1. Spirit Fanfics >
  2. Radioactive - Let Me Love You >
  3. O amor sempre vence.

História Radioactive - Let Me Love You - O amor sempre vence.


Escrita por: KWhite

Notas do Autor


Cheirinho de romance no ar....
Vocês estão sentindo?

Capítulo 15 - O amor sempre vence.


Fanfic / Fanfiction Radioactive - Let Me Love You - O amor sempre vence.

New York, New York – 22 de agosto de 2005

Casa dos Closts

Selena Clost

 [...]

Após termos passado por mais de duas ruas, finalmente estávamos avisando a enorme mansão Clost e andamos um pouco mais rápido até chegar ao grande portão preto, assim que nos viram os portões se abriram diante de nós. Caminhamos pelo jardim enorme e bonito cheio de flores e tinha até um chafariz.

 Subimos as escadas da entrada e pousei minha mão sobre a maçaneta a girando devagar e empurrando a porta mostrando a decoração simples diferente do exagero que tinha no meu aniversário de 10 anos, por exemplo: Os poucos balões coloridos e poucas bandeirinhas que estavam espalhados pelo hall de entrada da mansão e a única coisa que ainda é a mesma: O som alto do DJ que me fez lembrar quando eu dancei Milkshake em cima de uma mesa vazia.

— Viva os Closts! – meu pai ergueu o copo vermelho que caiu um pouco da sua bebida favorita: Bourbon no chão assim que nós entramos na sala. — Vida longa a família mais antiga dos Estados Unidos.

A sala estava cheia demais, eu estava andando pela festa atrás de bebida e observei outros que me saudavam, notava—se em alguns cantos da casa onde tinha alguns pratinhos de comida cheios e vazios. Isso me lembrava a festa que não saia da minha mente durante dias. Nos cantos já estava começando a surgir alguns jovens se beijando e até mesmo se agarrando, olha que nós temos 12 anos a idade de experimentar um pouco dos nossos lábios colados em outros.

Agora temos garotas loucas e insanas prontas para darem beijos e caricias para o que der e o vier e muitas vezes isso pode ser tanto para agradar a si mesma ou ao seu rapaz formando talvez uma submissão ou um amor verdadeiro devoto um ao outro. Eu não era assim e nunca seria como elas, para mim o homem nunca seria um ser superior a mim. Apenas um homem era superior a mim, o Anjo Raziel.

Para os humanos e para a espécie digamos que sobrenatural existe um dilema que eu discordo perfeitamente que se chama: Mulheres não podem bater em homens. Eles dizem que se uma mulher bater em homens era completamente errado e pode nos levar a morte.

Eu me pergunto: Aonde os homens eram superiores a nós? Beleza? Força? Inteligência? Atividade sexual? Capacidade mental? Os homens foram feito da mesma forma que nós com tudo igual e só uma diferença de característica física que é uma intimidade intima diferente no caso um buraco nas mulheres e um belíssimo boneco inflável no homem.

Se um adulto soubesse que sei dessas coisas, provavelmente ele iria se assustar e me perguntar como eu sei dessas coisas só porque tenho 12 anos. Eu passava muito tempo conversando com as meninas e cheguei a conversar a um ano atrás sobre submissão com o Hodge uma vez e ele me contou que submissão é algo perigoso e nunca deve ser contrariado.

Para mim, quanto mais conhecimento eu adquiria melhor seria a minha vida mesmo que isso não me torne sábia o suficiente. Olhar para essas pessoas me causam medo imaginando como é estar preso a um relacionamento, mal sabem elas que a cada 5 minutos alguém descobre que seu namorado ou marido é um psicopata nojento no mundo.

Mas pode ser que não fosse um psicopata e fosse alguma pessoa de bem, a vida é meio maluca e do que adianta eu pensar nisso sendo que nem namorado eu tenho? Sou apenas uma garota solteira que é afim de um cara que é comprometido ainda porque eu simplesmente ignorei todas as fofocas sobre o seu relacionamento no MSN de papel e também porque eu me recusei ser amiga dele e agora no fundo queria que ele não estivesse na festa mesmo sabendo que ele deve estar por aqui.

Não vou mentir, eu queria descobrir quem ele seria realmente e queria poder descobrir quem é a alma dele. Talvez eu tenha sido burra ou não, talvez tenha sido o destino que quis assim ou não e que esteja querendo me colocar para alguém melhor e até mesmo eu poderia dar uma chance a ele, mesmo sabendo que isso daria errado e venha me causar arrependimentos depois. Talvez eu de uma chance, só preciso de um motivo e uma razão para ficar na vida dele, mesmo sabendo que ele poderá se apaixonar por outra pessoa daqui um ano e seria só por um ano.

— Olha quem apareceu, a belíssima dama da noite – olhei para trás era quem eu menos esperava que viesse a essa festa, acho que o que eu disse a ele na festa dele não adiantou nada tanto que lá estava lá, Brian Lamar esboçando um sorriso largo no rosto naquele rosto bonito e aquela aparência bonita e chamativa diante de mim segurando o famoso copo vermelho — Está linda.

— Dá um tempo. – assim que ele se aproxima para tocar em mim e dou um leve empurrão no peito dele fazendo com que a bebida caia sobre a sua camisa, ele olhou para a camisa por um instante e depois boquiaberto para mim — Me deixe em paz.

Passei pela cozinha dizendo olá para as meninas que conversavam perto da bancada e segurei a maçaneta da porta de acesso ao quintal ainda ignorando ele e eu podia ouvir seus passos logo atrás de mim mostrando que ele insistia em me seguir. Já estava começando a dar passos fortes me sentindo irritada por essa perseguição idiota.

Espera, eu não devia estar irritada tanto que eu vi um garçom passando e estendi a mão pegando um copo vermelho cheio de coca e parei perto de uma mesa de comida. Levei o meu copo a minha boca dando o meu primeiro gole relaxando com aquele gosto adocicado molhar minha garganta e olhei para o canto lá estava ele me encarando, ele se aproximou de mim e logo me afastei

Deixei o copo pela metade na mesa, lembrando do barril de bebida que o Dexter conseguiu para nós. Andei mais um pouco pelo quintal notando o barril cinza com uma mangueira em cima sem ninguém usar no meio do quintal, provavelmente ninguém sabia usar e eu sabia.

Eu iria fazer isso da melhor maneira, levantei as mãos juntas para o alto e estiquei uma das pernas pronta para fazer o front walkover e fiz o salto acrobático ficando de ponta cabeça com as mãos sobre o barril um em cada lado e com uma mão abri a mangueira e coloquei a boca na mesma sugando o refrigerante com cuidado. Isso estava realmente chamando atenção como eu queria, eu ouvia o pessoal gritar eufórica com o que eu estava fazendo e voltei a ficar em pé engolindo o refrigerante com cuidado para não engasgar e ergui os braços para cima.

— É isso ai! — o pessoal me ergueu para o alto e depois me colocaram no chão, comecei a dançar ao lado das minhas irmãs ao som da Jennifer Lopez com seu hit Get Right — I'm about to sign you up, We can get right before the night is up, We can get right, get right.

Eu e minhas irmãs subimos em cima dos bancos que ficava da mesa de piquenique e começamos a dançar ainda chamando atenção do pessoal. Olhava para ele, ele não ia se cansar de vir atrás de mim e ele estava gostando daquele agito sobre o banco da mesa de piquenique. Eu só queria apenas me divertir um pouco sem ele, eu devo realmente querer saber o que ele quer comigo?

Desci do banco ainda rebolando um pouco ao ritmo da música que logo se acabava, eu fui em direção a mesa de comida e peguei um salgadinho levando a minha boca dando uma mordida e olhei para o lado lá estava ele, olhando para mim parado feito uma estatua com os braços cruzados

— Quer dançar? – eu dei outra mordida no salgadinho e ele desfez os braços cruzados estendendo uma das mãos na minha frente — Só uma dança e logo poderá voltar a curtir sua festa.

— Sério isso? – revirei os olhos e passei a mão sobre a boca limpando a mesma, logo colocando o resto do salgado sobre a mesa, peguei um guardanapo e limpei minha mão suja — Dançar com você?

— Sim, algum problema? – ele arqueou as sobrancelhas, na verdade não tinha problema nenhum e era só uma dança — Olha eu sei que está me evitando há semanas, eu pensei muito no que você disse.

— Pensou? — retomei a comer o resto do salgado enquanto a música lenta rolava causando um clima romântico na festa — Falei alguma coisa ruim?

— Pensei — fiquei olhando em volta da festa menos para ele enquanto eu o ouvia falar — Você está certa, eu tinha que resolver minha vida e só você me fez perceber o quanto eu estava sendo um idiota e que minha vida estava uma bagunça.

— Só percebeu isto agora? – levantei os ombros e meu tom muda para o mais irônico que existir nessa maldita face da Terra — Ah me poupe.

— Dê-me uma chance de provar que não sou o canalha que você pensa. – ele estendeu as mãos para frente e pensei por um instante na história dos pais dele, mas antes de ter uma resposta fixa dele, eu precisava convencer a mim mesma — Olha, eu não sou mais o mesmo imbecil que você viu por 2 anos.

— A primeira impressão é a que fica sobre meus olhos. — olhei por um instante para Isabelle que estava um pouco distante, ela balançou a cabeça entendendo o que eu estava fazendo — Eu não estou falando de 2 anos atrás, eu estou falando da sua facilidade de fazer uma coisa na festa e no outro dia seguir em frente como se nada tivesse acontecido.

— Vamos lá, não julgue o livro para capa. – ele suspirou fundo e umedeceu os lábios enquanto olhava para a multidão — Da mesma forma que você não quer ser julgada.

— A capa pode ser bonita, mas o conteúdo deve ser uma bosta – meu coração batia tão forte, mas tão forte que parecia uma bomba em erupção — Como posso me garantir que não vai me machucar

— Qual é, eu não sou tão ruim. – ele deu dois passos em minha direção enquanto eu dava o meu último pedaço — Selena, eu gosto de você mais do que uma amiga até porque eu me apaixonei por você a partir do momento que eu te ouvi cantar na sala do coral, eu me apaixonei pelo seu jeito, pelo seu sorriso, pelo jeito que evita falar de mim naquele Msn de papel — ele se aproximou puxando uma das suas minhas mãos e colocou em cima do seu peito sentindo seu coração bater tão rápido e levantei o meu olhar para cima o encarando — Eu sei o quanto você é apaixonada por mim, eu sei que disfarça bem mal os seus sentimentos e é isso que eu amo em você.

— Me prove. – eu tirei a mão de cima do peito dele cruzando os meus braços — Quero que me prove que você não é um imbecil, só uma prova.

— Se você conviver comigo, vai saber quem sou eu realmente. — suspirei fundo colocando as mãos na cintura e pensei por um instante — Vai se surpreender em saber quem sou eu

— Uma chance. – eu desisto de manter a postura de caçadora durona, nada iria estragar aquela noite — Eu te dou uma chance.

— Prometo que não irá se arrepender. – ele esboçou um sorriso largo tirando as mãos do bolso vindo em minha direção e pousou as mesmas sobre a minha cintura me fazendo ficar próxima do seu corpo — Da mesma forma que eu não me arrependo de amar você

Pousei minha mão sobre sua bochecha acariciando a mesma, olhando fixamente para os seus olhos castanhos e o puxei roubando um beijo. Sua boca tinha o mesmo gosto de antes, o mesmo gosto adocicado da coca cola misturando com hortelã recente me fazendo querer mais e ele retribuiu o beijo com calma.

— Você é minha agora. – sussurrou baixo assim que o beijo foi encerrado e colamos a testa um no outro e esbocei um sorriso leve — Esse é o melhor dia da minha vida, esperei 2 anos para sentir esses lábios maravilhosos de novo e obrigada por me trazer de volta a vida.

— Somente sua. – dei um sorriso leve entrelaçando os braços em volta do seu pescoço — É o nosso melhor dia da nossa vida.

Retirei os braços da volta do seu pescoço e os coloquei para trás sentindo suas mãos sendo retiradas da minha cintura e estendeu uma delas na minha frente. Olhei por um instante e segurei sua mão o acompanhando para o caminho para de volta para a mansão, no meio disso eu pude ouvir um belo “Aleluia!” vindo da Rosalie no meio do caminho de como quem diz: “Finalmente admitiu que ama ele.”

Todos estavam com o olhar voltado para nós, como se estivessem vendo um fantasma diante deles e desviei o olhar por um instante ouvindo o meu novo namorado falar em meu ouvido tentando me tranqüilizar de que tudo isso era normal e que está tudo bem. Depois de semanas o ignorando, eu tinha esquecido de que ainda ele era popular.

Uma multidão se formava no meio da sala e nos aproximamos para ver o que era, era apenas uma velha e tradicional competição de dança mostrando quem mandava melhor na dança se era uma menina ou um menino. Quanto menos esperei senti o meu braço sendo puxado pelo loiro para dançar ao som do ritmo da música que se tocava no momento que era Gwen Stefani – Hollaback Girl ali no meio e nos afastamos um pouco para Isabelle dançar.

— Vai, Izzy, Izzy – a galera ia ao delírio com Isabelle dançando no meio da sala, isso é uma das melhores coisas que podia acontecer nessa festa além daquele barril de refrigerante — Vai, Isabelle! Arrebenta!

Desde criança, nós somos ensinados nessas competições a sermos um superior aos outros. Mas tudo isso se inverte quando cresce, as primeiras batidas do coração e pupilas dilatadas registram os primeiros sintomas do amor, que não era um amor de mãe e muito menos amor de pai, é o tempo do descobrimento de tudo.

Olhei para o lado, Brian me pediu para esperar um minuto e assenti concordando achando que ele iria pegar alguma coisa para mim. Mas ele foi conversar com o DJ e arqueio uma das sobrancelhas tentando entender o que ele estava fazendo, parecia que estavam combinando algo e a música mudou.

Demorei um pouco para reconhecer a batida, era em piano. Eu não acredito! Caramba, como eu pude demorar pra reconhecer essa música? É John Legend! Caramba, ele pediu para tocar Ordinary People. Eu amo essa música, eu ouço essa música pra dormir. E olhei para o lado ele vinha caminhado em minha direção na pista segurando o microfone preto em mãos e o holofote do DJ estava apontado em mim e pousei as costas da minha mão em cima do rosto evitando a luz.

— Girl, I'm in love with you. This ain't the honeymoon, past the infatuation phase – ele cantava aquilo tão tranquilo, sua voz era como uma melodia para meus ouvidos, eu não sabia que ele cantava tão bem assim até lembrar o dia das seccionais no campeonato regional de coral. Ele estendeu sua mão e pousei a minha segurando a sua — Right in the thick of love, At times we get sick of love, It seems like we argue everyday. – ele me gira e me puxando novamente para perto dele e aproveito o momento para tomar o microfone dele e ele se soltou, me dando espaço para andar e cantar o mesmo tempo.

I know I misbehaved, And you made your mistake, And we both still got room left to grow, And though love sometimes hurts. – continuei a cantar a música e seguia dando passos para trás fechando os olhos por um instante deixando sentir aquela melodia tranquila que vinha do piano — I still put you first, And we'll make this thing work, But I think we should take it slow.

Isabelle estava de braços cruzados emburrada e pelo jeito não gostou em me ver com o Brian. Mas não era ela quem apoiava a nossa união naquele MSN de papel? Não consigo entender a minha irmã desde que ela começou a namorar a fada mixuruca e não confiável chamado Meliorn. Então é assim? Somente ela poderia ser feliz agora?

— Eu sempre gostei de você desde o primeiro dia de aula. Você se fez minha a partir do momento em que cantou na sala do coral, eu me apaixonei naquele momento em que começou a cantar e incendiou aquela sala sem precisar de um isqueiro, mostrou o seu poder e me mostrou o quão sua alma é linda com a sua voz— ele acabara de confessar no meu ouvido assim que devolvemos o microfone e fomos dançar um com o outro o resto da música — Eu estou louco para conhecer você e me apaixonar todos os dias por você, quero mostrar que eu quero você e sua alma bonita.

Pelo amor do anjo, isto é um sonho? Não me acorde, é tudo que eu peço é que não me acordem nesse momento. A cara emburrada da Isabelle ainda me intrigava o fato que Isabelle não gostou o fato de Brian estar comigo, talvez ela tenha gostado e tenha se emburrado com outra coisa na festa e do jeito que ela está estranha, eu acho que devo deixar para lá e não me importar.

— Eu sempre gostei de você — paramos de dançar aos poucos e seguramos nossas mãos andando em direção ao hall de entrada, subindo as escadas atrás de um lugar mais silencioso — Mas sempre foi a escuras, depois preferi admirar você de longe e mais nada.

— Bom saber – ele sorriu de lado me acompanhando em direção a um corredor onde dava acesso a uma varanda da mansão — Eu sempre estive de olho em você, mesmo com todo mundo dizendo que eu só quero as meninas populares e entre outras coisas, eu sempre fui discreto em guardar para mim de quem eu gosto e a única verdade é que o meu gosto é peculiar sempre gosto do inesperado assim como o meu pai.

— Eu estou surpresa com tudo isso que está acontecendo, eu tinha um plano de te ignorar desde inicio do dia e agora eu sou sua namorada, isso é incrível e louco — ele me olhava com atenção ouvindo a minha tentativa de achar palavras boas para isso, infelizmente eu não conseguia ter a facilidade de descrever o que eu sinto apensar de não conseguir disfarçar bem o que sinto – Eu também mal posso esperar para saber quem você é e conhecer sua alma.  

[...]

Eu fui embora da festa junto com os meus irmãos biológicos de volta ao instituto a pedido deles assim que o sol estava se pondo mesmo contra a vontade do Dexter, uma hora ou outra eu teria que voltar até mesmo para Idris mesmo não sabendo de nada do que aconteceu em dezembro de 2003. Durante todo caminho, Max estava mexendo no seu novo celular da marca Sony Ericsson W800/W800i, o celular mais bem desejado no momento.

Suponho que ele estava trocando mensagens com uma garota qualquer da escola e Isabelle se contentava com o seu Motorola Q8 concentrada com o fone de ouvido e ouvindo suas músicas. Alec e Jace estavam tensos não tinham nada a falar, eu espero que não tenham brigado e nem nada. Eu? O que eu estava fazendo? Apenas tentava cuidar de Max e Isabelle para não serem atropelados na rua.

Assim que chegamos no instituto, cada um se dirigiu ao seu quarto menos Isabelle, ela ficou com a mamãe na central do instituto verificando cada missão. Nem quis perguntar nada para não piorar a situação até porque tínhamos um lema: “O que aconteceu na festa tem que ficar na festa.”

No momento em que cheguei no quarto, abri a gaveta atrás de uma camiseta e uma calça folgada e uma meia. Achei o que eu queria e fui atrás do biomo removendo o vestido e vestindo as vestimentas que escolhi deixando os meus cabelos escuros soltos e pensei em dançar um pouco para pensar sobre tudo que aconteceu. Sai de trás do biomo, jogando o vestido na cama e andando para fora do quarto pelo corredor do instituto.

Chego na ultima parte do instituto onde havia uma sala vazia e tinha um espelho, Dexter me ajudou a transformar aquilo numa área de dança. Era o local onde eu mais gostava de estar no instituto, o único lugar onde eu poderia pensar e peguei a chave debaixo do tapete, inseri na porta e girei destrancando a porta.

Empurrei a porta mostrando o espaço branco com um grande espelho enorme colado na parede a minha esquerda e o piso de madeira corrida com uma cadeira perto do espelho longe ocupada por um rádio com pendrive. Fechei a porta sem trancar adentrando pela sala, andando até o centro diante do espelho e fui me alongando para não causar lesões terríveis na perna, agora era só eu e eu sem multidão alguma.

Após ter alongado muito, andei em direção a cadeira onde estava o rádio e apertei o botão ligar e que já começou a tocar La Tortura de Shakira, passei as mãos sobre o cabelo enquanto eu mexia de leve o quadril e sentindo o ritmo da música, eu estava deixando o meu corpo se levar por mim e deixar a música preencher o meu corpo. Cantarolo alguns trechos e fazia alguns movimentos leves e novos tentando encontrar uma maneira nova de formar uma coreografia nova e latina que possa animar o pessoal nas próximas competições.

Aliás, eu sou uma grande fã de Shakira e amo algumas músicas dela, ela é uma grande inspiração para mim. Não eram apenas as músicas dela que me fazia rebolar algumas vezes, algumas músicas espanholas que ainda me agradavam muito e me traziam bastante tranqüilidade e trazia algo importante no caso tudo que importava era eu e a música.

Depois de um tempo, percebi que a música foi pausada e me virei para trás rapidamente notando a presença do o Alec encostado no batente da porta com os braços cruzados e sorrindo, ele estava com o cabelo bagunçado e usando um pijama composto por um moletom cinza e uma calça moletom cinza com meias brancas nos seus lindos pés.

— Como sempre é uma grande dançarina. – ele desencostou do batente vindo em minha direção e pousei minhas mãos sobre a cintura. — Gostaria de saber dançar tão bem quanto você

— Eu nem sabia que estava ai. – esbocei um sorriso de leve surpreso e ao mesmo tempo me sentia envergonhada por ter sido pega num momento tão intimo como esse — Fique a vontade

— Sempre estou. – ele assentiu com a cabeça ficando parado em minha frente e me sentei no chão deixando ser um pouco levada pelo cansaço — Não importa onde você esteja, vou sempre estar aqui.

— O que faz aqui? — ele se sentou na minha frente encolhendo as pernas e colocando os braços sobre o cotovelo — Está precisando de alguma coisa?

— Eu gosto de observar como você dança. — ele olhou para o espelho por um instante mudando de assunto, tinha alguma coisa errada com ele e eu podia sentir — Não, não preciso.

— Obrigada — olhei para o espelho por um instante ainda me sentindo intrigada por ele ter mudado de assunto, eu sentia que ele queria contar alguma coisa e não estava conseguindo — Tem certeza?

— De nada. — ele ergueu os ombros e sorriu de lado, ele ficou passando as mãos no cabelo os deixando mais bagunçados — Tenho, não precisa se preocupar.

— Alec, me diz se o que eu vi foi real. – minha voz saiu suave e curiosa, eu queria ter certeza se eu não estava maluca. — Diga—me se eu não estou ficando louca.

— O que você viu? – ele engoliu a saliva, olhando em volta da sala de dança nervoso — Foi alguma coisa errada?

— Eu vi o modo que você olha o Jace — ele fechou os olhos por um instante e passou a mão na testa — Você sabe do que estou falando?

— Eu o olho no modo normal de sempre é isso que você viu – ele mentiu e ele era um péssimo mentiroso, não adianta mentir até porque só ia piorar a situação. — Ele é o meu irmão, eu o vejo como o meu novo parabatai.

— Alec para de mentir para si mesmo e para mim – ele olhou percebeu do que eu estava falando, tanto que tampou minha boca de imediato — Você ama o Jace mais do que um irmão, admita isso.

— Lembre—se do que eu disse, as paredes ainda tem ouvidos por aqui. - revirei os olhos não entendendo o fato que ele tampou minha boca — Você não sabe de nada, você não sabe o que eu sinto. – ele me repreendeu e tirei a mão dele na minha boca.

— Alec, eu sei o que você sente — ele olhava para mim chateado e eu podia ver os seus olhos marejarem com medo do que estava acontecendo — Esta tão explicito quanto você imagina.

— Não está — ele balançou a cabeça rapidamente deixando as lagrimas correrem sobre o seu rosto bonito — Eu não amo o Jace mais do que um irmão.

— Alec, porque está tão preocupado com isto? – meu coração doeu ao ver o Alec chorando e pousei as mãos sobre os joelhos — Qual é o problema disso?

— Eu estou confuso. – ele se levantou dando alguns passos em direção ao espelho e começou a olhar para o mesmo — Não sei o que fazer com isso

— Alec, seja o que você sente. — eu me levantei passando a mão sobre a roupa desamassando a mesma e fui me aproximando dele que estava de cabeça baixa deixando mais lagrimas escorrerem — Se você ama garotas ou não, eu vou amar você do mesmo jeito e vou ter orgulho de você independente do que aconteça ou que faça.

— Obrigada, Selena – ele levantou a cabeça esboçando um sorriso fraco e passou a mão no rosto limpando as lagrimas — Muito obrigada

— De nada – eu o olhei sentindo orgulho dele e pousei minha mão sobre seu braço tentando transmitir tranqüilidade — Temos que dar amor para todo mundo, independente do seu gênero sabendo que vivemos num mundo cruel e frio.

— Está querendo dizer o que? — ele soltou um pouco mais aliviado e um pouco mais tranqüilo com a conversa de irmãos que estávamos tendo — Tem alguma coisa que eu não esteja sabendo?

— Eu amo garotas e garotos ao mesmo tempo. – revelei o meu antigo segredo que escondo antes do acontecimento que não me lembro, esse segredo é de que eu beijei com uma caçadora de sombras chamada Elizabeth Randall e não era nada sério como a conexão que eu e Brian tinhamos. — Pronto falei.

— Quem diria. – ele me olha surpreso e colocou as mãos para trás observando o seu reflexo — Nunca imaginei você beijando uma garota em Idris.

— Você é o único que sabe disto. — coloquei o dedo indicador na boca e fiz barulho de silencio — Não conte a ninguém.

— Eu tenho orgulho de você, sempre tão confiante não importa o que faz — ele se virou para mim e passou a mão sobre a camisa desamassando um pouco a mesma — Sempre é a pessoa certa para conversar.

— Alec, eu não suporto esta divisão que um diminui o outro até porque isso não faz sentido. — eu me virei para ele, eu tinha certeza de que eu não era maluca e que também o Alec queria conversar comigo e não me ver dançando — Para mim é uma perca de tempo e uma desculpa para fazer todos infelizes e não dar o merecido amor igual.

— Você sabe que a Clave não aceita isto — ele suspirou fundo com medo do que a Clave pensa — É difícil ter um shadowhunter aceito com essa característica e escolha diferente.

— Eu sei – eu estava com medo por ele, mas eu sabia que iríamos passar por tudo isso como uma equipe — Principalmente para Imogen Herondale que tem preconceito, você viu como ela olhou para o Magnus Bane com desprezo. – tentei animar ele com os exemplos de gente como nós que – Mas temos um exemplo de pessoas como nós, no caso Anna Lightwood e o Magnus Bane, eles não tiveram medo de assumir quem eles eram.

— Ela era lésbica – ele deixou escapar uma risada ao se lembrar da historia de Anna – É verdade. — ele colocou a mão sobre o queixo por um instante — Magnus estava bem a vontade hoje e você amando a Beth deve ter sido difícil lidar com isso.

 — Ele é um grande feiticeiro arrancou grandes aplausos hoje com o seu trabalho incrível — abracei o meu irmão de lado e ele já parecia a pessoa mais fofa e confiante que conheço — Ele mandou bem com a fumaça dele e com o seu visual. — eu coloquei uma mecha do cabelo para trás da orelha — Eu gostava dela, mas ela me machucou e isso é passado, tanto que agora eu me sinto muito mais feliz com o Brian e quero levar essa felicidade pro resto da vida.

Você sente o que eu sinto e será isto que não me fará sozinho. — sua voz saia tranqüila como a de um anjo — Eu me sinto mais confiante sabendo disso, sabendo que posso ser como eles.

— Quando você se sentir pronto para assumir, assuma sem medo — eu olhei para ele esboçando um sorriso largo e eu estava feliz com essa conversa, fazia tempo que não conversava assim — Porque medo é o que mais temos no mundo e tudo que queremos é destruir o medo e impor amor.


Notas Finais


FELIZ ANO NOVO!
Este é o último capitulo de 2017!
Muito obrigado por nós acompanharem!
Desejo paz e alegria pra todos.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...