado com a maquiagem escura. Os seus cabelos eram escuros, mas não eram como os meus e nem como os de Alexia Stoffhell. Pelo contrário, seu cabelo era castanho escuro e ela parou perto do rapaz e colocou sua mão sobre o seu queixo. – Deixe que eu cuido dela.

— Camille, nem pensar! – ele colocou a mão na frente dela tentando impedir que ela faça alguma besteira - Isso vai contra os acordos, matar mundanos nunca é a escolha... – ela soltou sua mão com força tirando ela do seu caminho e o olhou sério – Não quero problemas com a clave por sua causa.

— Um lanchinho não faz mal – ela se agachou perto de mim e deu o sorriso mais debochado que eu já vi – Ela é só uma mundana qualquer circulando por aqui sem saber no que se mete, quem se importa com ela? – Eu a reconheci quando eu vi o seu rosto de perto, ela era Camille Belcourt a pessoa que tanto meu pai adotivo se encontrava em nosso quintal e até mesmo dentro de casa.

— Sua vida foi paga ás minhas custas. Caso não se lembre, eu banquei sua vida quando estava falido. – ela falava num tom bem irritado com ele e ele abaixava a cabeça – Agora no final o que eu ganho é este maldito fora, você vai aprender a nunca mais mexer comigo, Clost! – ela deu um tapa na cara dele o fazendo passar a mão no rosto para aliviar a dor do tapa e pra piorar ela o ameaçou – Eu vou contar para todos que você sabe que ela está viva ou melhor vou fazer você do meu lanchinho de todos os dias e noites enquanto eu ainda estiver viva. Resumindo: Você é quem sabe o que quer.

— Golpe baixo! Voce sabe que isso me trará encrencas com Valentine, eu farei tudo que tu queres para manter Selena bem longe destes benditos caçadores – ela anda em volta por trás dele passando as mãos sobre os ombros dele e sopra sua nuca se divertindo com o seu pavor. Ele se arrrepiou ao sentir o sopro e seu olhar acompanhava cada movimento dela. — Diga, o que realmente quer fazer – ele se sentia nervoso por causa do toque dela.

— Você sabe o que eu quero – ela se senta no colo dele e mordisca sua orelha, isso estava o deixando maluco, não dava para saber se ele estava gostando ou não – Quero te tornar imortal como ele e ai não conto que ela estava viva, simples assim.

— Isso não – ele a empurrou para fora do seu colo e ela caiu no chão – De jeito nenhum, embora eu goste de ficar com você ás vezes saiba pela centésima vez que eu tenho esposa e tenho filhos para criar, não posso me tornar imortal como você quer de um dia para o outro.

— Então, você sabe o que acontece – o jeito que ela falava parecia que ela fosse dona dele e o possuir tão facil – O submundo inteiro vai saber que você está criando uma criança nephlim roubada.

Apensar no que vou falar é feio, mas deu vontade de gritar para mamãe dizendo que o papai estava dormindo com uma prostituta e provavelmente eu iria apanhar feio nas mãos dele na sala proibida.

— Camille – ela se levantou rapidamente e ele se aproximou dela tentando mostrar que tinha uma esperança a ela no que iria falar para ela – quando as coisas estiverem menos complicada, quem sabe. – ele acaricia sua bochecha.

— É isso que quero ouvir. – ela esboçou um sorriso satisfeito e ele a puxou pela cintura fazendo com que ela envolva os seus braços em volta do seu pescoço e a beijou – Trate de resolver isso logo, pois eu não consigo mais esperar.

— Se afaste, por favor! – eu me arrastava para trás pelo chão colocando a mão na ferida que não parava de sangue e aquilo queimava tanto que só Raziel sabe o que estou sentindo – Eu não fiz nada para você, Camille!

Camille olhou para os outros e eles assentiram com a cabeça concordando com alguma coisa e ela se aproximou rápido exibindo suas presas afiadas. Eu achava que ela era uma prostituta qualquer que o meu pai trazia para casa e pelo que acabo de perceber ela era uma vampira.

 Minha vista estava piorando cada vez mais e não tinha mais forças para tentar me sentar com dificuldade peguei a estela e passei sobre a runa da cura a ativando fazendo com que a dor diminuísse e tento ao menos sentar notando que o rapaz se move rapidamente se envolvendo em briga com a Camille.

Ele vestia uma roupa preta que se não fosse pela pele pálida eu teria o confundido com um caçador de sombras facilmente, minha visão já estava um pouco melhor mostrando os seus cabelos curtos e os seus olhos estavam mostravam fúria e raiva enquanto ele brigava com ela diferente dos outros vampiros ele não estava mostrando as presas. Acertou um soco no olho dela e ela revida com um murro no queixo dele fazendo o seu rosto voltar-se para trás.

— Ela já está morrendo, não adianta nada – ela o olhou se sentindo vitoriosa por achar que eu estava morrendo, mas eu não estava por enquanto – Raphael, deixa – me drenar o sangue dela.

— Vá embora! – ele gritou assim que ela tentou se aproxiimar de mim e ele a chutou fazendo cair por cima dos curiosos que assistiam a briga, mas ela foi esperta e esticou a perna nua fazendo com que ele tropece no chão e caia, ela se levantou e deu um chute no seu rosto acertando o seu nariz – Não irá drenar o sangue dela, eu não vou deixar você quebrar os acordos de novo.

— Não, nem pensar – ela teimou o vendo se levantar e guardei a estela de volta na bota e peguei a lamina serafim com dificuldade e segurei com a outra mão suja de sangue a bainha da blusa e cortei mesma com a lamina e amarrei no pescoço para estancar o sangue que saia e com dificuldade guardei a lamina dentro da bota novamente ainda suja – Eu quero transformar ela no que o pai dela deveria ter sido, uma caçadora a menos não faz falta naquele instituto.

— Já chega! – Raphael gritou para todos os curiosos voltarem ao que estavam fazendo e andou até Camille apontando o dedo na cara dela. – você vai pagar por isso e irei te entregar a Clave.

— Não vou. – ela debochou abaixando o dedo dele e riu cínica – Você sempre diz isso e nunca fez isso até porque você é um covarde.

— Santo Deus! – ele apontou para os outros vampiros e eles assentiram com a cabeça avançar para cima dela  a pegando de surpresa. – Para de infernizar, por favor.

Raphael correu para perto de mim aproveitando que Camille estava ocupada sendo atacada e me carregou no colo, a runa parou de fazer efeito e isso foi me deixando mais fraca e lutava para  não apagar de vez. Minha visão estava embaçada e ele corria pelos corredores da boate me carregando no colo e ele chutou com força uma das portas e me colocou em uma cama e sentia medo que ele fosse fazer algo ruim.

— Calma, eu vou tirar esse veneno de você – ele se agachou perto da cama e tirou o pano que eu havia colocado e ele mordeu meu pescoço drenando o veneno, eu gritava de dor cada vez mais e me tremia toda – Aguenta firme!

Mas ainda sentia um pouco do veneno penetrando em minhas veias e o meu corpo estava em colapso tão grande, tão grande, tão enlouquecedor. Mas aos poucos fui perdendo as forças e a ultima coisa que pensei durante a dor era: “Droga, agora vou morrer! Isabelle, se eu morrer, eu juro que saio do inferno e puxo teu pé de madrugada e ainda você gritar 3 vezes que a culpa é sua por ter me feito concordar com isto no espelho” e então apaguei.

[...]

— Está viva? – ouço a voz de uma garota perto de mim e me levantei da cama devagar e ainda me sentindo um pouco zonza, eu olhei para os lados e noto que ainda estou na naquela boate e percebo que o Raphael havia desaparecido e vejo que o dia está amanhecendo através das janelas

Droga!

Sai da cama com tanta pressa que mal percebi que a minha blusa estava manchada de sangue e curta percebendo que devo voltar para o instituto antes das 6 da manhã e corro para fora do quarto deixando a garota sem entender nada. Assim que consigo sair da boate que estava quase fechando e fui correndo para o beco escuro tentando fugir o mais rápido que eu podia.

Cheguei no fim do beco que estava molhado devido a chuva que deve ter tido de madrugada e parei perto de uma lata de lixo enorme, puxei o fragmento de portal e estiquei a mão pra frente e abri o portal. Entrei no mesmo e chegando no instituto, olho para o lado da cama estava Isabelle dormindo com roupas limpas sem ferimentos como se nada tivesse acontecido, sai do quarto e catei roupas novas na roupa, fui para o banheiro que ficava no final do corredor com roupas limpas e tomei um banho e joguei fora as roupas usadas, após o feito eu voltei para o quarto e cai de frente na cama adormecendo rapidamente.

Hodge Starkweather

Eu estava tão cansado de estar preso naquela porra de instituto. Isso mesmo, eu posso finalmente falar que isso é uma merda de um instituto. Já perdi as contas de quanto falei porra em todos esses anos. Aquela runa de Valentine era uma porcaria mesmo, isso era desgraça em minha vida. Se fosse para viver assim, eu preferia que Imogen tivesse me matado naquela merda de julgamento que não tinha nenhum senso e que nem sentido graças a esses malditos Lightwoods.

Estava socando tanto aquele saco de boxe preto com tanta força e raiva faz horas. Eu tenho 19 anos e deveria estar caçando demônios, deveria estar vivendo. O que tem de errado em ser mais novo e ser punido tão brutal? Obviamente, porque a lei idiota mundana funcionava da seguinte: “Os mais novos tem que limpar a bagunça dos mais velhos”.

Eu to cobrindo a bagunça dos traidores do ciclo, o ciclo teve suas vantagens e desvantagens, pode ser que me arrependo e não me arrependo de ter entrado no mesmo, como eu já disse há anos atrás foi uma honra ter entrado no ciclo. Mas eles me ferraram e me ajudaram, também aprendi diversas coisas e errei em várias.

Tudo que eu pensava e desejava todos os dias era conhecer a minha filha, Alice Herege Starkweather. Audrey me mandava fotos da pequena Alice todos os meses para que eu pudesse acompanhar como ela estava ficando cada vez mais linda, ela tinha olhos azuis como os meus, seus cabelos castanhos escuros e lisos como da sua mãe.

Ela havia um sorriso doce e inocente que deve ter puxado a mãe e pergunta por mim sempre, isso era o que Audrey me dizia em muitas cartas. Eu guardava a maioria, parei de socar o saco e vesti minha camisa que estava em cima dos equipamentos de treino e peguei a foto de Alice que estava do lado da camisa e fiquei olhando para ela por um tempo.

Olhar para aquela foto havia se tornado um ritual e toda vez que eu a olhava sentia mais vontade de abraçar aquela menina. Parte de mim sabia que eu precisava cuidar daquela menina logo e poder brincar com ela como ela tanto deseja como uma convivência normal de pai e filha, eu imagino que ela deve ir a escola e perguntarem onde está o seu pai, ela deve falar que não sabe ou está preso.

Ela não merecia passar por isso, porque ela tem apenas 4 anos e merece o pai presente. Eu sei que sou novo nisso, mas eu me esforçaria e aprenderia a ser um bom pai. Um dia eu sairei daqui e ainda farei os Lightwoods pagarem a merda feita. Eu só fui fiel a Valentine enquanto os outros eram covardes que fugiram sabendo que ele tinha bons planos e ele queria o bem de todos nós. Com toda certeza, eu ainda estaria com Audrey tendo a vida perfeita e eu deveria ter fugido naquele momento para longe da iniquisitora e isso parece ser um ato louco, mas ficar aqui me deixa louco.

Aquelas crianças enlouquecem qualquer um em um minuto que dou as costas para escrever no quadro negro que dava vontade de arranhar aquilo para ver se param de me enlouquecer. Embora sejam adoráveis em alguns momentos que são poucos, agora eu perdi o controle com o Jace aprontando o dobro agora que as irmãs vivem em idris e Alec passou de bonzinho para zangadinho e rabugento que chega a ser bem chato além do chiclete que ele cola debaixo da bancada além de reclamar tudo.

 O garoto mais novo da turma já deve saber que já saquei sua parada com seus aviões de papel e isso me dá nos nervos a maioria das vezes. Tudo bem, eu entendo que são crianças e ás vezes extrapolam do limite. Audrey me diz que tenho que me acostumar, pois Alice também era levada, eu amava mesmo sem conhecer.

Selena... o que posso dizer dela? Ela era uma garota levada e diferente da irmã ela era a aluna perfeita mesmo apontando horrores e ela estava sempre me dando presente e me vendo como uma boa pessoa. Ela tem um coração tão puro tão bom, ás vezes nem parece que é uma Lightwood e nem que pertence a eles de tão diferente que ela é.

Confesso que ela é única que me agrada alem de Jace, eu não me agrado muito com Isabelle porque ela não se importa com nada além do interesse a si próprio e o Alec me preocupa ás vezes, eu sinto que é muito difícil me adaptar com ele e essas crianças até porque o meu plano incluía não se apegar a essas crianças e eu realmente não queria me apegar, mas acabei me entregando aos poucos a cada uma delas e isso assusta.

Peguei as fotos as colocando debaixo do braço e sai da sala de treino caminhando tranquilamente até chegar ao corredor onde o meu quarto, abro a porta entrando no mesmo e os guardo na gaveta próxima a minha cama e fechando a porta e janelas. Eu tenho que fazer isso, olhei para a cabeceira da cama e o meu corvo chamado Hugo estava em cima dela e  me entrega o anel com o bico.

Coloquei no dedo e o giro entrando em comunicação com um dos membros do ciclo de Valentine que consegui manter contato através de renegado que esteve aqui. O membro mais distante se chamava Castiel, ele era um dos membros mais velhos do ciclo e um dos membros mais elegantes que eu já conheci e vestia uma roupa de treino com a runa do ciclo.

— O que quer, Hodge? – Castiel perguntou com as mãos na frente uma em cima da outra sobre o seu corpo – Tem algum desejo diferente desta vez, mestre?

— Quero que se comunique com todos os membros do ciclo que tem arranjado – eu estava pedindo isso faz meses e nada de noticias - Quero todos eles bem treinados para o segundo passo.

— Sim, mestre – Castiel concordou sem questionar o meu pedido como fez das outras vezes – Qual seria esse segundo passo?

— Ótimo. – olhei para as fotos em cima da comoda, eu sabia o quanto esse erro iria valer a pena. – O segundo passo seria conseguir o Calice Mortal

— Faremos isso, mestre. – ele balançou a cabeça concordando com a ideia – Isso me parece um ótimo plano, mestre

— Não me decepcione – eu me sentia satisfeito com tamanha lealdade daquele homem  - ou já sabe o que acontece

— Vamos encontrar o cálice e não irei decepcionar você, meu lider – ele permanecia sério sobre sua missão dada – Não vou deixar que ninguém ponha as mãos no Cálice além do senhor.

Aquilo já era o suficiente e era o que eu realmente queria ouvir, tirei o anel do meu dedo fazendo Castiel desparecendo da minha frente e entreguei para Hugo fazer com que aquilo suma em um lugar onde aquelas crianças não encontrem o anel e ferre com minha vida mais do que já está ferrada.

Cansado, eu me jogo na cama indo descansa depois de longas horas de treino e começo a pensar que ás vezes as encrencas procuram você ou você mesmo caça elas como se fosse uma briga de beco de qualquer esquina de New York atrás de algumas drogas, tenho  teoria de que ás vezes a encrenca é criada dentro de você mesmo que você nem perceba e veja.

Se for para pensar assim, tenho que dizer que agora está explicado o porque que Audrey me chamava de chato e complicado. Ela me mandava me adaptar as crianças e não me envolver em nenhuma loucura. Eu sou muito teimoso e acabo mudando de idéia diversas vezes e nunca cumpro isso. Se eu continuar aqui por mais tempo, eu juro que irei acabar louco como Valentine, isso se eu já não estou ficando louco agora.

 


Notas Finais


Mil desculpas, eu peço aos poucos que acompanham a história.
Eu troquei de computador e está dificil para me adaptar com o teclado.
Antes eu postava duas vezes por semana e agora só posto quando eu termino o capitulo.
Então é isso, até o proximo capitulo.


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