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História Radioactive - Let Me Love You - A vida nos surpreende maravilhosamente.


Escrita por: KWhite

Notas do Autor


Deixe a vida te surpreender assim como eu te surpreendi com esse capitulo.
Capitulo dedicado a Paloma.

Capítulo 36 - A vida nos surpreende maravilhosamente.


Fanfic / Fanfiction Radioactive - Let Me Love You - A vida nos surpreende maravilhosamente.

New York, New York – 3 de setembro de 2009

Collegiate School

Selena Clost

Assim que terminei de cantar, passei a mão sobre o rosto novamente secando as lagrimas e andei em direção ao meu lugar ao som dos aplausos e o meu suspiro aliviado. Alec se sentou em seu lugar e eu me sentei no meu sem dizer mais nada. As meninas olhavam para mim e Isabelle passou a mão sobre o meu ombro.

 — Bravo, Bravo. — A Sra Darbus tomou a sua posição diante da turma, ela estava toda feliz e arrumou o seu cachecol que estava quase caindo do seu corpo — Viu? A arte ainda está viva e isso mostrou uma ótima volta as aulas vindo da Srta. Clost. Afinal de contas sejam bem vindos de volta a esta escola.

— Obrigada, Sra Darbus — esbocei um sorriso automaticamente assim que arrumei as minhas coisas sobre a mesa — É uma honra estar de volta a Nova York.

Sra. Darbus começou a dar suas explicações chatas novamente, porém ela me elogiou e pediu para falar com ela após a aula e fora que fico feliz que Alec e Jace sejam bem adiantados e podemos nos formar juntos. Também pude notar que o Brian olhava para trás disfarçadamente entre aspas, porque ele nunca foi bom em disfarçar e ai a Charlotte o pegou numa dessas e bateu no seu rosto, ri baixo e balancei a cabeça.

 Continuei concentrada em tudo que a Darbus dizia, anotei tudo no meu caderno e assim que o sinal tocou, fechei o mesmo e coloquei dentro da minha mochila. Eu e levantei e levantei a alça da minha mochila e coloquei sobre o meu ombro. Esperei todo mundo sair da sala para poder sair em seguida.

Suspirei fundo assim que todos saíram, eu sai da sala e andei naquele corredor cheio de gente apressada e animada para o baile desse ano. Antes de ir ao meu armário, arrumei a minha mochila sobre as minhas costas e andei pelo corredor até chegar a sala do coral da escola, entrei nela que estava aberta e vazia.

Dei passos pequenos pelo local até chegar ao piano, passei a mão sobre o mesmo e encontrei o professor do coral e tomei um leve susto. Ele se levantou da cadeira em que estava, ele veio me cumprimentar e me deu um abraço. Retribui o abraço com tanta força como se eu precisasse disso.

— Eu nem sabia que tinha voltado — levantei a cabeça e pude ver que o Sr. Scotland estava sorrindo, me afastei dele lentamente — Como foi o seu tempo de um ano fora daqui?

— Foi bom — arrumei o cabelo e assenti com a cabeça, coloquei as mãos sobre a barra da blusa cutucando a mesma — Diferente daqui.

— Uau. — ele puxou uma cadeira e se sentou na minha frente, eu encostei as costas no piano — Entrou no coral?

— Não, eu decidi mudar tudo — cruzei os braços e olhei o relógio indicando que jaja eu teria que ir para a aula — Eu passo mais tempo na biblioteca.

— O que acha de voltar para o coral? — ele cruzou os braços e colocou o seu calcanhar por cima do joelho apoiando o seu pé — Você faz falta aqui na turma e nas apresentações. Sua voz é maravilhosa e você é uma das melhores cantoras que tem aqui.

— E ter que encarar o Brian e todo mundo? — disse assustada sabendo do que a Charlotte tinha espalhado — E se não for a mesma coisa?

— Olha, você deve estar se referindo ao que os outros estão falando. — sua voz saia tranqüila e eu sabia que o Sr. Scotland teria algum bom conselho e assenti com a cabeça com que ele disse — Olha, Selena. — ele pausou — Quando você tem amor pela música, nada mais importa. O que os outros falam de você são as verdades que eles não admitam sobre eles mesmos.

— E se nada for a mesma coisa? — questionei sobre aquela situação e ele expirou fundo — Como vou fazer?

— Ai, Selena. — ele se desencostou cadeira e colocou seus cotovelos sobre os joelhos e passou suas mãos uma na outra — Nada na vida vai ser a mesma coisa, só basta deixar a vida te surpreender.

— Isso realmente basta? — eu odiava ter essas perguntas em minha mente girando o tempo todo — Ou é fantasia?

— Sim. — ele balançou a cabeça e eu nem sei para que eu tinha que duvidar da palavra de um professor — Se existe uma coisa que eu aprendi em meus 20 e poucos anos de carreira escolar é que nada vai ser a mesma coisa e que se vivermos apenas em dúvidas, nada flui. Apenas co—crie, use sua imaginação e siga em frente deixando a vida abundante te surpreender maravilhosamente.

— Então tenho que me jogar de cabeça? — ele assentiu a cabeça e pensei um pouco fazendo com que o meu inconsciente concordasse com aquilo — Obrigada pelo conselho.

— Então te vejo amanhã no coral? — assenti com a cabeça concordando e arrumei a mochila — Ótimo.

Dei as costas e sai daquela sala, andei pelo corredor até chegar ao meu armário, girei o cadeado indicando a minha senha 1805 que nunca mudou e que também era o aniversário do Alec. Abri o meu armário, peguei o livro de artes na mochila e coloquei dentro do armário, peguei o livro de química assim que vejo o novo horário colado no meu armário e coloquei dentro da mochila, fechei a mesma.

Peguei a carta lá dentro que estava escrito com letra cursiva alguma coisa, fechei a porta do armário com uma mão. Andei pelo corredor desaparecendo no meio daquela multidão de alunos a caminho da aula. Achei o meu antigo lugar onde eu costumava ficar, me sentei e coloquei a mochila na cadeira.

Isabelle se sentou do meu lado, olhei sobre o ombro notando que o Jace estava sentando com o Brian e ambos estavam conversando. Em outra mesa ao lado do Brian estava o Alec com a Lydia, eles eram um casal muito bonito e admirável a se seguir de exemplo. Olhei para o meu lado estava Beatrice e Rosie.

Um pouco mais a frente estava Charlotte com cara feia sentada perto da janela e estava ao lado do Wesley e como eu sei o porque estão sentados juntos. Porque o Wesley é péssimo em química.

Coloquei a carta sobre a mesa, me virei ainda sentada na cadeira e abri a mochila pegando o meu caderno, lápis e o livro de química. Fechei a mochila, coloquei tudo em cima da mesa e peguei a carta debaixo do caderno, coloquei dentro do livro de química. Olhei para trás, eu notava que realmente muita coisa mudou por aqui até o Jace virou amigo do meu ex, eu não me lembro de serem tão íntimos.

Mas confesso que gostaria de saber o que estão conversando.

Olho para frente, reparo que o professor já começa com notações e abro o caderno na matéria de química, começo a anotar as partes importantes do livro e do quadro. Isabelle estava se mostrando uma ótima parceira de química e eu precisei ensinar a ela algumas coisas que eu aprendi na biblioteca o ano passado.

Foram duas aulas de química, eu pude olhar algumas vezes o Jace e Brian se divertindo na aula de química. Assim que o sinal tocou, guardei tudo na minha mochila e vi a nova trindade que eu não conhecia chamada Jace, Brian e Alec seguiram juntos para fora da sala. Sai por ultimo da sala, segui acompanhada das meninas até o meu armário e abri o mesmo, coloquei a minha mochila lá dentro e abri um pedaço pegando o livro, abri na página onde estava a carta e peguei a mesma, coloquei em meu bolso da blusa e guardei o livro.

Fechei a porta do armário e tranquei a porta do mesmo, segui pelo corredor até chegar ao grande e movimentado refeitório. Para a minha sorte a fila da merendeira estava pequena e fiquei atrás do Wesley na fila, peguei uma bandeja e pude seguir vendo as opções de comida que tinham por aqui.

Eu esperava que fossem gororobas do dia, mas espere um pouco...

Não eram gororobas ou comidas do presídio!

Caramba, eu estou feliz por melhorarem a comida daqui e hoje era dia de que?

 Pizza e batata frita que são os meus dois amores em um dia só e como se não bastasse eu colocar isso em minha bandeja, eu coloquei uma das coisas que pode fazer o dia ficar ainda melhor.

Quem aqui já tomou uma latinha de coca de 200ml?

Acho que todo mundo já tomou e alguém me lembre no dia em que viver em Idris de vez de encher uma mala com várias dessas latas? É a coca que faz o meu dia ficar melhor com essas besteiras que estou comendo na escola.

Com a minha bandeja cheia com tudo que eu quero, andei em direção a mesa onde estavam Alec, Brian, Jace, Isabelle, Max, Lydia, Beatrice e Rosie e o papo entre eles estava grande tanto que nem quis atrapalhar eles. Olhei um lugar livre e coloquei a bandeja em cima da mesa com cuidado sem fazer barulho, me sentei e puxei a carta do meu bolso.

Olhei o envelope que estava nomeado a seguinte frase:

“Para a minha amada”

Retirei o adesivo de maçã mordida que colava a abertura do envelope e abri o mesmo, puxei o papel e cruzei as pernas. Desdobrei o mesmo, comecei a ler o que tinha escrito e tentei cogitar quem escreveu isso.

 “Oi, amor.

Eu não sou muito bom com palavras, muito menos com gestos e então vou tentar aqui. Eu não sou bom em desculpas, eu não sou bom em nada. Sou um desastre, você me conhece, mas esse desastre foi amado por você, esse desastre amou você de cabeça aos pés e me sinto grato a isso. Eu era apenas um tolo que admirava você de longe aos 10 a 12 anos de idade, admirava sua beleza, seu sorriso, seus olhos escuros e seu cabelo preto e adorável.

Rainha da lua, tenho sentido sua falta faz muito tempo, da sua voz e do jeito que cuidava de mim, tenho sentido falta de acordar e olhar para o meu telefone e ver se tinha mensagem perguntando se eu dormi bem ou acordar nos fins de semana ao seu lado com aquela carinha de bebe manhosa, e sorrisinho fofo.

Eu tinha 12 anos, eu era apenas um garoto pegador que era acostumado com todas ao meu redor, acostumado com a popularidade e ter todas aos meus pés em questão de minutos ou segundos. Mas me sentia vazio, me sentia sozinho com tudo ao meu redor, como se eu sentisse que eu precisasse de algo em minha vida, alguma garota que pudesse fazer o meu mundo virar de ponta cabeça.

Eu não me arrependo de ter te beijado, não me arrependo de ter ido a sua festa anos atrás. Eu não me arrependo de ter insistido tanto em você, você não é como as outras e saiba que você tem algo que vá ao infinito e ao além e é tão forte, tão majestoso, tão glorioso é como se eu estivesse vendo alguma deusa de Senhor dos Aneís em minha frente ou um anjo muito poderoso sem as asas.

Eu sou abençoado e não sabia, fui bem cuidado e não sabia, eu deveria ser grato por tudo que me fez. Mas sinto que não aproveitei cada momento, eu deveria ter feito isso. Quero deixar claro que eu sou grato da sua existência, eu não sei o que você fez para me ter desse jeito, mas não importa e tudo que eu quero nesse mundo é você, quero você para sempre, eu quero os seus beijos e quero seu café, seus lábios cheirando a stramberry.

Você é como uma droga, cada vez mais está me viciando e quero que me cure ao seu toque, ao seu abraço, aos seus lábios. Do jeito que for, não importa, são 4 anos de relacionamentos, não são 4 dias. Lamento de ter desperdiçado e trocado você por ela, mas ela não é você, eu sei que não gosta de ser comparada, ninguém gosta. Nada nesse mundo pode me fazer esquecer você. Ninguém consegue me prender como você me prende e ninguém me olha como você me olha.

Eu não quero viver sem você, eu sou e sempre serei apaixonado por você. Eu quero poder gritar bem alto que eu amo você e que o meu amor por você é ridículo. Você mudou o meu mundo e agora só vivo para você, não quero que isso acabe. Nunca imaginei que você poderia me deixar de joelhos desse jeito.

Eu não sei qual foi o feitiço ou encanto que fez, saiba que conseguiu me enfeitiçar do jeitinho que queria. Mas peço que nunca me tire desse feitiço, nunca me desencante. Você é um sonho que se transformou em realidade. A surpresa da minha vida do qual eu sempre amarei.

O meu coração é seu, sempre será seu.

Parecia ontem quando eu estava infeliz com outra garota e tinha acabado de oficializar um namoro com um anel. Corriam rumores de que estávamos em crise, as fofocas corriam pelo MSN de papel e eu vi o que você disse. Parecia ontem em que todos mencionavam no vestiário, todos os nomes de lideres de torcida e quando o seu foi mencionado, o meu coração batia a mil por hora e eu não disse nada a eles.

Eu sabia desde aquela época que eu estava apaixonado por um anjo de cabelos longos e escuros que vestia roupas elegantes e chamativas com suas botas longas e altas em seus pés. Eu ainda sou apaixonado por você, estou apaixonado por um anjo vestido de sonho. Você tem uma luz reluzente, atraente e magnética do qual eu nunca vou entender o porque isso funciona.

Já te mencionei que o tamanho do meu amor por você é incrivelmente absurdo e incrivelmente e que dei todo o meu reinado para ter um beijo seu? Realmente dei esse reinado, valeu a pena de verdade.

Eu menti dizendo que eu estava feliz com ela, eu menti dizendo que eu mudei, ainda sou o mesmo otário por você, a mesma anta, o mesmo jumento, o mesmo babaca, o mesmo idiota que ama você esse tempo todo. 1 ano pareceu uma eternidade, mas lá estava você com um vestido lindo dançando ao lado do seu irmão numa festa, parecia que eu me apaixonei por você novamente, a moça mais linda da festa, parecia que só havia você ali. 

Ok, essa carta está realmente grande, estou me empolgando e a culpa é sua. Mas eu que saiba que se você cair, estou aqui para lhe pegar todas as vezes possíveis. Se você estiver perdida, eu quero lhe proteger de todo mal não importa o que lhe aconteça, eu quero estar aqui para o que der e vier. O amor é inexplicável, porém é explicável, amar é muito mais que ser um casal, amar é muito mais que beijos e abraços e sexo, amar é companherismo e ternura, amor é ser amigo, amor é ser irmão, amor é ser tudo o possível é algo que nós somos e foi besteira minha ter ficado chateado ao vê-la com outro cara, mas estávamos separados e seguiu em frente do mesmo modo que eu.

Mas tenho uma proposta á ti, eu estou medo de sua resposta, sei que somos jovens para isso, mas lá vai.

Selena Nicole Clost, você quer casar comigo?

Com amor, Brian Lamar

Eu estava nervosa e boquiaberta com aquela carta, eu juro que eu não esperava esse tipo de coisa. O choque era tão grande que estava segurando as lagrimas para não chorar, levantei a minha cabeça e deixei a carta no pedaço da mesa livre. Para a minha maior surpresa, lá estava Brian ajoelhado no chão com uma caixinha aberta com um anel em sua mão na minha frente.

Minhas mãos estavam tremendo muito que pareciam que eu tinha acabado de segurar a espada da verdade, mas mesmo assim coloquei uma delas sobre a minha boca. Tudo que queria dizer era para sair um bendito sim da minha boca e eu não conseguia. Meu corpo estava um verdadeiro surto internamente gritando para que eu diga um sim.

— Sim, eu me caso com você. — a minha voz ainda soava nervosa, mas não era um nervosismo ruim e sim um nervosismo dos bons e ele se levanta, coloca a aliança sobre meu dedo e eu o abraço forte. — Eu digo sim para sempre.

— Eu te amo, Selena. — Brian falou em meu ouvido, sua voz estava tão aliviada e podia notar mais ainda sua felicidade em sua respiração — Eu te amo mais que tudo nessa vida.  

Não é todo dia que o cara com quem você namorou por 4 anos faz um puta de um suspense fazendo o colégio inteiro bancar o Sherlock Holmes com mil teorias do porque o Brian estava indo comprar uma aliança e todo mundo achou que ele iria oficializar o namoro ou pedir a Charlotte em casamento.

Bem, isso é bem a cara do Brian. Ele tinha o dom de deixar todo mundo confuso, mas eu nunca imaginei que eu iria ser pedida em casamento com 16 anos. Essa carta vai ser guardada e lembrada por mim em meu coração de verdade.

Eu nunca imaginei que esse dia chegaria tão cedo, mas se parar para pensar bem nessa decisão. Eu teria que abrir mão das minhas runas ou converte-lo a shadowhunter, porém isso me trairia problemas de verdade e só de pensar na baita dor de cabeça que vou ter. Mas por um lado bom, eu não teria mais a minha vida dupla e tudo seria mais fácil para mim.

 Aliás, a sua vida em perigo e de sua família.

— Eu também te amo. — a minha voz saiu aliviada por ter guardado isso por tanto tempo para mim e senti suas mãos envolverem a minha cintura, meus braços estavam entrelaçados envolta do seu pescoço — Eu te amo, sempre vou te amar e nada vai mudar isso.

Ele me deu um selinho rápido em meus lábios, já que era proibido beijar no refeitório e não podíamos ser pegos naquele momento. Só podíamos nos beijar no teatro nos inúmeros ensaios da peça e por isso amo a aula de teatro, pois lá é conhecido como lugar da liberdade onde eu poderia viver várias vidas em diferentes histórias.

Brian se soltou de mim, colocou a caixinha no bolso e se sentou no seu lugar e eu me sentei no meu, peguei a lata de coca e abri a mesma tentei impedir da espuma subir e se espalhar na mesa. Abri o pacotinho onde estava o canudo e retirei o canudo colocando na lata de coca e comecei a tomar um gole.

Deixei a lata de lado, peguei a fatia de pizza e levei a minha boca dando uma mordida pequena. Fechei os olhos enquanto mastigava aquilo tentando descobrir o sabor daquela maravilha e era de calabresa do jeitinho que eu gosto.

Quer fazer uma garota feliz?

Apenas dê um pedaço de pizza do sabor favorito dela. Garanto que ela ficará tão feliz quanto eu fico de verdade.

Peguei uma batata frita e levei a boca mordendo um pedaço, notei que o Brian estava me encarando e fiz careta tentando entender o porque ele estava me encarando. Continuei a comer a pizza e termino de comer a batata enquanto aquilo ficava cada vez mais estranho. Ele fez um sinal e se levantou, assenti com a cabeça que iria.

Tiro lata de refrigerante da mesa, levo o canudo em minha boca e eu me levantei indo em sua direção, ele me esperou e assim que cheguei perto, ele segurou a minha mão e ele fez um sinal para o Alec. Ele me puxa para fora do refeitório e seguimos para o campo de futebol até chegar a arquibancada onde tinha algumas pessoas sentadas nelas.

Achamos um canto onde nos sentamos um do lado do outro onde não podiam nos ver. Ele tirou o canudo da minha boca e virei o meu rosto, ele pousou sua mão sobre o meu queixo onde pude ver seu sorriso de lado e quanto menos espero, ele rouba um beijo meu.

Pousei a minha mão sobre o seu pescoço e retribui o seu beijo com vontade como se eu sentisse falta disso. Eu diria que a minha noite mal dormida e as duas horas de estrada valeram a pena, um ano de espera valeu muito a pena.

Eu queria que ele soubesse que eu não fui embora porque eu quis, mas fui obrigada a ir por causa do que a Alexia fez há um ano com o Adam. Confesso que ainda sinto dó e pena do Dexter, espero que um dia ele acabe descobrindo a verdade antes de morrer e eu tenho certeza que ele não saberia por mim.

Mas eu não podia, só de ficar calada me custou muita coisa. Eu paguei caro nessa decisão da Alexia, eu havia perdido o Brian e ainda paguei mais caro ainda pelo meu erro com o Travis.

A escolha da Alexia acabou me dando um presente que era ser o segredo do Diego Villanueva. Mas isso não durou muito tempo e pouco tempo que tive, eu sou grata por ter tido esse tempo com ele. 

Deixei a lata de coca vazia de lado, pude sentir o Brian me puxando para ficar em seu colo e entrelacei as minhas pernas sobre sua cintura. Usei as minhas mãos para passar sobre o seu pescoço e continuamos o beijo cada vez mais quente, senti sua mão descer até o fim das minhas costas e puxar a minha blusa para cima com intenção de tirar ela.

O sinal toca, eu retirei as minhas pernas do seu corpo e peguei a latinha do chão rapidamente. Levanto do chão e limpo a minha roupa com a grama daquele campo, ele fez a mesma coisa e pegou em minha mão firme.

Saímos do campo de futebol sem dizer mais nada um para o outro, nos separamos assim que chegamos em nossos respectivos armários. Abri o mesmo, peguei a minha mochila e um livro de literatura, coloquei a mochila sobre o meu ombro e o livro debaixo do meu braço, tranquei o armário.

Seguimos em direção a sala de literatura onde pude ver os meus irmãos e minhas irmãs por lá, o Alec me entregou a minha carta assim que passei ao lugar dele e me sentei no meu lugar ao lado do Brian onde pude ver o resto do nosso grupinho perto de nós em duplas como Rosie e Beatrice, o casal mais fofo que era Lydia e Alec e pude ver que o Jace está ainda sonhando em ter sua ruiva.

— Abram o livro de literatura, na pagina 132 onde tem um poema de Anne Frank durante a segunda guerra mundial. – disse o professor Alison Orkleys escrevendo o seu nome no quadro negro com uso do giz de cera branco

Coloquei o livro sobre a mesa, abri na página que o Alison pediu e comecei a ler o poema. Era um poema tão triste, falava basicamente os sentimentos de como era perder alguém querido para uma doença terminal ou nazismo ou até mesmo para um assassinato de alguém inocente por medo da aceitação de pessoas diferentes.

Anne Frank estava se sentindo decepcionada em todos os acontecimentos no poema e provavelmente em seu diário, do qual eu tinha já lido. Ela pedia paz todos os dias e mesmo diante de um pesadelo como era o holocausto alemão, ela ainda tinha fé em que o dia a sociedade acordasse pedindo o fim daquele pesadelo provando que aquele líder nazista estava errado.

Mas ela mal sabia que não veria o normal de forma alguma, ela morreu sabendo que o seu pesadelo era o seu normal. Qual era o seu pesadelo? Era que o Hitler dominava o local e que ele criou o seu próprio inferno por causa dos livros que ele descobriu e absorveu tudo acreditando em sua mente louca que Judeus eram inferiores e alemães eram superiores.

Parecia a mesma coisa que Imogen acreditava que os submundanos eram inferiores como os humanos, para ela os anjos como nós eram superiores. Ela acreditava que os nephlims eram os melhores e isso era tão errado.

Mas na verdade, a realidade é que ninguém era superior a ninguém, os Alemães não eram melhores que Judeus, nem o branco é melhor que o preto, é todo mundo é igual independente de suas características misturadas. Eu acreditava na igualdade de tudo incluindo de mulheres e homens, pois pareceria algo agradável no mundo.

O professor e a turma debatiam sobre aquilo, literatura é interessante. Anne Frank era interessante, William Shakespeare também. Romance, drama, ação era o pacote perfeito da vida perfeita e uma aventura do qual eu amo ter. Eu gostava de observar e nunca debater, voz com voz comigo mal funcionava nesses termos de debate, gostava de manter minha opinião ás vezes para mim.

[...]

O ultimo período chegou, eu estava já com uns 3 deveres de casa para fazer ou seja, eu iria só sair a noite para jantar. Daí eu me retirei da sala de mãos dadas com o Brian ainda notando os olhares curiosos daqueles alunos cansados e segui até em meu armário, abri o mesmo indo pegar os meus livros das aulas anteriores e o Brian ficou encostado em um dos armários e perguntou.

— Quer carona? — ele cruzou os braços enquanto eu abria a minha mochila e colocava os livros e desencostou do armário, me ajudou a fechar a mochila e fechei o meu armário — Eu posso conversar com você por um minuto?

— Não precisa. — assenti com a cabeça e encostei o meu ombro no armário ficando de frente para ele — Eu vim dirigindo, então isso significa que eu tenho que deixar os meus irmãos em casa — ele colocou as mãos dentro do casaco do time de futebol que parecia estar um pouco sujo e sorri de lado — Claro que pode, a gente pode se ver amanhã?

— Que tal hoje? — ele sugeriu onde surgiu um sorriso simpático e poderia deduzir que haveria mais surpresas — Eu quero que você me encontre na minha casa hoje a noite, os meus pais estão loucos pra te ver e eu gostaria de dizer que eu conversei com a Beatrice depois daquela festa.

— Claro. — confirmei assentindo com a cabeça e arqueio a sobrancelha assim que escuto ele dizendo que falou com a Beatrice — O que ela disse?

— Ela me contou que você topo dar aquela festa, porque precisava seguir em frente e eu perguntei o porque. — ele levantou os ombros e os relaxou ainda com suas mãos dentro do bolso — Uma semana antes, você estava aqui em Nova York para o funeral do Diego Villanueva e ela me contou que você não estava bem, mas conseguia ser forte para se despedir dele. — era natural falar sobre pessoas com o Brian, não era comum para todo mundo falar sobre alguém que você já amou com o seu noivo — Eu o conhecia, ele me mostrava suas músicas, eu sabia de suas visitas freqüentes a eles pelo cheiro do seu perfume inundando o seu quarto. Ele era muito querido por aqui até fizeram um mini altar em memória dele. Ele falava muito de você, te elogiava muito. Ele gostava de você de verdade, você se importava com ele igual se importava comigo e ele sabia, ele era grato por isso. Ele era um cara muito talentoso e tinha um baita de um bom gosto para música, seriados, filmes. Ele era bacana. Eu sinto muito pela a sua perda de verdade, sinto muito por ter dito toda aquela merda na festa.

— Ele nunca me contou isso, para ler a mente dele era como acessar um labirinto tinha que andar por horas até achar a saída e encontrar o que possa saber o que estava acontecendo no inicio. Eu o conhecia e não conhecia ao mesmo tempo, ele era um enigma indecifrável — Brian arregaçou uma das mangas e em seu braço esquerdo estava a mesma tatuagem que o Diego tinha, eu me aproximei dele e passei a mão sobre a tatuagem. — Eu sabia o que estava acontecendo quando ele estava vulnerável, ele nem precisava falar muito. Ele não sabia muito como expressar seus sentimentos e eu notava o quanto isso era difícil, pois isso o fazia sofrer e eu não conseguia fazer nada para ajudar ele mesmo com o pouco que o oferecia. Parecia que a caixinha de surpresa que estava engolindo tudo sem saber se confia em alguém para explodir.

— Ele era assim, ele não confiava fácil em ninguém — ele abaixou a manga e eu arrumei a alça da mochila, suspirei fundo ao falar sobre aquilo — Eu fiz essa tatuagem com ele, foi bem pouco antes dele ir embora pro Afeganistão e ele sabia dos riscos que tava tomando indo para o Afeganistão, ele sabia do noivado e disse que se um dia ele não voltasse, ele me pediu para dar valor a você e pediu para cuidar de você, fazer você feliz ate porque você merecia isso. Mesmo que não estivessem se falando, ele pediu disso e ele não gostou muito do que eu fiz no terminal. Ele parecia um irmão mais velho protegendo a irmã mais nova dele, ele sentia orgulho de você.

— Mesmo depois de morto, ele continua me surpreendendo. — eu pude ver os meus irmãos me esperando na porta da escola — Mas é hora de seguir em frente, ele morreu e as buscas foram canceladas, não tem mais nada a fazer e sei que ele esta em um lugar melhor agora. — relaxei os meus ombros e arrumei as duas alças da mochila sobre os meus ombros— Eu te vejo mais tarde.

Ele se aproximou novamente, passou a mão sobre a minha cabeça e beijou o topo da minha cabeça. Aquilo era reconfortante e eu sentia uma segurança novamente tendo contato com o seu corpo. Ele sabia que o quanto era difícil falar de morte para mim até porque eu odiava falar sobre isso.

Ele sabia que eu nunca gostava de falar sobre dor.

Me solto de seus braços, dei um beijo em sua bochecha e andei em direção a porta onde sai da escola. Andei pelo estacionamento, achei o meu carro que era uma Ranger Rover modelo do ano de 2009 e retirei a minha mochila das costas e fui colocando em cima do capo, abri a mesma e peguei as minhas chaves junto com o meu celular. Fechei a mochila, peguei as chaves e destravei o carro onde os meus irmãos entraram.

Peguei a minha mochila que estava em cima do capo e entreguei ao Alec que estava no banco de trás, abri a porta do motorista e entrei no carro, coloquei o cinto e verifiquei se todo mundo estava de cinto. Liguei a chave na ignição e girei a mesma ligando o carro, comecei a dar ré saindo da vaga de estacionamento, manobrei o carro com cuidado e em seguida ponho o pé no acelerador dando a partida para fora da escola a caminho do instituto.


Notas Finais


Falta mais um capitulo minha gente.


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