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História Radioactive - Let Me Love You - Invasão


Escrita por: KWhite

Notas do Autor


Segunda-feira nós teremos mais capitulos.
Vivaaaaaa

Capítulo 47 - Invasão


New York, New York – 30 de julho de 2011 – Instituto de New York.

Hodge Starweather

As buscas e rumores correm a solta sobre Valentine estar vivo. Eu sabia que ele estava vivo desde que Sebastian Verlac ou Jonathan Christopher Morgenstern cometeu atos horrendos em Selena. Coisas que eu jamais faria, mas eu avisei a Valentine que este garoto iria cometer varias maldades absurdas.

Eu estou falando com Valentine. Eu sabia que ele estava vivo e que seu filho estava vivo, vínhamos nos comunicando por mensagens de fogo. Ele iria quebrar a maldição assim que eu entregasse o cálice mortal. Eu iria sair daqui, eu iria ver minha filha após tantos anos.

Eu não acompanhei durante todo seu crescimento, somente por fotos. A mãe dela ensinou Alice a me enviar cartas de fogo, sua letra era linda, seus dias eram perfeitos, notas perfeitas e poderes inacreditáveis. Ela me dá tanto orgulho, era minha princesa, gostaria de ter ensinado ela tanta coisa.

Uma garota que estava “substituindo” a minha filha, era a Selena. Só que desde o começo a tratei como minha aluna, ela passava a me dar presentes do mundo mundano, seja de dia dos pais ou não. Selena era uma companheira para o resto da vida, uma amiga perfeita. Eu sabia que ela tinha namorado, tanto que ouvi ela dizer inúmeras vezes o quão é perfeito.

Mas eu estava reparando conforme os anos iam passando, ela estava ficando cada vez mais bonita e elegante, seus pensamentos mudam conforme o tempo. Seu jeito... indescritivel, ela não ta nem ai pro que pensam dela ou de mais ninguem, ela é desafiadora, talentosa, nunca é uma coisa só. Ela conseguia ser várias coisas como o seu espírito, sua bondade, seu caracter tudo conectado em uma coisa só.

Selena é a melhor aluna que já tive, especializada em quase 3 armas diferentes, especializada em mais de 3 instrumentos mundanos. Eu já estudei em Idris, já vi alunos talentosos, mas não como ela. Ela não se rebaixa, muito menos desiste. Ela sempre tem um plano em mente, sempre envolve dominação.

Ela é parecida com Isabelle em alguns aspectos, soube que ela brincou e fez Travis de gato e sapato e o Brian pegou ela no ato em uma festa que ela mesma deu. Isabelle está com Meliorn e 2 dias atrás transou com Harry para conseguir a ficha da própria irmã. Ambas não parecem serem filhas dos Lightvermes.

Ops, Lightwoods.

Valentine, um nome.

Uma salvação.

Dê o Calice a Valentine, ele dará o que você quer. No meu caso, preciso que a maldição seja liberta, preciso de ar puro, um lar, namorada, crianças. Talvez eu esteja pensando alto de mais, uma coisa de cada vez, um passo e ar de cada vez. Meu anel de comunicação com Castiel foi quebrado, Valentine irá me enviar um novo ainda hoje.

Minha cabeça está uma bagunça, eu estou uma bagunça. Era para estar concentrado em pegar o cálice mortal para mim, mas não. Meu anel quebrou, minhas mãos estão escrevendo mensagem de fogo para Valentine, minha mente me convencendo que Selena é a mulher do qual estou babando. Meu coração diz que quer ver a filha.

Ar.

Preciso de ar.

Esse é o preço de seguir o mestre, mas vale a pena. Mas não posso mentir que eu realmente estou enlouquecendo de verdade e minha mente me convencendo de coisas que possivelmente não deveriam ser pensadas.

Viver preso no instituto, algo que deveria ter parado. Eu estou enlouquecendo, eu me pergunto como eu vim parar aqui. Todo mundo saindo e entrando no instituto, eu não posso nem fazer isso. Os Lightwoods vão crescer, cada um vai casar e ter seus filhos. Até minha filha vai fazer isso e não poderei ver isso acontecer.

Tomar decisões.

Eu tomo decisões precipitadas, foram elas que me trouxeram aqui. Impulsão, meu maior defeito. Esse defeito também matou Michael Wayland anos atrás, como? Valentine é impulsivo, nunca teve medo de fazer o que pensava. Pensou, praticou. Era assim como ele agia na época, coisa que Magnus também já presenciou.

Defeitos.

Também matam.

Defeitos também sufocam, eles enlouquecem. Eu sei quem é o garoto da foto da Selena, eu sei o que eles estavam fazendo e sei que estavam invocando Demonios. Não é bem uma pratica comum que deveria ser passada de pai para filho, mas se um invocando demônios é um desastre, imagine dois. Dois daria caos completo, sendo demônio maior ou menor e dependendo de quais são as ordens vindo de quem os invocou.

Ouvi Maryse comentando sobre Sebastian Verlac quando ele nasceu, seus olhos eram tão pretos, mas disseram que ele estava morto igual Valentine e que as cinzas na casa dos pais da Jocelyn eram dele. Daí foi comprovado que Sebastian era uma vitima de experimentos do Valentine.

Sebastian é uma pessoa ruim, tão ruim, tão revoltado. Não estou defendendo, eu seria o sujo falando do mal lavado, eu já cometi erros piores como matar submundanos e ferir Magnus Bane. Pecador era o que me definia, Traidor é o que vai me definir mais para frente. Entregando o Calice me torna isso, um verdadeiro....

Um traidor.

Não quero pena, não quero sentir isso, não quero que me dêem isso. Não quero sentir ou ouvir misericórdia, quando se anda com Valentine é muito mais que saltar de um prédio alto, muito mais do que saltar do ultimo andar do Empire State. Andar com Valentine, na verdade significa sentar na arvore de Judas e se envenenar com as flores que parecem espinhos venenosos que assim que encosta na pele sangra tão forte que seu sangue não sai vermelho, sai preto de tão demoníaco que é. Significa guerra consigo mesmo.

Preto é a nova cor do traidor e vermelho é a nova cor do perigo e erro para alguém que paga pelos seus pecados.

— Vai se sair bem na audição. – digo ao me encostar no batente da porta da sala de dança improvisada por ela – Se eles não te aprovarem são uns idiotas.

Selena sorri diante do espelho ao me ver no batente da porta, caminha até a cadeira que tinha o seu aparelho de som em cima, ela apertou o botão e vestiu sua jaqueta de moletom cinza, ela solta seus cabelos e os sacode arrumando os mesmos e ela ajeita sua calça moletom e noto que está descalça.

— Bem? – ela me olha – Eu preciso estar perfeita, preciso da bolsa. – ela anda até a mim – E você só ta dizendo isso porque é meu treinador, então não vale.

— Já está perfeita desde sempre. – sorri de lado para ela – Vale para mim, porque sou profissional, e conheço bem minha aluna. – desencostei da parede – você não precisa da bolsa, o Dexter pode pagar a academia para você.

Ela arregalou os olhos, espantada. Acho que eu percebi o quão errado estava pensando, pensar nela naquele jeito. Ela só vai ter 18 anos e a lei diz que 21 anos é o ano da responsabilidade e me faz sentir sujo naquele momento.

— Tudo bem então – colocou as mãos sobre sua cintura e olhou para seus sapatos no canto da sala – Eu não quero que o Dexter pague a academia, eu quero fazer por mim até eu mesma pagar com trabalho.

— Então esta disposta a arriscar sua vida de nephlim pra ter vida mundana?

Ela suspirou fundo.

— Eu não sei, eu amo o Brian de verdade e eu sei conciliar minha vida mundana e angelical.

— Isso é arriscado, Selena.

— Nunca se arriscou nessa vida, Hodge?

Selena é aquele tipo de garota da qual consegue de te ferrar no ultimo nervo do cerebro sem ao menos abrir sua cabeça, pelo menos evita desperdicio de sangue e sujeira pela sala. Mas ela te acerta usando palavras que conseguem cortar mais que suas adagas. Seu ponto fraco nunca deve ser dito a ela. Ela joga duro e descobre mesmo assim.

— Já. Mas isso não vem ao caso.

— O que vem ao caso? – ela cruzou os braços e lá vem cara amarrada demonstrando a sua decepção ao ouvir o rumo daquela conversa – Eu me arrisco qualquer coisa por minha família, pelo meu noivo e eu sei que cada um que está comigo desde inicio, faria qualquer coisa por mim e nunca ouse mudar a minha mente.

— O que vem ao caso é a questão que você vai jogar toda sua dedicação, todo seu treinamento, todo o seu desempenho no lixo.

— Olha quem fala. – revirei os olhos ao ouvir seu tom irônico e me acertando no estomago com aquelas palavras – Diz isso pra todos os alunos?

Não estávamos tendo um bom momento desde que Jace me trouxe bebida e fiquei bêbado e dei em cima dela, ela me deu uma surra. Uma surra merecida, bem merecida. Fui um idiota e continuo sendo. Infelizmente o destino de um homem é ser idiota, é natural. Porém é algo consertável, quando querem.

— Não. Somente aos que se destacam mais.

— Corrigindo Jace Wayland.

Não respondi nada, ela fechou a cara para mim e deu as costas e foi até o som novamente e desconectou da tomada. Ela se sentou no chão e me ignorou, ela colocava suas meias e seus tênis em seus pés. Eu abria a boca para falar, mas não saia nada. Ela apenas se levantou com suas coisas em mãos e saiu da sala.

Isso foi há um mês atrás.

Selena Clost

Eu não estava conseguindo me mover, meus olhos estavam abertos e o corpo congelado. Paradoxo do sono, pela segunda vez eu estava tendo isso. Fecho os meus olhos novamente e então apago. Depois de horas eu acordo assustada com respiração ofegante, me sento sobre a cama rapidamente, olho em volta do quarto ainda em choque. Foi só um pesadelo.

Eu não desejo nem a Charlotte, nem ao meu pior inimigo que tenham o paradoxo do sono, é uma sensação que você morreu e seu espírito está paralisado no mesmo lugar que você morreu e não quer sair. Sem movimento, sem ação involuntária mandada pelo nosso querido cérebro.

Graças a Raziel! Estou viva!

Empurro a colcha da cama para frente e viro para o lado, me sento com a mão na frente para bloquear a entrada da luz solar no meu rosto, eu mal conseguia abrir os olhos direito, fico ali por um instante tentando fazer o meu cérebro funcionar. Meu cérebro é lento para caramba.

Maxon fez a seguinte piada sobre o meu sono uma vez sobre se um dia eu estivesse um com sono e um demônio estivesse tentando me atacar, o que eu faria? Dormiria ou atacaria de imediato? Depende de como o demônio estiver me atacando, se for um demônio hydra que Magnus invocou há 3 meses atrás, cheio de tentáculos e desatualizado, adivinhe? Eu dormiria. A ultima vez que ele foi invocado foi na década de 80 e inofensivo.

O demônio falava tanto de walkman que tive que eu mesma comprar um mp3 e fones de ouvidos e baixar 3 albuns completos do Maxon, 2 albuns da Kayra Thowner (eu odeio ela, mas ela canta muito bem), 2 albuns da Demi Lovato, 2 albuns da Mellanie Marshall, mais de 5 albuns da Britney Spears e Madonna, 2 albuns dos Jonas Brothers e ainda um álbum com 10 covers do Alec gravados. Eu o fiz ouvir aquilo o dia inteiro, porque o demonio estava atrapalhando o Magnus de achar um presente para impressionar o Alec e o mp3 ajudou ele a se concentrar.

O celular toca no criado mudo, estico o braço para alcançar o telefone ainda sem me levantar e escorrego da cama e caio de frente no chão perto do criado mudo e ao lado da cama, grunhi de dor. Porra! Meu dia não vai ser muito bom hoje. O celular continua tocando, levanto ainda toda molenga, me apoio sobre o criado mudo e vejo na tela inicial abaixo das horas.

Nada mais e nada menos que Isabelle Lightwood. Perae. Chegou internet no reino Seelie agora? Já era hora do 3G chegar lá, assim não gasto todos os meus bônus com ela. Ah é esqueci que o reino Seelie ainda é desatualizado em algumas coisas, no máximo chegou internet discada e sinal de telefone a manivela por lá. Deslizo o dedo imediatamente, coloco o telefone sobre o meu ouvido e me levanto, logo sento na cama e cruzo minhas pernas.

— Alô? – pego a lixa de unhas e começo a lixar minhas unhas não feitas.

— Alô? – deboche e blefe familiar de Isabelle – Alô é cafona. Eu mereço um bom dia.

— São 5:50 da manhã – afasto o celular do meu ouvido e verifico se é essa hora mesmo, recoloco o mesmo no ouvido - ainda não é bom dia. É boa madrugada ainda com o sol amanhecendo e queimando os meus olhos. – minha voz ainda é manhosa.

— Idai? Se o sol está amanhecendo significa que é bom dia e não boa madrugada.

— Pensei que não tinha como fazer ligação e me mandar mensagens direto no reino Seelie.

— Não tem. – franzi a testa assim que ouvi aquilo, eu realmente não entendi o que ela quis dizer.

— Não tem? Como assim não tem? Onde você está?

Ela riu travessa, aquela risada me fazia ter certeza que aprontou algo.

— Estou de volta a New York, fora do reino Seelie.

O que?

— Não era esse o nosso acordo.

— Eu sei que não. Mas eu soube que a ex do Alec chega hoje no instituto e eu quero estar ai para ver.

— Izzy, não venha.

— Porque não?

— Se a informação no reino Seelie chegou atrasada ou distorcida como sempre – levanto e ando até o espelho, olho no mesmo – Lydia é da Clave, ela pode descobrir que trocamos de lugar e seu lance com o Meliorn.

— Mesmo assim, eu deveria ir cara a cara.

— Não! – abro o closet da Isabelle e vou passando as mãos pelas roupas em escolha de uma mais apropriada – Isabelle, não sabemos se Lydia é a mesma que conhecemos, a inquisitora deve mandar nela a todo custo e Lydia é uma pessoa de lealdade extrema a quem confiar nela.

— Melhor não arriscar, o que sugere?

— Que não fique na toca dos Seelies.

— Para onde devo ir?

— Vá para a casa Clost, eu aviso ao Dexter que você estará por lá.

— Tá me dizendo que devo me passar por você? – seu tom já mostrava indignação e não gostando muito da ideia – Sem chance.

Suspirei fundo tentando me controlar para não ter que dizer uma má resposta em plena manhã.

— Eu não tenho outra escolha. Estamos muito perto de achar o livro Gray, agüenta mais um pouco e isso até a Lydia cair fora daqui.

— E se Lydia e Alec voltarem?

Joguei o corpo para trás na cama, senti o impacto da cama balançar.

— Se? – pausei – Está ficando maluca? Olha, a Lydia está noiva do John. Não há possibilidade alguma – me sento novamente na cama e balanço os meus pés batendo os mesmos na colcha – que o Alec e Lydia fiquem juntos.

— Eu não estou ficando maluca. – ela riu – Segundo as fofocas do reino Seelie, o marido dela morreu em um ataque de demônios no Rio de Janeiro, Brasil em plena lua de mel.

Ai meu Raziel! Coitada da Lydia, perder o marido em plena lua de mel em sua frente, é a coisa mais assustadora do mundo.

— Eu sinto muito por ela. – afasto o telefone do meu ouvido para ver a hora novamente para ver se não estou perdendo tempo - Eu não sabia disto de forma alguma.

— Ainda acha que ela não vai dar uma aproximadinha do Alec durante a passagem dela pelo instituto? Ela vai.

— Izzy! Tem noção do que fala?

Se isso chegar na boca da Lydia, vai sobrar pra mim.

— Tenho. – ela cantarolou - É a noção da verdade, a verdade é uma das minhas qualidades.

— Alec está se aproximando de Magnus agora, está prestes... – grunhi de raiva, porque eu odiava a seguinte frase – a sair do armário. – soltei o ar.

Eu odeio essa frase: “Sair do armário.” É tão preconceituoso. É como dizer que ser gay é ruim, a pior doença da espécie. É um termo horrendo como se estivesse dizendo: “Oi eu sou um objeto comprado no supermercado recém retirado do armario, agora somente os homens podem me usar.” Por favor, humanos inúteis criem um termo menos escroto que sair do armário. “Sair do armário” frase que nunca vai estar no meu vocabulário. Para mim, é mostrar seus sentimentos, mostrar seu verdadeiro eu abertamente.

— Alec não está pronto para isso, embora eu o ame e o apoie com o Magnus.

Não é você que manda nos sentimentos do Alec, Isabelle.

— Lydia só vai causar confisão pra mente do nosso irmão, então ela que faça seu trabalho com a clave. – conclui.

Ouvi batidas na porta.

— Eu concordo com isso. Eu apoio a felicidade do Alec, eu amo o meu irmão e eu faço de tudo por ele e sua felicidade, mesmo que custe a minha vida.

— Eu tenho que ir, apenas vá a casa do Dexter.

— Ok, se cuida.

Isabelle encerrou a chamada, a batida foi ficando intensa e coloquei o celular no criado mudo. Bufei com raiva, levanto da cama e saio andando até a porta do quarto. Abro a mesma rapidamente, me espanto ao ver Hodge com sua roupa de treino. Deixo a porta entreaberta só deixando o meu rosto de fora como se eu estivesse tampando meu corpo nu e molhado como se eu estivesse saído do banho.

— Bom dia, Hodge.

Ele sorriu.

— Bom dia, Isabelle.

— O que está havendo? Acabei de acordar. – fingi bocejar na frente dele e coloquei a mão na cintura – São 6:50 da manhã.

— Se não fosse coisa boa, eu não teria vindo te acordar.

— Qual é a nova da vez?

— Renegado que foi morto no cais perto do Jade Wolf, seu corpo está no laboratório pronto para você analisar seu sangue.

Adoro!

— Opa, prato cheio para a mamãe aqui. – sorrio animada com aquele presente logo pela manhã – É um belo café da manhã para começar o dia.

— Sabia que dava conta da coisa toda.

— Eu chego ai em 10 minutos, pois ainda estou de pijama.

— Eu te vejo em 10 minutos em ponto.

Ele se retirou, fechei a porta e corri até o criado mudo, peguei o celular e desbloqueio a tela, abro o whatsapp, entro em contatos e procuro Dexter Clost (aka Jesus Cristo) e mando uma mensagem a ele.

“Isabelle está indo ai, ela vai estar se passando por mim.

Longa história.

Bjs!

Te amo, pai”

Enviei a mensagem, saio do aplicativo e bloqueio o telefone de novo. Recoloco o telefone de novo na cômoda, ando até o guarda-roupa e acho o macacão azul-jeans tomara que caia com o decote coração e um cinto preto e botas altas e os pego em uma mão só.

Resumo do guarda roupa da Isabelle: Botas salto e cano alto, sandalhas altas, roupas sexys, roupas pretas, roupas pra guerra, roupas pra provocação.

Jogo o macacão e o sapato em cima da cama, eu retiro o pijama rapidamente e o jogo na cama. Logo pego o macacão e o visto, calço as botas rapidamente. Arrumo o meu cabelo os deixando soltos e na frente, faço a maquiagem em pouco tempo, eu passei perfume e desodorante, no caso toda aquela coisa de higiene matinal logo cedo. Higiene matinal, enrolativa e ritual que todo ser humano faz.

Guardo tudo, saio do quarto já com a estela na bota esquerda e estela na bota direita. Fecho a porta do quarto, sigo caminhando pelo corredor de bom humor e olho para as pessoas e sorrio para cada uma delas e digo bom dia a cada uma. Quer me deixar de bom humor? Me dê um sanduíche de churrasco da Subway com muito parmesão. Mas se quiser me deixar com um excelente humor, me traga um renegado morto.

Eu não sou um adolescente normal, não sou nenhum exemplo de perfeição, não sou exemplo religioso, não sou exemplo de político, não feito outras garotas. Eu não sou uma garota que aceita ordens de homens, não sou exemplo de sanidade normal do qual toda família tradicional quer. Não sou freira, não sou santa... Mas quem é santo? Deus, Jesus Cristo, anjo Raziel.

A sociedade tem que parar de agir como se fossem um bando de santos. Deveriamos escrever uma carta: “Queridos, humanos e Clave. Parem de ser estúpidos, parem de se esconder por trás da bíblia e religião. Tenham opiniões próprias, parem de viver com medo de suas opiniões. Medo é uma doença, medo é um demônio. Obrigada! Com amor, eu!” O medo é um demônio que nenhuma lamina serafim pode matar, o único que pode matar é você mesmo. Como? Espada? Sem espadas, por favor. Se não são espadas, o que será então? Facas? Tambem não. Estilete? Fala sério, lógico que não. Biblia? Também não.

A maior e melhor arma de matar o medo: É a sua mente. Porque a própria mente? A mente e a alma são seus únicos amigos e inimigos, tanto podem te amaldiçoar e quanto ser seu amigo. Mas nunca vão te abandonar, eles são os exemplos de que não está sozinho. Eu sei que esse tipo de coisa é coisa louca e psíquica. Mas é a verdade, não é tão ruim assim.

Cheguei até a sala, abro a cortina e olho o pano que cobria o renegado de longe e ando até uma mesa, coloco as luvas e pego o capacete de proteção, visto o jaleco que estava no cabide e o fechei. Retiro o capacete e prendo o meu cabelo, recoloco o mesmo. Vou até a mesa de analise, pego a prancheta com a ficha dele.

— Vamos ver o que o senhor fez. – falei comigo mesma.

Levanto a ficha para ver outra pagina, o cara foi atacar no Jade Wolf segundo Lucian Graymark, levou facadas. Uau! Você mesmo tentou atacar um lobsomem? Fascinante. Levantei o pano, vi o cadáver. Roupas sujas, pele suja, roupa rasgada e era um homem, pela fisionomia do seu rosto ferido. Coloquei a prancheta no lugar, abro a gaveta da mesa que estava ao lado da maca do cadáver.

Peguei na gaveta uma agulha e uma seringa, peguei o braço do renegado e furei, extrai sangue e coloquei dentro de um tubo pequeno. Cubro ele com o pano novamente, levanto a viseira do capacete, puxo a cadeira que estava em frente a mesa com o tubo em mãos, puxo o potinho que uso para avaliar e abro o tubo e despejo o sangue sobre o pote, retiro com outra mão o capacete e solto o meu cabelo. Coloco o pote em baixo do microscópio, avalio o pote.

Porque o espertinho tinha sangue de anjo? Ouvi o barulho alto de luta, saio correndo pelo corredor e encontro a sala de treino detonada, Hodge ferido e Alec ferido e outro renegado morto. Ando até o Alec, o ajudo a se levantar com dificuldade, levo Alec direto para a enfermaria. Não foi algo forte e fundo.

— Não devia treinar hoje. – digo assim que o vejo tentar mover o braço, mas acaba grunhindo de dor. - Não nesse estado.

— Eu preciso. – ele fala em um tom fanho em sua voz e ele me olha no fundo dos meus olhos – Não precisa me ajudar – ele abaixa a cabeça e passa a mão sobre o cabelo frustrado – Eu dou conta disso.

— Dá mesmo? – ele levantou rapidamente a cabeça – Eu preciso que entregue isto a Selena – ele passa mão no bolso da calça e puxa um papel do bolso. – Beatrice me parou na porta do instituto e disse que assim que visse Selena era para entregar a ela. – estendeu a mão com a carta até a mim e então a pego e baixo o olhar, franzi a testa ao ver aquela carta e viro de cabeça para baixo e depois viro novamente a carta, tentando reconhecer aquela letra.

— Eu dou, eu entregarei a ela. – levanto a cabeça e continuo a segurar a carta, a enfermeira fazia curativos no braço do Alec ferido – estamos bem próximas.

— Que bom que estão se dando bem – ouço o telefone dele tocar em seu bolso e ele passa a mão no bolso. – pelo menos não estão brigando como fizeram antes da missão.

— Claro. – me levanto e pego o celular do bolso do Alec – não irá precisar isso.

Saio andando pelo corredor com o celular e a carta em mãos, vou andando até o quarto, abro a porta e entro no mesmo, fecho a porta e caminho até a cama, me sento na mesma colocando a carta e o celular do Alec em cima da cama. Eu havia esquecido dessa história que eu e Isabelle brigamos uns 3 dias antes da missão por causa de Brian e Meliorn. Isabelle estava com raiva por eu ter conseguido um mundano e ela não e estava de saco cheio do Meliorn não dar amor a ela.

Isabelle era uma pessoa muito sem sentimentos, ela não tinha controle em questão do amor, tipo apaixonada e não trouxa. Ela podia qualquer coisa, quebrar o coração de qualquer um, ter o sexo que quiser com quem quiser. Isabelle viu o papai trair a mamãe e como sempre o papai pediu para ela manter isso em segredo quando tínhamos 12 anos. Como sempre Isabelle levou pro lado pessoal, por isso o relacionamento dela com o Meliorn era aberto, ele podia se envolver com qualquer uma e ela podia se envolver com qualquer um. Mas ao mesmo tempo ela podia se envolver com ele e ele com ela. Ela só o usava para extrair informações.

Meu relacionamento com o Brian era sério, éramos únicos. Nos amavámos forte de coração e alma, pé junto. Em relação a ele eu me entregava, cuidava do seu coração e ele do meu, mas não era um relacionamento comum, apaixonado tipo cego e fissurado a ponto de se iludir e fantasiar que aquela pessoa é aquilo que você achou. Era um relacionamento saudavel sem ciúmes, sem obssesão, era só nós e nossos corações batendo.

Essa era a diferença entre os nossos relacionamentos, mas de alguma forma Isabelle queria e merecia que Meliorn fosse assim mesmo e isso se fadas não fossem tão inconvenientes. Podiamos ser gêmeas, nós podíamos ser diferentes em vários aspectos, mas desejando o amor dos sonhos que nos tornavam iguais.

Já eu, soava tão diferente dela. Eu sou muito diferente dela, porém ao mesmo tempo igual a ela. Eu não sou sem coração, mas sou dura comigo mesma em relação ao meu coração. Sou amorosa, apaixonada, limitada. Em questão do amor, eu sempre sou um pé atrás, não gosto de me entregar totalmente. Não gosto de servir os homens, porque na verdade para mim o amor é dado e não servido como se fosse comida de restaurante.

Anatomia masculina: Cabeça, orelha, olhos, ouvidos, boca, cabelo e nariz, pescoço, ombros, braços, mãos, tronco, cintura, pernas e pés. Tudo isso que foi dado a eles, mas a unica coisa que seus cérebros pensam é: “pra que termos tudo isso? Tem as mulheres para nos darem comida, passar nossa roupa, lavar nossa roupa, fazer sexo. Ah sim, elas tem que calar a boca porque sou eu que sustento a essa casa e posso dizer ou fazer o que eu quiser.”

Eu não tenho mínima obrigação de fazer isso, Deus deu a cada um deles um par de braços e pernas para fazerem suas próprias coisas. Eu faço as minhas coisas e eles fazem as coisas deles, mas uma ajuda ainda serve. Porém não ajudo muito, se não os deixa super mimados e vão sempre querer ajuda. Eu os ajudo um pouco e eles devem me ajudar. Isso é justo, todo mundo sai ganhando.

Quer comida? Faça ou me ajude a cozinhar. Quer roupa lavada? Faça ou me ajude a lavar elas. Quer marmita? Faça. Eu não sou submissa, não quero dar brecha para me enfraquecerem ou me deixarem ser empregada. É arriscado pensar assim, porque sei que quanto mais me nego as coisas, no futuro serei a primeira a atirar a pedra e cometer a esses erros. Brian sabe disso. Para minha sorte ele sempre foi alguém que gostou de fazer as coisas sozinhos, sempre foi um orgulho a mim. Somos jovens livres, fazemos o que queremos, seguimos os nossos instintos.

Retiro o adesivo da Hello Kitty do envelope, o abro e pego a carta, desdobro ela. Começo a ler a carta, eu dou minha primeira olhada até chegar ao final e vejo o nome da Blair no final.

“Querida, Selena.

Muito obrigado pelos seus conselhos, agora estou aproveitando o tempo em Miami com alguns parentes. Minha mãe está melhor e consegui a reerguer um pouco, ela finalmente agora vê um pouco de como eu enxergo as coisas. Minha mente está sendo organizada, estou relaxando, estou dormindo em paz.

Avise ao Brian, caso consigam encontrar ele, apenas diga que o ele não precisa se desculpar comigo. Claro que você tenha dado um sermão nele como toda namorada faz. Eu não o quero mal, mas ele vai se lembrar do que fez comigo, quando ele tiver uma filha. Não os estou amaldiçoando, eu não sou uma mal amada e muito menos invejosa. Isso não é minha praia.

Mas os homens só aprendem as coisas iguais crianças: Apenas vendo cada uma das coisas, as coisas que insistiram tanto que estava certo em fazer. Mas eles fazem errado, a nós sabemos e sentimos isso. Mas eles não fazem idéia e não acreditam que daqui, sei lá, cinqüenta anos a própria filha vai sofrer por causa de um homem.

Deus ouça que não aconteça isso, toc, toc. Por favor, isole isso na madeira e isso não é maldição, isso não é macumba, não é maldade. É a realidade, o velho karma do que tudo que vai e volta. Ou a lei de Newton: “Toda ação tem uma reação.” Emfim, eu desejo toda felicidade para os dois e tenham filhos lindos. Nos vemos em breve.

PS: JOGUE O BUQUE DE FLORES EM MINHA DIREÇÃO NO CASAMENTO DOS DOIS!!!!!!!

Beijos.

Blair Whiteblow.

Que amor!!! A Blair é um amor, eu to vomitando arco-iris de fofura. Lógico que irei convidar essa coisa fofa no meu casamento. Blair, o buque já é seu. Nem precisa pedir, ele é completamente seu. Casamento. Não penso nisso faz muito tempo, a ultima vez que pensei foi quando fui pedida em casamento.

Casamento? Assunto sério. Tudo isso envolve preparativos antecipados: Buque, vestido, penteado, terno, datas, decoração, comida, musica, local, daminhas, convidados, convites, salão de festa, igreja, praia, pajens, presentes, padrinhos, madrinhas, padres, primeira dança, dança com madrinhas. Isso é muita coisa, mas é muito mais do que isso.

O que é um casamento? Todo mundo que ouve essa palavra sempre pensa em celebração única e bonita. Casamento é um dia do qual esquecemos a vida normal no caso seja lá o que merda que estamos fazendo, seja trabalho ou faculdade, fazendo algo grande e benificente para sociedade, não importa. O casamento só serve para esquecer nossa luta diária seja ruim ou bom, é uma celebração em homenagem ao amor.

É mais do que realmente uma festa, é uma união séria e responsável. Uma união para sempre, não é que nem nos contos de fadas que casamos e magicamente o casamento perfeito surge num passe de mágica. O sempre é uma palavra forte, também é mal interpretada. O sempre é investido desde primeiro conhecimento, primeira frase seja lá “Olá, o meu nome é Selena Nicole Lightwood Clost e o seu?” ou ‘Olá, sou Brian. Como está você?” até mesmo desde primeiro encontro.

É um preparamento para vida inteira, se quer algo mágico apenas faça acontecer. Isso é feito mão a mão, palavra por palavra, ajuda por ajuda. Casamento não é só um que faz tudo, você não vai trabalhar pra caramba num namoro e noivado para depois não fazer porra nenhuma né, meu camarada ou madame chata? Levanta meu caro, hora de fazer sua esposa ou seu marido feliz.

É CANSATIVOOOOO! DÁ TRABALHOOOO!

Eu sei. Mas na verdade quando colocamos alianças e fazemos juramentos e sorrimos um para o outro, significa que estamos cientes que vai haver brigas, desentendimentos simples, disculssões desnecessárias ou necessárias, pressões, ciúmes, mas não exagere no ciúmes. Casamento é amar, cuidar, respeitar, ajudar e reconhecer. Não é só coisas de casas, trabalho, sexo de reconciliação, crianças. Também não é escravizar mulheres em casa ou possuir elas.

Casamento é viver, criar lembranças, histórias, fotos para se lembrar, é aproveitar. Antes de uma briga, olhe no olho da sua parceira ou parceiro, seja bem firme, preste atenção e veja que por trás daquele jeito filha da mãe há alguém que te ama tão forte que se jogaria de um viaduto ou te salvaria de um trem desgovernado por você. Veja bem se vale a pena brigar, pois não vale. Convide-o ou convide-a para limpar a louça com você, conversem e coloquem todas suas frustrações com calma, mesmo que magoe, sempre vai magoar que nem quando ralamos o joelho que colocamos um remédio no caso a magoa é o joelho ralado e o remédio é o amor, apenas surpreenda e faça isso mudar com um pouco de amor e faça diferente. Viu? Brigar não foi necessario.

Amar e discordar com o cream cheese chamado alegria, sobre quem vai criar a primeira lembrança do dia, sobre quem vai dar o primeiro beijo do dia, quem vai ajudar com o jantar ou coisas do dia, compartilhem experiências como a primeira dança juntos, o primeiro bolo juntos, a primeira bagunça em casa e na cozinha, a risada, as gracinhas e no final do dia envolvimento de amor puro, entrelaçamento de amor, corpos nus, toques sutils e louco por você sem acessórios de prazer que machuquem seu corpo. Se apaixone de novo, nunca é tarde para se apaixonar todos os dias. É assim um casamento, não é uma terapeuta que vai te ajudar a lidar com isso. É você e seu parceiro ou parceira, seja você sendo hetero, gay, lesbica, bissexual, dragqueen, travesti. O amor é para todos sem exceção alguma.

Chega de ódio.

Seja você, veja quando está pronto (a) para lidar com tudo isso.

Chega de papelada de divorcio, essa penca de papelada de divórcio não é algo que realmente rotule o fim do amor. É invalido, não existe. O ser humano ainda tem a mania ridícula de espalhar medo e rotular tudo o que vê pela frente. Sua alma sabe o que fazer, porque todo mundo tem a mania de usar o coração para seguir de modo errado e mentir pra sua própria mente.

O barulho da sirene toca, fecho a carta correndo e guardo no envelope, estico o braço e ponho em cima do criado mudo. A sirene não toca desde que trouxeram Jace para cá pela primeira vez no instituto. Levanto correndo e abro a porta do quarto, saio correndo pelo corredor junto com os outros caçadores e desço as minis escadas que nos levavam ao centro do instituto e me junto ao Alec, Jace e Clary.

Todos focavam na escada, olhavam para ela, a sirene de emergência para de tocar, olhamos para o corredor esquerdo onde se ouviam passos. Dois guardas da Clave descendo, um vai para o lado esquerdo no final da escada e o outro no lado direito da escada com seus armamentos baixados. Levanto o meu olhar ao ouvir os passos descendo as escadas, alguém nada mais e nada mesmo: Lydia Branwell, descendente do inventor do primeiro portal para nephlins e mundanos Henry Branwell.

Lydia trajava um casaco estilo terninho cor vomito e uma blusa preta por baixo do terninho, vestia sua calça preta longa e par de mini saltos preto elegantes, seus cabelos loiros estavam lindos em uma trança preso junto ao seu rabo de cavalo, acho que o sol do Brasil fez bem a ela. Alguém me lembra de falar com o Dexter para irmos ao Brasil? Seu batom era bonito e combinava com ela, seu cabelo, seus olhos tão azuis quanto os olhos do Alec. São apaixonantes e lindos os olhos da Lydia. Ela usava o colar que o Alec deu, eu conhecia aquele colar porque fui eu que escolhi com ele antes dela partir, usava o símbolo da clave em seu terno cor de vomito de cafona.

Devo estar ficando daltônica, sei lá se é verde vomito ou marrom, a luz está tão clara aqui. Acho que o Magnus morria ao ver aquilo, morria de desgosto. Sei que não devo julgar ninguém e odeio isso, embora todo mundo tem seu gosto, seu próprio gosto. Mas aquele terno ferrou com o contraste dela, no caso não combinou com ela de jeito nenhum. Alguém dá um terno azul marinho lindão para ela? Dá agonia ver isso e desgosto.

Eu sou formada em 7 anos de varias temporadas de Project Runway e vários spin-offs, do manual de beleza e moda de Magnus Bane (Ele usou o livro “Destrua este Diário que dei de natal para ele para fazer esse manual. Ao invés de destruir, ele purpurinou o destrua este diario.), varias dicas de Isabelle Lightwood, varias dicas de vaidade de Jace Wayland e em em duas temporadas de Esquadrão da Moda com Stacy e Clinton.

— Atenção, membros e integrantes do Instituto de New York! As coisas no instituto irão mudar, os Lightwoods estão em diversas reuniões em Idris, então me mandaram em seu lugar por um tempo e por ordem da inquisitora eu exijo que me digam todas suas missões e estou de olho em vocês. Todos voltem ao trabalho imediatamente a partir de agora. – disse Lydia, firme e forte.

Durona.

Ouço alguns nephlims machistas cochicharem algumas merdas entre si enquanto Lydia falava, os caras falavam coisas tipo “Não vou ser comandado por uma mulher.” “Ela é tão fraca, nem conseguiu salvar o próprio marido.” “Viu? Ela é tão tosca, é culpa dela o marido estar morto.” “Uma mulher como líder? Vai ser tão chato e ruim igual a inquisitora Imogen.” “Ela é fraca demais, mulher é um ser fraco.” “Lugar de mulher é cuidar de criança.”

Se há uma coisa que me irrita mais do que roupa cafona, é isso. Essa merda que sou obrigada a ouvir, por isso que eu peço a Raziel todo dia a minha santa força, pois se não alguém morre se depender de mim. Enquanto pessoal se retirava após Lydia falar, me aproximei do carinha que estava fazendo esses comentários tolos, segurei o seu braço e ele se virou para mim.

— Quem você pensa que é? – ele olhou para mim com certo ar de superioridade – Um machão? O rei delas? - coloquei as mãos na cintura ainda o olhando com firmeza – O maioral? O pegador? O senhor da razão?

Sentia sua arrogância ali, senti a presença da Lydia por perto e o suspiro do Jace de longe demonstrando: “Vai dar merda.”

— Vai dar um dos seus sermões? Não tenho tempo para isso, me poupe.

— Não, não é um sermão. Eu sou a garota que vai acabar com você em questão de palavras.

— To nem ai para suas palavras.

— Isso é tão velho – fingi bocejar – arranja uma nova.

Essa sou eu: Chata, metida a heroína, defensora que ainda vai acabar morta por ser justa e que adora enfrentar e afrontar o pessoal.

— Dá um tempo.

— Ei, baixa a sua bola. Você não pode falar assim dela? Eu ouvi as besteiras que falou da Lydia, isso é ridículo e você ainda se orgulha disso? O que fede pior seu fedor de arrogancia sobre essa droga que você chama de pele ou seus pensamentos machistas que são transformados em bostas bocais e ultrapassados? Acho que os dois fedem mais que um lixão.

— Está brava só porque eu dei minha opinião? – ele riu e franzi minha testa brava - Eu tenho direito e o que eu digo não é uma mentira. Não pode me obrigar a fazer isso, não pode mudar minha mente.

— Eu não estou obrigando você mudar sua mente e muito menos a fazer aqui. Mas esculta aqui, você não é melhor que ninguém só porque você tem duas bolas e um pedaço de pau pequeno entre as pernas não te diz que te torna melhor. Deus e Raziel te derão poderes, duas pernas, dois braços, uma cabeça que você só usa para que não presta tipo pornô ou ofender uma mulher, Deus e Raziel te derão tudo isso igualmente tanto para um homem e uma mulher incluindo a capacidade de dirigir um instituto e um lar. Mulher não foi feita para ficar presa dentro de casa cuidando de filho só porque você quer, mulher foi feita para trabalhar e estudar e ser alguém na vida.

Ele fazia caretas e imitações tipo: “blah, blah, blah” e debochando da minha cara, ele não estava me levando a sério. Isso é tão comum, tão estúpido, tão infantil. Tão anos 80 que me dá sono, se eu quisesse ouvir todos esses comentários ridículos eu teria nascido nos anos 80 e se ele quisesse fazer esses comentários, vá fazer junto com o povo que viveu dos anos 50, 60, 70, 80 até o inicio dos anos 90. Hello!!!!! Agora é o século 21, pessoas novas, mundo novo, retire o disco meu camarada e coloque outro.

Eu sentia que o pessoal estava formando aquelas típica rodinha de grupo de colégio prestes a ver uma briga no estacionamento, todo mundo já me viu lutar antes, mas nunca viram Isabelle bater em alguém que não seja um demônio. Outra luta do século: Isabelle e algum Nephlim. A única pessoa que eu já bati forte mesmo por machismo que eu me recorde no momento foi Hodge com suas piadinhas ultrapassadas.

— Não é culpa da Lydia que o marido morreu, aconteceu assim como acontece diariamente com as mortes de todo alguém querido de vocês, seja demoníaca ou doente. Aconteceu, a morte é uma causa natural. Ela fez de tudo para proteger ele, mas não conseguiu. Mas ela está com a consciência limpa que protegeu o marido como pode, ela queria ter feito mais e não conseguiu.

Ele finge bocejar novamente, ele cruza os braços.

— Você é apenas um pobre mal amado e metido á pegador do instituto. Apenas um garoto bonitinho que se acha, não tem o mínimo de conteúdo. Eu não sou de julgar de cara. – pausei e suspirei fundo enquanto sentia os olhos do pessoal sobre mim – Alias não julgo ninguém, eu não tenho direito a isto. Pois isso é tão baixo calão e desrespeitoso. Não é preciso julgar para saber quem é você, somente os seus atos falam por si, seus comentários machistas falam por si. Você se entrega sozinho.

— Ainda continho achando que está perdendo seu tempo, é uma suja não tem direito de falar disto sobre mim. Olhe-se no espelho, resolva primeiro a sua vida e ai terá um motivo para me dar sermão e discurso moralista. Eu falo o que eu quiser, quando eu bem quiser. Essa é a America, liberdade de expressão foi feita para ele. – ele afirma junto com os seus colegas sem conteudo que cruzam os braços atrás dele.

— Liberdade de expressão não significa ofender os outros, muito menos espalhar o ódio, muito menos magoar os outros, muito menos menosprezar as mulheres. Se eu quisesse ouvir essas merdas que você falou, eu teria nascido e criado nos anos 80 e você também. Não merece estar neste ano, mas infelizmente você está aqui não é irônico? Ou sincroniza para este novo mundo ou você será sempre assim, uma merda.

Ele ainda continua desafiador, fazendo movimento com a boca tipo: “Olha ai que fracassada” “Fala muita asneira.”

— Você fala muita besteira, sabe qual momento mais sábio que disse alguma coisa que preste? Nenhum, porque você só fala asneira, mais besteira, e de novo mais asneira. - completei sem paciencia alguma para aquele cara.

— Você só fala, quero ver me encarar. Apenas acha tão fodona que só fica aqui falando e não age sequer. Isso prova o quão é tão fraca.

— E você fez alguma coisa? Não, nem precisa mais responder.

— Não, não vale a pena bater em mulher.

— Vamos ser justos, e quero acabar com essa palhaçada. Luta justa as 16 horas na sala de treino daqui dois dias, se não comparecer lá é porque não tem coragem de lutar.

— Feito.

Ouvi passos e olhei para o lado, vi Lydia perto de mim.

— Não precisa de luta, estou aqui para resolver isso. – Lydia se pronunciou e olhou para mim, eu sabia que ela estava magoada com os comentários que o cara fez – Josh, apenas vá para minha sala e me entregue suas armas e sua estela, precisamos conversar. Está suspenso por duas semanas.

— Ela sai impune? – pergunta Josh.

— Eu dou conta dela, preciso que se retire agora.

Ele resmungou e se retirou. O pessoal foi retomando seus trabalhos, sobrou eu e Lydia lado a lado andando pelo instituto e seguimos conversando e o pessoal nos olhando.

— Obrigada por me defender, Isabelle. – disse Lydia.

— Você é parte do instituto, parte da nossa família. Somos os Lightwoods, não deixamos ninguém ser ofendido ou deixado para trás.

— Você não tem idéia de como não é fácil, lidar com a morte do John. Ele morreu em minha frente, mas eu tinha que me reerguer e me promover forte como você. Eu tinha que seguir em frente, fazer o que eu e o John gostaríamos. Isso é para mim, Alec que se importa com este instituto melhor do que ninguém e seus pais, isso é para o John que ficaria orgulhoso de mim.

— Eu entendo – assenti com a cabeça e relaxei meus braços sobre o corpo – Ás vezes, nós precisamos tomar as rédeas e fazer tudo com nossas mãos e voar.

— Verdade. – paramos de andar e ela ficou de frente para mim, esboçou um sorriso de lado - Somos mulheres, somos empoderadas, somos guerreiras, não podemos ficar paradas. Temos uma longa vida, temos muito a se fazer.

— Somos nephlims, é isso que fazemos. – ela riu. – Seja bem – vinda de volta ao instituto e sinto muito pelo John

— Obrigada. – ela sorriu – valeu pelas palavras de conforto

— Lydia! – ouvimos de longe, ela olhou de lado.

— Temos que ir, o dever nos chama. – ela diz.

— Pois é, rumo ao trabalho.

Ela assentiu, ela desceu as escadas do corredor e foi visitar as fichas do instituto. Eu segui para sala de treinamento para ver se Hodge sabe mais algo sobre Valentine, eu sinto que ele sabe bem mais do que mereço. Eu preciso saber de onde vem esses pesadelos e como acabar com eles.

Eu me sinto agoniada cada vez mais, Brian ainda passa nos noticiários como desaparecido, eu sei que ele está seguro e é uma corrida contra o tempo para achar o livro branco. Onde será que Jocelyn o escondeu? Ai, ai, ai. Sinto que é coisa ruim vindo por ai, isso não é nada bom. Preciso acorda-lo, tipo urgente.  

 


Notas Finais


Capitulos novos de segunda a sexta..

Talvez a história esteja chegando ao fim ou não...


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